Suspiro escrita por diiamantee


Capítulo 10
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ain meus deuses, me desculpem por demorar tanto D: mas as aulas começaram e meus dias estão corridos, nem tempo pra dormir direito eu estou tendo :C Enfim, o cap é pequeno mas eu espero que gostem.



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Olhou no relógio e viu que já tinha dado uma hora e não havia comido nada. Mas ela ainda não queria sair dali e encarar os estudantes. Ela tinha medo, muito medo de que a excluíssem e a chamassem de assassina.

– Eu disse que você tinha uma hora – ouvi uma voz fria e seca atrás de mim – Você está atrasada.

– Eu... – começou a falar – Eu... – abaixou a cabeça tentando impedir que ela visse suas lágrimas – Eu estava apenas refletindo um pouco sobre o que vou fazer – olhou firme pra ela.

– E já sabe o que vai fazer?

– Sim.

– O que vai fazer então? – perguntou com os olhos afiados.

– Eu vou continuar aqui e me formar – devolveu o olhar e eu sorri orgulhosa.

– Você... – hesitou – Tem certeza? Mesmo que não desenvolva o dom da cura?

– Absoluta.

– Então vamos para a seção de reconhecimento, descobrir o que irá te esperar nos próximos cinco anos – estendeu a mão e a garota aceitou para que pudesse descer.

* * *

– O que irá acontecer? – perguntou enquanto ouvia a porta de metal se fechar atrás dela.

– Iremos te testar, embora nós já saibamos que você despertou três dos 6 poderes. Há a possibilidade de que apenas um deles seja bom o bastante para ser manejado.

– Eu vou me ferir? – perguntou preocupada.

– Temos tudo sobre controle.

– É exatamente com isso que eu me preocupo – murmurei – O controle.

O lugar ficou absolutamente escuro e silencioso. Ela não conseguia enxergar nada a minha frente. Foi recuando até encostar as costas em algo quente que presumiu ser a parede. Mas ela estava errada. Era quente demais. Virou rapidamente, a ponto de conseguir se esquivar das labaredas de fogo que apareceram em seguida. Pulou para longe, quando elas voaram para cima dela e depois se esquivou novamente. Ela precisava controla-las, mas como faria isso? De repente veio a ideia em sua mente. Juntou as mãos, segurando-as e fechou os olhos, suando com o calor das chamas.

Venham para mim. Deixem que eu as controle. Eu peço com toda a educação possível e agradeço se aceitarem o meu pedido”, pediu mentalmente para as labaredas de fogo e sorriu quando sentiu o controle e o poder se tornando seus. Abriu os braços numa distância mínima e começou a puxar as chamas para suas mãos, até que estivesse segurando uma enorme bola de fogo. Abriu os olhos e se assustou com o que estava segurando, mas conseguiu se manter concentrada. “Muito obrigada por ouvirem e aceitarem o meu pedido, lhes sou muito grata. Podem ir.” Soltou o poder aos poucos e este, foi indo embora e sumindo no vazio. Deu um breve sorriso satisfeito, que foi interrompido pelo enorme terremoto que se sucedeu.

Era como se o solo aos seus pés estivessem cedendo e ela fosse cair num buraco direto no centro da terra. Se afastou até dar com as costas na parede e ficou na ponta dos pés, para não cair na rachadura. Eu já consegui antes. Invocou o poder fértil da terra e sentiu a energia poderosa vinda do chão onde estava pisando. Tomou controle rapidamente e a manejou de forma que pudesse tapar o buraco enorme que fora aberto. Ao ver seu trabalho bem sucedido ela sentou-se no chão para descansar um pouco e depois estremeceu com o banho que havia tomado. Sim, um banho. Mais e mais água surgia do teto, como uma enorme pingueira que mais parecia um chafariz. Tentou limpar os olhos mas sempre que tentava eles ficavam embaçados novamente. De olhos fechados e respirando fundo soube que a água também habitava seu âmago, então simplesmente a invocou como das outras vezes e a sugou a usando como fonte de energia. Ouviu um baque surdo na sala ao lado mas afastou o pensamento, ficando atenta à próxima provação.

Foi arremessada contra as paredes várias e várias vezes, tendo poucos segundos para respirar e depois era jogada novamente. Tentou se agarrar a qualquer coisa, encontrando apenas a maçaneta da porta, onde se segurou firmemente. Como uma águia ela chamou pela força da ventania e começou a controlá-la como se fosse uma enorme bola de ar, fazendo-a se chocar contra a força inicial e em poucos segundos a vencendo. Estava exausta. Tão exausta que poderia facilmente encenar o papel daquela princesa de conto de fadas... Uma que dormiu 100 anos. Ah é, a Bela Adormecida, nunca vi garota tão burra em confiar em pessoas desconhecidas mesmo sabendo de sua maldição.

Seus joelhos cederam e a sua respiração estava mais do que ofegante, o cansaço era muito, mas ela ainda tinha uma carta na manga. Levantou-se lentamente e pôs as mãos espalmadas fechando os olhos e respirando fundo. Concentrou-se nos seus batimentos cardíacos e recuou um passo com um pé só. Depois gesticulou comas mãos, formando figuras no ar sendo levada pela sua intuição do que fazer. Uma grande esfera roxa começou a se formar aos poucos e foi crescendo até ter quase 60 cm de diâmetro, para depois começar a ser sugada pelo corpo da Brenda. Era algo surreal. O que estava acontecendo? Franzi as sobrancelhas. Havia algo errado e incomum nisso, e não era só eu que havia percebido. A porta escancarou-se repentinamente e a garota foi puxada pelo braço até a sala da diretoria, onde foi jogada numa das cadeiras brutalmente.

– O. Que. Você. Estava. Fazendo? – a Vermelha perguntou com uma voz fria.

– Se eu soubesse ficaria contente em dizer-te – respondeu massageando seu braço.

– Aquilo era espírito! Você não deveria mexer com o espiríto! – ela vociferou batendo na mesa – Você não deveria ter os genes nem dos quatro elementos! – foi se aproximando – Mas pelo que vejo, sua mãe te passou o dna premiado – cuspiu as palavras e eu fiquei de prontidão para caso ela se exaltasse de verdade.

– Do que está falando? Você conhecia minha mãe?

– É óbvio que eu conheço sua mãe! Ela sempre foi a adorada do papai e da mãmãe “Maíra isso, Maíra aquilo” – a olhou quase cruelmente – E agora a cria dela veio parar aqui e ousa me ultrapassar – estreitou os olhos – Nem pense em algum momento contar para qualquer um daqui que você manipula o espírito está me ouvindo?

– V-v-você... É minha tia?

– Infelizmente – as palavras saíram como um soco no estômago para a infeliz garota.

Ela apenas levantou-se silenciosamente e saiu da sala cabisbaixa, afinal aquele não fora o melhor jeito de receber uma noticia como essa.


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Notas finais do capítulo

Isso ai gente, espero que tenham gostado e espero também que eu possa escrever um outro cap maior e melhor u-u



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