A História de Rosalie Hale escrita por Bea_Hale


Capítulo 8
A Descoberta




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/45951/chapter/8

 

Tomamos sorvete, olhamos a lua, andamos pela cidade. Foram noites maravilhosas com o Royce, ele com certeza é o príncipe encantado do meu conto de fadas.

Era como se eu esquecesse plenamente do Edward e já não sentia nem um músculo por ele. Como se tudo que aconteceu no meu aniversário não tivesse acontecido realmente, isso era o que me dava mais medo.

O Edward era o tipo de homem perfeito. Ele era cavalheiro, educado e o que mais me surpreendia era que mesmo com raiva sua voz ainda era num tom perfeito, soava como sinos em perfeita sinfonia. Uma voz doce, musical.

Já o Royce... Bom o Royce não é perfeito, mas é rico e lindo. Ele é bem “calminho” e menos estressado que o Edward. Isso era bom. Vamos nos casar daqui a duas semanas. Estou tão entusiasmada para festa.

Abri meu guarda-roupa e procurei meu vestido bronze e o casaco que o Royce havia me dado. Prendi os grampos do chapéu na raiz do cabelo, passei um batom e coloquei o sapato mais bonito que tenho.

Desci as escadas às pressas e fui para casa da Vera. Ainda estava cedo e era tão próxima da minha que preferi ir andando mesmo. Todos me olhavam, mas respeitavam principalmente uns homens bem vestidos que estavam no bar. Não olhei muito para eles, mas pelo que vi, eram ricos.  

A casa de Vera me fazia bem. Estávamos sozinhas e faltavam poucos minutos para o marido dela chegar.

O filho dela, Henry, era lindo com seus cachos negros. Todo sorrisos e covinhas. Tão adorável, que me dava inveja. Quero ter filhos lindos, e meus filhos serão os mais bonitos de Rochester.

— Rose. Percebi que você — ela riu ironicamente —, não tira os olhos do pequeno Henry.

— Ele é lindo. Muito lindo. — eu alisei o rosto da criança — Você é uma mulher de sorte sabia?

Ela pegou o Henry e ofereceu o peito para ele. Era tão bonito ser mãe. Ter alguém que tem seu sangue e saber que você esta sendo amada infinitamente por um ser. Isso me fascina.

— Obrigado Rose. — nós duas se assustamos porque a porta abriu — Oi amor. — ela cumprimentou o marido com um belo sorriso no rosto. Os olhos da Vera brilhavam como lantejoulas.

— Oi minha querida. — ele retribuiu o sorriso para ela e virou-se para mim. — Boa noite Rose. É muito bom vê-la aqui. — ele beijou minha mão.

— É muito bom visitá-los. Sinto-me bem. — sussurrei para não acordar o Henry. — Mas acho que já vou. Está tarde.

— Vamos te acompanhar até a porta. — ela veio mais o marido acompanhando-me. As mãos dele estavam na sua cintura e quando pensou que não estava olhando, deu um beijo no rosto da Vera.

Aquilo me incomodou. Quando Royce me beijava, não era a mesma coisa – de alguma forma, não era tão doce... Eu coloquei esse pensamento de lado. Royce era o meu príncipe. Algum dia, eu seria rainha.

As ruas estavam escuras, as lâmpadas já estavam acesas. Eu não tinha me dado conta do quanto era tarde.  Estava frio também. Frio demais pra um final de Abril. Com esse frio vamos ter que mudar o casamento para um lugar fechado.

Já estava a algumas ruas da minha casa, quando vi uma corja de homens embaixo de uma lâmpada quebrada rindo alto demais.

— Bêbados! — murmurei.

Continuei adiantando meus passos e desejei ligar para meu pai, mas estava tão próximo da minha casa que não liguei para meu pai me acompanhar.

— Rose! — um dos bêbados gritou e os outros riram estupidamente.

Percebi que estavam todos bem vestidos e pareciam ricos. Eles estavam se aproximando e fiquei sem reação.

— Aqui está minha Rose! — Royce gritou com eles, soando igualmente estúpido. — Nós estamos com frio por causa do tempo que nos fez esperar.

Eu me assustei. Eu nunca havia visto-o bêbado antes. Ele só bebia uma taça em algumas estas, e me dizia que não gostava de champanhe. Não tinha me dado conta que ele gostava de algo mais forte.

Ele estava com um novo amigo — um amigo de um amigo, vindo de Atlanta. Ele havia comentado comigo ontem.

— O que eu te disse John? — Royce gritou alegremente, agarrando meu braço e puxando-me para perto — Ela não é mais bonita que seus pêssegos da Geórgia?

O John tinha cabelos escuros e era bronzeado do sol.  Eles me olhavam como se eu fosse um cavalo que eles estavam comprando.

— É difícil dizer — ele disse lentamente — Ela está toda coberta. — Eles riram sarcasticamente.

De repente Royce arrancou o casaco dos meus ombros — havia sido presente dele — arrancando fora os botões que se espalharam pela rua.

— Mostre-me como você é Rose! — Royce riu de novo, e então ele arrancou meu chapéu da minha cabeça. Os broches estavam presos nas raízes dos meus cabelos, e então chorei de dor.

— Não. — gritei, chorando, tentando me soltar dele.

Eles pareciam gostar disso. Gostar de me ver sofrendo, sentindo dor. Como pude ser tão idiota. Fiquei deslumbrada com o dinheiro e nem me dei conta de como o Royce verdadeiramente era. Tinha-me não como sua esposa, mas sim como um troféu que ele exibia para todos.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A História de Rosalie Hale" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.