A História de Rosalie Hale escrita por Bea_Hale
Decidi passear antes de ir para casa. Faltavam poucas horas para quatro. O banco havia me enchido a paciência, e a única coisa que pensei em fazer era ver um filme... Para relaxar.
O filme seria King Kong. Está em cartaz desde mês passado e por falta de lançamentos ele continua lá. Eu de burra vou vê-lo novamente.
Seria melhor se nossas vidas fossem como filmes. Nós os escritores e decidíamos o que fazer e como ser desde que nascemos. Não haveria pobres, ladrões... O mundo seria meu, apenas meu. Mas como não é assim... Tenho que me contentar com a vida inútil que tenho. Só tenho uma saída – casar com um milionário-, esse milionário – desconhecido.
Fico imaginando como serei no futuro. Como será meu marido, meus filhos, minha casa... Minha vida. É tudo tão estranho, me imaginar adulta. Completei dezoito anos a pouco tempo e não me acostumei ainda com a idéia de ser... Adulta. Queria ter dezoito para sempre, nunca envelhecer, ser sempre assim: bonita e perfeita.
Meu pai apenas gosta do prazer de ter uma filha bela e minha mãe só pensa em me ver casada e rica. Isso me cansa. Eu vivo como o objeto da família: a filhinha bonita do papai, e quem sabe a filha casada com um homem da corte.
Acho que a única graça de ir ao cinema sozinha é pensar. Sempre faço isso. Fico no cinema sozinha, pensando em como tudo poderia ser ou será. Era isso que estava fazendo e infelizmente me surpreendi com as horas. Eram seis da tarde, meus pais devem estar me procurando pela cidade. É melhor me apressar.
O cinema fica a algumas ruas da minha casa. Se me apreçasse conseguiria chegar antes do papai. Ele chega às sete.
....
Abri a porta devagar e tentei não ser vista chegando por ninguém. Pena que não foi da maneira que eu desejava. Minha mãe estava sentada na poltrona e eu podia ver a raiva fazendo as sobrancelhas dela se apertarem, enrugando a testa.
— Isso não é hora de uma moça chegar em sua residência sabia? — por impulso quase falei uma famosa frase da mamãe cuidado com as rugas que vem junto a raiva. Tive que controlar para não desabar nos risos.
— Desculpa. — eu fiz uma expressão de confusa, com certeza sem bons resultados. Passei no... Cinema e perdi a hora.
Minha mãe olhou-me de cima abaixo como uma modista analisando meu tamanho para novos vestidos. O seu esforço para parecer seria era mau sucedido, o que me fez soltar uma risada curta.
— Onde está a graça? — Ela olhou-me como um leão faminto — Com certeza esta com suas boas maneiras. Não vou falar isso novamente Rosálie. A partir de hoje, você não sai a noite.
Não consegui dizer uma palavra. Corri em direção a escada e perdi o fôlego no meio do caminho. Aproveitei que ninguém estava perto e desabotoei o vestido que estava me matando de tão apertado.
Procurei a chave em minha cômoda e tranquei a porta rapidamente. Continuei a me despir até que uma coisa diferente me chamou a atenção.
Havia uma rosa vermelha na minha cama, com um cartão. Isso só podia ser brincadeira. Nunca recebi flores antes e pude até sentir uma lagrima descer pelo meu lindo rosto.
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