Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 25
Águas de Marte


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Prontos para outro capítulo? Não esqueçam de comentar! E vejam as notas finais... Boa leitura!



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“Doutor, onde estamos?”

“Ok, deixe-me te apresentar o lugar. Mas primeiro, precisamos vestir roupas especiais para a ocasião. Ou deveria dizer roupas espaciais?”

“Nada de papo-furado.” A mulher loira com a arma falou séria.

“Então é 2059.” O Doutor fez uma cara pensativa. “Ahh, minha cabeça é tão estúpida! Você é a Capitã Adelaide Brooke!”

A Capitã ordenou que trancassem as roupas espaciais dos dois. “Doutor, isso começou assim que vocês chegaram, então não vão a lugar algum.”

“Você não pode nos obrigar a ficar aqui!” Rose retrucou.

“Posso e vou, porque essa base está sob meu comando. O Doutor vem comigo e você fica aqui!”

Tarak percebeu algo estranho e decidiu se aproximar. “Andrew, olhe para mim.”

Andrew se virou, mas não era Andrew de verdade. Ele fez o mesmo som ouvido anteriormente e atacou Tarak.

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O Doutor e a Capitã continuaram correndo pelo biodomo, mas pararam quando viram algo estranho acontecendo. Em um dos corredores havia um homem ajoelhado e outro em pé de frente. Identificaram que eram Andy e Tarak.

“Andy, deixe-o em paz.” O Doutor falou com ele.

“Fique longe dele! Afaste-se!” A Capitã não teve muita paciência e apontou logo a arma para Andy. Ela hesitou em atirar.

A lanterna da Capitã iluminou o rosto de Andy, mostrando sua estranha face, além dos olhos e boca que eram anormais. Havia algo errado, muito errado.

“Nós temos que ir.” O Doutor avisou.

O Doutor e a Capitã começaram a correr de novo, mas dessa vez em direção a entrada de onde vieram. As duas criaturas, que já não eram mais Andy e Tarak, perseguiram ambos. Parecia uma corrida sem fim.

A porta estava fechada, mas a capitã abriu-a rapidamente. Depois de entrarem, a Capitã e o Doutor trancaram a porta e a mesma foi atingida por um poderoso jato d’água.

Na sala de controle, Mia, Steffi, Roman e Rose observaram o que aconteceu na enfermaria pelo computador.

“Essa não é a Maggie. O que houve com ela?” Mia perguntou, mas sabia que ninguém iria respondê-la.

“Qual o nome dele mesmo? Do enfermeiro?” Rose questionou.

“Yuri.” Steffi respondeu.

“Yuri, o que é isso? Você pode me dizer?” Rose perguntou pelo comunicador. Ele não respondeu.

“Eu posso dar um zoom na tela para vê-la melhor.” Informou Steffi à Rose.

Pela tela do computador, as meninas viram pela primeira vez o rosto de Maggie. A boca fissurada, os olhos mais claros que o normal dela e muita água saindo de sua boca.

“Mantenham a vigilância de Maggie até que eu volte. E fechem todas as fontes d’água, todos os canos e junções e não consumam a água.” Ouviram a Capitã dizer pelo comunicador. “Ouviram todos? Isto é uma ordem. Não bebam a água.”

Ainda na entrada do biodomo, a capitã terminava de transmitir a ordem enquanto o Doutor observava a criatura do outro lado.

“Vocês podem falar? Seres humanos são compostos de 60% de água. Isso faz deles o hospedeiro perfeito.” O Doutor dizia.

“Para o quê?”

“Eu não sei. E nunca saberei... Porque eu tenho que ir embora daqui, e Rose vai comigo.”

“Você só pensa em sair daqui com a sua namoradinha o mais rápido possível só para não enfrentar o problema!” A capitã acusou-o.

“Um pouco de respeito, Capitã Adelaide! Ela é minha esposa e isso não é problema nosso!” O Doutor respondeu asperamente sem perceber que aumentou um pouco sua voz.

“Eu nem se quer sei como vocês chegaram até...” A capitã foi interrompida quando as criaturas bateram na porta. Eles jorravam água pela boca e acertavam na porta como se quisessem quebrá-la, ou invadi-la.

“Essa coisa é a prova de ar?” O Doutor perguntou.

“E a prova de água também.”

“Depende de o quanto esperta a água é!”

Ele mal terminou de falar quando o sistema da porta deu curto-circuito. Então eles fugiram dali. Com a porta danificada, as criaturas conseguiram entrar e perseguir o Doutor e a Capitã. Logo mais à frente, o Doutor encontrou o robozinho vigilante e começou a sonificá-lo, usando a chave de fenda.

“Doutor, não é hora para isso!” Protestou Adelaide.

“Eles podem correr mais do que nós, precisamos de ajuda!” Ele tirou a conexão do jovem técnico e deu uma ‘melhorada’ no robô.

“Doutor, essa coisa anda muito devagar.”

“Não mais! Confie em mim.” Ele montou no robô e Adelaide subiu logo atrás. Com a chave de fenda sônica, o Doutor controlou o robô e, com um impulso, ele saiu em disparada na frente.

Com a vantagem, eles conseguiram abrir a porta e se protegerem rapidamente. A criatura que era o Andy os encarou.

“Nós estamos seguros.” Pontuou Adelaide. “É hermeticamente fechado. Eles não podem entrar.”

“A água é paciente, Adelaide. A água sabe esperar. Ela vence os penhascos, as montanhas, o mundo inteiro. A água sempre vence. Vamos!”

O Doutor e a Capitã seguiram um imenso caminho até a ala médica. Chegando lá, Rose os identificou pelo computador.

“É o Doutor... e a Capitã. Meu marido está bem!” Rose se alegrou.

“Eles parecem estar tentando se comunicar com Maggie. Vamos ouvir o que estão falando.” Steffi aumentou o volume para ouvir a conversa na enfermaria.

“Sou a Capitã Adelaide Brooke. Pode me dizer o que houve?” A Capitã falou com Maggie, mas ela apenas a encarava.

Mia, Steffi e Rose ouviram o Doutor dizer alguma coisa fora da compreensão. Ele estava falando outra língua?

“O que ele está dizendo?” Mia quis saber.

“Deve ser alguma língua relacionada a Marte!” Rose respondeu.

“Não mesmo!” Mia exclamou.

“Sim, é verdade! Ele fala todas as línguas.”

Na enfermaria...

“Os olhos dela estão diferentes. Estão mais claros, como se estivessem próximos aos dos humanos.” O Doutor continuou falando. “De onde retiram sua água?”

“Da calota de gelo. Por isso escolhemos esta cratera. Estamos em cima de uma geleira subterrânea.” Respondeu Adelaide.

“Toneladas de água. Maravilhoso.”

“Mas cada gota é filtrada. Analisada. É segura.” Yuri falou pela primeira vez desde que a Capitã retornou.

“Se havia algo congelado lá embaixo, uma forma de vida viral, então estava presa no gelo por todos esses anos.” Agora foi o oficial Ed quem falou.

“Olhem a boca dela. Toda escurecida, como se fosse algum tipo de fissão. Esta coisa – seja lá o que for – não só se esconde na água, ela cria água!” O Doutor observou.

“Ela estava olhando para a tela. Tinha uma imagem do planeta Terra. Ela quer a Terra.” Yuri pontuou.

Edward aproveitou o momento e chamou a capitã para uma conversa particular. O Doutor percebeu e ouviu parte da conversa.

“...é uma infecção desconhecida e está se espalhando. Isso exige o Procedimento de Ação 1.” Dizia Ed.

“Acha que não sei disso?” Perguntou a Capitã.

“Acho que você precisa ser lembrada.”

“Sim.”

“Desculpem! Desculpem! Mas...” O Doutor interrompeu. “A Ação 1 quer dizer evacuação, não?”

“Nós vamos para casa.” Concordou Adelaide. Em seguida, ela pegou o comunicador e anunciou: “Aqui é a Capitã Brooke. Estou declarando Ação 1! Repetindo para todos, isso é Ação 1, efeito imediato! Evacuem a base.”

A equipe começou a preparar a evacuação. O Doutor observava a movimentação, mas tinha um problema. E ele precisava avisar à capitã.

Ele andou em direção a ela. “Adelaide, tem um problema...”

“Obrigada, Doutor. Suas roupas espaciais serão devolvidas e finalmente vocês poderão sair daqui. E boa sorte!”

“O problema é que essa coisa é esperta. Ela não infectou pássaros ou insetos. Escolheu humanos. Vocês foram escolhidos. E eu lhe digo, Adelaide, a água pode esperar. Tarak logo se transformou, mas ficou escondida quando infectou Maggie. Sem dúvida, pode ter se infiltrado no Domo Central.” O Doutor explicou.

“Quer dizer que qualquer um de nós já pode estar infectado.” Adelaide logo entendeu. “Nós estávamos bebendo a mesma água.”

“Se levar isso para a Terra... Uma gota, somente uma gota...”

“Mas só estamos presumindo a infecção. Se descobrirmos quando entrou... Yuri, continue com a Ação 1.” Adelaide disse por fim e se retirou.

O Doutor ouviu a capitã dizer que ia inspecionar as camadas de gelo e então ele ficou dividido. Deveria ir embora, deveria partir. Mas queria resolver esse mistério. O que Rose faria? Será que iria ajudar, ou deixaria acontecer o que tinha que acontecer? Por que ele está se perguntando se pode perguntar pra ela diretamente?

Ele correu. Chegou à sala de controle, onde a equipe estava preparando a evacuação. E Rose estava lá.

“Doutor!” Rose o viu e correu para abraçá-lo.

“Rose! Você está bem! Você não bebeu a água daqui, não é?”

“Não, não! Ficamos em alerta. Você vai me contar o que acontece aqui?” Rose abaixou a voz para conversar com o Doutor.

“Eu não sei! Só sei que nenhum deles deve sair desse lugar. Adelaide criou uma história aqui e se tornou a inspiração de sua neta. E sua neta, Susie Fontana Brooke, será a piloto da primeira nave com velocidade da luz para a Próxima Centauri. E então para todo lugar.” Ele explicou.

“Uau, ela ficaria orgulhosa da neta. Porém... ela não sabe disso e está preparando a evacuação agora mesmo.” Rose disse devagar.

“Vocês devem estar de partida também.” Oficial Ed se aproximou deles. “A Capitã disse que poderia devolver suas roupas.”

A voz da capitã surgiu no comunicador de Edward. “Ed, estamos limpos. Podemos partir! Como está indo?”

“A nave está ativa! Estágio 1!” Ed respondeu o comunicador e se retirou.

Após vários minutos, a Capitã Adelaide retorna trazendo as roupas espaciais do Doutor e Rose.

“Aqui! Salvem-se, enquanto eu salvo meu pessoal. Eu sei que momento é esse. É o momento em que escapamos, agora, caiam fora!”

A equipe se apressa, mas o Doutor não parece preocupado em se apressar também. Na verdade, ele ficou parado feito uma estátua. Rose sabia que ele estava confuso, ou até mesmo dividido.

“Doutor... ponto fixo.” Rose o lembrou. Mas esse não era o problema. O problema é que eles não poderiam sair de Marte e a evacuação estava dando certo. No entanto...

“Que barulho é esse?” Capitã Adelaide perguntou. Era o alerta no computador.

“São os sensores do módulo. Tem dois sinais bem acima de nós.” Ed anunciou. Todos olharam para cima. As criaturas estavam no teto há 4 metros acima de distância e de aço.

O Doutor os observou. Observou como estavam todos aflitos e como a Capitã tentou tranquilizá-los. Observou que Yuri e Mia deram as mãos, assim como Rose faz com a dele quando está com medo.

“Vamos, Doutor.” O Doutor voltou sua atenção à Rose quando a ouviu chamar. “Vamos para casa.” Ela entrelaçou seus dedos nos dele e o levou para a porta de saída.

Estavam já arrumados e prontos. Faltava apenas abrir a porta.

Acesso Negado.

“Conte-me o que acontece.” A voz da capitã ecoou pelo compartimento.

O Doutor suspirou. “Eu não sei.”

“Sim, você sabe. Vocês sabiam desde que chegaram aqui. Agora, diga-me.”

“Deveria estar com os outros, Adelaide.” Rose falou.

“Conte-me.” Não houve resposta. “Eu posso aumentar a pressão e esmagar vocês!” Adelaide ameaçou-os.

“Mas você não vai. Poderia ter atirado em Andy Stone, mas não o fez. Eu gostei disso.” O Doutor respondeu.

“Adelaide, por favor. Nós não podemos fazer nada. Se tentarmos...” Rose tentou convencê-la. “Imagine que você tenta salvar alguém que não pode ser salvo... Como o seu pai, por exemplo.”

“O que meu pai tem a ver? Ele foi morto por um Dalek. E mesmo se pudesse salvá-lo, eu não saberia como.”

“Mas eu sabia como! E só piorei as coisas. Por favor... Deixe-nos ir.” Rose estava meio chorosa e o Doutor colocou um braço acolhedor ao redor dela.

“Ainda estou aqui. Ainda quero que me digam.”

“Ok, então tá.” O Doutor decidiu contar. “Você executou a Ação 1. Ainda existem mais 4 ações padrões. E a Ação 5 é...”

“...Detonação.” Adelaide completou.

“A opção final. O aparelho nuclear no centro do Domo Central. Hoje, em 21 de novembro de 2059, a Capitã Brooke ativará o aparelho levando a base e toda tripulação com ela.” Ele fez uma pausa e continuou: “Ninguém nunca saberá o porquê. Mas estará salvando a Terra. E isso inspirará sua neta, Susie. Ela levará o seu povo pelas galáxias porque você morrerá em Marte.”

“Eu não vou morrer. Eu não irei.”

“Você não o ouviu, Adelaide?” Disse Rose. “A sua morte criará o futuro.”

“O que são vocês? Como vocês sabem de tudo isso?” Eles não responderam. “Vocês vão me ajudar. Vamos encontrar um jeito.”

“Eu não posso! Sua morte é fixa no tempo, para sempre.”

“Isto não foi um pedido! Se você não me ajudar, morrerá aqui também! Vocês dois!”

Com isso, o Doutor e Rose ouviram chamarem pela Capitã. Adelaide não abriu a porta de saída, deixando-os presos.

“Doutor, o que nós vamos fazer?”

“Eu não sei.” O Doutor parecia aflito. “Desculpe-me, Rose. Eu só queria explorar Marte. Eu achei que...”

“Não se desculpe, porque isso não é culpa sua! Isso sempre acontece com a gente. Nunca tem fim...”

Passou-se o que parecia ser uma eternidade para o casal e enquanto estavam presos, eles ouviram vozes de gritos vindos da equipe.

“Peguem tudo que puderem!”

“Afastem-se! Afastem-se!”

“Tem água aqui!”

“Roman! Nãããoo!”

“CAPITÃÃÃ!”

Continua...


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Notas finais do capítulo

Hey, digam-me o que acharam! Eu estava aqui escrevendo e passou pela minha cabeça o quanto eu gosto dos meu leitores, de todos vocês! Aí, eu tive a ideia de tentar conhecer vocês um pouco mais, então vou deixar aqui meu instagram pessoal: http://instagram.com/who_is_vanda/
Me sigam! ^.^
P.S.: O próximo capítulo postarei no dia do primeiro aniversário da minha fic. Sim, o final dessa aventura será no dia 07/01...



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