Desejos do Destino escrita por Charming, Jessie Tsukasa


Capítulo 18
Desejos de mim mesma


Notas iniciais do capítulo

GENTEEE DO CÉU, ESSE CAPÍTULO TAVA ENORME.

A NOVA CAPA DA FIC É UM AMORZINHO.
A LÍDER DOS HERÓIS DO DESTINO É A ZELDA
ENTÃO, ELA MERECE RECONHECIMENTO.

Porém, muito legal. Cheio de ação, de sangue, de emoções...

Mas eu tive que dividir porque se não ia ficar enorme!

Ou seja, toda a ação vai ficar pro próximo capítulo.
Desculpa JoãoGuedes350... :C
Tem só um pouquinho de ação nesse capítulo, mas o 19 vem cheio s2

Sim, as coisas estão acontecendo muito rápido.
É porque eu tento agradar vocês e quero que o futuro chegue logo.
(Mais legal)

As minhas provas começam nessa segunda, e talvez eu só escreva os capítulos sábado e domingo...
São duas semanas de prova só.
NÃO
PIREM.

Aaah, como se vocês ligassem pra isso *cruza os braços*

Gente, eu fui convidada pra fazer duas fics de Zelda que serão provavelmente postadas em breve ^^

O capítulo tá meio chatinho ( na minha opinião)
Por que eu e a Lucky Star levamos isso na brincadeira
A gente escreveu, cada uma era um personagem...
Foi legal *-*

Ana Luiza, acalme-se, tem um pouquinho de romance nesse capítulo. Mas no futuro, vai ter mais!

No capítulo 22 que a aventura começa!
( já esta pronto?)
( Não, já fizemos um roteiro. Falta ser escrito )

BEM VINDO JOÃOGUEDES350
BEM VINDA RAYRAY

E eu nem demorei tanto dessa vez :3

EU QUERO QUE CHEGUE LOGO O FUTURO DESSA FIC *-*
POR QUE ELA TÁ MUITO BACANA
SÉRIO
EU ADMITO
EU NUNCA

Me esforcei pra não deixar chato

É sério

Gladson, cadê você? :c

Eu vou reler o cap pq eu sei que tem erros
eu escrevi na pressa

Kira ( Antiga ElsaAmu)



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Capítulo 18

Desejos de mim mesma

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" E isso tudo...será culpa nossa."
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Minutos mais tarde

Ganondorf continuava a acariciar os cabelos da rainha que ainda dormia tranquila sem saber dessa visita totalmente inesperada. Ganondorf já estava pretendendo a ir embora pois havia um pouco de medo da rainha acordar e gritar pelos guardas, mas não sentia vontade de deixá-la. Ele queria ir embora, mas queria ficar para continuar a contemplar a imensa beleza da rainha que não sentia nada por ele. Aquilo doía só de pensar. Um imenso ódio de Link e Zelda apoderou-se dele desde que começou a visitar a rainha, porém, por um motivo estranho, ele revirava todas as casas da Floresta Kokiri no meio da noite e não encontrava nem um sinal dos dois. Estava certo de que eles haviam se mudado de lá ou algo parecido, e ele estava disposto viajar por toda Hyrule se necessário até encontrar os dois.
Passos foram ouvidos possivelmente aproximando-se do vazio e silencioso quarto da rainha. Aquelas vozes femininas odiadas por Ganondorf — pelo fato que elas falavam mal da rainha — aproximavam-se cada vez mais. Agora Ganondorf havia um verdadeiro motivo para ir embora de lá, pois a reação das empregadas ao ver o Rei do Mal no quarto da Rainha de Hyrule não ia ser nada boa. Aliás, elas estavam um pouco esquecidas sobre o remédio da rainha, pois já haviam passado horas que elas haviam saído e não voltaram. Ganondorf havia vontade de capturar a rainha para tratá-la como merece, pois se ela continuasse sendo tratada desse jeito, ela poderia morrer. Mas ela o odiava, e ele não aguentaria ver lágrimas todos os dias vindo dela.
Ganondorf conseguiu ouvir as vozes das empregadas — mesmo já estando longe, preparado para ir embora —misturando-se, como se elas houvessem conversando sobre a rainha. Ele possuía uma enorme de vontade de saber oque elas estavam falando da rainha, mas já estava longe e o máximo oque conseguia escutar era "Claire", que era o nome dela. Elas pareciam falar mal da rainha, e uma raiva grande apoderou-se dele, mas ele não podia defendê-la. Ele não conseguiu ouvir oque diziam, e quando se aproximaram da porta do quarto para que as palavras fossem distinguíveis, elas fizeram o favor de se calarem.

— Oque foi, Anne? — Uma das empregadas perguntou ao abrir a porta, notando que a amiga parecia assustada e olhando em volta.

— Nada. Tive a impressão de ter ouvido uma voz.

A outra deu risada.

— Você tá é louca!

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Hyrule Field

Ganondorf era apenas uma pequena sombra no chão. Os poderes novos que havia roubado do garotinho de olhos rosados havia dado um imenso poder nele. Ele podia espionar todos os seus inimigos e inclusive a sua amada. Não ia desistir até achar Zelda e Link, e ia se vingar imediatamente pois não aguentava mais esperar pelo destino. Ele precisava matar Link logo, e dar um jeito de matar Zelda também. Sentia um tremendo ódio pelos dois.
Reconheceu uns olhos azuis familiares, e viu que estavam brilhando de lágrimas. Reconheceu Zelda, e tentou ficar atento para onde ela ia. Ela parecia bastante triste e ele conseguiu ver algumas lágrimas caindo de seus olhos e caindo dos seus olhos como se fossem cascatas. Suas lágrimas assemelhavam-se a um lago cujo era iluminado pela lindíssima luz da lua, enquanto os seus olhos azuis estavam completamente gritando por ajuda, enquanto ela ficava calada.
Ela direcionava-se até um pequeno rancho, e limpou as suas lágrimas antes de entrar. Parecia que ela não gostaria que os seus amigos vissem Zelda chorando. Em um certo momento, Ganondorf lembrou-se de Claire, pelo fato das duas serem muito parecidas, e viu que as duas estavam sofrendo a mesma coisa.
Porém, ela havia feito que Claire o odiasse, então merecia morrer.

— Então é aí onde eles estão morando? — Pensava Ganondorf, já pensando em alguma hora para atacar.

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Rancho Lon Lon

Tranquilamente em um frio lugar, Link tocava canções conhecidas na Ocarina. Sentia a sensação que estava em outro lugar, onde não havia problemas, apenas música. O herói estava pensando em permanecer lá, juntamente com as brilhantes estrelas, esperando o sol raiar. O frágil vento parecia tentar avisá-lo de algo, mas ele ignora com um "não" abrasante. O som da ocarina vai cortando o insistente vento lentamente, ecoando do chão até o céu, enquanto ele deixava que a beleza de "A canção de Zelda" tomasse conta dele. A noite estava gélida e doce, o escuro era o único problema, as únicas fontes de luz encontradas eram Navi e umas tochas. Navi não gostava de interromper o amigo em sua ocarina, pois além de gostar de ouvir as canções, sabia que gostava de tocar a madrugada inteira quando estava chateado. E ela nem precisava perguntar o motivo. Imaginou que um diplomático silêncio fosse a melhor opção naquele momento.
Os olhos azuis claros de Zelda observavam tudo de longe, apreciando a belíssima canção que ficava realmente muito mais melodiosa em uma ocarina. Sentiu-se tranquila, pois sempre quando ouvia essa música pelo menos uma vez ao dia, ela não havia pesadelos. Ela não podia ensiná-la a ninguém que não houvesse uma conexão com a família real, mas ela não sabia que Link sabia tocá-la. Essa música havia um poder estranho sobre Zelda que a fazia dormir tranquila e ter bons sonhos. Desde o dia que fugiu do castelo, tem sido muito difícil manter isso, pois ela não conhecia ninguém que soubesse a existência dessa música. Seus pesadelos começaram fracos, até o dia que começaram a se realizar. Os pesadelos pesados que Zelda vem tendo a obrigam a fazer ações estranhas que todos passavam a considerar malucas. Ela fazia isso para proteger os seus amigos, havia uma voz esquisita que murmurava ameaças estranhas. Os pesadelos vão se realizando aos poucos, e ela estava com muito medo que o seu último pesadelo se realizasse. Havia sido muito pesado e o pior que a garota já teve em sua vida.
As solas dos pés da loira não estavam muito bem acostumados com aquela grama gélida. Andar por lá dava uma sensação de cócegas nas solas dos pés, enquanto a brisa frágil batia levemente no rosto da Hylian confusa. Hyrule de noite era muito mais fria do que de manhã. Se os seus cabelos não estivessem presos, estariam voando irritantemente neste horário. Uns fios fujões escapavam do penteado da loira, enquanto ela assoprava-os para os seus devidos lugares. Tudo ainda parecia muito frio, mas quando ela chegou perto do amado tocando ocarina, sentiu um pouco de suor escorrer. Limpou a testa suada com as palmas, e sua respiração passou a ficar mais rápida. Ela mal podia acreditar que ia falar com Link, que não falava com ela desde a noite que tiveram juntos. Ela respirou fundo, procurando manter toda a calma possível. Não dava mais tempo de correr ou desistir, ela estava muito perto, porém, ainda nervosa. Estava envergonhada ainda pelos arranhões em Link que não passavam de cicatrizes depois de um bom banho que havia tomado. Sempre que ela conseguia coragem para pedir desculpas, ela lembrava-se da vergonha. Aquilo não era bom, e não podia continuar desse jeito.
A loira aproximou-se de Link. Sentiu a sua garganta presa e sentiu medo de pedir desculpas. Do jeito que o garoto estava frio, podia recusar o pedido e ir embora no exato momento. Ela teria de ver oque ia acontecer, porque desistir era muito pior do que não ter tentado. Ela não sabia oque dizer, ela estava certa de que não podia começar já com um pedido de "desculpas" interrompendo o herói com a sua ocarina. Link estava com os olhos fechados, perdido em outro lugar, o lugar que não havia problemas. Não havia ninguém por lá, apenas ele. Zelda percebeu o quanto a legenda não parecia ser de alguém frio e grosseiro, talvez só estivesse um pouco cansado para ir a câmara dos sábios ou algo assim. Mas, o medo ainda apoderava-se dela e o tempo corria, ela precisava puxar logo algum assunto antes que o tempo a deixasse para trás. Zelda não conseguiu falar nada, apenas disse um "oi" seco e deixando claro que ela havia acabado de chorar.
Link por um segundo quase caiu da caixa que estava sentado. Estava ofegante, enquanto Navi não conseguia deixar de dar aquelas suas risadas de sempre. Ele olhou para Zelda com um olhar gélido, ela conseguiu notar que o garoto havia assustado-se com a voz dela ter surgido no meio do nada, principalmente por ele estar com os olhos fechados, e não notar as coisas em volta. Zelda desviou o olhar, e passou a fitar o chão. Suas bochechas estavam tão quentes que até compensavam aquele frio medonho. Zelda não sabia oque estava mais frio, o clima de Rancho Lon Lon ou o olhar que Link lançou naquele momento.
Zelda estava certa que não seria nada fácil pedir desculpas para Link. Ele estava muito diferente, mais frio e egocêntrico. Ela desistiu de um bom pedido de desculpas e decidiu que ia substituir por um bom sermão. Ela estava preparada para falar tudo oque sentia naquele momento. Mas, algo estranho veio em sua cabeça de repente. Como se Link houvesse lendo a mente da garota e já defendendo-se. Algo que fazia muito sentido, ela não acreditava e torcia para que oque veio em sua cabeça fosse apenas um pensamento. Fazia muito sentido para ser algo vindo dela, aquilo parecia ser mais um aviso de alguém querendo protegê-la. Era um aviso estranhíssimo, porém, podia ajudar a metade daqueles problemas.
Zelda estava muito distraída com os seus pensamentos, que nem notava que olhava para Link com um olhar esquisito. Ele estava em sua frente, esperando os olhos da garota encontrarem-se com os dele, mas aquele sentimento de constrangimento a dominou mais uma vez. Seu rosto estava quente de constrangimento, seu coração bateu em um ritmo assustadoramente alto ao sentir os dedos quentes de Link em seu queixo. Ele levantou o queixo da amada, fazendo-a sentir que seu rosto ia pegar fogo. Os olhos de Link traziam reflexos dos tempos que se foram, tempos de quando o corpo de quente Link inclinou-se sobre ela trazendo um calor bom ao seu redor. Lembrou-se dos afagos e todas as coisas bonitas que Link havia sussurrado para ela antes de eles dois dormirem. Os olhos de Zelda traziam reflexos de dor e sofrimento, de quando Bruce havia a atacado, de quando ela estava sagrando...e Link não conseguiu reprimir uma enorme vontade de desviar o olhar naquele momento. Mas, ele havia notado a tristeza enorme da amada, e notou que ninguém estava lá para ajudá-la. Notou que ele havia de ter ficado a apoiando não interessa oque fosse. A brisa gélida e amigável batia forte e novamente os fios fujões dourados de Zelda estavam novamente escapando do seu penteado, e era Link que afastava do rosto da amada com suavidade. Seus dedos deslizaram pelo rosto quente da amada, parando no queixo. Os dois olhavam-se fundo nos olhos um do outro, que traziam reflexos diferentes.
Mesmo sem uma palavra ter sido dada, estavam próximos a um beijo. Ao tocar em Zelda, Link sentiu toda a preocupação que devia ter chegando como um raio. A respiração de Zelda estava quente, ele notou os olhos da loira que deixavam claros que ela havia terminado de chorar faz pouco tempo. Tudo isso passou quando ele fitou os lábios de Zelda, e teve de aproximar-se. A língua úmida de Zelda aproximava-se e ela ainda perguntava-se como conseguia tanta coragem quando Link estava por perto.
Um enorme barulho foi ouvido. Aquilo surgiu do meio do nada, um barulho alto que fez a energia acabar em um segundo. Zelda escutou os gritos de Saria de longe, e sentiu-se assustada naquele exato momento. Quando lançou o seu olhar para Link, viu que já estava com a Master Sword em mãos. Seria difícil falar com Link depois de tudo oque aconteceu, mas os gritos aumentavam-se, e ela precisava falar algo antes que ele já saísse para procurar pela coisa que causou esse imenso barulho..

— O que foi isso? — Perguntou Zelda, enquanto encarava Link olhar em volta provavelmente para procurar por algum espírito do mal.

— Não posso responder essa pergunta agora.

Zelda não sentiu arrogância naquela frase. Sentiu um pouco de preocupação, pois estava muito interessado em saber oque era aquele barulho. Lógico que ele estaria preocupado até com si mesmo depois daquele barulho enorme, mas ela sentiu um pouco de preocupação — que ele não conseguia esconder — por ela naquela frase.

— Zelda, Navi, entrem em casa. — Disse Link, guardando a espada novamente na bainha. — Eu já sei quem é. Isso é assunto meu e dele.

Navi logo aproximou-se.

— Então...quem é? — Ela perguntou com aquela sua voz fina e assustada, era uma raridade ver Navi calada, mas depois daquele barulho ela havia ficado com muito medo.

Link encarou as duas com um olhar gélido.

— Entrem, — Link disse. Ele não havia nem terminado a frase, mas pelo jeito que falou, Zelda e Navi já assustaram-se. Ele havia falado com uma voz calma e baixa, mas ao mesmo tempo rouca e abrasante, como se aquilo fosse uma ordem. — por favor.

Zelda e Navi obedeceram. Elas haviam estranhado que depois de tantos gritos Saria, Mido, Malon e Aiker não houvessem saído. Se eles tivessem noção que corriam perigo, ao menos sairiam de casa para ficar perto de Link, mas parece que preferiram ficar dentro de casa. Zelda sentia que eles estavam sendo torturados lá dentro ou algo do tipo, pois não saírem de casa depois desse barulho muito assemelhado com o do baile era como pedir para morrer. Não havia sido um simples barulho, e sim um grande barulho que havia feito a energia acabar. Era assustadora e ainda mais aqueles gritos insuportáveis de vozes infantis também eram chatas.
Zelda de vez em quando olhava para trás, tentando ver para onde Link ia, mas o escuro foi misturando-se com a névoa, e Link ia sumindo lentamente enquanto andava em uma outra direção. Zelda permaneceu preocupada e nervosa, torcendo para que isso tudo houvesse sido apenas um mal entendido. Mesmo depois de Link ter perdido-se da vista da loira, ela continuava a observar, com esperança de que ele podia aparecer lá a qualquer momento dizendo que tudo havia sido um mal-entendido.

— Zelda! — Navi gritou, tão furiosa que deixava claro que não havia sido a primeira vez. — Você está me ouvindo?

Zelda lançou o olhar para a fada.

— P-perdão! Estava distraída. — Zelda disse, em meio de risadas. — Oque foi?

Navi mostrou que não havia conseguido abrir a porta com a sua magia.

— A porta está trancada! — Navi gritou, fazendo Zelda arregalar os olhos.

Link sumiu um pouco da mente da Zelda. Ela estava preocupada com os amigos lá dentro, que estavam quietos de mais para quem havia acabado de receber um imenso barulho e um apagão. Zelda logicamente teve que esmurrar a porta e gritar, mas ela não ficou muito surpresa quando isso não deu certo. Tentava milhares de vezes abrir a porta, girava a maçaneta milhares de vezes e isso sempre resultava-se em nada. Apenas em mãos cansadas e vermelhas de tanto tentar.

— Oque fazemos agora? Não podemos ficar neste escuro sozinhas sem armas e sem proteção! — Gritou Zelda, com esperança com que Navi dissesse: "ir atrás de Link".

— Pegue aquela espada jogada no chão! — Disse Navi, voando até lá para dar um pouco de iluminação no lugar completamente escuro. Aquilo não parecia bem uma espada, mas se era a única arma que havia, ela devia aceitá-la. Navi esperou Zelda se aproximar para pegar a espada, e continuou lá, iluminando-a. — Eu sei que não ajuda muito, mas pelo menos você não está desarmada!

Zelda fez "sim" com a cabeça. Juntou a espada do chão e notou que parecia velha e suja. Mas ela era bastante pontuda e demonstrava ser muito forte. O passado voltou a mente da loirinha assutada, e lembrou-se de que o pai ensinava ela a manejar esse tipo de espada, e ela era muito talentosa nela. Lembrou-se aos poucos, aquela arma era chamada Florete, e era bastante forte na opinião de Zelda.

— Vamos atrás de Link? — Perguntou Navi, fazendo Zelda lançar os olhos azuis confusos para ela.

— Bem...ele vai ficar com raiva...mas, a gente não pode ficar aqui. Podemos ser atacadas e ele está lá pra longe e não temos como pedir socorro.

— Zelda, você está com uma arma!

Zelda deu de ombros.

— Talvez eu tenha esquecido um pouco de como usá-la.

Navi falou em uma voz maliciosa:

— Você quer é ver o Link que eu sei.

Zelda deu risada, e logo soltou um suspiro.

— Link está morrendo de raiva de mim, não nota?

Navi deu uma risada. Não uma risada de deboche, e sim uma risada comum. Zelda sentiu-se confusa ao ouvir aquela risada vinda de Navi, não sabia se estava debochando ou apenas rindo da situação para ser educada. Depois que Navi parou de rir, Zelda a fitava com um olhar esquisito, esperando que ela explicasse o motivo da sua risada.

— Você é divertida, porém, muito ingênua! — Navi disse, entre risos. — Você jura que o Link vai te odiar? Eu conheço ele faz um tempão, e eu te juro, de que todas as pessoas que eu vi Link conhecer, você foi a única com que ele se preocupou.

Zelda entendeu porque Link não queria ficar preocupado, pois era fora do comum da parte dele e ele estranhou isso de si mesmo.

— Ah, sim. Agora entendi!— Zelda disse, com uma voz alegre e animada.

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Tempo passava-se e não haviam um sinal de Link. O rancho não chegava a ser tão grande, por isso nessa altura já teriam pelo menos achado um sinal de Link. A névoa não ajudava nada. Estava cada vez pior, e se Navi não estivesse lá, Zelda não conseguiria ver nem por onde andava. Não conseguia-se ver nada, e Zelda já começava a preocupar-se.
Zelda viu uma imagem surgindo na névoa. Preparou a sua arma, deixando-a em mãos, mesmo um pouco de medo apoderando-se dela. Era um garoto extremamente ferido, não pouco, e sim muito ferido. Estava com ferimentos espalhados por todo o corpo, e quando encarou os olhos dele reconheceu Link. Ia ser difícil reconhecer Link naquela névoa e escuro, mas ela reconheceu. Ela correu até ele imediatamente, estava assustada, enquanto Link estava ofegante e parecia muito cansado. Ele rapidamente a rodeou com os seus braços feridos, acompanhado de um gemido.

— L-Link! — Zelda gritou, assustada. — Oque houve?

— Nada, Nada. — Link disse, com muitas dificuldades. — Fico feliz que estejam aqui. Não entrem em casa, por favor.

Navi aproximou-se.

— Certo.

Um garoto de longe observava aquele abraço, querendo matar aquele impostor. Ele viu que Link aproximava uma faca das costas da Zelda, enquanto ela estava ocupada preocupada com ele, e nem percebia. Ele aproximou-se de lá, correndo, rapidamente.

— TIRA ESSA FACA DE PERTO DELA! — Outro Link gritou, fazendo Zelda arregalar os olhos e olhar para os dois lados.

— Dois Links? — perguntou Navi, já que Zelda não conseguia falar nada.

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Casa de Malon

Todos estavam bastante assustados, as janelas estavam trancadas, assim como as portas. Saria abraçava Mido, e mal conseguia falar. Seus olhos estavam repletos de lágrimas, sua cabeça doía muito, ela sentia espíritos do mal naquela casa. Os espíritos do mal não a permitiam falar nada.

— Ela já está melhor? — Perguntou Aiker, demonstrando bastante preocupação com a garota dos cabelos verdes.

— Bem, ela está ardendo de febre... — Disse Malon, que apesar de não gostar muito de Saria, estava ajudando-a. — Mas isso não é nada de mais.

— Zelda e Link...correm perigo...vão morrer... — Saria disse, em meio de lágrimas.


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A irrealidade daquele momento não permitia Zelda assustar-se o bastante para desmaiar. Mas haviam...dois Links. Um estava completamente machucado, o outro estava sem feridas e nada. Ela continuava a ficar confusa, ela não conseguia entender nada...parecia um momento muito irreal. Será que...era um pesadelo?

— Zelda, não acredite nele! Ele é um impostor! — O Link sem feridas gritou, fazendo o outro lançar um olhar gélido para ele.

— Como ousa tentar enganá-la? — O Link machucado respondeu, aproximando-se do outro Link.

O Link que não estava machucado o empurrou, parecia que nem queria que chegasse perto.

— Eu? Enganá-la? Não fui eu que tentei esfaquear ela, não foi?

O Link que não estava ferido — que por um acaso era o verdadeiro — avançou a sua espada. A espada de ambos se encontraram no ar com violência e tiniram. O falso Link recuou uns passos, mas logo firmou o pé no chão e protegeu-se com o escudo. Zelda sentia vontade de participar daquele duelo, mas os dois eram muito fortes e ela havia medo de acabar machucando o verdadeiro Link. O falso Link quis atingir-lhe a cabeça com a espada, mas o verdadeiro aparou um golpe no ar com tal firmeza que a arma do adversário cair ao solo.
O falso Link conseguiu pegar a sua arma, e com um ódio que aumentava cada vez mais. Correu até ele, e com um chute, conseguiu derrubá-lo. O verdadeiro Link não conseguia fugir, o falso Link pisava em sua barriga com muita força. A espada ia aproximando-se cada vez mais, e fechou os olhos, preparado para receber oque devia. Zelda chorava loucamente enquanto estava confusa, ela não sabia se devia deixar aquilo acontecer ou não deixar.
De repente, tudo parou. O movimento parou, as pessoas pararam de se mexer, o único som ouvido era as fortes batidas do coração de Zelda. Tudo sumiu, quando Zelda abriu os olhos estava em um lugar esquisito, um lugar escuro com neblina fria e uma brisa abrasante. Olhou em volta mas só conseguia ver a mesma coisa. Não assustou-se, pois irrealidade era a única coisa que havia naquele momento.
Uma mulher completamente encantadora apareceu na sua frente. Havia longos cabelos dourados, que batiam exatamente na cintura. Estava repleta de cicatrizes, mas dava para notar que havia uma linda pele branquinha e macia. Seus olhos assemelhavam-se aos dela, enquanto um belíssimo batom cor-de-rosa dava uma cor escura a seu rosto branquinho. Ela usava uns trajes estranhos, como se fosse uma guerreira. Segurava uma espada muito parecida com a de Zelda, só que muito maior.
Ela sangrava, mas Zelda havia medo que ela fosse do mal. Mesmo sendo bonita, podia ser do mal. Passou alguns minutos e a mulher deu uma risada mostrando toda a doçura contida nela. Zelda notava que a encarava como se ela fosse uma celebridade bastante conhecida. Zelda não entendia, mas sentia uma certa conexão com essa mulher que até a fazia assustar-se.

— Oque foi, Zelda? Eu sou tão feia assim? — Ela perguntou, em meio de risos. Mas...como ela sabe o nome de Zelda?

Zelda apontou aquela pequena espada para ela, com um olhar gélido. Ao mesmo tempo, sentia muito medo, pois a espada que a moça havia não podia-se nem comparar-se com a dela.

— Como sabe o meu nome?

Ela novamente deu risada, e jogou o seu cabelo para trás, em uma pose orgulhosa.

— Eu sou você do futuro.

Zelda sentiu vontade de dar risada. Mas, estava um pouco de orgulhosa de si mesma. Ela ia ser realmente bonita quando crescer...
A Zelda do futuro ajoelhou-se até ela, e a encarou fundo nos olhos por minutos. Conseguiu lembrar-se de todo o passado, e principalmente de Link. Sentiu seus olhos rasos de lágrimas, e preferiu desviar o olhar naquele momento.

— Escute...eu sei que parece assustada...mas, eu vou impedir você de fazer um grande erro! — Ela gritou, sem olhar para Zelda. — Foi aqui que eu errei...

Zelda sentiu que estava encarando uma grande amiga naquele momento. Era meio confuso, mas Zelda abraçou "ela mesma" naquele momento. As duas eram as pessoas mais próximas do mundo, mas sentiam-se muito separadas. Porém, ambas estavam sofrendo, ou melhor, Zelda estava sofrendo. As duas. Tanto a do futuro, como a do passado.

— Sabe por que eu estou assim? Ou melhor, nós estamos assim? — Perguntou a Zelda do futuro, apontando para suas cicatrizes graves e sangrentas. — Foi tudo culpa do Link, ele cresceu e virou um ser louco...ele matou todos os amigos, queria ser o único herói...mas não teve a coragem de matar você. Você foi besta de mais, que descobriu no final de tudo ele só estava te usando. Ele irá te matar, pois ele vai querer acabar com Ganondorf sozinho...e vai acabar morrendo. Hyrule virará um caos para sempre! E tudo isso... — Ela olhou para a Zelda do passado e deixou cair uma lágrima. — será culpa nossa...

Zelda arregalou os olhos por cada palavra que foi dita por ela.

— POR FAVOR, ME DIGA COMO POSSO IMPEDIR QUE ISSO ACONTEÇA!

A Zelda do futuro imaginou que seria difícil explicar o que ela devia fazer. Ela não ia aceitar, pois ela conhecia muito bem a si mesma, e sabia que era muito teimosa. Seu coração bateu mais forte, em um ritmo louco. Ela não estava preparada para dizer isso a apenas uma garotinha de 14 anos, que logo depois ia se sentir uma assassina. Ela lembrava-se de como era frágil e fraca naquela época, e também... muito dramática.
Ela abriu os seus lábios em um riso sem som, e novamente jogou os seus longos cabelos para trás.

— Mate o Link.

A sensação de dizer aquelas palavras era dolorosa, foi a mesma expressão que a Zelda do passado fez. Houve um longo silêncio onde as duas deixavam escapar pensamentos tristes e dolorosos. Zelda não havia de perguntar o motivo, pois ela já havia explicado. Por um momento, sentiu que podia ser aquela mesma pessoa que estava tentando fazer de conta que era Link. Talvez aquela pessoa dominava esse tipo de magia. Mas, Zelda confiava nela. Ela olhava seriamente para ela, e ao fitá-la, conseguia ver os reflexos do futuro.

— Mas... se eu matar o Link... as coisas só vão piorar.

— Não. — Ela balançou a cabeça em um "não" bastante sério. — Ele vai voltar um dia, muito melhor. Um velho amigo nosso vai treinar para que ele volte puro e nem um pouco egocêntrico.

— Amigo? Voltar? Treinar? Como assim?

— Depois que matar o Link, procure por Impa. — Ela disse, dando um leve sorriso. — Ela vai te explicar melhor.

Zelda encarou-a seriamente.

— E se eu não conseguir matá-lo?

— Estou te ajudando.

Zelda fez um "sim" com a cabeça.


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Tudo havia voltado ao normal. Zelda observava os dois que ainda lutavam.
Quando a lâmina se aproximava de um dos Links, ele rapidamente conseguiu desviar-se. Espera...e se ela matasse o falso? Ela precisava dar um jeito de descobrir quem era o verdadeiro Link. Ela estava nervosa só de pensar que teria que matar o Link, e imagina se fizesse algo errado! Mas se aquilo fosse um desejo do destino, ela não teria que recusar.
Eles pareciam ofegantes e machucados, mas ainda encaravam-se com um olhar gélido e assustador. Zelda sentiu os dois olhares nela, e mordeu o lábio rapidamente. Sentiu medo e que logo ia começar outra briga naquele momento. Ela precisava logo descobrir quem era o verdadeiro Link...mas...como? Como se eles haviam até o jeito idêntico, a aparência totalmente igual, e até as mesmo jeito de atacar.

— Zelda! Não acredite nesse impostor! — Um dos Links gritou, parecendo estar bastante furioso. — Ele pode até ser bonito...mas é um impostor!

Aquele podia ser o verdadeiro Link. Era muito vaidoso.

— Não a assuste, imbecil! — O outro Link gritou.

Aquele podia ser o verdadeiro Link. Protegia a Zelda seja oque fosse.

Zelda permaneceu confusa. Os dois pareciam a mesma pessoa...mas um deles fingia bem de mais, ou Zelda era péssima em notar o jeito das pessoas. Navi parecia mais confusa que a própria Zelda, e ela lembrou-se dos amigos que estavam trancados naquela casa, sem saída. Ela precisava logo fazer oque havia de ser feito para cuidar dessas outras coisas. Eles já pareciam fazer uma posição para voltarem a lutar.

— ESPERA! — Zelda gritou, enquanto aquilo ecoava no ar que seria possível até Hyrule Market inteira escutar. O vento bateu em direção a garota que estava com uma expressão furiosa. Navi permaneceu confusa ao ver uma garota tão medrosa intrometer-se em uma luta como aquela que parecia muito confusa. Zelda havia visto como ia ser corajosa quando crescer, e tentou mandar a vozinha do medo dentro de si se calar por um tempo. Os olhares dos dois estavam nela, ambos surpresos pela atitude da loira. — Deixem eu participar da luta também.


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Notas finais do capítulo

AIII *-*

EU QUERIA POSTAR LOGO O CAPÍTULO 19
MAS, TIPO, OS COMENTÁRIOS DEMORAM UMA ETERNIDADE.

Gente, desculpe se estiver confuso.
É que eu me inspirei em um mangá que eu lia quando eu era menor.
Essa coisa da Zelda do futuro
Dois Links

" Qual foi? "
Me esqueci.

HUEEEEEEEEEEEEE

Enfim, talvez o capítulo 19 demore ;c

ELE TÁ CHEIO DE AÇÃO
CHEIO DE EMOÇÃO
CHEIO DE VIDA

Gente, como eu já disse antes, fui convidada pra fazer duas fics de Zelda e eespero que vocês leiam
Na minha opinião, elas estão muito boas ^^

Kira