O Destino Me Fez Mudar escrita por Lana


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Eu não dormi bem aquela noite. Sequer consegui dormir muito. Meu coração doía e eu havia chorado por muito tempo. Depois de Emmett sair do baile, eu acabei indo embora também. O lado positivo é que agora já estava feito. Eu não precisaria mais fingir que não havia nada de errado, eu poderia simplesmente ir embora e chorar o quanto eu quisesse em LA. Mas eu não faria isso também, eu já havia magoado Emmett, não queria também magoar Jacob.

Nós estávamos no aeroporto, esperando nosso avião. Alice e Jasper haviam ido conosco. Assim que nosso vôo foi anunciado fui me despedir deles.

- Tchau Jazz. – eu abracei Jasper enquanto Jacob se despediu de Alice. – Vou sentir saudades.

- Eu também Rose, eu também. – ele me apertou e me soltou. – Logo agora que eu finalmente arranjo uma irmã pra cuidar e ter ciúmes ela vai embora. – ele disse com um muxoxo. Eu dei um risinho.

- Sempre quis ter um irmãozinho também. – disse apertando sua bochecha. Virei-me para Alice que já tinha lagrimas nos olhos.

- Eu vou sentir muito a sua falta, Rose.  – Alice disse enquanto me abraçava apertado. – Muito. Não sei o que vou fazer sem minha melhor amiga aqui. – eu a apertei mais forte.

- Allie, não se preocupe, tudo bem? – eu falei enquanto me separava dela. – Eu prometo que distancia nenhuma vai nos afastar de verdade, ta? Vamos nos falar todos os dias, duas vezes ao dia se você quiser. Eu prometo. – ela levantou o dedo mindinho, as lagrimas escorrendo pelas bochechas, e eu ri enquanto levava meu dedo mínimo de encontro ao dela. – Promessa. – ela me abraçou de novo e eu a apertei. – Eu tenho que ir agora.

Eu e Jake seguimos para o portão de embarque. Quando estávamos devidamente acomodados no avião, me permiti derramar algumas lagrimas pela partida. Não queria chorar na frente da Alice porque seria pior.

- Você está bem? – Jake perguntou.

- Claro. Só vou sentir muita saudade deles. – contei parte da verdade. Jake passou os barcos ao redor de mim como pode, e me deixou ficar calada, sem fazer mais perguntas. Fiquei grata por isso.

Quando chegamos a LA minha mãe estava no aeroporto esperando por nós. Ela havia ficado super contente que eu voltaria para casa e assim que desembarquei, ela correu na minha direção me dando um forte abraço.

- Filha! – ela disse me balançando de um lado pra o outro, ainda abraçada a mim. – Que saudades de você, meu bebe. Como você cresceu.

- Mãe, eu te vi não faz nem um ano. – eu revirei os olhos com um sorriso. – Estava com saudades também. Como você ta?

- Estou ótima. – ela disse me soltando e indo abraçar Jake. – E vocês, como estão? Como foi a viagem?

- Foi ótima, tia. – Jake respondeu.

- Vamos pra minha casa, - minha mãe chamou enquanto nos acompanhava ate a saída – porque eu preparei um almoço pra vocês.

Nós fomos para casa da mamãe, Jake almoçou conosco e ficou lá mais um pouco enquanto conversávamos com meus pais. Dona Esme em particular adorava Jacob. Depois de um tempo, Jake disse que iria embora, estava cansado da viagem e tudo mais. Fui levá-lo ate a porta.

- Rose... – ele começou hesitante. – Então, como nós ficamos?

- Vou na sua casa mais tarde e conversamos, tudo bem? – pedi. Estava cansada e sem cabeça pra isso.

- Claro. – ele disse me dando um beijo no rosto. – Ate depois.

Quando voltei pra dentro da casa minha mãe foi comigo para o quarto, enquanto eu desarrumava as malas ela fazia perguntas da minha vida em Forks.

- Mãe, você conhece o doutor Carlisle Cullen? – perguntei pra ela quando estava quase tudo arrumado.

- Por que está perguntando isso, Rosalie? – ela me olhou de lado e começou a mexer em algumas roupas, como se estivesse distraída.

- Não fuja da minha pergunta.

- Devo conhecer sim. – ela disse. – Por quê? O que você sabe sobre esse homem?

- Eu não te contei, mas eu estava namorando em Forks. Algo recente. E ele era filho do Dr. Cullen. – minha mãe ficou tensa de repente. – Então o Dr. Cullen me contou sobre vocês. – disse de uma forma calma e sem dar muita importância. Talvez no fundo eu ainda esperasse que minha mãe negasse.

Mas ela não negou.

- Como pôde fazer isso com o papai, mãe? – perguntei furiosa. – Como pôde?

- Rosalie, fique calma... – ela pediu. – Por favor, fique calma, eu vou te contar tudo.

Respirei fundo e sentei na cama de frente pra ela.

- Então me conte tudo, mãe. – ela respirou fundo e começou.

- Quando eu morava em Forks com o seu pai nós éramos recém casados. Seu pai trabalhava muito, eu era jovem, inquieta e adorava diversão. Mas seu pai não me dava isso porque sempre chegava tarde do trabalho, nunca queria sair... Então certa noite depois de nós discutirmos eu sai para esfriar a cabeça, fui dar uma volta e conheci o Carlisle. Ele era um homem encantador, sabia exatamente o que dizer para que eu me sentisse bem, além de ser lindo e muito charmoso. Ele me divertiu aquela noite, e depois nós voltamos a nos encontrar. Entenda Rosalie, eu amava o seu pai, mas Carlisle era... Tudo que uma jovem como eu procurava em um homem.

“Depois de nos encontrarmos algumas vezes mais, acabamos dormindo juntos. Depois eu descobri que ele tinha uma esposa também. Mas aquilo não me impediu de continuar com ele. Ele era minha fuga, e eu era o refugio dele. Nós continuamos nos vendo as escondidas até que eu fiquei grávida. E então, só naquele momento, eu parei para ver o que eu estava fazendo. Se eu continuasse com aquilo eu corria o risco de perder o marido, e depois se Carlisle não deixasse a mulher para ficar comigo, o que eu sabia que ele não faria, porque ele a amava, como eu iria te criar? Que futuro você teria? Então eu vi que era hora de parar. Eu fui ate Eleazer e falei que queria me mudar. Não estava feliz em Forks e não continuaria lá. Contei que estava grávida. Ele ficou muito feliz e nos mudamos pra cá no mês seguinte. Eu contei a Carlisle que estava grávida também, quando fui me despedir dele. Nunca mais falei com ele depois disso. O vi uma vez, na rua. Mas não falei com ele, nem sequer um aceno. Porque eu sei que o que fiz foi errado Rose, e eu amo o seu pai. Arrependo-me de tê-lo traído, mas não posso voltar no tempo e mudar as coisas agora.

“Queria ter sido mais inteligente naquela época, e saber tudo o que sei agora. Assim, não teria cometido os mesmo erros. Mas não posso, então tudo que faço é conviver com essa culpa e tentar ser uma excelente esposa para, ao menos, tentar compensar tudo de ruim que fiz a ele.

Quando terminou de contar, ela tinha os olhos marejados pelas lagrimas. Eu a entendia, por incrível que parecesse. Eu entendia seu ponto de vista e não a julguei. Era passado, ela se arrependia, e ela fora uma boa esposa por todos esses anos, afinal. Era estranho saber que sua mãe não era tão santa quanto você esperava, mas afinal, quem era eu para julgá-la? Eu que já cometera tantos erros e em tão pouco tempo... Minha mãe me olhava, esperando minha reação.

- Olha mãe, não aprovo o que você fez. Foi mesmo errado. Mas você tem sido uma ótima esposa, e foi uma ótima mãe, e eu realmente acredito que você e o papai são felizes juntos. Então eu não vou estragar isso trazendo esse assunto à baila de novo. – eu disse. Ela sorriu.

- Obrigada Rose. – disse segurando minha mão e dando um leve apertão.

-

- Entre Rose. – Jake disse quando atendeu a porta. Ele me levou ate a sala e eu me sentei no sofá, toda esparramada, como se a casa fosse minha.

- Antes de conversar sobre nós eu posso desabafar com você? – eu pedi. – Acho que preciso do meu melhor amigo agora.

- Claro que pode. – ele veio se sentar no sofá comigo, e eu coloquei minha cabeça no colo dele enquanto me deitava melhor no resto do sofá.

- Mas você tem que me prometer que não vai contar pra ninguém o que eu vou te falar, nem comentar com minha mãe sobre isso. – falei, séria.

- Tudo bem.

Contei a ela a história da minha mãe, sem mencionar exatamente que era o pai de Emmett o amante dele, para não passar pela cabeça de Jake que eu sai de Forks por isso. Ele me ouviu sem fazer comentários, e eu percebi que no fundo estava bem mais chateada do que eu pensava com toda essa história. Parecia que toda minha vida havia sido uma mentira, como se todas as minhas certezas tivessem sido arrancadas de minhas mãos. Não era uma sensação boa.

- Não sei Jake, me sinto perdida. Até minha mãe é uma mentirosa... E é tão estranho falar dela assim, sempre a levei como ícone de respeito, sinceridade e dignidade... E isso agora. Não sei o que fazer. Parece que não sou eu mesma. – funguei. Eu estava sentada, e Jacob passou os braços ao redor de mim para eu me aconchegar a ele.

- Rose, só feche seus olhos. Você vai ficar bem. Ninguém pode te machucar agora, ninguém pode te machucar aqui – ele estreitou os braços ao meu redor. – vai ficar tudo bem. Você é você, e sempre vai ser você. Independente de quem é seu pai, do que sua mãe fez...

- Você faz eu me sentir tão bem. – eu sorri, virando-me de frente pra ele. – É uma das coisas que eu gosto em você.

- Do que mais você gosta em mim?

- Eu gosto do enorme coração que você tem, que é cheio de bondade e sinceridade. Eu adoro o jeito que você sorri, e adoro como me deixa feliz. Eu adoro quando você corre pra me encontrar quando eu estou triste ou sozinha, e o jeito que você mexe no meu cabelo. Adoro como você sabe exatamente o que fazer pra me deixar feliz. Adoro como você diz as minhas letras de musicas favoritas, e quando canta pra mim de manhã. – eu sorri, lembrando das nossas manhãs em Los Angeles antes de eu ir pra Forks. Percebi que eu sentia saudades disso mais do que imaginava. – Eu adoro o jeito como as suas camisas ficam grandes em mim, e adoro o cheiro que você deixa no seu quarto. Eu adoro como você me faz sentir segura. Eu adoro como você faz eu me sentir, porque só você faz com que eu me sinta assim.

Ele sorriu, como se só faltasse isso pra fazer seu dia feliz. Lentamente, ele foi encostando seus lábios aos meus, como se esperasse minha aprovação. Como eu não me opus, seus lábios estavam colados aos meus em poucos segundos. Foi um beijo calmo e doce, um beijo que só Jacob tinha. Ele se afastou de mim um tempo depois com aquele sorriso que parecia irradiar calor.

- E você, o que você gosta em mim? – eu perguntei sorrindo e levantando uma sobrancelha.

- Hmmm... Eu gosto do jeito que você me olha, e do jeito que morde os lábios quando esta indecisa ou nervosa. Eu gosto quando você faz aquela expressão de cachorro sem dono só pra conseguir o que quer de mim, e gosto quando você percebe o que eu estou sentindo sem eu dizer nada. Gosto do quanto você é compreensiva, e como faz as coisas para os outros sem esperar nada em troca. Gosto que você saiba coisas sobre mim que eu mesmo não sei. Gosto quando sente ciúmes e do jeito que você me beija, porque parece que eu fico sem chão quando isso acontece. Eu gosto quando você conta as suas piadas, mesmo aquelas que não são tão engraçadas, adoro o seu sorriso e o jeito que põe o cabelo atrás da orelha. Adoro aquela sua mancha de nascença na barriga, e o jeito que você canta quando está no banho. Eu gosto de você, de cada detalhe que você possui, e gosto de ficar com você, porque é uma das melhores coisas que eu tenho. Então, eu acho mesmo que isso é amor. – eu dei uma risada.

- Eu amo você também, mas você já sabe disso. – eu sussurrei enquanto juntava meus lábios ao dele mais uma vez.

N/A:

Olá suas lindas! :)

Viram como quase não demorei? Não passei um ano sem psotar de novo u_u UHAEUHUSHEUS Enfim, espero que tenham gostado do capítulo, apesar de não ter ficado grande. A fanfic está na reta final, hora de quem leu ate aqui e não deixam um review, deixar né? Tambem aceito recomendações, hehe USHEUSHUESU Não vou enrolar hoje u_u

Então, queria desejar um feliz ano novo pra todas vocês! Que 2012 sejá maravilhoso, com muita paz, saúde, alegria, felicidade e sucesso pra vocês e pras suas famílias.

Beijos! s2

lanninha.


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