Inumano escrita por Lady Graham


Capítulo 1
Chapter 1 - Um Novo Começo




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Isabella Swan estava em seu quarto de cores claras, ouvindo música em seu Ipod sentada na cadeira de balanço, olhando através da janela, vendo as algarobeiras, pés de barrilha-espinosa, balançarem ao ouvir o som doce do vento soprando. A pálida grama de inverno se estendia pela terra, onde crianças e seus parentes brincavam com a neve macia.

De repente, a garota levantou-se de um pulo e desceu correndo as escadas, entrando na cozinha às pressas e retirando a colher de pau das mãos de sua mãe e imediatamente mexendo na panela de ferro, logo após de ligar o ventilador, a fim de livrar a fumaça do local.

- Das próximas vezes mãe, me deixe fazer a comida por favor. Não gosto de comida queimada. – Reclamou Isabella, pondo o molho de tomate em cima do macarrão pré-aquecido no micro-ondas.

- Ah Bella, não reclame! Minha comida não é tão ruim assim, é? – A mãe questionou, pondo as mãos na cintura, e vendo sua filha rir silenciosamente. Ela balançou a cabeça e foi para o cômodo mais próximo. – Querido venha, o jantar está pronto... não, Bella terminou de fazê-lo.

A mãe de Bella saiu do lugar acompanhada de um homem. Ele era mais esbelto do que magro, com um rosto comprido, cabelos negros e pele clara.

Eles sentaram-se à uma mesa de segunda mão comprada por Bella, e depois pintada de turquesa, coral e preto pela mesma.

- Então Phill, quando vai começar os próximos jogos? – Interrogou Bella, dando uma garfada na almôndega já morna.

- Bem Bella, começarão na semana que vem, um dia depois de sua viagem para Forks... – Phill não terminou de falar, pois recebeu um olhar furtivo de sua esposa. – Opa.

- Viagem para Forks? Como assim? Reneé! – Gritou Bella, antes de arrastar sua cadeira com força, a fazendo ranger no assoalho de carvalho polido. Ela subiu as escadas à passos duros e firmes. Entrou em seu quarto e bateu a porta com força.

Ela jogou-se na cama fortemente e passou a encarar o teto. Fechou os olhos e começou a lembrar-se de tudo o que passou em Forks. Viver com seu pai e sua mãe era confortável, mas desde que sua mãe e seu pai haviam se divorciado e sua mãe se casado com o jogador de beisebol Phill Dwyer, ela passou a ver pouco o pai. Ela tinha poucos amigos na cidade, e um em especial: Jacob Black, filho do melhor amigo de seu pai.

Bella olhou institivamente para seu relógio digital, franzindo a testa para enxergar melhor os números em branco.

Nossa! Já se passam das três da manhã! E amanhã, ou hoje, tem escola. Melhor ir dormir, pensou Bella.

Ela abriu seu armário e puxou um pijama grosso de uma das gavetas. Era um pijama cuja parte de cima era branca, na qual as mangas eram roxas e na frente possuía um panda em preto e branco. A parte de baixo constituía numa calça grossa e peluda roxa de bolsos laterais.

Bella, após se trocar e escovar seus dentes, deitou-se na cama gelada e encostou sua cabeça no travesseiro, fechando seus olhos lentamente. Após alguns minutos caiu no sono.

Às 6:45 Bella já estava disposta, de banho tomado e cabelo penteado. Às 7:00 Bella já estava com sua vestimenta: uma calça de couro preta justa, uma blusa branca, uma jaqueta de couro vermelha que acaba na metade de seu troco e um all-star branco e preto.

Entrou em seu banheiro, abrindo a gaveta de acessórios e puxando seu tão preferido Ray-Ban preto. Retirou seu celular do carregador e pegou seu fone-de-ouvido, descendo as escadas escolhendo uma música.

Pegou sua mochila escolar na cadeira de sua sala de estudos/lazer e sua chave do carro no chaveiro ao lado da sua escrivaninha. Foi para a cozinha e ignorou o ‘bom dia’ de sua mãe e seu padrasto. Pegou uma maça verde e deu um grande gole na xícara de café que Reneé sempre coloca em frente à cadeira reservada para sua filha.

Saiu de casa às pressas, entrando na garagem e fechando a porta atrás de si. Entrou em seu carro e abriu o portão da garagem, saindo cantando pneus.

Logo chegou na escola, que por sinal, estava vazia. Eram apenas 07:15 e as aulas começavam às 08:00. Abriu sua mochila, retirando de lá um caderno personalizado. Era um caderno de desenhos, onde Bella desenhava sobre as visões que apareciam-lhe nos sonhos. Hoje era sobre Forks, e um garoto desconhecido. Bella o desenhou com tamanha perfeição, e terminava de desenhar suas sombracelhas quando ouviu uma batida de leve na sua janela.

Bella baixou o vidro, vendo sua amiga Kara franzir o cenho. Kara era uma jovem indígena que veio para Phoenix quando tinha apenas 4 anos de idade. Ela era morena, de cabelos negros longos e lisos que desciam sobre sua coluna vertebral e batiam no termino da cintura. Seus olhos verdes água estavam escondidos atrás de um óculos de grau redondo e enorme.

- Oi, Bella. – Disse Kara, abrindo a porta esquerda. A garota usava uma calça jeans justa, uma blusa azul clara cobria seus braços morenos e uma bota de cano curto de couro. – Vai sair ou vai ficar ai dentro?

- Rá! Rá! Muito engraçada! – Caçoou Bella. Saiu do carro pegando seu caderno, mochila e celular e começou a seguir Kara, que entrava dentro da escola, se desviando dos diversos grupos: nerds, emos, jogadores, patricinhas, esquisitões... – Aonde está indo?

- Preciso achar Seb. – Seb (diminutivo do nome Sebastian) é irmão gêmeo não-idêntico de Kara. Ela entrou em diversas salas e não conseguia achar seu irmão. – Quer saber? Esquece. Ele que se vire... – Após isso Bella deixou de ouvir. Ela pusera escondida seus fones e ligara alto o som. Sentimentos sujos e auras coloridas demais tomaram o corpo da jovem, cujos poderes ela ainda não soubera dominar. A amiga, e percebeu o que Bella fez, retirou seu fone da ore e gritou bem na ponta do ouvido: - Você está me ouvindo, Bella?

- Kara Cormack! Por que diabos gritara em meu ouvido? – Gritou Bella para a amiga. Kara apenas deu de ombros e entrou numa sala cuja porta tinha um aviso: “Matemática”. Sentou-se numa cadeira no meio da sala e Bella a acompanhou, sentando-se numa cadeira atrás. Retirou um caderno, o livro de matemática, caneta e lápis.

- Bells, desliga a música. Sabe que não é necessário aqui dentro, não sabe? – Disse Kara, tirando os óculos escuros da face da amiga. Bella grunhiu e tirou os fones-de-ouvido à contra vontade. – Grunhe de novo, e eu te levo para a carrocinha, menina-cadela.

Bella deu a língua antes do professor substituto entrar na sala de aula. Ele ajeitou a graveta estranha e colorida antes de pegar um giz azul-claro e escrever na lousa negra: ‘Sr. Eilenn Slughorn’.

- Como está escrito na lousa, eu sou o professor substituto Sr. Eilenn Slughorn. Ficarei com vocês até a próxima semana, até a Sra. Lílian Briggs voltar de suas férias.

O professor Slughorn passou as duas aulas inteiras falando sobre equações de 3º Grau. Bella já não prestava mais atenção no falatório do professor desde que ele disse férias.

Ela se desconectou de seus devaneios depois de receber uma bolinha de papel amassada na testa. Ela olhou para a bolinha e para o lado de onde ela veio. Ela a abriu disfarçadamente lendo o conteúdo:

“Bella, diga para Kara que não irei para casa hoje.

xx. Seb”

Bella olhou para Nathan que sorriu timidamente. Ele negou com a cabeça e selou sua boca com um zíper imaginário quando Bella quis descobrir para onde ele iria com uma pergunta silenciosa. Ela apenas riu com os olhos e cutucou Kara ao mesmo tempo que o sinal tocou.

- Vamos Bella! Não quero perder os brownies de hoje para os jogadores. Ah, hoje não jogadores usuários de anabolizantes! – Gritou Kara sobre o sinal, enquanto se levantava com pressa e puxava sua amiga pelo pulso. – Largue de ser molenga, menina-cadela.

Bella continuou a ser puxada por Kara, até as duas chegarem ao refeitório. Kara largou Bella numa mesa de 5 cadeiras e foi para a fila de sobremesas.

A morena suspirou pesadamente e pegou seu celular. Mal deu tempo da garota olhar o horário, Kara chegou, pondo sobre a mesa bandejas e mais bandejas de comida. Ela gargalhou animadamente antes de gritar alto para o lugar de onde veio:

- Chupem anabolizados!

A morena riu silenciosamente, antes de pegar uma rosquinha cheia de açúcar de confeiteiro.

- Bella, aquela não é a sua mãe? – Disse Kara, apontando para algo atrás de Bella. Uma mulher alta de cabelos loiros escuros acabara de entrar no refeitório da escola acompanhada do diretor Nevins. Ela ajeitou a saia lápis cinza em cima de uma blusa de seda rosa antes de lançar um olhar para Bella. Ela a chamou com a mão e a filha foi a seu encontro, bebericando sua latinha de Dr. Pepper.

- Bella, seu avião para Forks... foi adiado... para hoje. – Disse Reneé. Bella se engasgou com a soda e cuspiu um pouco para fora.

- Como é? Mãe, por que tenho de ir para Forks? – perguntou Bella, olhando para a mãe.

- Bella, você tem duas opções: você pode ir para Forks ficar com seu pai, ou ir conosco viajar pelo país inteiro vendo Phill jogar beisebol. – Disse Reneé, olhando para o relógio.

Bella trocou o peso de seu corpo de um pé para outro. Passaram-se muitos minutos antes de Bella responder e a mãe já estava ficando impaciente.

- Tic Toc, o tempo está passando e o avião decolando... – Cantarolou Reneé. Bella a olhou feio e se despediu de Kara e de Seb. Pegou sua mochila na sala de aula e começou a seguir sua mãe até o estacionamento. – Então? Opção 1 ou 2, Bellita?

- 1º não me chame de Bellita, Reneé! E dois, prefiro ficar com o Charlie. – Resmungou Bella, sentando no banco do passageiro. Reneé fez um pequeno muxoxo antes de dar partida. – Espere! Meu carro está aqui!

- Pedi para que Kara levasse seu carro para a deportação. – É claro. Reneé sempre pensa em tudo, pensou Bella olhando para trás, se despedindo de sua escola e de seus amigos.

Ao chegarem em casa, Bella jogou sua mochila escolar em cima do sofá e subiu correndo escada acima, entrando em seu quarto.

Subiu em cima de uma poltrona em forma de biscoito de marshmellows e chocolate, pegou duas malas enormes de viagem com estampa de caveiras e rosas de dentro de seu guarda-roupas e as jogou em cima da cama.

Em duas horas, Bella já havia arrumado suas duas malas, uma nécessaire de coisas íntimas como: sabonete, protetor solar, desodorante, absorventes internos, escova de dente, creme dental e solução para lentes de contato – lentes de contato! Como Bella pode esquecer-se disso?

Bella correu para a sua gaveta da cômoda mais próxima da sua cama e pegou uma caixinha em forma de olhos, onde possuíam suas lentes de contato.

- Bella, já arrumou tudo? – Gritou sua mãe da cozinha, onde observava seu marido fazer cupcakes {bolinhos em inglês}.

- Falta pouco! – Gritou de volta, fechando com esforço sua maleta de kit para desenhos. A maleta era enorme e possuía todo tipo de equipamento: materiais para pintura (lápis, giz-de-cera, tinta, pincéis...) e telas e folhas para desenhar.

Ela pegou uma foto de seu mural, uma foto linda: seus amigos e ela na sua festa de aniversário surpresa de 15 anos. Ela deixou algumas lágrimas quase imperceptíveis escaparem de seus olhos. Quando as percebeu caindo, correu para secá-las. Afinal, não queria que ninguém a visse chorando; não gosta de se mostrar fraca, embora qualquer um que a visse poderia afirmar que ela era a maior fraca da história.

Ela desceu as escadas numa viagem de três idas e voltas. Esperou Phill e Reneé botarem suas malas dentro carro para dirigem até o aeroporto de Phoenix onde embarcaram todos. Phill e Reneé num vôo para Los Angeles, enquanto Bella embarcava para Seattle, onde seu pai Charlie a pegaria para irem para Forks.

Enquanto viajava para Seattle, Bella perdia-se em seus devaneios. Ela pensava em quanto sua vida mudaria. Se bem que para uma sensitiva, isso jamais mudaria.


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Notas finais do capítulo

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