Para Sempre Nunca Mais escrita por GAS


Capítulo 12
Clarissa




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Leonardo andava meio estranho esses últimos dias. Será que ele não gosta mais de mim? Claro que ele gostava, a gente namora a dois anos e quatro meses, ele não pode deixar de gostar de mim assim, pode? Céus, Clarissa Melo deixe de ser tão dramática, ele te ama. Então por que ele está tão esquisito?

– Clari, Clari - vi uma mão se mexendo na frente dos meus olhos tentando chamar minha atenção - Tudo bem?

– Tudo sim amor, você sabe que quando eu fumo eu fico pensativa - dei um sorriso para ele enquanto pegava o baseado de sua mão.

– Não sabia que ainda faz tanto efeito em você - ele sorriu de volta ao mesmo tempo que eu tragava um pouco.

Esse era meu tipo de tarde preferida. Ficar com o Leo e fumar um beck, principalmente quando a gente ia até a nossa árvore. Era uma árvore normal para todo mundo no parque perto da minha casa, por ela ser um pouco escondida muitos não sabiam que ela existia mas para mim era especial, eu tinha dado meu primeiro beijo ali. Leonardo tinha me chamado para ir dar uma volta no parque com ele, eu tinha ficado muito feliz, afinal sempre tive uma quedinha por ele. Eu tinha treze anos quando aconteceu, eu era tão inocente.

Quando dei por mim o baseado já tinha acabado e o meu namorado precisava ir embora. Ele me deixou em casa e foi para o cursinho dele.

Entrei no meu apartamento e o meu irmão estava na sala. Merda, espero que ele não perceba que eu acabei de fumar, ele odeia que eu fume, principalmente quando é com o Leo. Rafa implica muito com meu namoro, ele diz que eu mudei muito e que o Leonardo não é boa influência mas eu não concordo com isso, afinal eu já tenho quase 16 anos, já tenho uma cabeça feita e meu namorado não me influencia em nada.

– Oi Clari, onde você estava? Por que não veio almoçar?

– Oi Rafa, mal chego em casa e você já me joga um monte de perguntas! Eu estava no parque e não vim almoçar porque almocei fora.

– Clarissa, seu olho ta vermelho. O que você estava fazendo no parque?

– Nada de mais Rafael, meu olho está vermelho por causa da minha rinite. - Fiz uma cara de entendiada e fui para meu quarto. Rafael estava cada vez mais desconfiado que eu fumava maconha.

Resolvi entrar no facebook um pouco e vi que a Nicole estava on, mandei uma mensagem para confirmar a balada de sexta

* Clarissa Melo says: Oi Nikki, tudo certo pra amanha?

* Nicole Kim saya: Oi Clari, tudo certo, você vai né?

* Clarissa Melo says: Vou sim! Se você quiser vir se arrumar aqui em casa pode vir :)

* Nicole Kim says: Pode ser, me arrumo ai então. Minha mãe ta chamando, beijos

* Clarissa Melo says: Ok, beijos

Desliguei o computador e fui dormir um pouco.

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Sexta feira, 20/02

Finalmente o sinal da última aula bateu. Peguei minha mochila e sai correndo, desci as escadas de dois em dois degraus, chegando nas salas do terceiro ano. Leo já me esperava para descermos mais um lance de escadas. Chegamos até a van que nos levaria embora, avisamos o motorista que, dessa vez, não precisaria passar na minha casa já que eu ia ficar na casa dele.

A casa do Leonardo era um pouco mais longe do que a minha mas nada que meia hora de carro não resolvesse. Finalmente chegamos até o apartamento dele, que ficava em um prédio pequeno e antigo. Como não tinha elevador subimos os cinco andares de escada. Eu estava um pouco nervosa porque, apesar de namorar o Leo há 2 anos nunca conheci o pai dele. Só sabia que era um homem ocupado que não passava muito tempo com o filho, nem almoçava em casa mas hoje ele queria me conhecer.

Leo abriu a porta do apartamento, já tinha ido ali algumas vezes, tinha uma sala pequena onde tinha um sofá e uma mesa de jantar, dois quartos, um banheiro q a cozinha. A madrasta dele estava sentada no sofá mas o pai não estava a vista.

– Oi, Márcia. Essa é a Clari, minha namorada- Meu namorado disse fechando a porta.

– Oi, tudo bem?- Eu disse tentando soar o mais simpática o possível.

– Hm, legal! O almoço está na mesa. - A mulher com roupa de ginástica disse sem nem tirar os olhos da televisão. Tenho serias duvidas que ela nem percebeu que tinha uma pessoa a mais no apartamento.

– Cade o meu pai?

– Está trabalhando

– O que? Mas ele tinha pedido para a gente almoçar aqui e...

– Leonardo, seu pai está trabalhando para te sustentar e deixar você ir para todas essas festinhas que você vai. A única coisa que te peço é que me deixe ver meu Roda- a -roda jequiti em paz. - Leo simplesmente virou e foi na direção dos quartos. Escutei uma porta batendo e fiquei encarando Márcia, que se sentou no sofá e aumentou o volume da TV.

Fui para o corredor e entrei no quarto do Leo. Ele estava sentado na cama de costas para a porta. Deixei minha mochila no chão ao lado da dele e me sentei na ponta da cama, meu joelho tocando o joelho dele

– Desculpa fazer você vir aqui para nada.

– Quem disse que foi para nada? - perguntei sorrindo. Leo levantou a cabeça e me encarou um pouco confuso - Vamos curtir nossa tarde juntos e depois vamos organizar um esquenta para a balada.

Ele concordou então mandamos mensagem para a prima do Leonardo, que morava no apartamento de baixo. Marcamos o esquenta para as 18 horas, agora eram quase 3. Almoçamos e ficamos vendo um filme chamado "Chamada de Emergência". Lá pelas cinco horas Leo foi tomar banho e logo em seguida fui eu. Sai do banho e coloquei o uniforme, iria pegar uma roupa da prima dele para a balada. Quando voltei para o quarto meu namorado estava pronto, uma calça jeans escura, uma camiseta preta, uma camisa xadrez vermelha e os alargadores brancos, além de um vans preto também.

Descemos um lance de escadas e a porta do apartamento de Amanda já estava aberta. Assim que ela nos viu veio para fora.

– Clarii!! Que saudades, você anda sumida!- Ela me abraçou. Apesar dela ser aquelas meninas bem patricinhas eu gostava dela. Entramos no apartamento, igual ao do Leo, e já tinham duas garrafas de vodka em cima da mesa. Eram vodkas baratas, uma de frutas vermelhas e uma de limão, mas já tinha tomado aquela marca e era muito gostosa.

Amanda me arrastou para o quarto dela para ela me arrumar, mas levou uma das garrafas junto. Enquanto ela procurava um vestido que eu pudesse usar, abri a vodka e dei um longo gole. A menina achou um vestido tomara que caia preto e justo, exatamente os que eu costumava usar. Tirei o uniforme e coloquei o vestido, que caiu muito bem no meu corpo. Dei mais um gole na bebida e fui procurar um sapato. Peguei um de salto alto vermelho, assim eu combinaria um pouco com Leo. Passei maquiagem preta nos olhos e saimos do quarto. Não estava muito bem já que a garrafa de vodka já estava na metade.

Na sala Leonardo já estava quase terminando a bebida. Terminamos de tomar as vodkas e chamamos o taxi para irmos para a Cave quando me lembrei de Nicole.

– Amor, vou ter que ficar na minha casa! Combinei com a Nikki de irmos juntas para a balada! - Leo riu e pediu para o motorista parar na minha casa. Todos já estavam meio bêbados então fomos fazendo palhaçadas e rindo o caminho todo.


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