A lenda de Cyro: A nova lenda (livro 2) escrita por SpyroForever


Capítulo 21
Conversa esclarecedora


Notas iniciais do capítulo

Emocionante capítulo de Labareda e Cyro tendo uma conversa... chorosa.



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Cyro, depois de duas horas depois de acordar a primeira vez, acorda com Labareda o chamando, chacoalhando-o.

–Ei! Ei, Cyro, acorda! Seu pai e os guardiões estão lhe chamando seu dorminhoco e...

Nesse mesmo momento Cyro, sem aviso nenhum, se levanta rapidamente e pula em cima de Labareda, se deitando em cima dela.

–Ahh! C... Cyro! Levanta seu mongoloide! O que está fazendo?! Levantaaaaa! –Ela começa a se debater e Cyro sorri quieto. –Eu sei que você não está mais dormindo, Cyro! SAI DE CIMA DE MIM! –Ela diz e começa a fazer cócegas entre as asas de Cyro com sua cauda.

Cyro começar a gargalhar, não só das cócegas, mas de tudo. Ele se levanta e se estica. –Ta bom, ta bom. Você venceu, amor. Já levantei, está bom para você?

Labareda se levanta e se chacoalha. –Muito. Seu pai está lhe chamando! Ele e os guardiões estão muito eufóricos! Acho que descobriram alguma coisa nova!

–Eles estão empolgados? Haha. Chega a ser cômico. Eles sempre estão super concentrados e coisa do gênero naqueles livros.

–Isso é verdade. Creio que nos mandaram para alguma missão. Pois os outros já estão lá.

–Missão? Por que não falou logo? Vamos lá! –Cyro diz e começa a correr para fora do seu quarto.

–Seu pai falou para tomar café da manhã antes de sair. –Labareda diz sorrindo conforme Cyro passou por ela. –Vamos preparar algum leite para nós.

Cyro sorri para ela e assente. –Tudo bem, meu amor. Venha. Vou preparar alguns lanches para nós não ficarmos com fome caso seja mesmo uma missão.

–Boa ideia. Vai preparando isso que vou arrumar seu quarto aqui.

–Obrigado meu amor. Muito obrigado mesmo. –Cyro diz saindo de seu quarto e indo para a cozinha. –Gosta de chocolate no seu leite, amor?

–Sim. –Ela responde do quarto, dobrando o cobertor de Cyro. Ela enfia seu rosto no cobertor, sentindo o doce cheiro de seu amado e sorri.

–Tudo bem. –Ele responde.

Labareda, ao abrir o baú de Cyro para guardar o cobertor, se depara com a caixinha de desenhos dele. Ela fica olhando para ela e a pega, guardando o cobertor lá dentro. Ela se senta no chão e a abre. Todos os desenhos estavam lá. Ela começa a folhear cada um, criando lágrimas em seus lindos olhos. A cada vez que ela olhava um desenho diferente, mais e mais lágrimas surgiam. Ela se sentia muito culpada por ter feito aquela terrível coisa com Cyro, que sempre foi tão carinhoso e companheiro.

Quando ela já havia tirado todas os desenhos da caixa ela vê uma que estava rasgada e colada com fita adesiva. Ela pega o desenho e coloca a pata na boca, começando a chorar desconsoladamente.

O desenho era do grupo todo, inclusive Cyro, rindo e brincando juntos. A maioria dos desenhos eram assim, mas o que chamou sua atenção era a frase, na caligrafia de Cyro, escrita no topo do desenho.

–“No dia que eu partir, talvez eu possa ser amigo de alguém.” –Ela lê em voz alta suficiente para lhe causar dor e sofrimento junto com pesar e tristeza ao ouvi-la. –Cyro...

–Amor! Os lanches estão prontos assim como os... –Cyro aparece no seu quarto e a vê chorando, deitada em sua cama, com o rosto enfiado no travesseiro de Cyro. –Labareda? O... O que... –Cyro olha para o chão e percebe os desenhos deles empilhados e o rasgado em cima de sua cama. Então ele olha para ela de sobrancelhas franzidas e vai até ela. –Laba? Ei, meu amor. Está tudo bem meu amorzinho. Meu doce de mel. Agora está tudo bem.

Ela olha para ele, em puro prantos, e o beija em meio a soluços incontroláveis. –Me perdoe por isso tudo meu querido. –Ela diz após se separar dele e o olhar nos olhos.

Cyro lambe os olhos de Labareda o mais carinhosamente que pôde. -Meu melzinho. Você já se desculpou demais. Não fique se culpando tanto. Por mim. Mas eu já tinha te mostrado os desenhos. Por que está chorando tanto agora?

–Você não tinha me mostrado este desenho que você escreveu isto. Foi você mesmo que escreveu isto, Cyro?

Cyro olha para o desenho e o pega. –Esse desenho? Eu lembro de quando o desenhei. Foi quando eu tinha dez anos. Logo que acordei eu vi vocês brincando pela minha janela. Então, sem tomar café nem nada eu comecei a desenhar.

–Por que esse foi o único que você rasgou? –Labareda pergunta.

–Quando eu estava terminando ele meu pai bateu na porta do meu quarto e entrou. Nós conversamos um pouco e eu, pela primeira vez, senti raiva da minha vida. Senti raiva de ser... eu. Então o desenho foi o que eu achei para descontar a raiva. Olha. Você pode ver que o céu não está todo pintado, pois eu não a terminei. Eu escrevi isso logo depois que a colei novamente, quando meu pai foi embora. Foi a primeiras vezes que eu..... –Cyro fica quieto por um tempo. Então se levanta com o desenho na pata o coloca na caixa, começando a guardar todos os desenhos também.

Labareda olha para ele, um pouco confusa. –Que você oque?

Cyro para e olha para seus pulsos. –Que eu me cortei propositalmente.

Labareda arregala os olhos. –Você tentou se matar, Cyro?!

Cyro apenas continua de cabeça baixa, olhando para seus pulsos. Então finalmente ele assente depois de vários minutos. –E não me orgulho por isso. Deixei meus pais muito preocupados. Minha mãe não parou de chorar por duas semanas pensando que eu odiava minha vida, e, sendo assim, minha família. Essa foi uma época difícil para mim. Eu parei de dormir com meus pais aos cinco anos, quando meu pai acabou de construir meu quarto. Durante essa época eu voltei a dormir com eles, pois eles tinham medo que eu me cortasse novamente durante a noite e eles não pudessem me ajudar a tempo.

Labareda fica olhando para Cyro embasbacada. –Eu nunca soube disso.

–Nem eu nem meus pais se orgulham disso. Eu era novo ainda. Dez anos e já pensava em me matar. Não! Já TENTAVA me matar.

–Quando você parou com isso?

–Aos treze, quando meu pai me ensinou o alto controle, pois Volteer havia morrido e eu estava ainda mais triste. Quando meu pai não podia brincar comigo, Volteer, mesmo estando velho, sempre brincava. Eu o chamava de tio relâmpago, haha. Aqui tem um desenho que eu fiz dele. –Cyro remexe na caixa e pega um desenho do qual Volteer está deitando de costas no chão e Cyro em cima, mordendo seu pescoço. –Aqui está.

Labareda olha para o desenho e sorri. –É a cara dele! Você desenha bem.

–Obrigado. É questão de prática. Quando eu comecei eu era péssimo! Comecei com quatro anos de idade. Eu sempre chorava desenhando, tanto é que eu sempre molhava os desenhos e eles ficavam todos borrados. Mas depois fui ficando melhor.

Labareda guarda o desenho de Volteer e fecha a caixa. –Você me ensina?

Cyro sorri um pouco. –Claro que sim meu mel. É fácil! Aqui, olha! –Cyro se levanta e vai até seu armário. Ele remexe lá dentro e volta com uma prancheta com papel, lápis, borracha, caneta e lápis de cor. –Primeiro. Quer desenhar oque? Pode ser uma situação que não aconteceu ou... não sei... você escolhe.

Labareda pensa um pouco e então sorri para ele. –Quero desenhar nós dois.

Cyro sorri para ele e lhe entrega o lápis. –Agora, feche os olhos. Visualize a imagem que quer desenhar e então deixe sua criatividade mandar. Deixe sua pata livre, leve e solta em cima do papel. Imagine cada traço, cada detalhe.

Labareda olha para o papel, acomoda-se dentada e começa a linear o desenho. Conforme ela desenhava, as formas dos dois começavam a ser formadas.

–Isso! Excelente! Tá muito bom! E lembre-se. Errou? Não tenha vergonha! O erro é o caminho da perfeição! A borracha é feita para isso. –Cyro diz se deitando do lado esquerdo de Labareda para não a atrapalhar. (Ela era destra.)

Labareda sorri ao ver que seu desenho estava ficando como ela queria: Uma imagem de Cyro e ela se beijando de olhos fechados no alto da colina em que Cyro vai para chorar em pleno pôr do sol.

Cyro olhava para o desenho e sorria. –Está ficando muito bom mesmo, Laba.

Dez, Vinte, Trinta minutos se passam de Cyro a ensinando à desenhar, contornar e fazer o desenho ficar mais realístico dando mais detalhes e sombras e, é claro, colorir com variedades de dégradé de cores para dar sensação de profundidade. Ao final, ficou fantástico. As cores do por do sol eram incríveis.

–Perfeito! Agora, basta uma coisa. –Cyro pega uma caneta vermelha e entrega para ela. –Assine sua obra, artista!

Labareda sorri pegando a caneta e escreve seu nome no canto inferior direito do desenho.

–Feito! Você conseguiu meu mel! Parabéns!

–Eu não teria desenhado assim sem você me ajudando meu amorzinho. –Ela diz esfregando seu rosto no dele. –Até sei onde ele vai ficar.

–Onde? –Cyro pergunta e olha para ela.

–No topo do meu espelho, para sempre que eu acordar eu o ver. –Labareda diz sorrindo para Cyro.

Cyro sorri também aproxima seu rosto do dela.

A ação foi recíproca e os dois se beijaram apaixonadamente, deitados um do lado do outro.


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Notas finais do capítulo

chorei escrevendo!



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