A lenda de Cyro: A nova lenda (livro 2) escrita por SpyroForever


Capítulo 17
Fábrica




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Cynder é a primeira a pousar no final das árvores do bosque. Ela olha para o vulcão e sente um arrepio percorrer sua espinha. –Péssimas lembranças! –Ela diz, olhando para Cyro e os outros, que estavam pousando atrás dela.

–Calma mãe. Ele não está mais aqui! –Cyro diz andando para frente.

–Você tem razão, filho! Mas... fique atento para qualquer imprevisto, ouviu?!

–Sim mãe!

–Vocês também, meninos! –Cynder diz olhando para trás.

–Tudo bem, lady Cynder! –Os quatro jovens dizem.

–Então vamos ver o que está havendo aqui! Sigam-me! –Cynder começa a andar agachada, como um leopardo, em direção da entrada do vulcão.

Todos a seguem de perto, imitando seus movimentos. Cynder olhava ao redor e mantinha sua audição aguçada, para qualquer imprevisto. Pouco em pouco, eles adentraram no antigo covil, que parecia deserto.

–Mhh... Será que... –Tremor começa a falar mas Labareda tampa sua boca com a asa.

–Shhh! –Diz ela. –Escutaram isso?

Todos param de andar e escutam atentos. Um som de correntes e fogo pôde ser ouvido longe de onde estavam, mais adentro do vulcão.

–O que é isso?! –Cyro pergunta olhando para a mãe.

Cynder não responde e continua andando. –Esse som me é familiar! –Ela diz, querendo ver o que era.

Cyro e os outros a seguem de perto, prestando atenção em todo canto.

Um som de metal arrastando começa a soar alto, se aproximando. Cynder levanta a cabeça e então se esconde, puxando os outros com sua cauda. –Fiquem quietos!

Assim que todos olham para o corredor em que estavam eles veem duas correntes arrastando no chão indo em uma única direção, sendo puxadas por... nada.

Labareda olhou para aquilo e arregalou os olhos. Ela se agarrou a Cyro e começou a tremer. –C... Cyro. –Ela diz.

Cyro a abraça forte e esconde seu rosto em seu peito. –Calma amor! Vai ficar tudo bem! –Ele sussurra no ouvido de Labareda, lambendo sua bochecha.

Labareda tinha medo... Não! Terror de fantasmas. E, pelas circunstâncias, aquilo parecia muito um com espírito.

Cynder olhou fixamente para as correntes. –O que é isso? Isso... não é natural! –Ela diz em voz baixa.

–Exato! –Uta diz, nervoso, encostando seu corpo no de Tremor. –É SOBREnatural! –Uta enfatiza.

–Calma galera! I... Isso deve s... ser alguma... armadilha! O... Ou ilusão! –Nita gagueja.

–Isso não é uma ilusão nem uma armadilha! É uma alma antiga! E... Eu consigo vê-la! Eu o conhecia! Era um dos generais de Malefor antes de ser morto por Terrador!

–E... Então é uma alma?! –Cyro diz, acariciando a cabeça trêmula de Labareda, em seu peito.

–Sim! Uma alma perturbada, por isso das correntes! Estas correntes são... prisões! Elas os prendem aqui. Não pode sair de onde morreu, pois morreu, fazendo o mal ao mundo. –Cynder explica. –Ele não irá fazer nada a nós, pois as almas não podem nos tocar, mas... podem perturbar nossa mente, então fiquem atentos e saibam distinguir o que é real e o que é ilusão. E quanto a você, querida. –Cynder aproxima seu rosto do de Labareda, sorrindo. –Não se preocupe, ele não te machucará! Geralmente, quando os espíritos são aprisionados, eles se arrependem do que fizeram.

Labareda olha para Cynder e sorri. –E... Eu acho que você está certa, lady Cynder.

–Me chamem apenas de Cynder! –Cynder diz sorrindo com a cabeça um pouco torta e com os olhos fechados.

Uta riu um pouco da cara de Cynder. –Você ficou fofa desse jeito, Cynder! Hahaha!

–Spyro diz a mesma coisa. –Ela diz, rindo um pouco. –Tudo bem... brincadeiras a parte mas agora vamos indo! Quero descobrir o que são esses malditos barulhos!

Todos então começam a andar novamente. Conforme andavam o som ficava mais alto e mais nítido.

–Parecem máquinas! –Diz Tremor, após uma grande quantia andada.

–Eu já sei o que são, e queria que estivesse errada! –Cynder diz e então passa por uma abertura, tão agachada quanto possível. –São maquinários de armas e armaduras! A guerra irá vir novamente!

A abertura dava para uma gigante área, com poços de lava em vários lugares, alimentando máquinas de metal preto. Em cada máquina havia pelo menos um goblim, um macaco ou um dragão trabalhando. Lá tinham dezenas de máquinas, e no centro, uma cabana onde, do lado de fora dela, estava o mesmo dragão que havia devorado os dois cheetas.

–Foi ele! –Cyro diz, apontando para o dragão. –Ele devorou aqueles dois cheetas!

Cynder olha para ele e vê um jovem dragão ao seu lado. –E aquele?

Cyro olha para onde sua mãe estava apontando e aperta os olhos, querendo focalizar. Quando ele percebe quem era ele começa a rosnar e arranhar o chão. –Ele é o dragão que atacou minha Labareda no dia do nosso encontro!

Labareda olha para o dragão rapidamente, então dá alguns passos para trás. –Essa não! C... Cyro!

–Não se preocupe, amor da minha vida! Não vou deixar ele relar a pata em você!

Cynder olha superficialmente a área. –Não estou vendo as madeiras! Devem estar escondidas!

–Vamos ataca-los! –Uta diz com eletricidade saindo de sua boca.

–Não! –Cynder se vira na mesma hora para Uta. –São muitos! Não teríamos chance! Nem mesmo com Cyro aqui para nos ajudar! Nem mesmo com SPYRO aqui! Devemos voltar e contar o que achamos!

–Não... –Cyro diz, chamando a atenção de Cynder. –Eu tenho um plano! Mãe! Eu preciso que você use seu medo em um dos dragões ali em baixo!

–Eu preciso que ele olhe nos meus olhos para isso! –Cynder diz.

–Então precisamos chamar a atenção de um sem correr risco. Mhhh... –Cyro olha para as paredes. Em um certo local havia uma abertura onde vários dragões estavam passando. –Ali! Temos que ir ali!

–Mhh... Acho que já entendi o que você quer fazer! Vamos! –Cynder dá meia volta e corre, agachada, para as partes de baixo do vulcão.

Ao chegar em um corredor, veem que não havia como passar, pois vários goblins, macacos e dragões passavam por lá carregam lâminas, maças e armaduras.

Cynder olha para os cinco e sussurra. –Olhem aqui! Eu vou ir lá do outro lado e fazer barulho. Quando saírem do corredor, corram para aquelas pedras ali! –Cynder aponta para uma pedra realmente bem grande. –Eu estarei lá!

–Mas como... –Tremor começa a perguntar mas Cyro tampa sua boca com a pata.

–Apenas assista o show! –Cyro diz.

Nesse momento Cynder se vira para o corredor e anda calmamente. De repente ela simplesmente desaparece.

Todos, menos Cyro, que sorriu, escancaram as bocas.

–O que foi... –Uta começa a dizer então ouvem o barulho que Cynder fez.

Todos que estavam passando no corredor olharam para a fonte do barulho e correm investigar. Essa era a deixa! Todos os cinco correram para a pedra e se deparam com Cynder já com um macaco prezo em suas gigantes mandíbulas.

Os cinco olham para ela, impressionados.

–Uau! Você é demais, Cynder! –Nita diz.

Cynder sorri, com o macaco desesperado em sua boca. Ela então o morde um pouco mais forte, dando um aviso. Ele fica imóvel na hora, temendo a morte.

–Agora... use seu elemento nele e o mande lá para o meio. Faça ele imaginar que as máquinas são alguma coisa que ele odeie ou tenha medo e faça ele destruí-las!

Cynder faz isso. Ela larga o macaco e, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, já estava paralisado, olhando para os magníficos olhos esmeralda de Cynder.

Seus olhos começam a brilhar vermelho e a expressão do macaco começa a mudar. Então o macaco se vira e começa a ir para sua máquina, como se nada tivesse acontecido. Lá, ele começa a olhar para os lados, desesperado. Ele pega uma maça e começa a quebrar as máquinas batendo nelas. Todos os operários olham para ele e correm para impedí-lo.

Cynder pega outros três desavisados e faz o mesmo, fazendo dois deles quebrarem as armas. Então, depois, mais dois, fazendo-os matar quem estava tentando impedir.

–Pronto! Agora vamos sair daqui! Isso irá atrasá-los até avisarmos Spyro! –Cynder diz, começando a correr.

Todos os seis correm direto para a saída, passando pelas correntes, que era a alma do pobre dragão general da força das trevas. O dragão-espirito encara Cynder nos olhos, fazendo-a parar e olhar para ele também.

Os jovens param quase batendo em Cynder e olham para ela. Então percebem que ela estava olhando para frente. Ao olharem para onde ela estava olhando percebem as correntes no chão. Então começam a dar passos para trás, mas Cynder os interrompe com a cauda.

Eles dois ficam se encarando até que o espirito sorri e assente para Cynder. Cynder faz exatamente o mesmo. Nesse momento o dragão começa a andar novamente, em direção de Cynder, passando por ela, fazendo ela ter um grande calafrio. Para os jovens, que não conseguiam o ver, as correntes passaram por baixo de Cynder, aterrorizando-os.

Cynder solta um pequeno riso, surpreendendo a todos.

–M... Mãe? O... O que aconteceu? –Cyro pergunta, tocando com a pata o ombro de sua mãe.

Cynder olha para seu filho. –Ele se desculpou comigo. Ele tinha ajudado Malefor a me manipular. Ele acabou de se desculpar comigo. Bem... Vamos! –Então Cynder continua a correr.

Os jovens olham um para o outro e a seguem.

Em questão de minutos eles decolam e começam a ir para Warfang novamente. Assim que decolam, Cyro chega perto de Cynder.

–Mãe! Como é que você consegue ver aquele dragão?

Cynder olha para Cyro e sorri. –Bem... Eu... posso ver espíritos de outros dragões. Para mim é normal, por isso não falo.

Cyro arregala os olhos e sorri. –Isso é legal!

Então, todos continuam voando em direção a Warfang, na luz calma do por do sol.


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Notas finais do capítulo

CYNDER LIKE A BOSS! :3



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