Depois de algumas horas que pareceram infinitas minhas aulas finalmente terminaram. Provavelmente você deve ter pensado que pelo meu jeito eu sou um garoto muito esperto e que adora a escola. Desculpe, mas você tem pensamentos muito errados, eu odeio a escola porém adoro estudar, acho interessante a capacidade dos seres humanos sempre aprenderem mais e mais. Quero dizer, alguns seres humanos tem essa capacidade outros não.

Bem, quando o sinal tocou todos os alunos saíram correndo da sala como se fossem um bando de crianças. Crianças de 17 anos. Como eu demoro muito para conseguir colocar meus livros, cadernos, estojo e agenda na mochila eu costumo ser o último aluno a deixar a sala, até o professor consegue ser mais rápido do que eu.

Saio da sala e vejo que ainda tinha algumas pessoas conversando no corredor, tanta pressa para depois ficar parado no corredor em vez de ir para casa ou fazer alguma coisa produtiva, simplesmente não consigo entender essas pessoas.

Entre esses alunos eu consigo reconhecer uma cabeça ruiva virada de costas para mim, aqueles cabelos ondulados e ruivos...eu consigo reconhecer, infelizmente, em qualquer lugar. Victoria. E como eu sou um pouco mais alto do que ela mesmo de longe consigo perceber que tem uma garota baixa na sua frente. Não consigo vê-la muito bem e nem escutar a conversa mas consigo escutar a risada de Victoria e logo depois ver um livro no chão, provavelmente aquela garota estava segurando o livro e Victoria o derrubou de propósito antes de sair. A garota se abaixa para pegar o livro e ao se levantar nossos olhares se encontram. Ela tem cabelos castanhos claros e grandes olhos castanhos escuros. Suas bochechas tem um tom rosado fazendo com que ela pareça uma boneca. Ela é tão magra que acho que se tocar ela se quebra.

Vou em sua direção mas ela se vira e sai rapidamente. Penso no que acabou de acontecer até que decido ir embora para minha casa, ainda confuso por aquela garota ter praticamente fugido de mim.

Chego no estacionamento do colégio e dou um pequeno sorriso ao ver meu amigo, meu Volvo C30. O caminho até a minha casa é rápido e quando chego estranho o fato do carro do meu pai estar estacionado, essa hora ele costuma trabalhar.

Entro em casa e escuto uma voz nem um pouco familiar, uma voz feminina. Meu queixo vai ao chão ao ver a garota que antes estava fugindo de mim agora sentada no sofá da minha casa com a minha mãe ao seu lado e meu pai na sua frente com uma cara de preocupação. E o mais estranho ainda, essa garota estava com os olhos vermelhos e rastros secos de lágrimas em sua bochecha.

– Hã...o que está acontecendo?- Pergunto completamente confuso e atraio todos os olhares em minha direção.

– Edward, filho, que bom que você chegou.- Disse minha mãe com um sorriso triste em seu rosto.

– Edward quero te apresentar Renesmee, ela vai morar conosco por alguns dias.- Disse meu pai vindo na minha direção e colocando uma mão em meu ombro.