Gosto de me imaginar algumas vezes em uma praia deserta, um lugar onde só exista eu e mais ninguém. Um lugar onde seja quieto o suficiente para eu conseguir ouvir a minha própria respiração. Um lugar onde não exista "o melhor" e "o pior", todas as pessoas possam ser tratadas igualmente por que ninguém é melhor do que ninguém. Todas as pessoas tem sangue vermelho no corpo, o que as fazem ser semelhantes uma das outras. Gostaria que mais pessoas pensassem assim.

– Ei Cullen, você já fez o meu trabalho?- Perguntou o garoto moreno, alto, musculoso, com olhos pretos e com dreads nos cabelos parando na minha frente e impedindo a minha passagem. Laurent, é um dos idiotas do terceiro ano que adoram me perturbar. Como eu sou do segundo ano o certo seria eu saber menos do que ele, só que não é isso que acontece. Por isso ele me obriga a fazer os trabalho deles.

– E-Eu j-já estou quase terminando.- Droga Edward! Não gagueje. Laurent rapidamente veio na minha direção e me prendeu contra a parede.

– Eu quero o meu trabalho. E eu quero amanhã.- Ele sussurrou de um jeito ameaçador e logo depois me soltou.

– Que babaca.- Disse o loiro de olhos âmbar enquanto ria da minha cara. James, um dos amigos de Laurent e namoro de Victoria, a ruiva de olhos verdes que sempre andava com eles.

– Vamos.- Disse Laurent autoritário virando de costas para mim e se afastando, junto com James e Victoria.

Depois do incidente no corredor vou para minha sala de aula e me sento no mesmo lugar de sempre, na primeira fileira onde dava para ver e ouvir perfeitamente o que o professor dizia.

Oh, desculpe não me apresentar. Me chamo Edward Cullen, moro em Forks com meu pai Carlisle e minha mãe Esme desde que nasci. Não tenho irmãos, nem primos ou muito menos amigos. As pessoas da escola me odeiam por causa dos irmãos Denali, Alice e Emmett, eles são filhos do dono da escola e os queridinhos dos estudantes. Eles me odeiam por que meu pai não conseguiu salvar a vida da mãe deles que estava morrendo, meu pai é um dos melhores médicos de Forks e eles tinham esperança que ele pudesse salva-la mas isso não aconteceu e eles me culpam pela morte da mãe deles.

Não é só por isso que eu não me encaixo muito bem na escola. O problema é que ninguém quer ser amigo de um garoto com cabelos castanhos, olhos âmbar, magro, alto e que usa um óculos que quase cobre todo o rosto. Mas eu espero que isso um dia acabe e as pessoas me aceitem do jeito que eu sou e parem de me culpar por uma coisa que não é minha culpa.