Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 19
Porão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente

Notícias ótimas, a fanfic passou das 1.000 visualizações e isso me deixou muito feliz, então um presente para vocês

Enjoy

Tem vários links nele...

PS: Como vocês viram eu mudei a capa e nela tem várias fotos, para vocês não ficarem perdidos, no meio são a Ana e o Tomás (avá) e nas laterais temos a Jessica, depois a Vanessa e do outro lado o Dante. ^^



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Chegamos ao Porão e estava como sempre, um caos de adolescentes e até alguns adultos mais jovens. Drogas e bebidas eram liberadas, e estavam por todos os lados. Assim que Tomás foi ver sua guitarra e falar com os meninos que tocavam com ele peguei um Cosmopolitan e fiquei perto do palco, não tão perto quanto eu queria, mas dava para eu ver Tomás bem, e tenho certeza que ele podia me ver.

A batalha de bandas do Porão era simples, as duas bandas tocavam ao mesmo tempo a mesma música, a plateia tinha que apoiar uma das duas bandas, valia de tudo, desde apoio verbal a jogar frutas podres no palco. A banda que conseguisse cantar mais e tivesse mais apoio marcava um ponto, quem chegasse a cinco pontos primeiro ganhava.

O apresentador entrou no palco, era um garoto ruivo, alto e bem magrelo.

– Boa noite a todos e especialmente a todas. – Algumas meninas gritaram e ele sorriu malicioso. – Bom essa noite teremos nossa famosa batalha de bandas será entre a banda The Pride do lado vermelho contra a banda Soldiers of Adventure do lado azul.

Dei risada, “Soldados da Aventura” era o nome da banda dele? Não era muito nome de banda de rock, mas era bonitinho. Uma moça entrou no palco com um pote e o apresentador tirou um papel com o nome da primeira música.

One X do Three Days Grace. – O narrador gritou e todos se animaram.

Os bateristas começaram seguidos pelos guitarristas e ai veio o vocal. Tomás tocava animado, mas a outra banda estava com mais apoio. Peguei um tomate e joguei no guitarrista da outra banda, foi a primeira fruta. Houve um burburinho e logo mais algumas frutas foram atiradas, mas todos se continham, a batalha estava equilibrada, mas quando a segunda voz entrou na música tudo mudou, as garotas ficaram hipnotizadas por Tomás, aquilo me fez rir, mal sabiam elas o que escondia aquele rostinho fofo. A música acabou em seguida e o apresentador voltou, com outra garota.

– Muito bem, muito bem, vamos lá os vencedores da primeira rodada foram The Soldiers of Adventure. – A galera se alegrou e começou a gritar, o apresentador pediu silêncio e a moça levantou o pote com a próxima música. – A próxima carrasca será Coming Home do Avenged Sevenfold.

Tomás olhou para mim, ele sabia que eu amava aquela música, mas como o apresentador disse, ela seria uma carrasca, era uma música tocada por duas guitarras, por isso as equipes chamaram mais um guitarrista.

A música começou e o guitarrista da outra banda saiu da área azul e ficou encarando Tomás, que não se intimidou, mas levou um limão voador no pescoço, ia ficar roxo, em contrapartida eu joguei uma maçã no guitarrista inimigo e acertou seu braço, mesmo assim ele não errou, mas eu levei uma fruta na cabeça, não vi de onde, mas aquilo me deixou mais esperta e com mais vontade que os The Soldiers ganhassem, mas conforme a música chegava ao ápice eu acreditava menos em vitória naquela rodada e foi o que aconteceu, os The Pride ganhou e passamos ao terceiro round, a música seria You’re gonna go far kid do Offspring, foi intensa essa rodada, e os The Soldiers ganharam, e o apresentador chamou a próxima música que era Not Gonna Die do Skillet, não gostava muito daquela música, então resolvi ir até o bar pegar outra bebida e um cara me abordou.

– Moça vi uma implicância sua com o guitarrista do The Pride.

– Bom, eu acho que se estou torcendo pela outra equipe é obvio que eu vá atacar o guitarrista inimigo.

– Eu não gostei do que você fez e acho que você não quer brigar certo? – Eu olhei bem para cara dele, peguei minha bebida e fui voltando para onde eu estava. Eu podia sentir o cara perto de mim, por isso dei um gole na bebida e joguei um tomate no baterista. A música estava na melhor parte e eu me animei e joguei mas algumas frutas em membros aleatórios. Depois disso senti meu cabelo ser puxado e era o cara de novo.

– Olha aqui cara, ou você me deixa em paz ou teremos problemas, dos bem graves. – Eu virei para encará-lo, eu estava muito brava, ele tinha puxado meu cabelo e derrubado minha batida.

– Eu falei para você parar de jogar frutas

– E eu te digo, não me enche senão você vai ver coisas piores que frutas voando na sua cara. E você me deve uma bebida. – Eu passei por ele, batendo meu ombro no dele e voltei ao bar, pegando dessa vez um gim com tônica. Voltei para meu lugar e fiquei só bebendo. A música acabou e os The Soldiers ganharam de novo, o cara estava do outro lado do palco e eu levantei meu copo para comemorar a vitória, mas ele não fez nada, só desviou o olhar.

Estava 3x1 faltavam só mais duas músicas para tudo acabar, mas um idiota entrou no palco e causou o maior tumulto porque queria estar tocando aquela noite, e ele acabou quebrando a bateria do The Pride e a galera começou a maior bagunça, enquanto isso eu tomei mais duas doses de gim com tônica, encostada em um canto do palco. Quando tudo acalmou, todos concordaram em dar como empatada a batalha e que haveria uma revanche em breve. O The Pride tocou então It’s my life do Bon Jovi, um clássico, perfeito, eu cantei do começo ao fim, de maneira discreta é claro. Depois os The Soldiers of Adventure voltaram e começou a música mais idiota do mundo, eu não acreditava que Tomás estivesse fazendo aquilo comigo, mas ele estava, ele escolheu tocar Anna Júlia dos Los Hermanos, ele tinha noção que eu sofria bullying por conta daquela música? Eu fui bem para frente dele e fiquei o encarando, ele sorria e ajudava o vocalista em algumas partes.

Depois do solo de guitarra eu estava indo embora, mas ele me puxou para o palco e começou a cantar para mim e eu o fiquei olhando com cara de idiota e sem saber o que fazer.

A música acabou, ele colocou a guitarra no apoio e me beijou. A galera começou a gritar e eu a ficar vermelha, quase roxa. Quando não podíamos mas respirar, ele passou a mão no meu cabelo e pegou o microfone.

– Minha luz e minha inspiração, minha Ana Júlia, essa música foi para você. – Eu fiquei ainda mais roxa e a galera gritava, aplaudia e assoviava.

– Posso descer do palco agora?

– Pode, aliás vou com você. – Ele pegou a guitarra e guardou na bag e depois desceu do palco comigo. – Eu te pagaria uma bebida, mas acho que você bebeu bastante não é?

– Não ao ponto de recusar uma bebida do meu namorado. – Eu enfatizei a última parte e ele riu. Chegamos no bar e ele pediu um Dry Martini para ele e um Lafayette para mim. – Precisa ir para casa cedo hoje?

– Sim, já estou de saída até, amanhã tenho que estar inteira para o enterro da minha avó.

– Certo, então vou te levar até sua casa. – Terminou a bebida dele, se despediu dos garotos e nós fomos embora.

– Um dia preciso conhece-los, precisa me levar a um ensaio de vocês – Eu comentei com Tomás enquanto esperávamos o ônibus.

– Está bem, pode ir quando quiser, te dou o endereço depois.

Nessa hora, quatro caras chegaram com pedaços de madeira, um deles era o cara que ficou implicando comigo no Porão.

– Tomás, eu não queria falar nada, mas...

– Tem quatro caras vindo para cá e eles querem bater em você e em mim, mas principalmente em você, o que me leva a perguntar, o que você fez?

– Um dos caras ficou “ofendido” que eu estava atacando o outro guitarrista.

– Entendi, você é bem difícil mesmo, mas foi por algo que valia a pena. – Ele levantou e foi quando os caras começaram a atacar. Tomás foi mais rápido e conseguiu pegar a madeira do primeiro e o derrubou, depois partiu para o segundo, enquanto eu tive que me virar com os outros dois. Eu consegui derrubar o primeiro, mas o cara que me provocou no bar era bom e eu não era a melhor lutadora do mundo, então eu apanhei um pouco, mas logo Tomás veio e deu com a madeira na cabeça do cara e ele caiu desmaiado, ele pegou a guitarra que ficara no banco o tempo todo e nós fugimos.

No ônibus vi que Tomás tinha alguns roxos nos braços e o lábio cortado, enquanto eu tinha roxos, nas pernas, nos braços e um corte que não dava para ver por conta da calça na perna.

Quando chegamos a minha casa, despachei Tomás para tomar um banho, enquanto eu limpava meu machucado na cozinha, ele saiu e viu minha tentativa de fazer curativo na perna sem tirar a calça e foi correndo olhar.

– Calma moço, não vou morrer por um cortinho na perna.

– Tomara que o prego não estivesse enferrujado, senão você pode morrer sim.

– Se o prego estivesse enferrujado eu já estaria passando mal e não foi um prego, foi uma lâmina amarrada na madeira.

– Está bem, eu já limpei, agora vá tomar banho que depois eu enfaixo isso.

– Sim capitão Tomás, estou indo.

Tomei um belo banho, mesmo com aquele ferimento ardendo, coloquei minha calcinha e o sutiã, e quando sai Tomás estava sentado na minha cama, lendo um dos meus livros. Ele me olhou e eu corei.

– Dá para sair daqui?

– Porque, eu já te vi mesmo, não tem motivo e se for por calça tem que deixar eu enfaixar primeiro.

Eu bufei, peguei uma camiseta, vesti e fui até a cama, ele escorregou até a beirada e enfaixou direitinho tudo. Quando ele terminou eu fui até meu armário e peguei uma calça, voltei para a cama e deitei ao lado dele.

– Bons sonhos moça encrenqueira.

– Boa noite moço que faz bullying com sua própria namorada.

– Eu fiz uma homenagem é diferente.

– Vamos dormir, antes que isso vire uma DR.

– Como quiser chefe.

Ele me abraçou e nós dormimos.


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Notas finais do capítulo

Bom gente o que acharam? Principalmente para quem gosta de música.

Eu ainda espero comentários, por favor...

Até breve, beijos =*



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