Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 10
Reviravolta


Notas iniciais do capítulo

Oie gente,
Eu consegui voltar antes do prometido, a vida escolar está tranquila (Graça a todas divindades possíveis).
Bom, mesmo sem nenhum comentário resolvi postar, porque o capítulo anterior teve 7 visualizações, o que eu achei muito >.
Sem mais delongas o capítulo

PS: Surpresa viram nesse capítulo



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Aquela menina era mesmo atrevida, irritante e impulsiva. Sem falar na sua bipolaridade! Mas eu conseguia por tudo de lado por dois motivos, um era Ela, tudo me deixava petrificado, enfeitiçado, apaixonado, o outro motivo, acho que não posso dizer o que é, esse motivo é muito impuro e eu não me orgulho nada dele. Mas eu a amava e não havia secreto nisso, então resolvi que a teria de volta custe o que custasse.

O turno dela acabava as onze então resolvi dar uma volta, fui ao shopping para comprar algumas coisas que precisava e nessa andança achei um presente lindo para ela. Eu sabia que ela ia me matar, mas eu entrei e comprei para ela, era a sua cara. Sim ela ia me matar. Ri ao pensar nisso.

Olhei no relógio e ainda eram 20:30, resolvi então ir comer. Comprei um suco e um prato de macarrão. Eu acho que podia levar algo para ela. Melhor não, o presentinho já basta. Ela. Uma palavra que não saia da minha mente, precisava esquecê-la. Fui ao cinema. Estava passando Anabelle, o filme de terror que todos comentavam. Ele dava bons sustos, mas não se comparava os clássicos, a história era muito clichê na minha visão.

22:30. Hora de ir.

Voltei à lanchonete e acabei me deparando com ela fechada. Droga havia errado o horário, se eu ainda quisesse vê-la antes de segunda teria que ir até sua casa, o que era arriscado já que ela nem iria abrir a porta. Resolvi voltar para casa e pensar num plano melhor. No caminho de casa pensava no melhor de pedir desculpas. O que acontecera de manhã havia sido uma completa idiotice pela parte dos dois. E a tarde mais idiotice, uma briga que foi mais um choque de personalidades, uma discussão sem pé nem cabeça. Na verdade eu acho que eu sei porque ela estava tão brava. A única explicação que eu podia pensar.

Era TPM.

Cheguei ao ponto enfrente a minha casa e vi alguém jogando algo repetidamente na janela do meu quarto. Eu ia gritar para que parasse, mas resolvi me aproximar. Eu queria uma briga.

Mas acabei me surpreendendo da aproximação. Sorri. Era ELA, o ser que causara meus tormentos e maiores desejos nessa semana.

Ora, ora, quem diria que você Ana Julia Magalhães dos Anjos – Sim eu descobrira seu nome inteiro. – Estaria na minha janela há essa hora. Ela tentou correr, mas eu a segurei jogando na parede da rua que ficava na lateral da minha casa. - Não pensou mesmo que você ia fugir?

– Me solta, seu... seu idiota manipulador! – Ela tentava soltar o braço que eu estava segurando, mas mesmo que eu soltasse o corpo dela estava preso.

– Só depois que você me disser por que estava aqui.

– Você viu o que eu estava fazendo.

– Eu não disse o que. Porque eu vi o que você estava fazendo. Eu quero saber POR QUE, você estava lá. – Ela estava ficando muito nervosa, mas também estava com vergonha.

– Eu não lhe devo satisfação! Agora me solta que eu quero ir pra casa. – Ela tentou se soltar com mais vigor.

– Não, já disse que só te solto depois de respostas. – Apertei o braço dela com mais força e pus minha perna entre as dela.

– Isso vai ficar marcado, e mais distância, por favor. – Ela falou irônica

– Não.

– Tomás você está brincando com fogo. É melhor você se afastar.

– A única que corre perigo aqui é você amor. – Disse a ela e me aproximei mais para poder sussurrar em seu ouvido – Eu poderia matá-la agora.

Pude sentir seu corpo parar de mexer e sua respiração e batimentos acelerarem. Me afastei um pouco e soltei seu braço. Ela não se moveu. Fiquei parado um tempo e depois me lembrei do presente. Peguei a sacolinha que eu tinha jogado no chão e dei pra ela.

– É uma bomba? – sua voz saiu fraca, mas ainda sim carregada de ironia.

– Você só vai saber se abrir. – Eu não ia facilitar para ela, e ela sabia. Fuzilou-me com o olhar, mas pegou a sacola e abriu. Dentro havia uma caixa, toda enfeitada, era verde e roxa, cores que eu havia visto que ela gostava. Ela me olhou de novo com uma cara de “você é mesmo um maníaco perseguidor” e eu ri. Ela abriu a caixinha com cuidado e até mesmo com receio. Dentro tinha um livro, que havia visto circulado num papel do lado do espelho no quarto dela. Chamava Formaturas Infernais, e era um livro de contos de terror.

– Pra que isso? – Ela disse com a brava, mas seus olhos brilhavam.

– Eu estava no shopping e vi na livraria, quando passei lá.

– Eu... eu não quero, pega de volta. – Ela estendeu o livro de volta. Começou.

– Ana eu comprei pra você, fica, não é um pedido de desculpa como você está pensando, é só um agrado, porque eu gosto de você.

– Eu entendo, mas eu não quero que você fique me dando coisas, eu me sinto comprada. – Ela me olhava com sinceridade e pela primeira vez desde ontem com ternura.

– Você não está sendo comprada, porque se estivesse eu pagaria mais do que paguei por esse livro. – Eu sorri. – Vamos aceite para não me deixar triste.

, mas só porque eu o queria, e porque livros não podem ser abandonados. Ela deu uma risadinha e eu a abracei, e depois a beijei. Aquele foi o melhor momento do dia. Quando nos afastamos ela disse: - Estava com saudades dos seus braços.

– E eu da sua boca – Comecei a encher seu rosto e pescoço de beijos. – Você é um sonho do qual eu não quero acordar.

– Então somos dois – Ela me beijou ternamente e depois me mordeu.

– E depois eu é que estou ficando ousado. – Ela riu da minha cara. – Vamos que se eu estou certo, e sei que estou você ainda não comeu nada.

– Tomás, eu acho melhor não. Seus pais vão achar estranho, uma garota que eles não conhecem, e se conhecem é por saber que você dormiu na casa dela, chegando para passar a noite. O que eles vão pensar de mim?

– Não vão pensar nada disso, porque eu não disse que dormi na sua casa e sim no trabalho e eles não vão pensar nada que você não queira que eles pensem. – eu lhe beijei mais uma vez bem demoradamente, peguei sua mão e levei até a entrada de casa. – Pronta?

Ela balançou a cabeça e eu ri, peguei as chaves no bolso e eu abri a porta.

Minha casa era bonita, sim eu não podia negar, era grande e bem mobiliada. Mas pela cara de Ana, nós poderíamos estar em um palácio.

– É tão grande, e linda, parece que é de um programa de TV. – Eu tive que rir dela. Aproveitei que ela estava distraída e tirei algumas fotos dela olhando o hall de entrada e a sala de estar.

Foi quando minha mãe desceu e nos viu.

– Tomás! Pare com isso agora. – Ela disse autoritária e tanto eu quanto Ana viramos para olhá-la. Ela era uma mulher na casa dos 30 quase 40 anos, mas linda, MUITO linda, tinha a pele clara e os cabelos castanhos escuros, os olhos eram verdes como os meus.

– Boa noite mãe. – fui até ela e lhe dei um beijo na bochecha e fiz um gesto para que Ana se aproximasse.

– Boa noite senhora – Foi o que Ana conseguiu dizer, com a voz baixa e morrendo de vergonha.

– Boa noite moçinha, você deve ser Ana Julia. A nova amiga do Tomás, eu ouvi falar sobre você, mas não imaginava que seria tão bonita, além de ser mais graciosa e delicada do que Tomás falou.

Desnecessário aquele comentário da minha mãe, e foi ele que fez Ana me olhar torto.

– Obrigada senhora, fico feliz que o Tomás tenha falado de mim, ainda que não tenha sido verídico em sua fala.

– Eu fui sim, mas foi só hoje que você se vestiu com roupas mais, sei lá alegres? É sempre um jeans e uma camiseta.

– E eu estou com o que? Um jeans e uma camiseta. – Ela me respondeu e eu tive que ficar quieto.

– Enfim, Ana essa é minha mãe Tereza Andrade Souto. Mãe como você já sabe essa é a Ana Julia Magalhães dos Anjos.

– Um grande prazer Ana, e espero que esteja com fome, porque como o Tomás fez o favor de vir para casa hoje, mandei que preparassem um belo jantar.

– O prazer é meu Sra. Tereza, e obrigada pelo convite do jantar, eu estou sim com fome.

– Bom eu vou indo falar com a cozinheira que temos mais alguém para jantar, vejo você daqui a 20 minutos, não se atrasem. – Ela me lançou um olhar direto e matador. Acho que ela e Ana conseguiriam falar por olhares sem problemas.

– Vem, vou te mostrar lá em cima e o quarto onde você pode dormir. – Eu peguei sua mão e a puxei, até o segundo andar. – Bom esse é o primeiro andar, aqui ficam o escritório do meu pai, a biblioteca e a sala de música. Vamos continuar subindo. – Subimos mais um lance de escada e Ana não parava de olhar tudo a sua volta. – Aqui temos o segundo andar, o andar dos quartos.

– Tem mais lá pra cima?

– Só o telhado. – Eu ri e ela fechou a cara por conta da brincadeirinha. – Bom agora vem a parte difícil, você vai ter que escolher entre esse quarto – Eu abri a porta do segundo quarto a direita da escada.

– Nossa que lindo – Ela falou entrando. E era mesmo, um quarto grande bem espaçoso, tinha uma cama de casal e penteadeira, além de um guarda roupa e um banheiro. – E qual a outra opção?

– Bom é essa aqui. – Eu fiz um gesto para que ela me seguisse e fui até a próxima porta que ficava na metade do corredor. Abri a porta e lhe mostrei meu quarto.

Ele era um pouco maior que o outro quarto e tinha mais coisas, além da cama, do guarda roupa e do banheiro meu quarto tinha uma bancada enorme, aonde estavam meu material de estudo e de trabalho, o nootbook e alguns dos meus livros. Ao lado do guarda roupa ficava minha estante de livros, e perto do pé da cama ficava minha guitarra e perto da cabeceira o cabideiro onde estava minha mochila e um casaco.

– Nossa é um belo quarto. – Ana disse andando por todo ele, olhando as coisas na bancada, abrindo o guarda roupa, mexendo no cabideiro e por fim sentando na cama e tocando alguns acordes soltos na guitarra. – Eu poderia muito bem dormir aqui.

– Eu também apoio essa ideia. – Sentei ao seu lado. – Gostou daqui?

– É incrível, muito melhor do que qualquer quarto que eu já tenha ido. – Ela estava encantada, mas havia uma ponta de tristeza em seu olhar. Foi ai que eu tive uma ideia.

– Você podia ficar aqui uns dias se quisesse, até sua avó melhorar. – Olhei para ela esperançoso.

– Não sei Tomás, é uma coisa a se pensar, mas eu acho melhor não.

– Ok, eu entendo sua opinião. Bom agora que você já viu os quartos, vamos descer para jantar.

Descemos em silêncio e fomos até a sala de jantar que ficava em frente da sala de estar.

– Aqui estão eles. – Disse minha mãe assim que entramos, ela e meu pai já estavam sentados.

– Olá pai – Disse e fui cumprimentá-lo, era raro ele estar em casa numa sexta à noite.

– Olá filho, sua mãe falou que você trouxe uma visitante. – Ele olhou até a porta e Ana estava lá encabulada mexendo no cabelo. – Venha cá garota, eu não sou tão mal como falam.

Ela sorriu e se aproximou.

– Boa noite senhor.

– Me chame de Vitor, essa coisa de senhor é para empresários e você é uma convidada. – Meu pai sorriu, ele era muito bom em comunicação, tinha algo que conseguia deixar as pessoas confortáveis. – Agora se sente que o jantar já vai ser servido.

O jantar foi tranquilo, com muitas perguntas sobre a vida da Ana e comentários dos meus pais sobre a minha infância e até algumas conversas sobre negócios e política, que partiram de Ana. Nossa como ela era inteligente e versátil.

Quando o jantar acabou meu pai se retirou dizendo que estava cansado, e minha mãe foi com ele. O que nos deixou terminando a sobremesa. Queria puxar conversa com Ana, mas ela estava tão pensativa. Então deixei assim, logo após terminarmos subimos para o meu quarto e Ana pediu para tomar banho. Eu lhe dei uma toalha e uma camiseta velha minha para ela pôr.

Sentei na cadeira enfrente a bancada e comecei a ver tudo que eu tinha que fazer. Sem me dar conta Ana já tinha saído do banho e estava sentada na cama.

– Nossa você é rápida.

– Não sou não. Você é que está distraído – Ela rebateu, estava tentadora, na minha cama só com minha camiseta velha dos Cavaleiros do Zodíaco que parecia um vestido nela.

– Ok então mocinha, vou tomar uma ducha e nós já vamos dormir. – Entrei no banheiro e tomei um banho mega rápido, não queria que ela dormisse antes de eu sair.

Mas de novo meus planos foram frustrados, quando voltei ela já estava aninhada no cobertor e dormindo profundamente. Deitei ao seu lado abraçando-a e beijei seu cabelo depois seu pescoço e a lateral do seu rosto a fazendo resmungar.

– Ok, ok, parei, vou te deixar dormir. – Encostei minha cabeça em seu pescoço e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Bom esse capítulo é bem longo, mas foi quase proposital, porque como você puderam ver foi o Tomás que narrou ele. Sim o Tomás.
Isso não era planejado quando eu comecei a escrever, mas surgiu enquanto eu escrevia o capítulo anterior então espero que vocês tenham gostado.

Bjs Bia-chan

PS: Comentem por favor!!! Isso em anima muito, mesmo que seja uma critica (construtiva lógico) eu aceito