Love Story escrita por Scream Queen


Capítulo 2
Quermesse? Não é tão ruim quanto parece!


Notas iniciais do capítulo

Olha, eu me esforçei nesse... Pequeno, mas bom.



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Jules;

Acordei com o sonho ainda em memória. Uma voz doce vinda da escuridão, e eu me debruçando de um local alto, para ouvir melhor. Aquela voz parecia familiar, mas antes que eu pudesse reconhecer de alguma maneira, a memória se esvaiu de minha mente como se alguém tivesse pressionado o botão de deletar. Era o mesmo sonho que eu tinha fazia muito tempo. E era tão real que eu podia sentir a brisa morna de verão do lugar onde me encontrava no sonho ainda tocando a minha pele quando acordava.

Me levantei no escuro do quarto. Escorreguei em uma substância gosmenta não identificada e fui de encontro ao chão. “Ai”. Essa tinha doído. Olhei para onde estava a substância, fosse o quê fosse, em que eu havia escorregado, o chão estava coberto de algo que parecia ser mel. Tinha cheiro de mel. “Oh”. Pegadinhas. Sustos. Caloura. Levantei-me do chão e fui até o pequeno banheiro no quarto. Assim que acendi a luz, dei de cara com um espelho, e soltei um grito. Tapei a boca quando ouvi um baque surdo do lado de fora do banheiro, acompanhado de um: “Wow! Ai...”.

– O quê que está acontecendo hein? Você tem algum problema em fazer silêncio, ou quem sabe não acordar as... 5:30h da madrugada?... – Disse uma garota com uma grande camiseta dos Rollings Stones, cabelos castanhos bagunçados e olhos azuis, com cara de quem caiu da cama. Não, espera, ela caiu da cama, enquanto entrava no banheiro, tapando os olhos por causa da claridade. Colega de quarto. Eu tinha esquecido.

– Ãhn, me desculpe, eu me esqueci que tinha outra pessoa aqui... Meu nome é Jules Stuart. Prazer... – Eu estendi a mão. Ela me olhou de cima a baixo. Pousou o olhar em minha mão estendida e franziu a testa. Eu olhei para onde ela olhava, e lembrei que minha mão estava coberta de mel, assim como...

– Meu cabelo! – Gritei me virando para o espelho de novo. Tinha mel da raiz até as pontas. A garota se encolheu perto da porta.

– Okay, Jules. Meu nome é Sky, e eu te peço, por favor, pare de gritar. – Ela disse voltando para o quarto. Mas não demorou muito, ouvi um grito vindo de lá. Bom, já que eu estava ferrada, não fazia mal pensar que eu não estava ferrada sozinha. Fui até a porta e encontrei uma Sky com farinha da cabeça aos pés, sentada na, ãhn, minha poça de mel.

– O quê aconteceu?... – Perguntei espantada, ajudando-a a se levantar.

– Alguma veterana idiota pôs farinha no ventilador de teto. – Ela explicou. Eu assenti.

– Pode ir tomar banho primeiro se quiser, eu vou demorar bem mais que você. Não vou sair enquanto não tirar esse mel do meu cabelo. – Ela assentiu e pegou uma muda de roupas e toalha. Ela entrou no banheiro e saiu 20min depois. Meu queixo caiu antes que eu percebesse. Claro, todos esses anos ao lado de Sel, eu devia estar acostumada, mas por algum motivo, não pude conter uma exclamação quando Sky saiu do banheiro. Ela usava tanto preto quanto Sel, mas as roupas eram sem dúvida alguma, bem mais curtas e justas. Ela percebeu que eu estava olhando e sorriu.

– Você se acostuma Jules. Estou indo tomar um café na rua, okay? – Disse. Eu franzi a testa.

– Podemos sair daqui?... – Perguntei. Ela sorriu, e eu conhecia aquele sorriso. Era o quê eu e Sel chamávamos de “Cara de tentada”. Era a cara de Sel, e a minha, toda vez que estávamos tramando algo.

– Oficialmente? Não. Mas, cá entre nós, não há muros para impedir então... – Ela disse dando de ombros. Ótimo, era tudo que eu precisava. Outra “punk pura rebeldia” que se vestia como uma Taylor Momsen da vida. Maravilha. Eu assenti pegando minhas coisas e entrando no banheiro. Aquele seria um longo banho.

*** 1h depois.

Eu não aguentava mais esfregar em meu cabelo o maldito shampoo neutro. Comecei a repassar pela milésima vez, meus braços até doíam.

Saí do banheiro enrolada na toalha, com outra enrolada no cabelo. Quase todo o mel saíra, mas o cheiro ainda era forte e havia vestígios nas pontas. Me arrumei. Camiseta branca com decote em “u”, shorts colorido, rosa na primeira parte de tecido e amarelo desbotado nas pontas meio desfiadas, tênis branco, óculos de sol na cabeça e gloss rosa. “Perfeito” pensei em frente ao espelho.

Hoje era dia de quermesse. Comida, jogos e brinquedos, barraquinhas... Iria ser divertido.

Andei até uma barraquinha de sorvete e pedi uma casquinha com duas bolas de “Céu-azul” ou, chiclete. Meu preferido. Caminhei por aí, até avistar quem eu queria. Daniel estava na fila de voluntários de uma barraquinha vermelha e rosa. Assim que verifiquei o nome quase deixei o sorvete cair. “Barraca do beijo. 1£”. Comecei a rir. Ele era mesmo voluntário nesta barraquinha? Isso era hilário. Caminhei até o lado dele.

– Hey, hey, hey! Então, esperando a sua vez de compartilhar saliva com bocas desconhecidas? – Eu disse rindo. Ele revirou os olhos.

– Estou sendo praticamente obrigado a isso, okay? Preciso de pontos extras no fim do ano, para garantir, e isso vai me dar alguns. Todas as outras barraquinhas já estavam cheias. – Disse emburrado, ele olhou para o meu sorvete, e sorriu.

– Você não parece o tipo de garota que toma Céu-azul sabia?... – Disse pondo as mãos atrás das costas e se inclinando para mais perto de mim. Eu recuei um pequeno passo, quase imperceptível.

– Ah é? Eu não sabia não. E eu pareço com o tipo de garota que toma o quê então? – Respondi sorrindo de volta e pegando um pouco mais de Céu-azul com a colherzinha de plástico.

– Do tipo que toma Chocolate com pimenta. – Ele disse e eu mais uma vez, quase deixei cair o sorvete. Eu devia estar laranja. Porquê uma pessoa normal cora e fica vermelha, mas eu não, eu ficava laranja. Minhas suspeitas se confirmaram ao ver o sorriso estampado no rosto dele. Ele deu mais um passo para perto de mim, e se inclinou mais ainda, ficando a uns 8cm do meu rosto.

– Sabe, você podia poupar 1£, e me beijar agora, se quisesse... – Disse, me encarando até a alma. Meu pensamento? “E quem disse que eu não queria?”. Me pus nas pontas dos pés e me senti erguida do chão. Okay, ele era bem mais alto que eu. Sua boca tinha um gosto adocicado, que eu poderia jurar que eu já havia sentido antes, e que nunca cansaria de sentir. Me separei dele ofegante.

– Mel... – Ele disse.

– O quê?... – Perguntei franzindo a testa.

– Seu cabelo tem cheiro de mel... – Ele respondeu inspirando. Até que não tinha sido tão ruim assim aquilo acontecer? Eu sorri e tirei do bolso 1£.

– Aqui está seu pagamento, Cooper. A propósito, me deve um sorvete. – Eu disse lhe entregando a nota e sorrindo, para a casquinha de Céu-azul no chão. Antes que ele pudesse dizer algo, eu me virei e saí saltitando. Realmente, eu estava adorando esse lugar. Precisava ligar para Sel. Imediatamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)



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