Amor fotografado - Primeira Temporada escrita por The Drama Queen


Capítulo 4
Capítulo 4 - Parque de diversões


Notas iniciais do capítulo

Ta ai. Desculpem por não ter postado ontem. É que fiquei sem luz (logo, sem internet também.). Espero que gostem do Capítulo. Vou ver se consigo postar outro ainda hoje, mesmo que seja um pequeno. Até lá em baixo.



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Acordo ás 6:20h com o barulho irritante do despertador. Na tentativa de desligá-lo, jogo-o no chão, mas ele parece não ter quebrado já que continua tocando. Antes de levantar, faço uma tentativa fracassada de dormir mais um pouco com aquele barulho. Me sento na cama e encaro a parede. “Hoje vai ser diferente” penso. Saio da cama e desligo o despertador pensando na possibilidade de jogá-lo na parede. Me arrasto até o banheiro e realizo minhas higienes matinais. Saio do banheiro enrolada na toalha e dou de cara com Gustavo saindo do quarto e ele começa a gargalhar. Idiota. Eu reviro os olhos e entro rapidamente no quarto. Me visto, penteio meu cabelo e o junto para fazer um rabo de cavalo. Para terminar, passo o lápis de olho de leve, faço uma linha fina com o delineador em cima dos olhos bem rente aos cílios e passo um batom vinho, mas não muito forte de modo que chame atenção. Pego minha bolsa cinza e coloco meu material dentro. Olho a hora no despertador que ainda está no chão. São 6:52h. Hoje eu vou poder tomar café. Não com muita calma, mas dá pra comer alguma coisa. Desço as escadas sem pressa. Passo pela sala e vejo Gustavo assistindo TV. Vou direto para a cozinha e pego uma maçã. Eu tenho um vício por maçãs. Minha mãe chega logo depois.

– Acordou na hora hoje. – Diz ela com cara de sono, mas sorrindo como sempre.

– É. O despertador não desistiu de mim, então, eu não tive outra escolha a não ser levantar.

– Quer tomar um café de verdade ou vai se contentar com a mação? – Pergunta ela.

– Não dá tempo de comer muita coisa. 7:10 h eu tenho que estar na escola.

– Qualquer coisa o Gustavo te leva.

– Sem chance! – Grita ele da sala. – Eu prefiro lavar louça por um mês!

– Nossa! Minha companhia é tão ruim assim? – Eu digo em meio a risos.

– Não é você. Sou eu. – Diz ele sarcasticamente.

Me contentei com a maçã e um copo de café com leite. Me senti bem desperta e meio elétrica. Às 7:00h em ponto sai de casa e fui em direção a escola. No caminho pensei na minha saída de ontem com o pessoal. Foi bem legal. Eu me diverti e eles pareceram gostar também. Cheguei na escola em 5 minutos. Assim que cheguei, avistei Will e Mary no portão. Will me viu, veio me cumprimentar e Mary veio atrás com um sorriso no rosto.

– Oi. E ai? – Disse ele me abraçando pela cintura. Eu me espantei no começo (e Mary gargalhou muito disso), mas depois eu retribui o abraço.

– Oi. – Disse me libertando de seus braços. – Oi, Mary. – Cumprimentei enquanto lhe dava um abraço.

– Oi. O que achou de ontem? Legal néh?!? – Disse Mary ainda com o sorriso no rosto. Eu balancei a cabeça em afirmação. – Gostei de você. Devi sair mais com a gente. – Eu ri e olhei para Will. Ele estava sorrindo também.

– Já sei. – Disse Will, com uma animação evidente na voz. - quinta-feira, às 18h, parque de diversões no centro. Que tal? – Ele olhava para nós esperando uma resposta.

– Por mim ta beleza. – Disse Mary dando de ombros. Então os dois olharam para mim com expectativas.

– Eu não sei se vou poder. – Disse lamentando não ter meios de ir para o centro e voltar tarde da noite. – O único meio de transporte relativamente seguro para mim, segundo a minha mãe, é o meu irmão e eu tenho certeza de que ele não vai querer me levar, já que ele me ama com todas as forças do seu ser. – Disse essa última parte com uma ironia exagerada na voz. Eles riram.

– A gente dá um jeito. – Disse Will.

– É. Relaxa. Você vai, nem que a gente tenha que te sequestrar. – Ela riu, mas eu tive a impressão de que ela não estava brincando.

Nesse exato momento, Holly surgiu na esquina de braços dados com um garoto de pele muito branca, mas não pálida, cabelos dourados e de estatura média. Ela parecia feliz. Deve ser o namorado dela. Quando estão a uma quadra de distância da escola, eles se despendem. O garoto dá meia volta, vira a esquina e some. Holly vem em nossa direção e nos cumprimenta. Mary fala da saída de quinta-feira com ela e nós entramos.

Hoje, eu me sentei ao lado de Will nas aulas e, no intervalo, me sentei junto com as meninas. Will sentou junto com alguns amigos não muito longe de nós. E na quarta-feira, a mesma coisa.

Na quinta-feira acordei de madrugada. Devia ser por volta das 2h da manhã. Resolvi ir tomar um copo d’água. Desci as escadas com passos de tartaruga, mas isso não evitou minha queda. É, eu cai da escada. Quando aterrissei no chão da sala, processei o que tinha acontecido e deduzi que escorreguei em alguma coisa e rolei escada a baixo. Então, eu finalmente senti a dor insuportável no meu braço direito. Eu gritei, mas gritei muito, e alto. Tão alto, que acordei a casa inteira. Meus pais saíram do quarto correndo e meu irmão, para demonstrar todo amor e preocupação que tem por mim, saiu lerdando do quarto e quando me viu caída no chão, simplesmente entrou novamente. Meus pais desceram as escadas correndo e abaixaram ao meu lado.

– O que houve, querida? – Disse meu pai. Por um segundo, eu estranhei a voz. Não estava acostumada a falar com ele, nem ouvi-lo, já que quase nunca estava em casa e, quando estava, era tarde da noite ou eu estava na escola, ou seja, nunca nos víamos. Não que eu lamente ou algo assim, mas... ah, sei lá.

– Eu devo ter escorregado em alguma coisa e cai da escada. – Nisso, minha mãe tentou me levantar, mas eu gritei assim que ela encostou no meu braço.

– Me desculpe. Está doendo? – Eu olhei para ela. Pensei em dar uma resposta bem feia, mas vi que ela estava realmente preocupada, então, só balancei a cabeça em afirmação. – Vamos te levar para o hospital para ver se não fraturou nada, tudo bem? – Me levantei gemendo de dor. Realmente estava doendo muito.

– Gustavo, vamos ao hospital com a Jennifer. Você fica responsável pela casa. – Imediatamente Gustavo saiu do quarto. Logo vi que não seria uma boa ideia deixa-lo responsável pela casa, uma vez que responsável não era seu segundo nome.

Caminhei com meus pais até o carro que estava na garagem. Eles me acomodaram no banco de trás e se sentaram na frente. Meu pai deu partida e lá fomos nós para o hospital. Chegando lá, encaramos uma fila imensa até podermos entrar e esperar nossa vez de ser atendidos. Quando nossa vez chegou, o médico me examinou e me encaminhou para o raio x. Esperamos numa outra fila imensa e, depois de anos, chegou a minha vez. Esperei o que não sei se foram minutos, horas, anos, décadas ou éons até conseguirmos ver o resultado. Fraturei o braço. Que divertido! Vou ter que carregar esse gesso por 3 semanas. 3 semanas!! Pra mim é muito. Aquele negócio esquenta e não dá pra coçar o braço quando necessário. É um castigo!

Quando saímos do hospital o sol estava nascendo. Chegamos em casa por volta das 5:30h.

– Ainda dá tempo de ir para a escola se quiser. – Disse minha mãe num tom de voz doce, não como se estivesse me obrigando a ir. Soava mais como uma opção e, sinceramente eu não estava nem um pouco a fim de ir para a escola, mesmo sabendo que era a primeira semana de aula e que os meus amigos (ainda tinha dúvida se podia chama-los assim.) ficariam meio preocupados.

– Se não se importa, eu queria ficar em casa hoje. Só hoje. – Ela balançou a cabeça em afirmação.

– Vou ligar para a escola mais tarde para avisar que você não vai. Amanhã você leva o atestado para justificar a falta. Quer que eu ligue para seus amigos?

– Não. Tudo bem. Eu vou mandar uma mensagem para Mary. – Sim nós já tínhamos trocado nossos números de celular. Subi para o quarto com meus pais logo atrás. Deixei a porta meio aberta e mandei a mensagem.

“Não vou à escola hoje. Quebrei o braço caindo da escada.”

Não se passaram 2 minutos meu celular vibrou. Era Mary.

“Como assim não vai à escola? Vamos lá, Jenni. É só um braço quebrado. Você vai ao parque pelo menos, néh?!?”

Fiquei impressionada com a sensibilidade dela. “É só um braço quebrado”. Seria só um olho roxo se eu estivesse do lado dela agora. Respondi logo em seguida.

“Não vai rolar parque. Sério. Ainda dói um pouco. Acabei de voltar do hospital.”

“Então eu acho que ou ter que te sequestrar.”

Eu disse que ela não estava brincando. Não respondi e me deitei com aquele troço branco no meu braço. Demorei alguns poucos minutos para cair no sono. Quando acordei, levei um susto. Tinham 3 pessoas no meu quarto. Eu cai da cama e gritei.

– Será que você não cansa de cair? – Era Will dizendo com um sorriso no rosto. Considerei a possibilidade de ser um sonho.

– O que? – Eu ainda não tinha me recuperado do susto. Olhei para cada uma daquelas pessoas. Uma era Will, como eu já tinha concluído. As outras duas reconheci logo depois. Mary e Holly. Beleza, não era um sonho. Mas que raios eles estavam fazendo ali? Me levantei e sentei na cama ao lado de Will que já havia se apossado dela. – O que vocês estão fazendo aqui?

– Que jeito mais gentil de tratar as visitas. – Disse Mary num tom explicitamente sarcástico.

– Ligamos para o seu celular e sua mãe atendeu. Nós dissemos que éramos seus amigos e queríamos vir aqui ter visitar. Ela nos deu o endereço e viemos aqui assim que a aula acabou. – Explicou Holly como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Olhei a hora no meu relógio que estava novamente em seu lugar sobre o criado-mudo. Eram 14:17h.

– Há quanto tempo vocês estão aqui? – Perguntei.

– Há uma hora, mais ou menos – Respondeu Mary.

– E porque não me acordaram? – Eu estava quase gritando agora.

– É porque você estava tão bonita dormindo. – Disse Will. Eu senti o meu rosto corar. – E menos escandalosa Também. – Todos riram.

– Então, é melhor você se arrumar. – Disse Mary.

– Pra quê? – Perguntei.

– Como “pra quê?”. Pra irmos ao parque. – Dessa vez Holly quem falou.

– Gente, eu falei sério quando disse que não ia rolar. Eu to com esse treco no braço e... – Mary me interrompeu.

– Então, eu realmente vou ter que te sequestrar. – Eu tenho medo dessa garota.

Vi que eles não iam me deixar em paz e levantei. Fui em direção ao meu guarda-roupa quando me lembrei que joguei minha roupa de qualquer jeito lá dentro quando fomos ao cinema e ainda não tinha arrumado. Então mandei eles saírem da quarto e esperarem na sala. Quando saíram, peguei uma calça jeans (sim, eu só uso jeans.), uma blusa da Legião Urbana preta, meu All Star preto de sempre e minha bolsa de franjas também preta. Fui ao banheiro, tomei banho, me vesti lá mesmo, me maquiei, me penteei, sai e parei no alto da escada. É, eu não estava tão ruim. Desci as escadas com mais cuidado dessa vez. Não estava afim de quebrar o outro braço ou uma das pernas. Fui para sala e Gustavo estava conversando com Will. As meninas deviam estar na cozinha com minha mãe. Fiquei meio preocupada com a cena que vi, mas tentei ignorar e ir para a cozinha sem ser vista. Porém, sem sucesso. É claro que Gustavo não podia deixar de me provocar.

– Demorou pra se arrumar, hein. – Disse ele. – Aproveitei esse tempo pra conhecer seu namorado. – Eu senti meu rosto corar. Daí ele caiu na gargalhada, o Will me encarou com os olhos arregalados e eu encarei o Gustavo e ficamos nisso por um tempo.

– Gustavo qual é o seu problema? – Disse, quer dizer, gritei. – Isso não tem a menor graça. – O Will se tornou uma pessoa bem especial pra mim, mas não desse jeito. Não que eu não tenha pensado nisso. Quer dizer, ele é um cara legal e tudo, mas não acho que vá se interessar por alguém como eu e tal.

Simplesmente ignorei o pensamento e o que Gustavo estava dizendo e andei (corri) para a cozinha.

– Ei, o que aconteceu? Você ta vermelha. – Perguntou Mary.

– Nada. – Disse com a voz mais firme possível. – Vamos logo. Eu já to pronta.

– Mas... – Disse Holly, mas eu interrompi.

– “Mas” nada. Vamos embora. AGORA! – Gritei a última parte. Então eu sai correndo da cozinha, diminui a velocidade na sala e disse para Will que estávamos indo e sai. Os esperei do lado de fora.

Por que estou tão nervosa? Isso é uma completa bobagem. Ele não era meu namorado. Estava longe disso! 2 minutos depois eles saíram da casa.

– Ta. Pode falando o que foi que houve. – Mary que perguntou dessa vez. – Estávamos conversando com a sua mãe numa boa e você chega do nada gritando, praticamente nos expulsando da sua casa. – Por incrível que parece, ela disse com calma, num tom baixo de voz.

– Nada. Eu já disse que não foi nada. – E realmente não foi nada. Eu é que sou exagerada demais. Olhei para Will e ele mal conseguia segurar os risos. – Vamos logo. Senão chegaremos tarde lá e voltaremos tarde pra casa.

Ninguém disse mais nada. Mary e Holly foram no carro do primo de Mary junto com o namorado de Holly e alguns amigos que foram no carro. Eu fui de bicicleta com Will já que não cabia mais ninguém no carro e Will insistiu para que eu fosse com ele. Ficamos em silêncio a maior parte do tempo até que ele resolveu quebrá-lo.

– O que realmente houve lá na sua casa? Você não parecia muito... normal. – Ele riu.

– Ah, você sabe. É só meu irmão. Ele me dá nos nervos de vez em sempre. E me desculpe por aquilo. – Eu tentei soar o mais casual possível, como se aquilo fosse comum.

– Não, tudo bem. Eu entendo.

Passamos o resto do caminho calados. Chegamos um pouco depois dos outros que estavam de carro. Nos encontramos na entrada e entramos juntos já decidindo em que brinquedo iríamos primeiro.


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Notas finais do capítulo

Hey, e ai? O que acharam? Comentem. No próximo capítulo vamos descobrir quem é o cara do refrigerante *---*



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