Amor fotografado - Primeira Temporada escrita por The Drama Queen


Capítulo 24
Capítulo 23 - Zumbis falam


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês, amorinhas. Espero que gostem. E, leitoras que comentaram os último capítulos: eu ainda não respondi, porque não estava mexendo pelo computador esses dias e eu odeio digitar pelo celular. Mas a resposta de vocês está a caminhos. Boa leitura. Até lá em baixo.



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Acordei atrasada para a escola. Hoje começa a semana de provas. Se eu estou nervosa? Hahaha... Eu estou apavorada! Não estudei nada. Até me esqueci que a escola existia, apesar de frequentá-la. Me arrumei rapidamente e corri pra escola. Cheguei a tempo de entrar. O professor já estava na sala, prestes a entregar a prova. Pedi licença a e entrei. Era prova de Geografia. Putz...

Consegui fazer parte da prova, mas só porque prestei um pouco de atenção na aula de revisão. Lembrei de algumas coisas e torci para estar certo. Entreguei a prova 10 minutos antes de acabar o tempo. Encontrei Will sozinho no refeitório. Conversamos sobre a prova, o que eu não achei muito legal (falar sobre a prova me deixa meio nervosa). Dali a poucos minutos, voltamos pra sala e fizemos a prova de História, que não estava tão difícil. Deve ser porque a matéria desse ano me interessa.

Voltei pra casa acompanhada de Will. Aproveitamos para estudar um pouco para a prova de amanhã: matemática. Eu achei um absurdo a prova de matemática ser no segundo dia, mas... Não posso fazer nada, néh.

Demos uma pausa nos estudo e descemos para lanchar. Tyler não apareceu hoje aqui e não vi a cara da Amber. Gustavo eu sei que saiu com a Mary sei lá pra onde. Não estou gostando nada dessa proximidade da Mary com a Amber. Não, eu ainda não vou com a cara da Vaca Loira.

Comemos em silêncio.

– O que você achou da Cabelo de Blueberry? – Will perguntou do nada.

– Ela parece legal. – Respondi e olhei para o meu pulso onde estava a pulseira que Chrystal me dera ontem.

– Como você está se sentindo em relação ao Tyler? – Essa me pegou de surpresa. Fiquei sem reação por um tempo.

– Will... – Disse. – Não quero falar nisso. – Ele me olhava estranho. – Não agora. – Completei.

– Você ainda gosta dele, não é?

– Nós terminamos ontem. É muito cedo pra eu dizer que não sinto mais nada por ele.

– Hum.. – Ele murmurou. – Espero que você supere logo. Não gosto de te ver assim.

– Assim como?

– Ah, qual é?! Tá estampado na sua cara o quanto você tá sofrendo. Eu não gosto de te ver assim. – dou um leve sorriso.

– Não precisa se preocupar comigo, Will.

– Eu sei que não. – Ele disse. – Mas eu quero. – Não dissemos mais nada depois disso. Apenas terminamos de comer e voltamos ao estudos.

Will foi embora no fim da tarde.

Amber ainda estava sumida, Tyler não deu as caras e Gustavo e Mary não deram sinal de vida. Fiquei jogada no sofá até 21h. E ali, sem prestar atenção no filme que passava na TV e tentando não pensar no quanto eu sentia falta do Tyler, lembrei que tenho uma mãe. Peguei o celular e liguei pra ela. Depois de 5 toques ela atendeu.

Alô? – Ela disse.

Mãe? É a Jennifer.

Ah, oi filha. Como você tá?

Bem. Mãe, que barulheira?

Barulheira?

É. Essa música alta e a gritaria... Você tá numa festa?

Numa festa?

É, mãe.

­Talvez.

Tudo bem, então. Só liguei pra saber se você tá viva e tal... Beijo e juízo.

­ Beijo, filha. Te amo.

Minha mãe numa festa? A vida está ficando cada vez mais estranha.

Terminei de ver o filme enquanto comia alguma coisa. Subi para o meu quarto e me joguei na cama. Eu não queria dormir, mas também não tinha nada para fazer. Estava no tédio total. Me virei para olhar para o meu relógio em cima da minha mesinha de cabeceira, e dei de cara com a minha câmera. Eu nunca tirei foto a noite. Pensei. Me levantei, peguei a câmera e saí do jeito que estava: short jeans, blusa vermelha com um desenho da Minnie e chinelos. Fui direto pro parque. Assim que cheguei comecei a fotografar freneticamente. É impressionante como, aquilo que é incrivelmente lindo, fica perfeito com menos luz. Eu já fotografei todo esse parque muitas vezes, mas ele nunca esteve tão belo!

Depois de sair por ai fotografando tudo, me sentei numa árvore, cansada. Encostei minha cabeça no tronco e fechei os olhos, exatamente como no dia em que eu virei uma garrafa de água em Tyler.

*Flashback on*

– Oi. – Eu me assustei e acabei virando a garrafa d’água que estava na minha mão em cima dele (pela voz parecia ser homem). Quando olhei quem era, me assustei mais ainda.

– Deu pra me seguir agora? – Eu gritei.

– Fala sério, garota. Você não é isso tudo! Por que raios eu estaria te seguindo? E por que você está gritando? Você derramou água em mim. E não é a primeira vez. – Ele gritou de volta.

– E o que você ta fazendo aqui? – Disse num tom mais baixo.

– Estava indo encontrar um amigo, passei por aqui, te vi e resolvi vir falar com você. Queria te dar mais uma chance de me agradecer de uma forma mais decente. – Disse ele com um sorriso no rosto. Eu ri. Não sei porquê, mas ri escandalosamente.

– Te agradecer de uma forma mais decente? O que você quer? Flores, chocolate, talvez uma serenata? Me poupe. – Disse ainda rindo.

– Chocolate não seria uma má ideia. – Ele disse.

– Me poupe! – Repeti, séria dessa vez. Me levantei e me afastei.

*Flashback off*

...

Mary anda passando mal nesses últimos dias. Não sabemos o que é e ela não quer ir ao hospital. Ninguém protesta. Eu tenho uma ideia do que pode estar acontecendo, mas não digo nada, porque sei que vão me chamar de louca e o caramba.

Hoje é quinta-feira e todo mundo está ficando louco! Ontem fez uma semana (UMA SEMANA!) que a Holly foi sequestrada e ninguém tem notícias dela. Os policiais não tem ideia de onde ela possa estar, não encontraram nenhuma pista, nada. Oito dias sem ouvir a voz daquela louca. Mary, além de estar passando mal, está entrando em depressão por causa do sequestro. E Amber? Bom, continua a mesma vaca de sempre agindo como se nada estivesse acontecendo.

Tyler apareceu hoje para saber de Holly e obteve a mesma resposta de sempre. Ele continua vindo a minha casa com muita frequência, o que é bom, por eu poder vê-lo, e ruim, por não poder tocá-lo. Ele passa o dia todo aqui, mas não dorme mais.

Nesse momento estamos almoçando. O silêncio reina na mesa e ninguém ousa quebrá-lo. Percebo que Tyler reveza o olhar dele entre a comida e eu. E eu faço o mesmo. Nossos olhares se cruzam de vez enquando, mas desviamos rapidamente todas as vezes. Ficamos nisso até o telefone tocar.

– Eu atendo. – Disse Gustavo se levantando da mesa.

Voltamos a comer como se nada tivesse acontecido. Uns 2 minutos depois, Gustavo volta a cozinha, pálido, ofegante, como se tivesse visto um fantasma. Exatamente como Holly, na última vez que atendeu o telefone antes do “incidente”.

– Gustavo, pelo amor de Deus, fala alguma coisa. – Eu gritei aflita.

– É o Charlie.

– O projeto de zumbi? – Perguntou Will. Gustavo assentiu.

Levantamos da mesa num pulo e saímos correndo pra sala, passando um por cima do outro na hora de passar pela porta que dá pra sala.

– Ele disse que quer falar com a Mary. – Disse Gustavo.

– C-Comigo? – Mary perguntou.

– Coloca no viva voz. – Disse Will. Gustavo o fez.

A-Alô? – Atendeu Mary.

Oi, Mary. – Respondeu uma voz que, com certeza, é de Charlie. – Soube que você não anda se sentindo muito bem. Espero que não seja por minha causa, docinho. – Olhei para Gustavo e ele não estava com uma cara muito boa. Mary não respondeu. – Pensei que talvez pudéssemos nos encontrar para... Você sabe... Relembrar o passado. Se me lembro bem, você adorava nossos encontros. – Continuo olhando para Mary. Apenas um surdo não entenderia o que estava acontecendo. – Mary? Você ainda está aí?

S-Sim. ­– Ela está mais nervosa do que antes. – Onde está Holly?

Ah, ela? Só um minuto.

Mary? É você? ­– Diz uma voz embargada por causa do choro, que eu logo identifico como a de Holly.

Holly? Ai meu Deus! Você está bem? – Mary gritava. Os outros ficavam calados. Tínhamos medo de que, se ele descobrisse que estamos ouvindo, desligasse ou fizesse algo a Holly.

– Sim. Só um pouco machucada, mas bem. Não se preocupem. ­– Ela disse entre gemidos. Aquele filho da mãe estava a machucando.

Como não me preocupar, Holly? Você tá sozinha com um psicopata! – Mary gritou mais alto.

Ok. Acho que já chega, néh? Já falaram demais. – Agora Charlie é quem falava. – Vamos ao assunto que interessa. Vocês tem até domingo pra me entregar 10 mil. Se não conseguirem... Bom, acho que já sabem.

Mas como a gente vai te entregar se nem sabemos onde você tá? – Gustavo perguntou.

Fácil. Casa abandonada, domingo, 12h. Quero apenas dois de vocês lá. – Ele não especificou, mas sabíamos que casa era. – E nada de envolver a polícia nisso. Caso contrário, já podem ir dando adeus a amiguinha de vocês. – E desligou.

Holly e Will me contaram a história dessa casa uma vez.

*Flashback on*

P.O.V. Holly

Eu não queria ter vindo pra essa festa, mas Mary e Charlie insistiram tanto que eu acabei cedendo. Para minha sorte, Will também veio. Ainda não acredito que Mary o deixou vir. Ele só tem 14 anos e aqui só tem bebida alcoólica. Eu não deixaria um irmão meu vir a um lugar como esse com essa idade. Mas eu não posso reclamar, já que é a única companhia sóbria que eu tenho aqui.

– Vamos brincar de verdade ou desafio! – Gritou Charlie, evidentemente bêbado. Todos gritaram

Pegaram uma garrafa de cerveja vazia, fizeram uma roda e começaram a brincadeira. No início foi uma coisa bem chata e monótona. Nada que eu, ou qualquer um, já não tivesse visto em um jogo de verdade ou desafio. Até que:

– Silas pra Mary. – Disse Marco.

– Verdade ou desafio? – Silas perguntou a Mary.

– Desafio.

– Hum... Ah, já sei. Sabe aquela casa do velho Jack no final da rua? Eu te desafio a tacar fogo nela.

– Você tá louco? E se alguém descobrir? – Eu disse.

– Que problema tem, garota. Ele nem tá lá. Sumiu de novo. – Respondeu

– E ele merece também! Mesmo que tivesse em casa. Eu mesmo tacaria fogo! – Disse Marco.

– E eu iria com você, irmão. – Disse Charlie.

Jack é um velho rabugento que mora no fim da rua. Ele não fala com ninguém, não tem família e some de vez enquando. É bem misterioso. Há boatos de que, quando ele some, está matando pessoas e esconde os corpos dentro de casa. São só boatos, mas tem idiotas que acreditam mesmo nisso, tipo esses bêbados aqui na minha frente.

– Eu aceito o desafio! – Exclamou Mary se levantando.

Eu tentei impedir, mas não se pode controlar um bando de bêbados, principalmente quando a maioria é homem que tem o dobro da sua altura. O máximo que pude fazer, foi ir junto e arrastar Will comigo. Quando chegamos em frente à casa, fiz minha última tentativa dizendo como aquilo era idiota e desnecessário, mas, como devem imaginar, eles não me ouviram.

Mary tacou álcool na porta da casado velho Jack, riscou o fósforo e a casa ficou em chamas. Não precisou de muito para aquilo virar um incêndio, já que a casa é de madeira e cercada por mato. Depois disso saímos correndo e tudo o que eu fazia era torcer para que ninguém tivesse nos visto.

*Flashback off*

Depois disso, o tal do velho Jack nunca mais foi visto e a casa ficou abandonada.

Então, é isso. Temos 3 dias pra arrumar 10 mil ou a Holly morre.


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Notas finais do capítulo

Comentem esse capítulo. Eu preciso saber o que vocês acharam da ligação do Charlie. A verdade é que eu não sei ser má kk Eu tentei e quero saber se vocês gostaram do resultado.
Queria saber também o que vocês acham da mãe da Jennifer. Vocês gostam dela? O que vocês esperam dela? O que vocês querem que aconteça com ela? O que vocês acham que vai acontecer com ela?
Seguinte, como algumas de vocês apoiaram a ideia, vai ter segunda temporada de AF o/ E, como vai ter segunda temporada, algumas de vocês vão querer me matar no final da primeira. Porém, antes de postar a próxima temporada, eu vou começar a postar outra história.
Essa nova história já está pré-montada. Já tenho o nome da fic, o nome de alguns personagens e um esboço da sinopse. Se alguém quiser que eu avise quando a história for postada, é só dizer aqui nos comentários ou me mandar uma MP.
Ah, e a primeira temporada está chegando no fim. Faltam só 10 capítulos e o epílogo. Já estou com saudades. Eu sei que vai ter outra temporada, mas nem todos os personagens vão aparecer. Alguns vão até aparecer, mas depois vão embora também.
Acho que era só isso. Não esqueçam de comentar! Beijos. Até o próximo capítulo.



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