Amor fotografado - Primeira Temporada escrita por The Drama Queen


Capítulo 22
Capítulo 21 - Projeto de zumbi


Notas iniciais do capítulo

E aqui estou eu de novo (tentando pela terceira vez postar esse capítulo). Capítulo novo pra vocês. Alguém tinha me perguntado onde estava a foto da Jennifer. Eu já tinha postado num capítulo anterior, mas coloquei o link da foto no texto.
Só peço uma coisa a vocês: NÃO ME MATEM! Não digo mais nada, senão vou dar pistas sobre o que vai acontecer. Boa leitura. Leiam as notas finais.



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Esse é o Charlie, namorado da Holly:

Fomos ao supermercado, a pé mesmo. Quer dizer, Holly e Will foram a pé. Eu fui nas costas do Will. Não me julgue! Eu sou sedentária! Acabou que não compramos apenas uma barra de chocolate, mas sim 5 barras, 2 latas de leite condensado, um pote de doce de leite e um pote de doce de leite com coco. Fora o doritos. Só pra deixar claro, o Will que ofereceu. Eu só aceitei.

Quando estávamos na fila do caixa, o celular da Holly tocou. Ela saiu pra atender e voltou uns 10 minutos depois com a cara pálida, como se tivesse visto um fantasma.

– Holly, tá tudo bem? – Perguntei. Ela assentiu.

Will pagou tudo e saímos. No caminho de volta eu fui andando, porque não tinha como Will carregar as compras e me carregar nas costas ao mesmo tempo.

Fomos o caminho todo em silêncio. O que era bom e ao mesmo tempo torturante, porque eu só pensava em uma coisa: “Será que eles ainda estão lá?”. Eu sei que pode parecer a maior besteira (e muita burrice também) esse ciúme excessivo que eu tenho do Tyler com a vaca loira, mas... Sei lá. Entende? Eu posso ser segura do meu relacionamento o quanto for, mas eu sempre vou ter uma ponta de insegurança em relação ao Tyler. Eu sempre vou ter na minha cabeça que eu sou uma criança em comparação a ele. Eu sou apenas mais uma que vai ser encaixada no fim daquela lista infinita de nomes. Eu sempre terei em mente que amanhã ele pode nem lembrar meu nome.

Quando chegamos perto de casa, o sol começava a se pôr. Antes de pisar na calçada, pude ver um sujeito pálido e magro num canto perto do portão, como se esperasse por alguém. Ele vestia calça jeans surrada, um tênis preto e um casaco cinza com capuz que cobria parte do seu rosto. A medida que nos aproximávamos do portão, ele se aproximava de nós. Um pânico se espalhou por todo meu corpo e eu paralisei.

– É impressão minha ou um projeto de zumbi tá vindo na nossa direção? – Disse e os dois olharam para a mesma direção em que eu olhava.

O sujeito que, até então, estava de cabeça baixa, olha para nós e eu pude reconhecer aqueles olhos claros de uma cor indefinida: era Charlie.

– Charlie? – Pergunto incrédula.

– Ah, não. – Diz Holly. – Entrem em casa. Deixem que eu resolvo isso.

– De jeito nenhum. – Diz Will. – Eu não vou deixar você sozinha com ele. Jennifer, você entra. – Diz me entregando as sacolas.

– Will, por favor. Não. Não quero que se machuque. Isso é um assunto meu. Não quero envolver você nisso.

Charlie havia parado há uns 10 passos de distância e olhava pra Holly impaciente.

– Tarde demais. Eu já me envolvi. – Respondeu Will. – Jennifer entra. Agora! – Hesitei por um momento, mas entrei correndo.

Abri a porta da sala e avistei Tyler e Gustavo sentados no sofá. Pude ouvir a voz de Mary e Amber na cozinha. Joguei as sacolas em qualquer canto. Passei direto por Tyler e puxei Gustavo pelo braço em direção a porta.

– Gustavo, pelo amor de Deus. – Disse ainda o puxando. – Você precisa vir comigo.

– O que houve? Alguém morreu? – Ele perguntou.

– Quase isso. – Disse e ele fez uma cara de apavorado. Tyler nos seguia em silêncio. Quando chegamos no lado de fora, Will estava caído no chão com a mão no rosto, Holly e Charlie haviam sumido.

– Cadê a Holly e o projeto de zumbi? – Perguntei a Will.

– Holly e quem? – Perguntou Tyler.

– Ele a levou. – Respondeu Will com uma voz fraca.

– Ele quem? – Perguntou Gustavo.

– Ele o que? – Gritei.

– Ele quem? – Perguntaram Gustavo e Tyler juntos.

– Charlie. – Will respondeu entre gemidos. Ele havia sentado. Me abaixei ao seu lado e tirei sua mão pra poder ver seu olho roxo.

– O que houve com você? – Perguntei baixinho.

– Tentei impedir. – Respondeu.

– Gustavo me ajude a levá-lo pra dentro. – Ordenei. Ele não hesitou em pegá-lo no colo. – Leva ele pro meu quarto. Eu vou pegar gelo.

Entrei na cozinha como um furacão. Esbarrei “sem querer” em Amber fazendo-a derramar o suco de uva que estava em sua mão na sua blusa clara. Peguei o gelo no freezer e me virei pra Mary que me olhava assustada e me fazia várias perguntas que eu deixei sem resposta. Disse apenas:

– Charlie sequestrou a Holly. – Ele me olhou com os olhos arregalados.

– É o que? – Gritou. Amber permanecia com a expressão ilegível.

– Eu não sei direito como foi. A gente chegou do mercado e ele tava ali no portão. Ela pediu pra eu e Will entrarmos. Will negou e ficou lá com ela. Eu entrei pra buscar Gustavo. Quando eu voltei eles não estavam mais lá e Will tinha levado um soco. – Contei e saí correndo pro quarto. Mary vinha logo atrás. – Como ele está? – Perguntei entrando no quarto.

– Vivo. – Respondeu Tyler.

– Tyler, se você não vai falar alguma coisa produtiva, sugiro que cale a boca, senão eu mesma vou calar. – Ameacei. – E dá pra sair da frente? Tá atrapalhando a passagem. – Disse o empurrando.

– Calma, Jennifer.

– Calma? Você quer que eu fique calma? – Gritei. – Uma das únicas pessoas que se importam comigo foi sequestrada por um psicopata e você quer que eu fique calma?

– Cara, eu acho melhor você sair. – Disse Gustavo o acompanhando até as escadas. Os dois saíram e não voltaram. Ficamos apenas Mary, Will e eu no quarto. Entreguei o gelo para Mary.

– Como você está? – Perguntou Mary sentando ao lado de Will na cama.

– Bem. Gente, foi só um soco. – Disse Will.

– A gente devia chamar a polícia? – Perguntei. Ficamos num silêncio mortal por um tempo.

– Acho que sim. – Respondeu Mary por fim. Ela pressionava o gelo no local do soco e Will dava pulinhos de dor.

– Vou pedir pra Gustavo ligar. – Disse e saí do quarto.

Na sala o clima estava mais pesado ainda (se você ignorar a Amber que estava comendo o meu chocolate como se nada tivesse acontecido).

– Gustavo, - Chamei. Ele me olhou. – duas coisas. Primeiro: liga pra polícia. Segundo: pede pra sua amiguinha parar de comer o MEU chocolate! – Fiz questão de dizer alto o suficiente para que ela ouvisse. Ela me olhava (lê-se “fuzilava com os olhos”). Eu lhe dei o meu sorriso mais falso.

– Jennifer, ela é visita. – Tyler me repreendeu.

– E você cala a boca que nem aqui você não mora. – Disse sem paciência. Além de tudo ele ainda defende esse macarrão de lavagem.

– Jennifer! – Foi a vez de Gustavo me repreender. Ele suspirou. – Olha, eu sei que você tá nervosa com o lance da Holly e tal, mas descontar nos outros não vai adiantar nada.

– Que seja. – Disse apenas. Peguei meus doces (inclusive a barra que estava na mão da vaca loira) e subi.

Fiquei um tempo conversando com Will e Mary no quarto. Comemos quase todo o doce. Uns minutos depois, Gustavo apareceu lá e avisou que já havia ligado pra polícia e eles entraram em contato com a família. Nós três tentávamos animar uns aos outros, mesmo estando todos arrasados. O clima realmente não tava legal. Mantínhamos uma conversa forçada. No fim, todo mundo dormiu lá em casa. Mary e eu no meu quarto, Amber no quarto de hóspedes, Will no quarto de Gustavo e Tyler no sofá (ele não quis dormir no quarto com os meninos).

...

Acordei e Mary não estava mais no quarto. Já eram 9h da manhã, mas eu não me importei. Não estava afim de ir pra escola. Não estava no clima. Quem sabe amanhã eu vá e explique tudo na direção e tal. Peguei um short de algodão cinza, uma blusa azul marinho que eu nem sabia que tinha e fui tomar banho. Prendi meu cabelo num coque, escovei os dentes e saí do banheiro. Assim que fechei porta atrás de mim, percebi um movimento vindo do um lado esquerdo e vi o que faltava acontecer pro meu mundo desabar: Tyler saindo do quarto de hóspedes junto de Amber. Senti meus olhos arderem e soube que iria chorar ali mesmo no corredor. Tyler estava parado me olhando ainda em frente a porta e Amber estava com um sorriso sínico no rosto. Ah, como eu a odiava. Corri pro meu quarto, tranquei a porta e desatei a chorar. Sei que estou tirando conclusões precipitadas. Sei que pode não ter acontecido nada entre eles. Mas sei também que eles andam mais próximos um do outro e que Tyler mal olha na minha cara desde que ela apareceu por aqui.

É incrível como eu posso conter as lágrimas quando meu pai sai de casa, mas quando se trata de um garoto eu pareço uma criança de dois anos cujo sorvete caiu no chão. Me senti mais idiota ainda depois desse pensando o que só me fez chorar mais. Alguém batia na porta, mas eu não prestei atenção pra saber quem era. Coloquei os fones de ouvido e minha playlist mais barulhenta no volume máximo.

...

O resto da semana passou bem devagar. Fui pra escola todos os dias que se seguiram. Falei com a diretora do ocorrido. Ela entendeu perfeitamente, mas disse que isso não justificava minha falta. Mal sabia ela que eu pouco me importava com isso. Falta na escola era o menor dos meu problemas. Não tivemos notícias de Holly. A família dela entrou em contato conosco e outro dia tivemos que depor na delegacia. Não tínhamos muita informação já que ninguém conhecia Charlie direito, nem mesmo o primo de Mary e os amigos dele (que também foram depor).

O olho de Will está bem melhor. Eu quase não falo com Gustavo. Não vi mais Silas, mas acho que Will lhe contou do ocorrido com Holly. Mary vive grudada em Amber, que eu odeio cada vez mais. E depois, da quarta-feira, quando vi Tyler saindo do quarto de Amber pela manhã, nunca mais olhei na cara do meu namorado.

Hoje é domingo e nós fazemos uma semana de namoro e nós tratamos um ao outro como se fossemos completos desconhecidos. Ele, claro, não parou de frequentar minha casa, por causa de Gustavo e da vaca loira.

Tanta coisa aconteceu nesses últimos dias que o pedido de namoro de Tyler parece ter ocorrido em outra vida.

Como sempre Tyler apareceu lá em casa ainda de manhã (noite passada ele resolveu dormir na própria casa, pra variar). Nos sentamos nos mesmos lugares de sempre à mesa, só que com Will no lugar de Holly. Comemos em silêncio, o que não era comum.

Eu não sei o que eu esperava pro dia de hoje. Flores, bombons, declaração, serenata, belas palavras, um simples beijo ou um mero “parabéns”. No fundo, eu só queria que ele demonstrasse que se importa com o nosso relacionamento. Mas ele nem olhou pra mim durante todo o dia. No início da tarde, Gustavo fazia o almoço, Mary e Amber haviam saído e Will estava dormindo. Ficamos eu e Tyler no sofá sozinhos, num silêncio que levaria qualquer um a loucura. Como vi que Tyler não diria nada, resolvi eu mesma fazê-lo:

– Feliz uma semana de namoro! – Desejei sem ânimo nenhum na voz. Ele olhou pra mim.

– Pensei que tivesse esquecido. – Disse.

– E eu pensei que você tivesse esquecido. – Rebati. – Quer dizer, você não disse nada.

– Nem sempre eu tenho que tomar a iniciativa de tudo. Doeu ser a primeira a falar sobre nosso aniversário de uma semana? – Senti um pouco de arrogância em sua voz, mas ignorei.

– Não, Tyler. Não doeu. – Respondi voltando minha atenção novamente para TV.

– Então, seria bom que você tomasse a iniciativa às vezes, porque somos dois nesse relacionamento. Tem vezes que parece que você não se importa com a gente. – A última frase me atingiu como uma bola de ferro no estômago.

– Mas é claro que eu me importo, Tyler. – Disse com um tom de indignação na voz.

– É. Eu vejo a importância que você dá enquanto anda pra cima e pra baixo com o “mauricinho”. – “Mauricinho”? Esse seria Will?

– “Mauricinho”? – Disse meu pensamento em voz alta e comecei a rir. Fazia tempo que não o fazia, então minha risada saiu estranha.

– To falando sério. – Disse. A raiva estampada em seu rosto. – Acho que você passa tempo demais com ele.

– Ai meu Deus! Tyler, você tá com ciúmes? – Perguntei incrédula e achando aquilo muito fofo.

– Eu? Com ciúmes daquele garoto? – Disse com desdém. – Você só pode tá brincando. – Fez uma pausa. – Eu não gosto nada da amizade de vocês. – Eu fique séria. Ele teria coragem de me pedir pra acabar com aminha amizade com Will? Mesmo num momento tão difícil?

– Que bom que a amizade é minha e não sua. Não é? – Disse.

– Eu vi como ele te olha, Jennifer. – Lembrei de quando Holly disse que Will gostava de mim, mas não disse nada. – Se você não quiser que alguém saia machucado dessa história, sugiro que o afaste, senão eu mesmo o farei. – Completou. Seu tom de voz me lembrando de como eu havia falado com ele no dia em que Holly foi sequestrada.

– É piada, néh? – Ele fez sinal negativo com a cabeça. – E quanto a Amber? – Perguntei. – Sua ex-namorada, sua “melhor amiga”, dormindo na minha casa, cheia de intimidade com você, comendo o meu chocolate e compartilhado histórias de quando vocês namoravam na minha frente. E mesmo assim eu não fiz nem disse nada. Você acha que eu não me incomodo com isso, Tyler? É claro que eu me incomodo. E mesmo assim eu não disse nada esses dias todos. Nem mesmo quando eu vi você saindo do quarto dela pela manhã. Eu tenho tolerado essa situação calada o tempo todo.

– Isso é diferente, Jennifer. – Disse apenas.

– É claro que é diferente. Will é apenas meu amigo. Eu não sinto nada por ele além disso. Já você e a vaca loira... – Não terminei a frase. Tyler me olhava estranho, provavelmente por causa do “vaca loira”, mas não comentou. – E você ainda quer tirar o Will de mim. E pior, a base de ameaças! Agora que eu, mais do que nunca, preciso de um amigo, você vai me tirar o único que eu tenho. – Uma lágrima solitário escapou do meu olho e eu me apressei em secá-la.

– Você tem a mim. Você sempre teve. – Ele respondeu. – Eu sou seu namorado, Jennifer.

– É. Não sei se você percebeu, mas meu namorado tem andado um pouco ocupado andando pra cima e pra baixo com a ex dele.

– Ah, para com esse ciúme bobo, Jennifer.

– Agora eu é que tenho ciúme bobo?

– É. Você tem andado muito criança esses dias.

– Jura?

– Sinceramente, eu não sei o que vi em você. – Ele disse distraidamente. Meu estômago ficou pesado, minha cabeça começou a girar e eu senti um enjoo. Eu olhava pra ele perplexa.

– Bom, - Eu não sei exatamente o que dizer. Eu estou atordoada demais pra pensar direito. – Deixe-me te dar uma ajudinha, então, para se livrar dessa criança. Acabamos aqui. – Disse e fui direto pro quarto sem ver sua reação.

Acho que acabei de terminar meu namoro


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Notas finais do capítulo

Shippers de Jyler e a amantes da Holly, nada de matar a autora. E comentem a opinião de vocês. Quero sentir a sua raiva, porque, como uma amiga minha disse, a raiva de vocês é nossa alegria.
Agora meu papo é com as shippers de Wennifer. COMEÇOU! Podem começar a me amar muito a partir de agora. Vocês terão que esperar um pouquinho até que eles fiquem juntos de fato. Tem algumas tretas pra acontecer antes. Mas tenham paciência. Não esqueçam de comentar a opinião de vocês.
Então, amorinhas, os próximos capítulos já estão todos planejados (até o epílogo já está pre-planejado). Eu queria saber de vocês: faço a segunda temporada de AF ou não? Vocês leriam se eu fizesse? Preciso muito da resposta de vocês.
Não esqueçam de comentar, criticar, dar ideias e a opinião de vocês. Beijão.
PS.: Talvez eu poste outro capítulo ainda hoje.



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