Amor fotografado - Primeira Temporada escrita por The Drama Queen


Capítulo 13
Capítulo 13 - Não duvide jamais de que te amo - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores. Demorei mais do que pretendia pra postar. Mas é que eu tive um ataque de criatividade e demorei um pouco pra organizar as ideias. Fiz algumas modificações no capítulo e achei que ficou bem melhor que antes. Eu ia fazer o "Não duvide jamais de que te amo" em 2 partes, mas resolvi fazer em 3 para os capítulos não ficarem muito grandes. Mas, enfim. Tá aí o capítulo. Espero que gostem. Leiam as notas finais, hein.
Até lá em baixo.



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Tyler tem me impressionado cada vez mais. Quando o vi pela primeira vez, deduzi que fosse um completo idiota. Não que ele não seja pelo menos um pouquinho idiota, mas... Ah, você entendeu. Nesses últimos dias ele tem sido tudo o que eu mais preciso. Tem sido simplesmente perfeito! Ele entende quando eu quero conversar ou apenas ficar em silêncio. Sabe quando eu preciso ficar sozinha e quando preciso de companhia. E, acima de tudo, sabe exatamente como me animar.

Nesse exato momento, estamos num restaurante, usando roupas totalmente antiquadas, comendo coisas que eu não sei pronunciar o nome. Atraímos alguns olhares quando entramos, por causa da roupa e tal (“Esses jovens de hoje em dia...” Disse uma mulher quando passamos pela sua mesa), mas acho que já se acostumaram com a nossa presença.

– Então, tá gostando? – Perguntou Tyler do nada. Me assustei um pouco já que estava tudo muito quieto. As pessoas parecem parar de respirar dentro do restaurante.

– Uhum. Tá uma delícia. – A comida não está tão boa assim, só que eu não posso simplesmente dizer: “Tá boa. Mas eu prefiro a comida da minha mãe.”

– Pronta pra sobremesa?

– Claro! – Doce, finamente! Não me julgue. Eu tenho espírito de gordo.

– Garçom! – Disse fazendo um sinal com a mão para chamar a atenção do garçom que estava do outro lado do salão. Era um homem alto e loiro. Olhos azuis, quase cinza. Tinha ombros largos e um corpo atlético. Aparentava ter uns 28 ou 29 anos. Usava um brinco prata em uma das orelhas, mas não tinha cara de adolescente rebelde.

– Pois não. – Disse com um sorriso torto quando se aproximou da nossa mesa.

– A sobremesa, por favor. – Pediu Tyler. Ele não especificou qual sobremesa iria querer. Aliás, ele não especificou nenhum dos pedidos, o que me faz pensar que ele já tinha tudo planejado e combinado com o pessoal daqui. – Que foi? – Perguntou me arrancado da minha viagem mental. Parando pra pensar bem agora, eu penso demais. Acho que tenho um certo problema em manter minha atenção na realidade. – Jennifer! Oi. Tem alguém ai? – Ele estava estalando o dedo na frente do meu rosto. Só agora percebi que o estava encarando.

– Oi. Desculpa. O que foi?

– Você tava toda dura me encarando. Parecia uma estátua.

– Ah! Desculpa. Eu só tava pensando.

– Em que?

– Nada demais. – Dei de ombros. Nesse momento o garçom chegou com nossa sobremesa que é... – Petit Gateau!

Comemos, dessa vez conversando sobre nada em especial. Como os outros não estavam nem respirando, éramos os únicos a fazer barulho no restaurante inteiro. Não me importei muito com os olhares de reprovação que recebemos e Tyler pareceu nem notar.

Acho que nunca comi tanto na minha vida. Sem exagero! Se não me engano, provamos quase 10 pratos. Não sei exatamente quantos. Parei de contar no 4°. Isso sem contar o Petit Gateau, que estava realmente uma delícia!

Acabamos de comer e eu pensei: “Agora eu vou pra casa dormir até amanhã.”. Só percebi que pensei em voz alta quando o Tyler disse que tínhamos que ir em outro lugar e que estava falando sério quando disse mais cedo que chegaríamos tarde em casa.

– Tyler, olha o que você vai aprontar!

– Relaxa, Jenni. Você vai gostar. Vem. – Disse me puxando para a porta.

– Você não vai pagar a conta?

– Já tá paga, madame. – Ele estava com aquele sorriso sarcástico que eu aprendi a amar.

Saímos e o carro já estava nos esperando. Tyler preparou um dia inteiro pra passar comigo, ao que parece. Tudo bem, eu não estava lá muito animada com a vida e tal. Até tentei me divertir nesses últimos dias, em vão, óbvio. Mas o almoço já estava de bom tamanho. Já me sinto bem melhor. Não preciso de mais saídas nem nada. Entramos no carro e partimos.

– Agora, vamos demorar um pouquinho pra chegar. Tudo bem pra você? – Assenti. – Vamos fazer uma parada no meio do caminho pra pegar uma coisa. Vai ser bem rápido, na verdade. Nem vai parecer que paramos. – Assenti novamente.

Ele colocou seu braço ao redor dos meus ombros. Meu corpo ficou tenso com o gesto. Me senti a Hazel Grace quando estava com Augustus Waters perto dos ossos maneiros e ele colocou a mão no rosto dela. Não que eu tenha me sentido uma granada, só... Não sei. As coisas andam um pouco diferentes na minha cabeça. Não sei explicar. Tudo em relação a Tyler parece diferente. Durante todo o caminho, eu não me movo. Fico parada, congelada, como uma estátua. Não consigo reagir à esse gesto. Não sei como reagir. Do nada, o carro para. Não sei dizer onde estamos. Há bastante comércio aqui. Livrarias, lojas de roupa, de sapato e posso avistar algo que parece ser um shopping alguns poucos quilômetros a nossa frente. Tyler sai sem dizer nada. Em 2 minutos, mais ou menos, ele está de volta com um embrulho na mão. Tento não criar expectativas de que seja um presente pra mim, mas é difícil. É, eu estou muito curiosa pra saber o que tem por trás daquele embrulho verde escuro. Eu fico olhando fixamente para o embrulho. Não, eu não sei disfarçar. Tyler percebe e dá uma risada.

– Quer abrir agora? – Então isso, o que quer que seja, é pra mim? Eu devo ter corado violentamente, o que não é difícil (culpe minha brancura!!), porque senti meu rosto queimar horrores. E porque Tyler riu. – Toma. – Disse me oferecendo o embrulho.

Peguei o embrulho tentando não parecer a pessoa extremamente curiosa que eu sou. Abro com a maior calma e cuidado que consigo. Tyler fica me observando, provavelmente para ver minha reação. Depois de uma luta contra a fita adesiva e muitas gargalhada do Tyler, eu, finalmente, consegui abrir e era um livro. Mas não um livro qualquer. Era Cidades de Papel do John Green. Eu estava querendo comprar esse livro há séculos. Um sorriso surge nos meus lábios assim que vejo o livro. Um sorriso tão grande que mal cabe no meu rosto. Olho para Tyler. Ele também está sorrindo. Então, me inclino para mais perto dele e o abraço. Ele retribui.

– Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. – Agradeço. Quando estamos nos soltando do abraço eu, por puro impulso, dou um beijo em sua bochecha. Percebendo o que eu fiz, me afasto rapidamente e viro o rosto para o outro lado, pois sinto meu rosto corar novamente.

Daí, você pensa: “Mas não foi nada demais. Foi só um beijo na bochecha. Um beijo de amigos”. EU SEI. Mas está tudo estranho. Não me julgue.

– Então, você gostou? – Perguntou depois de alguns minutos.

– Aham. Eu adorei. – Respondi, finalmente o encarando. – Como sabia que eu queria esse livro? – Só depois que perguntei que me ocorreu que ele podia simplesmente ter dado um chute no escuro.

– Digamos que eu fiz o trabalho de casa. – Disse dando de ombro. Eu ri.

Não sei quanto tempo depois, o cara que eu ainda não fazia ideia de quem era, disse que estávamos chegando. Aí, eu me lembrei que estava com celular. O peguei dentro da bolsa me xingando mentalmente por ser tão lerda a ponto de esquecer da existência do meu celular, e olhei a hora. 15:17h. A hora passou bem rápido.

– Chegamos. – Avisou o motorista.

– Beleza. – Disse Tyler. Me inclinei pra abrir minha porta, mas Tyler me impediu. – Ei. Eu tenho que abrir a porta pra você. Espera ai. – E saiu do carro. Poucos segundos depois a porta se abriu. – Madame. – Disse fazendo algum tipo de reverencia.

– Não precisava disso.

– Eu digo que precisava. – Rebateu e eu revirei os olhos.

Dessa vez ele não me ofereceu o braço, então, só andamos um do lado do outro, sem tocarmos um no outro. Ele me guiou para dentro de um prédio gigante e branco. Pelos detalhes que tinham, tanto do lado de dentro, quanto do lado de fora, parecia ser um prédio antigo e importante. Não tinha nenhuma placa nem nada que dissesse o que exatamente era aquilo. Fomos até a recepção. Uma mulher nos atendeu. Tinha a pele morena, cabelos castanhos avermelhados e olhos cor de mel, assim como os de Tyler. Era pequena e aparentava ter por volta de 37 anos.

– Boa tarde. No que posso ajudar? – Ela tinha a voz aguda e irritante. Tyler tirou um papel do bolso e entregou para a recepcionista. – Ah, sim. Segunda porta a direita. – Informou. E nós seguimos o caminho indicado.

Não fazia a menor ideia de onde estamos. Só sei que deve ser bem longe de casa. Seguimos por um corredor muito, muito grande e entramos na segunda porta a direita.

– Chegamos. – Disse Tyler.

– Onde nós chegamos? – Perguntei.

– Você ainda não matou a charada? – Perguntou com uma cara de surpresa. Me senti mais lerda do que o normal. Dei de ombros e balancei a cabeça negativamente. – Estamos num museu! – Exclamou como se fosse a melhor coisa do mundo. Percebendo que minha reação não foi tão entusiasmada quanto a dele, completou. – Um museu de filósofos e pensadores! – Exclamou de novo.

Dessa vez minha reação foi melhor. Peguei Tyler pela mão e comecei a arrastá-lo comigo por todo lado fazendo comentários sobre todo filósofo ou pensador que eu gostava. Ele provavelmente estava pesando “Cara, esse garota é maluca!”. Mas dane-se. Esse lugar é demais! Andamos por todo lado. Lendo cada palavra de cada ser ali, até daqueles que eu não conhecia. Quando percebia que estava faltando algum detalhe na história de alguém, me apressava em contar a história toda incluindo o detalhe crucial. Eu sou muito estranha eu sei! Mas agora eu devo estar mais pra insuportável. Quando chegamos no fim da exposição, me desculpei com Tyler pelo papo nerd. Ele disse que estava tudo bem e que até gostou. Saímos e entramos no carro de novo. Olhei a hora: 16:55h.

– Quer comer alguma coisa? _ Perguntou Tyler se sentando do meu lado.

– Pode ser. – Disse dando de ombros. Eu estava morrendo de fome!

Uns 20 minutos depois, o carro parou. Através da janela eu pude ver que estávamos na praia.

– O que estamos fazendo aqui? Achei que íamos comer. – Minha barriga já estava começando a roncar. Tyler riu.

– Nós vamos comer. – Disse e saiu. Esperei que ele desse a volta no carro e abrisse a porta pra mim.

O carro estava estacionado na calçada em frente à praia. Atravessamos a rua e ele me guiou pela areia. Não fazia ideia de para onde ele está me levando, mas também não perguntei. Andamos por um bom pedaço em silêncio. Minhas pernas já estavam doendo. Eu sou sedentária, poxa. Não me julgue! Então eu resolvi quebrar o silêncio.

– Onde estamos indo?

– É surpresa. – Disse sem me olhar.

– Vai demorar muito pra chegar? – Ele me olhou.

– Já tá cansada, princesa? – Ele estava com seu típico sorriso de canto no rosto.

– Um pouquinho. – Menti. Minha perna está latejando de tanta dor.

– Eu posso te carregar, se você quiser.

– Pode s... Espera, o que? Aaahh... – Soltei um grito mais agudo que o normal. Ele tinha me pegado no colo. Estava com uma das mãos nas minhas costas e a outra segurando minhas pernas na curvado do joelho. – Tyler! – Gritei.

– O que? Você não disse que estava cansada? Então, eu estou te carregando como um perfeito cavalheiro deve carregar uma princesa. – Eu ri.

– Ai meu Deus! Garoto, você não tem jeito! – Envolvei meus braços em seu pescoço e encostei minha cabeça em seu ombro.

Depois de um tempo, pensei se ele não estaria cansado. Eu não sou gorda, mas mesmo assim...

– Você tá cansado? Eu posso andar daqui. Por mim tudo bem. Eu...

– Ei. – Me interrompeu. – Tudo bem. Eu andei malhando. – Rimos. – Mas se estiver tão desconfortável assim...

– Não. – Disse um pouco mais alto do que pretendia. – Tá ótimo assim. Prossiga.

– Tudo bem então. – Disse em meio aos risos.

Andamos por mais não sei quanto tempo e, finalmente, chegamos.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Eu sei que esse não foi o melhor capítulo. Não aconteceu muita coisa e tal, mas o próximo vai ser melhor, principalmente para os Jylers. Eu prometo. Comentem o que acharam, tá bem? E agora, surpresinha pra vocês. Tenho a foto de alguns personagens. Eu sei. Podem me amar! Ou não. Mas enfim. Tá ai.
Will: http://sp3.fotolog.com/photo/35/23/38/caahabreu/1312511018031_f.jpg
Tyler: http://s0.flogao.com.br/s26/15/07/06/66/67337496.jpg
Jenni: http://www.24hrsnarede.com/wp-content/uploads/2012/07/ruivas-mais-lindas-da-internet-6.jpg
Em breve terei dos outros, okay? Não esqueçam de comentar. Beijos.



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