Amor fotografado - Primeira Temporada escrita por The Drama Queen


Capítulo 10
capítulo 10 - Problemas


Notas iniciais do capítulo

Hey amorinhas, eu voltei eeehhh... não? ok. Enfim, não me matem por não ter postado. É que minha vida tá uma loucura. Estou para me mudar (na próxima madrugada pra falar a verdade) para outro Estado. Ai já viu néh. Maior loucura, joga muita coisa fora, faz mala, visita o tempo todo. E além da falta de tempo por causa da mudança, ainda tem a falta de criatividade da criança aqui. Me perdoem. Sério mesmo. Fiz um capítulo grande recheado de amor pra vocês. Leiam as notas finais, ok? Até lá em baixo. Boa leitura!



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Por incrível que pareça, a aula passou voando. Eu não olhei para Will em momento algum, mas pude sentir seu olhar em mim durante boa parte das aulas. O que havia acontecido não saia da minha cabeça. Tyler. Não podia ser nada sério. Até porque o Tyler é.... bom, o Tyler e eu sou estranha. Quando o sinal, finalmente, tocou indicando o início do intervalo, mandei uma mensagem para Holly dizendo que precisava falar com ela. A resposta veio logo em seguida: “Sua casa depois da aula. Eu enrolo a Mary e você se livra do Will. XOXO”. Beleza, agora é só torcer para Will não querer fazer as pazes hoje depois da aula.

O recreio passou como se nada tivesse acontecido. Aparentemente Holly queria mesmo cumprir o trato de não contar a ninguém sobre Tyler. Ou só tinha vergonha de dizer que fala comigo. Mas, como sentamos juntas todo dia, acho que não seja isso. Enfim, eu sentei de frente para a mesa de Will hoje, o que não foi muito agradável, já que ele estava de frente para minha mesa, logo, ficamos nos encarando. Ele não parecia muito, digamos, feliz. De certa forma, isso é bom, assim não precisarei mentir para ele para não contar tudo o que rolou com o Tyler e tal. Está tudo muito confuso ainda. Tanto com Tyler quanto com Will. A raiva que ele sentiu de Tyler ao pensar que ele esteve ali. Uma lembrança me atinge bem na cara: ele não disse o que ia dizer quando foi em minha casa. Ah, não. Mais uma coisa pra pensar. Alguém me dá um tiro, por favor! Eu não acredito que estou perdendo a cabeça por causa de garotos. Um idiota e outro que fica com raiva por nenhum motivo aparente. E ainda faço esse drama todo. Eu não mereço a vida! EU NÃO MER....

– Você não acha, Jennifer? Jennifer?!? JENNIFER!! Você ainda tá ai? – Mary estalava os dedos no meu rosto como se me despertasse de um transe. – Jennifer, responde!

– Oi. O que foi? – Digo, ainda meio perdida em pensamentos.

– Você estava com uma cara toda estranha olhando para a mesa do Will e ele estava te encarando de volta. Quer dizer – Holly olhou para trás. – Está te encarando. – Eu olhei para Will e lá estava ele, me olhando como se eu fosse louca. Minha expressão devia estar mesmo muito estranha.

– Enfim, - Disse Mary – como eu estava dizendo. Não iria ser ótimo se eu e seu irmão ficássemos juntos. Seríamos da mesma família! – Ela disse com muito, muito entusiasmo na voz com direito a gritinhos. Eu a olhei como se ela fosse a louca ali. Holly fez o mesmo. Ela estava falando sério? Ela e o Gustavo? – Quer dizer, ele é gato, eu sou linda, - E modesta - eu sou popular, é obvio que ele era popular na época da escola, tem 18 anos e uma moto. Somos perfeitos um pro outro! – Isso só pode ser brincadeira!

– Eu vou ao banheiro. – Me levanto e vou em direção ao banheiro.

Num primeiro momento, apenas encaro meu reflexo no espelho. Minha cabeça está queimando com tantos pensamentos. Meu rosto começa a ficar vermelho e eu sinto como se ele estivesse em chamas. Meu Deus!! O que está acontecendo comigo? Eu estou enlouquecendo e minha vida nem é tão complicada assim. Molho meu rosto com intenção de refrescá-lo. O sinal tocou. Sai do banheiro e fui para sala. Para minha sorte, ninguém entrou no banheiro enquanto eu estava lá.

A última aula demorou um pouco mais a passar. Culpa da ansiedade, talvez. Fui a primeira a sair da sala. Mandei uma mensagem para Holly avisando que iria na frente e ela respondeu “O.K.”. Quando estava passando pela portão do colégio, alguém me puxa pelo braço. Essas pessoas tem que parar com isso. É sério. Já deu, néh... Me virei e dei de cara com Will. Me assustei com a proximidade de nossos rostos. Ele só me encarou por alguns minutos e depois disse:

– Preciso falar com você. – Ele estava sério. Não parecia preocupado, portanto, não deveria ser nenhum problema. Maravilha!! Como eu vou me livrar dele agora. Não me leve a mal, mas.... Ah, quer saber. Me julguem! Eu não quero falar com ele. Não estou com paciência pra aturar ciúme besta (ciúme?). Tenho coisas mais importantes pra resolver.

– Desculpa, Will. Mas eu não posso falar agora. – Disse um tanto rápido demais. Me virei para ir embora, mas ele me puxou me encostou (lê-se “jogou”) na parede. Se doeu? Não, só foi o bastante para me causar um traumatismo craniano. Okay, exagerei um pouquinho, mas foi forte. – WILL, qual é o seu problema? – Gritei. Ele estava fora de si. Aquele não era o Wil.

– Ah... É... Desculpa... Eu não... Desculpa. – Ele abaixou a cabeça, provavelmente, por vergonha. – Eu não quis te machucar. Eu só... Eu preciso falar com você, Jenn. E...

– Eu não tenho nada pra falar com você, Will. – O cortei.

– Mas eu tenho. E precisa ser agora. – Ele parecia com um pouquinho ASSIM de raiva e tentava disfarçar. Sem sucesso.

– Acho que você não entendeu. – Beleza. Eu tenho que sair agora. Não quero mais problema. Não quero mais conversa. Não quero mais informação. Tudo o que aconteceu até agora é o bastante pra fazer minha cabeça explodir. – Eu não quero falar com você. Eu não quero ouvir você. Eu não quero estar com você. – Disse tentando manter o controle. Ele recuou.

– Jennifer, você tá bem? – Ele parecia nervoso, com medo e preocupado.

– Não, Will. Eu não estou bem. – Dizendo isso o empurrei e fui em direção a saída bufando. Meu rosto estava quente. Eu devia estar muito vermelha. Olhei para trás e Will me observava com uma cara de decepção e dúvida. Continuei andando.

Atravessei o pátio e, quando ia atravessar o último portão, o qual dava pra rua, um par de olhos cor de mel surgem na minha frente.

– Ah, só pode ser brincadeira. – Digo revirando os olhos.

– Que foi? Brigou com o namorado? – Disse Tyler com um sorriso sarcástico - Vai me dizer que ele viu o nosso beijo? – Abriu a boca em O, colocou a mão na frente e arregalou os olhos fingindo espanto. Eu o olhava séria. – Ah, qual foi? Ainda tá bolada com aquilo? Dá um sorriso. – Eu continuei o encarando. Então finalmente disse:

– O que você quer? – Perguntei seca.

– Conversar. – Ele disse ficando sério repentinamente.

– Não tenho tempo pra isso. Disse começando a andar, mas Tyler bloqueou meu caminho com seu corpo.

– Eu tô falando sério. Preciso falar com você. – E de repente todo mundo tem algo pra me dizer.

– Eu tenho um compromisso agora. Não posso falar agora. E...

– Eu sei que você deve tá magoada, porque brigou com seu namorado, mas... – Ele me cortou e eu retribui o favor.

– ELE NÃO É MEU NAMORADO! – Gritei. Ele riu.

– Melhor pra mim – Sussurrou, mas eu consegui ouvir e dei um tapa nele. – Parece que ele não gosta muito de mim, não é?!? – Disse apontando discretamente para Will que permanecia no portão do colégio me encarando e não parecia nem um pouco feliz. Eu ri, em pensamento, claro. Não quero admitir que gosto pelo menos um pouquinho dessa situação toda.

– Não. Ela não vai nem um pouco com a sua cara.

– Posso te levar em casa? – Pergunta Tyler ignorando meu comentário.

– Não. – Respondo rápida e secamente.

– Por que? – Ele pergunta fazendo voz de choro.

– Por que eu tenho mais o que fazer.

– Mas eu só vou te acompanhar. Não falo nada se você não quiser. – Ele me encara e eu o encaro de volta. – Prometo. – Nesse momento escuto um falatório vindo do portão onde Will estava. Olho naquela direção e vejo Will, Holly e Mary “conversando”. Will estava berrando e apontando para mim. Holly se vira pra mim e me encara com olhar de reprovação. Que raios está acontecendo ali?

– É sério, Tyler! Não vai rolar. – Disse andando e o tirando do transe.

– Por que não? – Ele está me seguindo. Oh garoto insistente, meu Deus!

– Por que não. Tyler. Não tem motivo. Só não vai rolar. Beleza? Me deixa em paz. – E sai correndo. Ele ficou parado lá me olhando partir. Tenho a impressão de que não vamos nos falar por um bom tempo.

Enquanto corria senti meu rosto esquentar, minha garganta fechar e meus olhos marejarem. Que demais! Agora eu vou chorar. No meio da rua ainda por cima. Meu dia está ficando cada vez melhor! Entro em casa sem dar sinal de vida pra ninguém. Apesar de que eu acho que não precisava mesmo, já que eu quase arranquei a porta da sala quando entrei. Paro no meio da escada, pois ouço gritos vindos da cozinha. Aguço meus ouvidos e consigo identificar uma voz masculina. Meu pai! Mas que raios ele está fazendo em casa? ele devia estar no trabalho! E tem outra pessoa... Deve ser minha mãe. Desço as escadas pra poder ouvir melhor. Fico sentada ao lado do sofá. Assim eles não me veem.

– Eu não acredito consigo acreditar que você está fazendo uma coisa dessas! – Grita minha mãe. Ela está com voz de choro. – Como você teve coragem de fazer uma coisa dessas comigo. Com nossos filhos. Você mentiu pra nós o tempo todo. Seu cretino, mentiroso... – Meu pai gritava de volta. Minha mãe parecia estar batendo nele. O que será que aconteceu? Pra eles brigarem assim, deve ter sido algo muito sério. Nas poucas vezes que os vi untos (já que o meu pai vive no trabalho) eles pareciam tão felizes. Tão... apaixonados.

– Eu sei que eu errei. Eu te peço desculpas e.... – Disse meu pai, mas minha mãe o cortou.

– Não ouse pedir outra chance! Estou cansada de suas mentiras! – Ela gritou.

– Não vou pedir, Marlenne. Eu vou embora. Vou te deixar em paz. Você e as crianças. – Ao ouvir isso meu coração acelera e aquelas lágrimas que antes ameaçavam a cair, caem sem parar numa quantidade e velocidade surpreendentes. Me levanto e subo as escadas.

Entrei no quarto, tranquei a porta (dessa vez eu lembrei o/), me joguei na cama e desatei a chorar. Ninguém me incomodou, até meu celular vibrar. Era Holly.

“To subindo as escadas. Destranca a porta do quarto.”

Assim que acabei de ler, alguém bate na porta. Só pode ser Holly. Levanto da cama com dificuldade. Ela bate novamente.

– Já vai. – Digo preguiçosamente. Me olho no espelho e... Nossa, como eu estou horrível, mas dane-se. Abro a porta sem nem tocar no meu cabelo, limpar o rosto ou algo do tipo. Holly se assusta assim que me vê.

– Cruzes, garota. Quer me matar do coração. – Diz ela com a mão esquerda no peito, a direita segurando o celular e a bolsa e com a respiração alterada. – Precisamos conversar. – Diz ela ficando séria repentinamente. Ela não costuma ficar séria. E não costuma dizer “precisamos conversar.”. Acho que ninguém está em sã consciência hoje. Bufo e abro passagem para ela entrar no quarto.

Tranco a porta e me jogo na cama. Dessa vez ela se senta na cadeira da escrivaninha. Ela só me encara por um tempo. Então respira fundo, solta o ar todo de uma vez só e diz:

– Você está bem? – Minha vontade é gritar, chorar, espernear, socar a parede, mas apenas assinto com a cabeça. – Você não parece estar bem. Vamos lá, Jenni. Me conta o que aconteceu. – Ela diz com uma voz suave, amigável. – Você sabe que pode confiar em mim. – Eu realmente confio em Holly. Não me pergunte o porquê. A conheço a pouco tempo, a primeira vez que conversei com ela sozinha foi ontem e... É eu não tenho nenhum motivo para confiar em Holly. Eu apenas sinto que posso.

– É muita coisa Holly. – E então mais lágrimas caem. – E são coisas difíceis. – Ela se senta ao meu lado e me abraça. Então choro mais ainda.

– Me fala. O que houve?

Eu conto tudo pra ela. Desde o beijo de Tyler até o momento da briga de meus pais. No final de tudo ela me olha com pena. Eu quero em jogar pela janela. Não há coisa pior no mundo do que ser digna de pena. Como se eu já não estivesse mal o bastante, ela diz:

– Will gosta de você. – A encaro com um olhar de quem diz “é sério que você vai me jogar mais problemas agora? Não tá vendo o meu estado?”. Eu suspiro e me deito. No processo bato com a cabeça na parede. Nenhuma das duas ri. – O que você disse pra ele não foi muito legal, Jennifer. Ele ficou muito magoado. E depois viu você falando com Tyler... E, pelo que você me contou, ele estava lá quando você derramou refrigerante no Tyler e te defendeu, discutiu com você ontem por causa do mesmo. Logo, tiramos a conclusão de que ela não gosta muito do mesmo. Você pisou feio na bola, Jenni. Muito feio. – Eu fito o edredom que está na cama o tempo todo. Não tiro os olhos dali. Legal! Mais um problema pra coleção. Dica: nunca pense que as coisas não podem piorar por que elas podem!

Deus do céu! Quando besteira que eu fiz. Quanta besteira eu tenho que consertar. Quanta besteira eu não posso fazer nada pra mudar.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Tenso, não? Seguinte, papo sério aqui agora. Como eu já disse, vou me mudar para outro Estado (Maranhão). Nos primeiros dias eu não vou ter internet, logo, não sei se vou poder postar. Vou ver se procuro uma lanhouse lá por perto pra conseguir postar. Vou fazer o possível pra não ficar muitos dias sem postar. Só peço que vocês tenham um pouquinho de paciência com a minha pessoa. Mudar de Estado não é a coisa mais agradável do mundo, ok? Estou com a cabeça a mil por hora. Então é isso. bjo bjo comentem, hein. vlw flw



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