Capítulo 14:

Pov. Mosca

Eu tava de bobeira na escola, não sabia onde o pessoal estava e por isso resolvi voltar para o quarto. Entrei direto e Rafa que estava na mesa de estudos levou um susto.

Mosca- Ta tudo bem? –Eu disse desconfiado.

Rafa- Ta tudo bem sim! –Disse tentando disfarçar seu nervosismo e pegando um papel da mesa.

Mosca- Então ta né?! –Eu disse pegando meus livros pois a aula já iria começar. – Partiu?

Rafa- Pode ir indo, eu vou passar na cantina antes.

Mosca- Por quê? –Eu disse com uma leve risada.

Rafa- Nada não! –Ele disse e em seguida saiu do quarto correndo.

Estranhei o jeito do Rafa, mas preferi nem fazer muitas perguntas. Fui direto para a sala de aula e quando entrei troquei olhares com Mili e fiquei com um sorriso bobo.

Pata- Senta aqui com a gente Mosca! –Gritou e eu fui até elas.

Cris- E o Rafa?

Mosca- Sei lá... Ele tava meio estranho.

Mili- Estranho como?

Mosca- Ele saiu correndo do quarto e disse estar indo para a cozinha, além de que ele tava mó nervoso.

Pata- Nossa, oque será?

Pov. Vivi

Estava com Mathias, nós estávamos conversando antes da aula começar.

Mathias- Eu to tão feliz que a gente vai sair nesse fim de semana!

Vivi- Eu também. –Disse envergonhada.

Mathias- Você já sabe pra onde quer ir?

Vivi- Não faço ideia. Você sabe?

Mathias- Não sei... Mas a gente ainda tem mais amanhã pra decidir.

Dei um sorriso e logo depois o professor chegou. Durante a aula nós trocamos alguns olhares, será que eu estava gostando dele de verdade? Eu nunca me apaixonei, não sei direito como é, mas que eu sentia algo de diferente pelo Mathias isso eu não posso negar.

Pov. Bia

Nós tivemos três aulas seguidas durante a manhã e depois veio um intervalo antes do almoço. Decidi guardar meus livros no armário e depois passar no quarto para tomar um banho, já que hoje o dia estava muito calor e eu estava suada. Estava nos corredores e me bati com alguém, me fazendo derrubar todos os livros.

Bia- Você não olha por onde anda não?

XX- Foi mal Bia! –Disse me fazendo perceber que era o Duda. - Deixa que eu te ajudo. –Disse se abaixando.

Nós pegamos os livros e nos levantamos.

Bia- Valeu.

Duda- Que nada! Bia... Eu posso te perguntar uma coisa?

Bia- Pergunta.

Duda- Porque você me ajudou naquele dia que eu bebi?

Bia- Este assunto de novo?

Duda- Desculpa, mas é que você sempre me odiou.

Bia- Isso não quer dizer que eu deseje o seu mal.

Duda- Quando a gente odeia uma pessoa normalmente queremos o mal dela.

Eu não sabia oque responder, na verdade não entendia se oque eu sentia por ele era realmente ódio.

Bia- Duda, eu tenho que ir! –Disse saindo de lá, mas ele me puxou.

Duda- Fala a verdade marrentinha, você me ama, né? Você me quer... –Disse se aproximando para um beijo, mas eu meti um tapa na cara dele.

Ernestina- O que está acontecendo aqui?

Bia- Nada não! – Eu disse saindo.

Ernestina- Pode voltar aqui mocinha.

Eu dei meia volta, e olhei para ela com uma cara de “O que você quer?”

Ernestina- Eu sei muito bem que os dois iriam se beijar se não fosse esse tapa.

Duda- Ernestina, pelo amor de Deus não fala nada pro D. Jonas!

Ernestina- Eu não vou falar nada não... –Disse fazendo Duda ficar aliviado, será se esse diretor era tão ruim assim? – Mas com uma condição.

Bia- Tinha que ter... –Disse revirando os olhos.

Ernestina- Não reclama, pois se eu contasse pro Jonas o estrago seria bem pior!

Duda- Qual é essa condição?

Ernestina- Vocês vão chegar 15 minutinhos antes no almoço pra me ajudar.

Bia- Eu não vou fazer isso!

Duda- Vai sim! Pode deixar Ernestina! –Ele diz e ela sai.

Bia- Como assim? Porque você tem tanto medo do D. Jonas?

Duda- Porque com certeza ele iria contar para o meu pai, e meu pai não admitiria isso sabe?

Bia- Seu pai é tão barra dura assim?

Duda- Ô!

Eu estava conversando normal, mas logo me lembrei que “odiava” ele, então voltei ao meu estado normal.

Bia- Aff, nem sei por que eu to conversando com você! –Disse revirando os olhos e saindo, nem vi como ele reagiu.

Pov. Cris

Depois da aula fiquei um tempo conversando com o pessoal na sala de aula mesmo, mas depois fui guardar meu material no armário, quando o abri tive uma surpresa ao ver uma carta lá. Procurei o nome de quem enviou mas não tinha nada, então comecei a ler.

“Cris, eu sei que deveria falar isso diretamente com você, mas sei também que meus sentimentos são tão grandes que tenho medo de sofrer se não for recíproco. Desde quando te conheci me sinto diferente, fico ansioso toda vez que sei que vou te ver, e quando isso acontece meu coração dispara. Ainda não é a hora de você saber quem sou, mas algum dia saberá, e eu não vejo a hora de esse dia chegar. Um beijo do seu admirador.”

Fiquei muito surpresa ao ler, meu coração começou a bater forte, mas quem será que me amava desse jeito? Não consegui pensar em ninguém que pudesse sentir algo tão grandioso por mim. Fiquei pensando nisso por um bom tempo ali mesmo no corredor.

Pov. Duda

Eu estava gostando da Bia, acho... Claro que não é gostar de verdade, eu nunca me apaixonaria, ainda mais por ela! Mas eu tava super a fim de dar uns pega nessa marrentinha. Percebi que ela foi para o quarto, por isso fui também. Quando cheguei ela estava dentro do banheiro, resolvi esperar lá mesmo. Aproveitei para mexer em tudo (tudo mesmo) que estava no quarto, depois deitei na sua cama. Ela abriu a porta do banheiro e quando viu que eu estava ali levou um susto. Eu não consegui parar de olhar para ela, já que estava apenas de toalha.

Bia- Ta maluco garoto? Ta fazendo oque aqui?

Duda- Calma – Eu disse me levantando – Só vim te esperar pra gente ir juntos na cantina.

Bia- Eu posso ir sozinha, obrigada! –Disse ela grossa como sempre.

Duda- É, mas eu não. Quero ir junto com você!

Bia- Mas você é chato né? Parece carrapato...

Duda- Então você vai comigo?

Bia- Ta bom Duda, eu vou. Mas antes tenho que trocar de roupa.

Eu sentei na cadeira e ela ficou me olhando, só depois fui entender que era pra mim sair para ela trocar de roupa.

Duda- Fo mal... Vou te esperar ali fora! –Eu disse saindo, fiquei bobo e me bati em tudo derrubando várias coisas, efeito de Bia.

Pov. Ana

Eu estava com a Tati, graças a Deus a Teca ainda não tinha ido perturbar a minha vida.

Ana- Você não almoçou com o Vítor ontem né?

Tati- Se eu almocei com você é porque não almocei com ele, né? –Disse sarcástica me fazendo rir.

Ana- Bobona! Você vai almoçar com ele hoje?

Tati- Sei lá... A gente nem tem assunto, eu fico sem graça.

Ana- Pois é...

Teca- Tati! –Disse chegando e me fazendo revirar os olhos.

Tati- Que?

Teca- Eu to de castigo nesse final de semana.

Tati- Você? Por quê?

Teca- O Jonas pegou eu e o Binho nos beijando! –Ela disse com o ar da glória.

Ana- Pera aí! Quer dizer que eu vou ficar nesse final de semana trancada nesse maldito colégio com VOCÊ?

Teca- Parece que sim... Ainda bem que eu tenho o Binho pra me tirar do tédio! – Ela disse me deixando com muita raiva.

Ana- Querida, o Binho é o MEU amigo!

Teca- Pois é... Mas pra mim ele é mais que amigo.

Eu não aguentei mais e saí de lá com muita raiva. Não sei porque mas meus olhos se encheram de lágrima, mas eu consegui me segurar. Eu não escutava nada ao meu redor, parecia que meus pensamentos só estavam em tudo que havia acontecido nesses últimos tempos. De repente esbarrei em alguém.

Continua...