Red escrita por Deborah Sophia


Capítulo 6
Vi - 22


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
E desculpem-me pela demora. Com o carnaval, semanas de provas e eu deprê pra caramba - por estar meio que me apaixonando e nem sei porque estou falando isto - demorou um pouquinho... But i am really so sorry.
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6. 22

“Estamos felizes, livres, confusos e sós ao mesmo tempo

É miserável e mágico.”

Parece uma noite perfeita

Para nos vestirmos como descolados

E fazer piadas dos nossos ex-namorados

Parece uma noite perfeita

Para um café da manhã à meia noite

Para se apaixonar por estranhos

Sim

Estamos felizes, livres, confusos e sós ao mesmo tempo

É miserável e mágico

Oh sim

Essa noite é a noite que vamos esquecer os prazos

É a hora


– É meia noite. – Reclama Reyna enquanto Annabeth, Piper e Hazel entram por sua porta.

Era simplesmente inacreditável. Reyna sabia que suas amigas fariam uma festa para comemorar seu aniversário. Porém ela acreditava – ou queria acreditar – que elas passariam a noite vendo filmes idiotas na televisão com pipoca doce – que Reyna adorava apesar de ser simplesmente pipoca com leite condensado em cima – com Coca-Cola ou Sprite (dependendo se Piper estava de dieta ou não). Entretanto não. Suas amigas tinham de estragar seu sono.

– Não. São uma e meia. – Corrige Annabeth.

– Qual é! Eu estava sonhando com o Jake Gyllenhaal! (N/a: Sorry, mas esse ex da Taylor é muito gato).

– Querida hoje você vai encontrando um Jake da vida! – Diz Piper animada.

– Não alguém rico como ele. – Discorda Reyna ainda zangada.

– Ih... Vai dar uma de Piper agora? – Brinca Hazel referindo-se ao fato de todos os namorados de Piper serem, no mínimo, ricos.

– É a convivência... – Cantarola Annie da cozinha.

– Parem vocês! – Rezinga Piper. – Até porque nós temos um café da manhã para fazer.

– Ás uma e meia? – Pergunta Reyna perplexa. – Bem. Enquanto vocês fazem isto ou vou ver a reprise de Teen Wolf.

– QUE CHEIRO É ESSE?Grita Reyna sem tirar os olhos da televisão. – Espera ai...

Reyna corre até a cozinha e vê fumaça saindo do microondas. Era simplesmente inacreditável²! Como elas conseguiam queimar pipoca de microondas? E pior: como Reyna confiou nelas para fazer isto? Não é que elas não fosse mimadas – até porque a própria Reyna não sabia cozinhar -, é só que elas comiam apenas fast food. Mas fazer o que? Elas eram americanas e eram acostumadas a comer apenas isto. (Ou uma salada caso fizessem alguma dieta “mágica” que as faziam perder 5 quilos em duas semanas).

– VOCÊS QUEIMARAM PIPOCA? – Disse Reyna atônita abrindo a porta do microondas. – Caramba! Vocês só tem que apertar este botão aqui! – Exclama apontando o dedo para o botão.

– Nós tentamos. – Defendeu-se Piper. – Mas não ligava!

– Você tentou apertar “Iniciar”? – Ironiza. (N/a: Pois é gente. Eu não cheguei a queimar a pipoca – please, eu não cheguei nem a ligar o microondas -, mas foi preciso meu irmão mais novo vir e ligar o microondas. Vergonhoso né? Eu sei que sim.)

– Pois é... Não. – Fala Annabeth.

– E então colocaram seis minutos? – Continua Reyna perplexa com a situação.

– Como você adivinhou? – Estranha Piper.

– É o que tem na embalagem. – Fala dando de ombros.

– Olhe pelo lado bom Reyna. – Pede Hazel. – Eu não queimei o brigadeiro. – Completa orgulhosa de si mesma.

– Eu não vou comer isso ai. – Avisa Reyna observando a consistência do brigadeiro.

– Porque? – Indaga Hazel triste.

Porque? Por Deus! Porque esse negócio está completamente mole e grudado na forminha.” – Pensa Reyna.

– Eu vou engordar. – Mente forçando um sorriso.

– É seu aniversário. Até eu vou comer. – Diz Piper.

– Só um pouquinho Reyna. – Solicita Annie.

Aquele brigadeiro mole iria dar dor de barriga. Mas havia a chance do resto dos planos das meninas ir de água a baixo por isto.

Fechando os olhos e orando silenciosamente para que Deus a protegesse, Reyna pega um brigadeiro e coloca na boca.

Apesar de tudo o gosto era bom. Reyna engoliu um bocado de papel, mas não podia negar que o brigadeiro estava bom.

Eu não sei você

Mas eu estou me sentindo com 22 anos

Tudo vai ficar bem se

Você continuar perto de mim

Você não me conhece

Mas eu aposto que você quer

Tudo vai ficar bem

Se nós apenas continuarmos dançando

Como se tivéssemos 22 anos

22 anos


– Me explica de novo porque nós estamos numa praia às 3 horas da matina. Pra não reclamar do frio de 13°C é claro. – Fala Reyna emburrada.

– Para ver o nascer do sol. – Explica Piper.

Reyna suspira frustrada e se deita na areia.

– Beach, bitch, beach? – Pergunta Annie em um tom chateado.

– Vadia é a mãe okay? – Rebate Piper juntando-se a Reyna na areia. – Agora deitem e aproveitem o futuro pôr-do-sol.

Hazel e Annabeth deram de ombro e deitaram com elas na areia.

– Pelo menos areia e água salgada fazem bem para a pele. – Comenta Annie.

– Só faltava uma Heineken¹. – Sussurra Reyna baixinho fechando os olhos.

– A nuvem está meio roxa? – Pergunta Hazel acordando-me.

– Sei lá. Só me deixa dormir de novo. – Fala Reyna voltando a fechar os olhos depois de ver a nuvem.

– Você não quer ver o pôr do sol? – Rebate Annabeth.

– Se eu não dormir por causa disto vocês vão levar uns tapas. – Ameaça.

Reya senta na areia e fica esperando o sol nascer. Era algo bastante bonito considerando o fato de que ela nunca pensara em perder o sono para ver o sol nascer (mas fazer o que², setenta ou oitenta por cento dos americanos não sabiam nem que o sol era uma estrela quanto mais perder seu tempo para olhá-la [N/a: Também fiquei meio passada quanto descobri. Tipo: o_O]).

– Daqui nós iremos para um bar. – Diz Hazel.

– Grande novidade. – Sussurra Reyna baixinho.

Suas amigas sempre bebiam muito em “ocasiões especiais”. Elas não eram alcoólatras, mas gostavam do álcool em suas veias – se bem que elas gostavam mesmo é de culpar o álcool por alguma ação idiota que fariam em seguida.

Reyna não era muito forte para bebida por isto raramente se juntava a elas. Fora que alguém tinha de aguentar a ressaca delas no dia seguinte. E, é claro, vê-las sofrerem e reclamarem de qualquer barulho era simplesmente hilário.

– A Hazel tem razão. Afinal eu preciso esquecer o gatinho da semana passada. – Concorda Piper.

– Grande novidade. – Falamos eu, Hazel e Annie juntas.

– Desta vê eu me apaixonei. – Afirma Piper.

– Até mês passado você estava caidinha pelo novo namorado da Silena. – Recorda Annie.

– Eu só achei o Charles bonito. – Defende-se. – E isto vocês não podem negar.

Essa parece uma daquelas noites

Esse lugar está tão cheio

Tanta gente legal

Essa parece uma daquelas noites

Nós abandonamos toda aquela cena

E acabamos sonhando

Ao invés de dormir

Sim

– Tem certeza de que isto é legal? – Pergunta Reyna desconfiada.

– Hiper! – Confirma Piper

Reyna olha para Piper desconfiada. A garota definitivamente não devia ter entendido sua pergunta, mas não seria Reyna que explicaria que ‘legal’ estava sendo utilizada no sentido – digamos assim – mais jurídico.

– Se alguém reclamar eu digo que fui sequestrada. – Avisa Reyna.

– E quem vai acreditar em você?- Indaga Annabeth.

Antes de se entregar definitivamente ao que ela considerava (a) uma idiotice e (b) uma tentativa de suicídio completa e totalmente mal feita, Reyna tenta se levantar daquele carrinho de compras onde fora obrigada a se sentar. Hazel a empurra e ela bate com a bunda no ferro do carrinho. Ela solta um ‘ai’ seguido de um suspiro de desistência.

– Valeu à tentativa.

Reyna segura firme, fecha os olhos e segura um grito.

– Preparada? – Pergunta Piper.

– Nós não íamos num bar? – Diz Reyna tentando se livrar da situação.

– Caso você não se lembre o bar estava fechado. – Rebate Piper. – Preparada? – Repete em um tom irritado.

– Não. – Nega Reyna encolhendo-se no carrinho.

Um frio passa pela barriga de Reyna quando as garotas lhe empurram ladeira abaixo. ‘Cê sabe quando estamos vendo um filme de suspense – não de terror, um de suspense mesmo que te nos deixa curiosos e tem um final fora do clichê (e até vezes cliclê) que nos supreende – e temos várias expectativas? E... Bem. Nenhuma de suas apostas dá certo e você quer jogar o notebook – sim, notebook porque você é pobre e baixa filmes pelo aTube ou vê no Netflix - no chão de tanta raiva que você está? É mais ou menos aquela sensação de “Ah meu Deus o que droga eu estou fazendo?” – que, logicamente, é quando você pensa melhor e percebe que não pode jogar seu notebook no chão porque você não terminou de pagar [ou seus pais] – que Reyna sentia naquele exato instante. Feliz, confusa, livre e sozinha. Tudo ao mesmo tempo. E acreditem... No is very well...

Com uma (péssima) curiosidade Reyna resolve abrir os olhos. Ela se assusta ao ver um o que ela considera ser um(a) mendigo(a) no deitado no meio do caminho. (E a pergunta que não quer calar: como elas não viram a droga daquele cara ali? Simplesmente inacreditável³!).

– SAI DA FRENTE! – Grita Reyna apavorada.

Impressionantemente mesmo que Reyna tenha forçado ao máximo suas cordas vocais não há nenhum movimento da parte dele(a). Se antes Reyna estava ficando maluca agora ele virara de vez. Quer dizer, aquilo era uma ladeira não era? Ela iria rolar até o infinito – ou até a morte, mas sem pensamentos negativos.

Okay. Reyna também estava preocupada com o mendigo(a). Mas desculpa aê se ela é egoísta e estava se ela era egoísta e se colocava em primeiro lugar.

– SAI!

Há alguma movimentação desta vez, mas do que adiantava? Era uma ladeira e eles (ela e o carrinho só pra esclarecer) há uns sei-lá-quantos-quilômetros-por-hora-mas-devia-ser-rápido. Então no final o carrinho bateu no mendigo(a).

Sabe quando você é criança, ta andando de bicicleta e caí. Até ai tudo bem você se levanta e se finge de forte. Mas adivinha o que sua mãe faz? Arrasta você até o chuveiro (gritando feito uma louca o quanto você fora idiota por cair) e ai dói pra caramba quando ela passa sabonete para lavar a ferida? Era tipo Reyna naquele exato momento. Só que detalhe: acrescente aquela dor com um brigadeiro mole aquele giro do capota mento do carrinho (tente imaginar o giro feito andar na montanha russa da Disney). Resultado? Bem. Você ficava totalmente dolorida e vomita. Que cena mais linda né?

Ah. E não esqueçamos do mendigo xingando-a em madarim (ou seria chinês?). Super-hiper-mega fantastic no?

As garotas vem correndo para ajudar Reyna. (Piper quase tropeça no salto, mas dá uma manobra alá final de jogo de campeonato de futebol americano e se mantém de pé.) E realmente ajudam, mas a auto-estima de Reyna não se levanta muito quando Hazel torce o nariz e diz para Reyna escovar os dentes.

– Escovar com o que? Meu cabelo? – Ironiza ao ouvir o que Hazel diz.

– Pelo menos seu cabelo não tem vômito. – Comenta Annabeth.

– Em comparação sua sapatilha já era. – Diz Piper.

Suspirando frustrada Reyna retira as sapatilhas com cuidado enquanto resmunga alguma coisa como “Quem já se viu roubar um carrinho de supermercado e empurrar sua amiga ladeira abaixo dentro dele?”

Se bem que poderia ser divertido caso, é claro, Reyna não tivesse ficado com um bafo horrível.

– Vocês tem chiclete? – Indaga Reyna a caminho do bar que começara a abrir.

– Tridente de hortelã serve? – Murmura Piper enquanto revira sua bolsa a procura do chiclete.

– Sim. – Responde.

– Vocês sabem que isto é feito de petróleo não é? – Alerta Annie.

– Yep! – Afirma Reyna sem ânimo colocando um trident com o que ela ouvira falar que era ‘papel de arroz’ na boca.

– Melhor chupar petróleo do que ela ficar com esse bafo. – Sussurra Hazel fazendo com que Reyna jogue uma de suas sapatilhas nela que dá um gritinho histérico.

– Eu preciso mesmo de álcool. – Analisa Reyna jogando a outra sapatilha antes de entrar no bar.

Estamos felizes, livres, confusos e sós da melhor forma

É miserável e mágico

Oh sim

Essa é a noite em que esquecemos os corações partidos

É a hora


– Annie já tem tempo que você não vem aqui! – Comenta um garoto (a) meio loirinho, (b) bonito, (c) com um sorriso lindo – de acordo com Reyna e todas as garotas que o conheciam – e (d) definitivamente rico. Ele devia ser o dono do lugar – que por acaso era fantástico e estranho.

– Eu sei Luke. – Confirma Annie com aquele ar de ‘estou-falando-com-alguém-rico’. – É tudo culpa da droga da minha faculdade.

– Eu já falei que você devia largar a facul e tentar a carreira de modelo, mas alguém me ouve? – Rebate Luke. – E vocês garotas? - Cumprimenta enquanto Reyna foge indo até o bar man.

– A Pips você conhece né? Mas aquela ali é a Hazel. – Apresenta gesticulando. – E aquela é a... Cadê a Reyna? – Pergunta olhando para os lados. – Aquela ali que ta discutindo com o bar man. – Termina aos risos.

– Qual é! – Grita Reyna frustrada. – Foi um dia difícil ok? Mas eu tenho vinte e dois anos e não me importa se sejam apenas oito da manhã! Eu quero uma vodka ok?

– Dia difícil? Parece que você acordou agora garota. – Fala o bar man analisando o estado da garota. Ela estava com a roupa toda amassada, mascando um chiclete e os cabelos bagunçados (não que ele tivesse percebido tudo isto, mas mesmo assim sabia que ela estava desarrumada).

– Cara você vai me dar algo com conteúdo alcoólico ou vai ficar ai parado olhando para o teto?

– Deixa a garota Leo. – Fala Luke. - Mas coloca um pouquinho de água na bebida dela.

Reyna lança um olhar assassino para Luke. Que tipo de pessoa admite publicamente que se coloca água em vodka? Ela não era especialista neste assunto, mas aquilo deveria ser proibido, não é mesmo?

– Eu vou dar é água! – Grita em resposta enquanto entra por uma porta.

Reyna revira os olhos e pula a bancada. Ela pega uma garrafa de vodka e o que julgava ser sal.

– Dia difícil? – Indaga Luke quando Reyna vai à mesa onde as garotas estão sentadas.

– Você não sabe o quanto. – Responde enquanto bebe um gole fazendo uma careta ao sentir o gosto amargo daquilo. E ela que achava que cerveja era ruim.

Oh My God!

O primeiro pensamento que passa pela cabeça de Reyna é que Piper é maluca.

O segundo pensamento é que Luke – o dono do lugar – é simplesmente maluco.

O terceiro pensamento é que ela precisa de outra vodka porque não estava tão bêbada o quanto queria (mas, please, nenhuma pessoa fica bêbada quanto se toma um gole de vodka e passa a garrafa para outra pessoa).

O fato é que uma balada às 9 horas da manhã não era muito normal. Quer dizer, até era, se a balada tivesse começado as duas da madrugada, mas aquele não era o caso. Estava começando uma balada naquele exato momento.

– Vem dançar Reyna! – Chama Hazel gritando.

– Eu? – Repete no mesmo tom. – Nem que vocês me dessem ouro em pó (N/a: Sim, mamis, esta é uma homenagem a você).

– É o seu aniversário. – Rebate Piper. – Dá pra você parar de ser tão ranzinza.

– É o meu aniversário. – Replica. - Dá pra você parar de ser chata.

Piper fecha a cara e começa a puxá-la pelo braço em direção a pista de dança.

C’mon, eu deveria ter o direito de escolher o que fazer né.

– Ok. – Concordam todas. – Para onde você quer ir? – Termina Annie.

– Bem...

Eu não sei você

Mas eu estou me sentindo com 22 anos

Tudo vai ficar bem se

Você continuar perto de mim

Você não me conhece

Mas eu aposto que você quer

Tudo vai ficar bem

Se nós apenas continuarmos dançando

Como se tivéssemos 22 anos

22 anos


– Eu não acredito que nós estamos em um zoológico. – Reclama Piper pela décima quinta vez.

– Dá para vocês pararem de reclamar de tudo? – Ironiza Reyna. – Qual é! Tentem se divertir... Olha gente um pinguim!

Reyna sai correndo enquanto Piper bufa de frustração. Haviam tantos lugares legais para ir, porém não. Reyna tinha que ser chata ao ponto de escolher um zoológico. Não que ela não gostasse de animais – mas ela não gostava muito mesmo – é só que a) Reyna tinha uma fobia extrema de cobras, b) o cheiro daquele lugar era horrível e c) ficar olhando um pinguim não fazer nada não é lá uma coisa muito divertida.

– Olha Piper ele está nadando! – Grita Hazel animada.

Piper rola os olhos frustrada e anda até as meninas.

– Só para constar eu acho um desperdício estarmos aqui. – Fala Piper ao chegar perto delas. – Espera, aquele pinguim está tentando voar?

– Pinguins não voam Piper – Responde Annie automaticamente. – Embora realmente esta seja uma cena estranha.

– TIRA ISSO DE MIM! TIRA ISSO DE MIM! – Gritava Reyna desesperada.

Reyna estava um pouquinho desesperada (sim, um pouquinho porque ninguém nunca a vira quando ela se esquecera de estudar para a prova de química).

Mas ela tinha razão não é mesmo?

“Uma sugadora de almas (e corpos) que podia escalar árvores, paredes, e sabe-se mais lá Deus o que estava neste exato momento em suas costas.”

– Ô seu treinador. Eu não sou especialista e tal, mas se ela ficar gritando não é pior não? – Pergunta Piper segurando um riso. Agora sim as coisas estavam ficando interessantes.

– Sim. – Confirma. – Senhorita pode parar de gritar?

Reyna distrai-se de seu medo por alguns instantes e lança um olhar mortal para o ‘treinador’. Todo mundo tem medo de algo e Reyna não podia fazer nada se sua mãe tinha um extremo pavor de cobras.

– Eu acho que ela vai desmaiar. – Comenta Hazel recebendo um olhar de puro ódio em seguida. – Ou matar alguém. – Completa dando um passo para trás.

Reyna respira fundo e começa a se acalmar. Ela não iria cometer um homicídio no dia do seu aniversário. O que as manchetes diriam: ‘ALUNA DE DIREITO MATA TRÊS EM ZOOLOGICO NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO’. Certo. Uma manchete não seria tão grande assim né? Mas quem é que sabe.

Ao que julga se de repente Reyna sente cócegas no seu pescoço e quando olha vê que é a cobra.

Aquilo era demais para ela. Aquilo era demais para qualquer um que tem medo de alguma coisa.

Reyna sentia como se ela tivesse que aturar uma das novas namoradinhas do seu pai – que por um acaso tinham a mesma idade dela (às vezes eram até mais novas que ela) – no dia de Ação de Graças. E, como aquele era um país democrático e protestante (maneira bonitinha/feia de dizer evangélico) – ela teria de sorrir, acenar, apertar as mãos e quando fosse a sua hora de agradecer dizer ‘Agradeço por estarmos todos reunidos e finalmente conhecer a nova mulher que fará meu pai feliz’. Para, depois de ser educada com todos – porque fora isto que seus pais a ensinaram -, vomitar todo o peru do jantar quando ouvisse os gritos e os gemidos do quarto ao lado.

E, lembrando disto, ela tem um surto de adrenalina. Respira fundo, dá um sorriso forçado e diz:

– Vamos tirar uma foto?

– Uma foto? – Falam todos assustados.

– Para ir pro insta gente.

Piper procura o celular no bolso e diz ‘Xisssssss’. Rapidamente ela publica a foto com a legenda ‘RaRa, ela finalmente está superando seus medos. Simplesmente inacreditável!’ enquanto Reyna prometia a si mesma nunca mais voltar a um zoológico.

Eu não sei você

22 anos

22 anos


De certa forma. Todo aquele dia estava sendo bastante engraçado embora sempre houvesse alguém para reclamar (geralmente a própria Reyna). E o dia continuaria legal se Hazel não dissesse que precisa de um novo salto. Qual seria o resultado de uma simples inocente frase como aquela?

Pergunta interessante esta. E a resposta é mais interessante ainda.

A resposta poderia ser comparada aquela que um serial killer fala achando que vai conseguir uma redução de pena extraordinária: Eu os matei.

Certo. Esta comparação é um exagero. É claro que ele acabaria por receber sim uma redução de pena e tal por isto. Mas não aquilo não se aplicava a Piper. E foi por isto que quando elas entraram no shopping qualquer lojista percebeu a chance que teriam de assaltá-las – sim, assaltá-las porque com Piper não se comprava nada que fosse inferior a duzentos dólares.

– OMG! Essa tiara ficaria perfeita para você hoje à noite Reyna.

– É. Se nós fôssemos festa a fantasia. – Ironiza Reyna ao ver a tiara de gatinho.

– Justamente. – Confirma Piper animada. – Nós vamos levar esta. – Grita para a vendedora.

Festa à fantasia? Fantasiada de gatinha?

O que não faltaria naquela festa seriam cantadas baratas.

– Reyna uma gata não usa saia de paetês! – Reclamava Piper.

– E eu com isto? – Rebate fazendo pouco caso. – Eu gostei daquela saia ta legal?! – Exclama. – Mesmo que eu vá demorar o resto do ano inteiro para pagar por ela. – Sussurra para si mesma.

– Mas... Mas... Mas... Arg! Quer levar leve, mas depois não venha reclamar para mim que ela não ficou legal em você?

– Espera um pouco. – Fala Reyna desta vez prestando atenção no que Piper falara. – Você está dizendo que eu estou gorda.

– Não é isto... É só que eu gostei da saia. – Admite em um tom muxoxo. – E se você comprar eu não vou levar uma igual né.

– Você já pensou em me pedi-la emprestado depois?

– Mas eu vi o sapato primeiro Hazel.

– Problema seu Annie. Ele combina perfeitamente com o meu vestido!

– Garotas, vocês podem levar um par cada. – Fala o vendedor querendo receber uma comissão maior.

– Você ficou louco? – Gritam Hazel e Annie ao mesmo tempo.

– Amigas não compram roupas iguais. – Reforça Piper preocupada com a situação. As duas já estavam discutindo há dez minutos sem chegar a nenhuma conclusão. E, de fato, era difícil decidir quem levaria o sapato afinal. Combinava perfeitamente com o vestido de Hazel, mas Annabeth o vira primeiro.

– Pois é. – Fala Reyna. – Isso faria as pessoas pensarem que somos invejosas.

Reyna solta um riso abafado enquanto elas começam a brigar novamente. Havia milhares de sapatos naquela loja. Era simplesmente ridículo as duas estarem brigando por causa de um deles.

Rapidamente ela fica indecisa entre dois modelos.

Tcs. Tcs. Tcs. Ela acabara-se de se lembrar porque não gostava de fazer compras: haviam brigas e limites de cartões de crédito estourados.

– Depois desta loja eu quero comprar um biquíni. – Avisa Reyna. – Está na hora de irmos para a piscina. Ah e Piper acho que preciso de sua ajuda para escolher um. – Finaliza mostrando os modelos para a amiga.

– Finalmente! Achei que você nunca me pediria ajuda.

Essa parece uma daquelas noites

Nós abandonamos toda aquela cena

Essa parece uma daquelas noites

Nós não vamos dormir

Essa parece uma daquelas noites

Você parece uma má notícia

Tenho que ter você

Tenho que ter você


– Annie você poderia me emprestar o protetor? – Dizia Reyna entrando no parque aquático.

– Claro. – Confirma abrindo rapidamente a bolsa.

Reyna desce os olhos do cabelo para seus olhos. O sol estava insuportável hoje. Fora uma boa ideia ir até a piscina.

– Prestem atenção meninas. – Chama Annabeth atraindo a atenção de todas. – Nós só podemos gastar, no máximo, 100 dólares...

– Ai nós só vamos pedir água da torneira né? – Reclama Hazel.

Ignorando Hazel (pois fora Hazel que conseguira ficar com o sapato em uma luta nem um pouco justa) Annabeth prossegue dizendo que elas já gastaram muito no shopping e ainda teriam que finalizar a noite com uma balada.

Relutantemente, todas acabam concordando, pois sabem que já gastaram mais do que deviam pelo resto do ano inteiro. E se continuassem daquele jeito iriam fazer que nem aquelas pessoas do interior (N/a: Sim, esta é uma indireta para as pessoas da minha cidade e não, não pensem besteira okay?) que vão para a festa com uma roupa linda, mas comem ovo de galinha o mês inteiro.

E por mais que Reyna e as outras gostassem de ovo não seria muito agradável comer ovo no café, almoço, jantar, e lanchinho da madrugada. (E ainda mais só ovo cozinho porque frito engorda).

– Garçom! – Gritava Piper.

– Ei Hazel olha quem ta ali. – Fala Reyna apontando para Frank.

– Quem? – Pergunta Annie se juntando a conversa. – Olha seu ex-ficante. – Constata para depois voltar a ler seu livro de química.

– Garotas! – Briga Hazel corando. – Nós só ficamos duas vezes e depois nunca mais nos vimos. Agora finjam que vocês não o conhecem.

– Só se você tirar esta canga. – Fala Piper e logo volta sua atenção para o garçom. - Garçom!

– Boa ideia Pips. – Parabeniza Reyna.

– Eu não vu cair nesta historinha de vocês. – Diz Hazel emburrada.

– Se você não tirar eu começo a gritar. – Avisa Reyna.

– Você não faria isso...

– E porque não? O Frank é meu amigo querida. – Ameaça Reyna novamente.

– Se eu fosse você tirava logo. – Pronuncia-se Annabeth.

– Garçom! – Repete Piper. – Aff, será que ninguém vai me atender?

– FRANK! – Grita Reyna conseguindo atrair a atenção do rapaz, mas ele ainda não conseguira localizar de onde viera o grito. – FRANK!

– Eu tiro, eu tiro. – Fala Hazel apressando-se para tirar a canga.

O único problema era que o namorado de Annie, Percy, estava ao lado de Frank e não importa se eles estivessem num show com um milhão de pessoas. Os dois conseguiam se localizar. Reyna achava esta habilidade particularmente chata. Mas ela tinha que admitir: naquele momento ela quase deu pulinhos de alegria.

– Reyna! – Grita Frank localizando a amiga de infância e andando até ela.

Reyna solta um sorriso vitorioso para Hazel e quase leva um tapa da mesma, porém Frank e Percy já estavam perto para ela fazer alguma coisa.

– GARÇOM! – Repete Piper com mais força. – Cansei. Eu vou até lá. – Fala para si mesma levantando-se.

– Isso era realmente necessário? – Pergunta Hazel nervosa. – Ele tem namorada Reyna!

– Não, mas aqui está chato. – Revela Reyna. – Fora que eles terminaram.

– Isso não estava no combinado Annie. – Brinca Frank. – Eu só tinha que lhe encontrar à noite.

– Olhe aqui. – Começa Reyna gesticulando. – Eu estou profundamente magoada com você ouviu Frank? Nem um ‘Bom dia’ eu recebi hoje no What’s App, Telegram, SMS ou qualquer coisa! – Finaliza em um tom serio.

– Culpe suas amigas. – Fala Percy puxando uma cadeira vazia da mesa vizinha. – Porque você está tão calada Hazel? Você não é assim. – Observa Percy.

– Eu não acredito você percebeu isto. – Murmura olhando para a mesa vizinha.

– Ah, ela só ta assim porque o... Ai! Se não quer que eu fale é só dizer. Não precisa me bater. – Ralha Reyna massageando sua perna.

Hazel volta a corar quando vê que Annabeth e Percy estavam se beijando.

– Será que vou ficar de vela? – Pergunta Reyna revezando seu olhar entre Hazel e Frank. Frank revira os olhos para a infantilidade de sua amiga. Porque ela não falava o que queria? Era tão apenas fácil dizer. – Porque assim... Se eu for você bem que poderia me arranjar um amigo bonito né Frank?

– Querida. Eu sou praticamente seu irmão mais velho. Eu dou soco nos caras que chegarem perto de você. E não te arranjo alguém. – Fala em um tom serio.

– Percy você poderia, por favor, parar de tentar engolir a Annabeth e dizer ao Frank que eu posso me defender sozinha? – Indaga Reyna cruzando os braços.

– Eu adoraria dizer que você sabe se defender. – Fala Percy separando-se um pouco de Annie. - Mas é como ele disse: ele é praticamente seu irmão mais velho. É o dever dele. Fora que eu prometi a ele que se te visse com alguém iria dar uma surra no cara.

Ao terminar de falar Percy puxa Annie para outro beijo.

Reyna lança um olhar daqueles que só amigos entendem tipo ‘Tá vendo? Gato, lindo, quase rico e protetor. Se eu não fosse praticamente irmã dele, eu pegava’. Só que todos sabemos que esse tal de ‘se’ acontece porque o cara não assume um relacionamento sério. Ou pelo menos sai de um relacionamento serio para outro relacionamento serio.

– E a sua namorada Frank? – Desvia Reyna do assunto.

– Terminei com ela. – Fala com um suspiro.

– Interessante... – Cantarola. – Tá na fase curtir a solteirice?

– Mais ou menos. Mais ou menos.

– Graças a Deus! Eu estava morrendo de sede. – Fala Piper chegando com sua água de cocô. – E então? Perdi alguma coisa?

Eu não sei você

Mas eu estou me sentindo com 22 anos

Tudo vai ficar bem se

Você continuar perto de mim

Você não me conhece

Mas eu aposto que você quer

Tudo vai ficar bem

Se nós apenas continuarmos dançando

Como se tivéssemos 22 anos

22 anos


– Isso é tão divertido! - Exclama Reyna apertando as mãos na barra de proteção do brinquedo.

– Você quer dizer assustador não é? – Reclama Piper soltando um gritinho ao ver um palhaço com a cabeça decepada.

– Piper. É apenas um briquendo.

– Reyna. É apenas uma cobra. – Imita Piper lembrando do episódio de hoje de manhã.

– Cobras matam. – Protesta Reyna.

– E parece que palhaços também!² – Grita Piper fechando os olhos ao ver um palhaço enforcando um garotinho.

– Eu não vou andar na roda gigante! – Fala Thália olhando para o brinquedo.

– Mas Thália... – Diz Hazel.

– Eu sinto medo de altura ok?

– Até a Reyna superou o medo dela de cobras. - Articula Hazel.

Anh... Não. Isso não é verdade. Sinceramente chega a ser um absurdo. Se antes Reyna tinha medo agora ela tinha extremo pavor.

Só de ouvir aquela bendita palavra cobra ela já sentira um arrepio passar por todo o seu corpo.

Claro que agora ela sabia que não deveria em hipótese alguma se mexer quando se estivesse perto de uma cobra. E ela seguiria isso. Principalmente porque se vesse mais alguma cobra na sua frente ela desmaiaria. Ou teria um ataque cardíaco. Isso dependeria do tamanho e da cor da cobra.

_ Dá uma última vez que o Jason me forçou a ir com ele eu parei no hospital. - Rebate Thália.

– Ei, ei, ei. – Intromete-se Reyna. – Vamos fazer assim: eu vou com ela comprar pipoca e vocês vão na roda gigante ok?

Hazel, Piper e Annie acenaram com a cabeça e embarcaram no brinquedo.

– Obrigada Reyna. – Agradece Thália.

– Não por isso.

Elas andam a um pipoqueiro rapidamente comentando despreocupadas sobre algum menino bonitinho que passa ao lado delas.

– Elas não gostam de pipoca doce Reyna. – Avisa Thália.

– Que pena que nós gostamos não é mesmo? – Ironiza Reyna desviando um olhar rapidamente para um loirinho que passava pelo local. – Nove. – Anuncia.

– 8. – Responde Thália jogando algumas pipocas na boca. – Uau... Aquele dali definitivamente tem um 10. – Diz apontando o dedo discretamente para outro garoto.

– Infelizmente eu tenho que concordar com você. – Fala Reyna mordendo os lábios.

– Infelizmente? - Pergunta Thália sem entender.

– Aquele desgraçado trabalha com o Luke. - Explica.

– Parece que vamos ter um romance quente... – Cantarola Thália.

– Se hoje você aceitar engatar um romance com o Luke. - Começa e logo recebe um olhar reprovador da amiga. Aquilo era golpe baixo. Reyna sabia que sim. Mas ela já empurra Hazel para Frank e os dois tiveram uma conversa amigável. Portanto ela poderia muito bem dar uma de cúpido novamente e juntar aqueles dois teimosos. - E nem adianta me olhar com esta cara porque as meninas já me atualizaram sobre isto. Eu posso ter um romace quente com aquele gatinho sim.

– Quem é que o gatinho Reyna? – Fala Frank.

Reyna se assusta e metade de sua pipoca cai no chão.

– Vem cá. Vocês não deviam nos encontrar só na festa? – Indaga Reyna desviando do assunto.

– Devíamos, mas saber quem vai levar uma surra vai ser mais interessante. – Observa Luke.

– Surra? – Pergunta Leo confuso.

– Coisa de “quase irmão mais velho” dos dois. Nada com o que se preocupar. – Responde Percy.

– Diga ‘não se preocupar’ para o Dean³. Coitadinho. – Fala Thália relembrando um episódio de um romance de Reyna. Eles ficaram juntos por três semanas e depois o cara deu no pé para outro cidade. Mas não antes de levar uma surra dos amigos de Frank.

– Olha aqui. Acabou com essa exibição de testosterona barata? – Diz Reyna recuperando-se do susto.

Dançando como 22 anos

22 anos

22 anos

– Eu estou um pouquinho tonta aqui. – Avisa Reyna.

Ok.

Reyna havia bebido consideravelmente de manhã e ainda não havia tido dor de cabeça, enjôo – provocado pela bebida, e não pelo incidente com o carrinho de supermercado – ou uma vontade extrema de urinar.

Mas ela bebera apenas uma cerveja e já estava se sentindo meio tonta.

Realmente o organismo de Reyna não era lá muito controlado.

O dia fora divertido, é claro, mas ela esperava ficar com ressaca amanhã. Na verdade. Ela estava contando com isto.

– C’mon Reyna. – Fala Piper revirando os olhos e bebendo um gole de sua cerveja. – Você já viu aquele gatinho de nota 9,5.

– 9,5? Onde? – Fala Hazel procurando.

– Aquele loirinho ali. – Explica apontando discretamente enquanto Hazel imediatamente a empurra em direção a ele. No meio do caminho ela encontra Frank e a partir daí eles começam a conversar;

Reyna olha e se desaponta. Ela conhecia o loiro. Na verdade. Elas conheciam. Era apenas Jason Grace. Ou seria Jason Gorgeous?

Oh my god! – Pensa Reyna chateada.

As piadinhas de bêbados já começaram na minha mente? Se bem que Jason é deslumbrante mesmo.

Mas o pior não era isso ela estava sozinha.

– Deslumbrante? – Pergunta Leo levantando as sobrancelhas. – Achei que você falasse gatinho.

Estava.

E ai estava a segunda pior parte de ficar bêbado – porque a primeira com certeza são as piadas idiotas -: falar alto sem perceber.

Seria algo cômico se não fosse tão trágico. E tudo porque seus maiores segredos eram revelados a partir daí.

– Ele é mesmo. Fazer o que? – Respondi sorrindo.

– Será que o Frank vai gostar de saber disto? – Rebate.

– Ele precisa saber disto? – Retruca vendo Frank completamente distraído em uma conversa com Hazel. Se ela tivesse sorte ele nem notaria ela conversando com Leo quem dirá falar que um garoto era bonito.

(E olha. A sorte dela não estava lá uma das melhores, mas não fora ela que fora atropelada por um carrinho de supermercado. Este foi o mendigo que acabara por roubar a carteira de Hazel – não é que isto fosse injusto, mas o cara quase morreu né. Não que ela tivesse percebido. Até procurá-la para pagar uma cerveja e não ter o dinheiro. Mas como Frank estava por perto – mentira, eles estavam conversando – ele se oferecera para pagar para ela. E por mais que seja impressionante fora antes de ela descobrir que estava sem dinheiro. Um golpe de sorte não é mesmo?)

– Você vai mesmo ficar respondendo minhas perguntas com outras perguntas?

– E nós iremos ficar neste negócio demasiadamente clichê? – Fala Reyna em um tom de incredulidade.

– Não. Você não está bêbada não é?

– Porque você quer saber?

– Eu não fico com garotas bêbadas. – Releva em um meio sorriso.

– Isso foi um convite? – Indaga Reyna sem acreditar no que acabara de ouvir.

– Continuamos com o jogo das perguntas é?

– Sinceramente você deveria fazer esta pergunta.

– Por quê?

Leo dá de ombros e Reyna fica encarando ele em dúvida. Era simplesmente inacreditável5 (ou seria 6?)! Era tão difícil fazer uma pergunta?

– Eu não vou dizer sim. – Avisa Reyna.

– E eu não vou fazer um convite formal.

Mas sinceramente, era tão difícil dizer um ‘sim’?

Para os dois era, mas isso não os impediu de dar um beijo logo em seguida.

– Meia noite? – Diz Leo sorrindo.

– É para dar sorte até o próximo aniversário. – Responde Reyna levando outro beijo.

Ela falara aquilo simplesmente porque nem tudo na vida tem que ter complicações. Ás vezes as pessoas só queriam algo mesmo.

Essa parece uma daquelas noites

Nós abandonamos toda aquela cena

Essa parece uma daquelas noites

Nós não vamos dormir

Essa parece uma daquelas noites

Você parece uma má notícia

Tenho que ter você

Tenho que ter você

Heineken¹: É um tipo de cerveja holandesa bastante popular nos dias atuais (2014).

E parece que palhaços também!²: Esta é uma fala do Sam na 2ª temporada de Sobrenatural. Foi mau gente. Não resisti.

Dean³: É só um nome que me veio à cabeça agora. Ele é um personagem fictício, mas sim. Tem haver com Dean Winchester.

Para dar sorte até o próximo aniversário4: Na verdade é para dar um beijo no ano novo, mas achei fofo e coloquei. (Qual é? Era eu que estava narrando e sim, eu acho que nem tudo na vida é complicado. Embora a maior parte seja).


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Notas finais do capítulo

Pois é gente. 6.000 palavras. Demoraram três semanas para escreverem. Na verdade foi o maior capítulo que eu já escrevi na minha vida. Então... Pois é. Vocês não acham que eu mereço comentários por isso.
Por favor...
Ah. Acabei de me lembrar eu estou fazendo outra capa para a fic e sinceramente não sei porque estou falando isto, mas gostaram do banner?
Foi uma das melhores edições que eu já fiz (pelo menos eu acho). Mesmo que eu tenha infartado a cada segundo por ver aquela cobra. Pois é. O medo da Reyna foi inspirado no meu.
E o carnaval de vocês? Eu passei sem internet estudando simplesmente todos os materiais laboratoriais que se utilizam num laboratório de química. Coisa pouca. Só uns 40 deles *sintam o poder da ironia*. Mas pelo menos consegui escrever este capítulo em paz.
Enfim... Finalizando eu queria agradecer a vitorhmc pelo seu comentário (que eu daqui a pouco respondo). E também a StarImaginary (que eu daqui a pouco respondo² e ah, te contei? Não né. É óbvio. Dã. Eu estou fazendo uma one chamanda Burn onde tem Dramione e lá no finalzinho tem a Scorose - e não, eles não são irmãos).
Obrigada a vocês dois. Vocês que me fazem continuar.
Amo vocês.
Deborah.