POV Bella

13 De setembro de 2013, hoje é meu aniversário, completo 25 anos. É o tempo passa voando. Ainda ontem tinha 18 anos e comecei a namorar com Edward Cullen, aos 19 acabei por engravidar devido a um descuido e foi praticamente obrigada a casar pelos meus pais que disseram logo que não aceitaria uma filha que fosse mãe solteira. Edward ficou furioso quando contei que estava grávida e logo me acusou de ter dado o golpe só para o prender a mim uma vez que eu sabia que ele nunca me amou e que nunca me amaria e que eu não passada de mais uma na sua vida.

Fiquei de rastos naquele dia, eu amava-o e achava que ele me amava também mas ouvir aquilo da boca dele foi pior do que ser espancada por um sádico que sente prazer em provocar a dor nos outros.

Casamos 2 meses depois na casa dos pais dele, só com os familiares presentes, eu já estava com quatro meses e tinha descoberto que seria uma menina. Pelo menos essa notícia deixou Edward feliz. Não tivemos nenhuma lua-de-mel uma vez que para o Edward o nosso casamento não valia nada era só para que as pessoas não falassem.

Os meses foram passando e o Edward passava cada vez mais tempo fora de casa, apos o casamento deixei a escola pois os meus pais não queriam que soubessem da minha gravidez afinal ainda era uma adolescente e a minha família era uma das mais importantes de Forks. Descobri pouco depois que o Edward andava a trair-me com uma das líderes da torcida, o seu nome é Tânia. Foi ela própria que me contou e mostrou um vídeo onde dava para ver claramente que eram eles a transarem. E numa parte o Edward afirmou menos que ela sim era uma mulher que sabia dar prazer a um homem ao contrário de uma songamonga como eu, sim ele me chamou de songamonga. Naquele dia só consegui chorar, não conseguia falar daquilo com ninguém era mau de mais. A Tânia saiu aqui de casa com um sorriso triunfante pois tinha conseguido o que queria. Quando Edward chegou nem se dignou a me dar um boa noite e eu também não me dei ao trabalho de o fazer. Segui para o meu quarto e ele para o dele, sim nós nem sequer partilhamos a cama mas sinceramente cansei disso, de me preocupar de amar quem não me ama. Ele não queria que isto fosse apenas um casamento de mentira? Então é isso que ele terá.

Minha Sophie veio ao mundo as 14h e ao contrário das outras mulheres que tinham os seus companheiros ao lado delas no parto eu estava sozinha, sem ninguém, nem mesmo os meus pais. Uma enfermeira, que talvez estive com pena de mim me deu a mão e me ajudou a trazer ao mundo o meu bebê. Ela era linda, tinha os olhos do pai, pele branquinha, feições lindas, era uma verdadeira princesinha e foi olhando para ela que percebi que por ela eu era capaz de tudo.

Toda a família ficou encantada com ela, e edward foi sem duvida o mais babão. Olhar para ele com a nossa filha nos braços foi como se voltasse a ver aquele rapaz por quem me apaixonei, mas eu sabia que ele só seria assim com ela, tal como os outros. Ninguem se deu ao trabalho de perguntar como eu estava ou não, mas pelos menos aceitaram que ela se chamasse Sophie. Passado algum tempo, todos foram embora e só se despediram do meu bebe, nem sequer um Tchau Bella, nada.

Dois dias depois voltamos para casa e as visitas dos familiares eram quase diarias, Edward também passou a estar mais tempo em casa mas era so com a bebe. Eu parecia invisivel para todos.

O meu bebê foi crescendo e agora está com 7 aninhos. Uma linda menina que iria dar muito trabalho quando se tornasse mocinha.

Edward raramente estava em casa, so vinha aos fins-de-semana para estar com a filha e levava-a a passear juntamente com Tania, sim eles estavam juntos e ela era adorada por todos os Cullen enquanto que eu não era importante. Sophie passava sempre o ano novo e o natal, tal como as outras festas com os avos paternos e maternos, já eu passava sozinha pois o convite era só para ela e Tânia.

Há 2 anos descobri que tinha um tumor que não podia ser operado pois estava numa zona perigosa e as chances de sobreviver a cirurgia era mínima. Optei por não o tratar nem se quer fazer quimioterapia, preferia passar o tempo com a minha filha.

Sabia que não tinha muito tempo de vida e aqui estou eu deitada na minha cama, sabendo que a minha morte estava muito perto. Sophie saiu com o pai e deveria vir só a noite, talvez fosse melhor assim não queria que ela me visse morrendo. É triste saber que tinha uma vida pela frente mas que a minha gravidez impediu. Não me arrependo de ser mãe, pois ela é a minha vida, mas enquanto os meus colegas seguiram faculdade, namoraram, começaram a trabalhar eu passava o meu tempo todo sozinha em casa, ou com a minha filha. Para a minha família era como se eu não existisse e talvez fosse melhor assim. E assim estava eu sozinha no meu próprio aniversário.

Sabe aquele momento em que você está morrendo e a sua vida passa como um filme? Pois é eu estava vendo.

A minha infância, que foi muito feliz tal como a minha adolescência, que só mudou quando contei que estava grávida. A partir dai só recebi desprezo das pessoas e assim foi até hoje.

Estava difícil de respirar e eu começava a sentir frio mas estava sol e o frio vinha de dentro e num ultimo suspiro eu deixei aquela vida de amargura e tristeza só queria que a minha bebê fosse feliz e que nunca se esquecesse do quanto eu a amava.

POV Edward

Hoje a Bella faz 25 anos. Conhecia quando ela tinha 17 e me apaixonei completamente, e quando ela fez 18 se entregou a mim. Eu sabia que era a sua primeira vez por isso fiz com que tudo fosse especial. Tinha uma amiga, a Tânia que não aceitava o meu amor por Bella dizia que ela era uma falsa, que só queria me dar o golpe. E foi o que aconteceu, só percebi o idiota que tinha sido ao acreditar nela quando ela me contou que estava grávida e que deveríamos casar. Naquele momento só me apetecia espancá-la como ela foi capaz de fazer isso comigo, sabia que eu era novo para ser pai mas ela não pensou nisso só no que ganharia nesse casamento. Disse-lhe tudo que me apetecia, mesmo que a maior parte fosse mentira mas eu só queria faze-la sofrer e vi que o tinha conseguido quando olhei naqueles olhos que tanto amava e via dor. Ela merecia-o e eu não teria compaixão. Contei a minha família que me apoiou e concordou com o que eu achava dela, casamos na casa dos meus pais e ninguém estava feliz. Não quis nenhuma lua-de-mel e o tempo foi passando. Ela estava a espera de uma menina e isso me deixou muito feliz eu sonhava com uma princesinha que fosse igual a ela. Sim eu ainda a amo mesmo depois do que ela fez. Reencontrei a Tânia e passamos a ser “amigos coloridos”, era bom fazer sexo com ela mesmo que fosse sempre a Bella no meu pensamento, e um dia furioso comigo mesmo por ainda a amar a chamei de songamonga, o apelido que Tânia lhe deu. Voltei para casa tarde e nem sequer a cumprimentei, ela também não o fez o que estranhei mas ignorei. Fui para o meu quarto, sim eram quartos separados pois sabia que se partilhasse o mesmo quarto que ela seria fraco e voltaria para ela. A minha princesa nasceu. Chegamos ao hospital quando o parto já tinha acabado, fiquei triste pois queria ver Sophie nascendo. Sim esse era o nome dela, simples mas de que eu gostei imenso. Toda a gente ficou feliz com o nascimento e eu sabia que queriam falar com a Bella, saber como ela estava, se tinha dor, fome, mas que enquanto a Bella não assumisse que fez de propósito para engravidar não seria aceite. Até os pais dela se controlaram para não a abraçarem e eu também. Queria abraça-la, beijá-la, dizer que a amava, que a perdoava e que estava muito feliz com o presente que ela me deu.

Fui embora sem me despedir dela pois não queria fraquejar. Passei a estar mais tempo em casa por causa da bebe mas também por causa de Bella, não queria que ela passasse mal sozinha.

Tânia começou a passar mais tempo comigo e a frequentar a casa dos meus pais, sempre que dizia a Bella que ia até lá ela nunca se oferecia para vir e também não ia pedir para que ela me acompanhasse. Todos, sem exceção achavam que Tânia era falsa mas ela achava que gostavam dela. Principalmente a minha filha que era quem mais a odiava. Bella nunca passava o natal nem ano novo nem as outras festas connosco, ela sabia que também estava convidada mas nunca aparecia.

Ela estava sempre isolada e eu não gostava disso mas tinha de ser ela a se aproximar. Principalmente desde há 2 anos para cá.

Um dia apareci em casa de Tânia sem avisar, e foi aí que ouvi a conversa que mudou tudo.

Ela estava a falar com o Jacob. Um rapaz que eu sabia que era apaixonado pela Bella desde sempre e que sempre tentou nos separar. Eles estavam a falar de um plano que estava a resultar.

Entrei na sala os assustando e após praticamente espancar aquele idioto obriguei Tânia a falar.

Ela me contou que trocou as pilulas da Bella por vitaminas para que ela assim engravidasse. Segundo ela a ideia era ela engravidar, eu deixá-la e eles fazerem com que a Bella perdesse o bebe e assim o Jacob aparecia para consola-la e ficariam juntos. E eu ficaria com Tânia.

Contou também do vídeo que mostrou para ela e eu queria matá-la. Optei por ir espairecer e ir a casa de Bella. Disse que tinha ido buscar Sophie mas na verdade eu ia levar a nossa filha a casa dos meus pais e depois voltaria para que conversássemos, fizemos as pazes e aí sim seriamos a família que deveríamos ter sido desde o início.

Quando cheguei a casa dos meus pais, os meus sogros estavam lá pois tínhamos decidido fazer uma festa de aniversário surpresa para Bella. Ela andava em baixo e nos achamos que a iria animar pois a raiva pelo que ela fez à muito que tinha se dissipado.

Contei o que tinha descoberto e todos ficaram em choque e começaram a chorar por tudo o que a Bella passou sozinha. Queriam vir comigo mas eu disse que era melhor ir sozinho depois levaria Bella até a festa. Elas aceitaram e ficou combinado que quando eu estivesse chegando daria um toque.

Foi a caminho da casa que partilhava com ela, se bem que quase nunca estava ali pois era difícil estar perto dela sem a beijar e dizer o quanto sinto sua falta.

Bella á medida que os anos foram passando foi ficando cada vez mais bonita e era difícil estar em casa, em todo os cómodos estava o cheiro de flores dela, o cheiro que eu amava.

Sorri feito um bobo ao ver a nossa casa ao longe.

Estranhei estarem as luzes todas apagadas mas entrei mesmo assim. O carro dela estava do lado de fora logo ela estava em casa. Falta de luz também não era pois todas as casas por perto tinha.

Entrei e como ela não estava nem na sala e nem na cozinha fui até ao quarto dela, quando peguei a nossa filha ela não parecia bem o que me preocupou. Entrei no quarto dela e ela estava deitada, parecia um anjo. Fui me aproximando e sentei-me na cama mas ela não se mexeu, o que foi estranho pois ela tinha um sono leve e sempre que me aproximava ela acordava. Parecia que ela nem sequer estava a respirar. Toquei nela e ela parecia tão fria. Não, não, não… Não podia ser aquilo que eu achava ela não podia estar morta, não, NÃOOOOOOO…

Calma Edward era o que eu dizia a mim mesmo ela só está dormindo.

Sem que pudesse conter as lagrimas já escorriam dos meus olhos. Ela a única mulher que tocou o meu coração estava morta, sem que eu tivesse oportunidade de dizer o quanto a amava, o quanto eu sofria por estar longe dela, o quanto me odiava por ter achado que ela era uma golpista. Ela não podia ter me deixado assim. Porque é que a tiraram de mim.

Eu implorava para que ela acordasse e abrisse aqueles olhos que pareciam chocolate derretido e que eu tanto amava mas nada. Chamei uma ambulância que rapidamente chegou e começaram a reanimação mas nada. Nenhum sinal.

No hospital declararam o óbito e eu medico veio falar comigo e disse que eu já deveria estar preparado. Eu não entendi o que ele quis dizer até que ele me falou do tumor e do facto de que Bella desistiu da quimioterapia.

Naquele momento eu quis morrer. Como é que eu não percebi aquilo, como? Eu perdi a minha mulher por pura estupidez. A culpa é da Tânia e do Jacob isso sim. Não a culpa é minha eu é que preferi não acreditar nela, eu a deixei e por isso se alguém tem culpa esse alguém sou eu.

As nossas famílias chegaram rápido ao hospital e sem conseguir conter o choro contei de como a encontrei e do que o médico me disse. Todos ficaram arrasados principalmente os pais dela que se sentiam culpados e só queriam o seu bebé de volta. Como eu os entendia.

A parte difícil foi a de contar para a minha filha apesar dos seus 7 anos ela ainda era uma criança.

No primeiro minuto ela ficou em silencio, depois disse que eu estava a mentir e que me odiava e quando percebeu que era mesmo verdade só conseguia chorar e implorar para que a mãe voltasse.

Não doe mais num pai do que ver a sua filha sofrer se eu pudesse arrancaria toda aquela dor dela, mas infelizmente não posso. Tudo por culpa minha, ah se o tempo voltasse a trás. Eu mostraria a Bella o quanto a amava, que ela nunca estaria sozinha, estaria ao seu lado a gravidez inteira, quando ela sentisse desejo eu o satisfaria, e quando ela descobrisse a doença eu a apoiaria e juntos ultrapassaríamos tudo. Sem que as nossas família pensam o mesmo. As mulheres ajudariam a montar o quarto do bebê, quer dizer as escolher as coisas porque nós homens é que montaríamos. Iriam comprar milhares de roupas. Faríamos imensos jantares em família onde ela seria a mais paparicada, principalmente por mim e seriamos felizes, claro que haveria brigas, mas juntos as ultrapassaríamos.

Agora estou sozinho sem ela.

Providenciamos o funeral e foi a mexer nas coisas de Bella que percebi que ela já tinha tudo pronto. Ela sabia que ia morrer e fez tudo.

Isso só me fez perceber o quão monstro eu era.

No dia seguinte foi o funeral, uma vez que não preciso autopsia. Quando abriram o caixão e eu a vi, não consegui guardar as lágrimas de dor por perde-la. Os pais dela estavam como eu. Ela era filha única e eles amavam-na mais do que tudo.

Coloquei com ela um anel que lhe tinha comprado. Ele simbolizava o nosso amor. Que seria eterno.

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E assim, termina o pior dia da minha vida. 5 anos depois a dor não passava. Só vivia para a minha filha e o trabalho. Dormia no quarto da Bella porque era onde eu a sentia mais.perto de mim.

Até que num dia normal, em que me dirigia ao restaurante onde quase sempre almoçava que eu a vi...

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Será? Mas como?