Lost In Paradise escrita por Lady


Capítulo 25
25 - She.


Notas iniciais do capítulo

E chegamos ao fim =D.
Claro que terá um ou dois fillers da fic.... e.e Mas ainda sim é o fim da fic.
E, na verdade o capítulo nem deveria ter saido hoje.... So na semana que vem e tal.... '-'.
Enfim, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458379/chapter/25

Lost In Paradise

25 – She.

Com lentidão seus olhos se abriram, rapidamente identificando o pequeno criado mudo que havia do seu lado da cama, sob o mesmo o abajur ainda se mantinha acesso em meio à escuridão enevoada daquela noite fria. Tomando uma respiração profunda, sentou-se sobre a cama retirando os óculos de leitura que ainda utilizava devido à leitura de alguns documentos que estava realizando antes de adormecer. Depositou o objeto de leitura, juntamente a pasta que antes se encontrava concentrava, sobre o pequeno criado mudo e, bem quando estivara e tocada o interruptor do abajur antigo, pode ouvir o ranger baixo da porta do aposento sendo aberta.

Um filete de luz, juntamente com uma figura pequena de olhos metálicos e cabelos negros, surgiu através da porta carregando um urso de pelúcia em formato de um canário amarelado nos braços pequenos e finos, utilizando nada mais do que um vestido infantil rosado – beirando o vermelho – de dormir.

– Mamãe? – chamou, temerosa, vendo que a mulher estava acordada e a observando de sobrancelha arqueada. – Mamãe eu posso dormir com você e o papai?

E Adelheid pesou os pros e contras daquilo, afinal sua primogênita jamais pedia aquilo, era uma garota corajosa, como a mãe, e destemida – talvez um pouco demais – como o pai. Mas havia também o fato de que era apenas uma menininha de cinco anos de idade e que havia coisas que a assustavam, mesmo que extremamente pouco. Assim, fitou a pequena remexer os próprios pés. Ou talvez ela apenas estivesse com saudade de si e de seu marido – Hibari Kyoya – que acabavam por serem demasiados ocupados deixando a pequena sob os cuidados ou do Don Vongola ou do Chefe Shimon.

– Claro querida. – sorriu-a levemente ao ver a aproximação da pequenina que, não tardou em engatinhar sobre a cama ato que acabou despertando o homem adormecido sobre o leito.

– O que foi? – ouviu o resmungo sonolento do homem que podia ser tão perigoso em batalha.

– Não foi nada papai. – disse a pequena, encolhendo-se e aconchegando-se entre o casal mais perigoso de toda a máfia italiana. E assim as orbes metálicas cruzaram-se com o carmim intenso que por tanto viu-se perdidamente apaixonado, e tal vermelhos brilhava numa ternura inigualável pela pequena menina, então o homem voltou a fiar o corpo infantil já adormecido entre si e a Rainha de Gelo. Acariciou os cabelos negros longos de sua pequena princesa antes de tornar a aconchegar-se em seu lugar novamente, ato que fora seguido pela mulher.

– Ela parece com você quando está dormindo. – comunicou o ex-disciplinador após poucos minutos de silencio.

E assim a Hibari sorriu.

– Ela parece com você quando está acordada. – e tais palavras apenas arrancaram um sorriso orgulhoso de Kyoya que, displicentemente, passou o braço por sobre o corpo pequeno da menina, logo alcançando a forma esbelta de sua esposa que fechara os olhos diante do toque tão quente e familiar.

A ex-Suzuki lembrava-se. Fazia oito anos que eles haviam começado uma coisa sem definição, uma coisa imprópria e que acabara por fazê-los se tornarem algo que jamais cogitaram ser um para com o outro. E também fazia oito anos que a mulher sofrera aquele atentado contra sua vida o qual lhe fora arrebatado seu primeiro filho. E com tal pensamento seus olhos arderam, desejando liberar as lágrimas que sempre tendiam a vir quando ela recordava-se daquela maldita tragédia, mas – pelo menos – tivera sua vingança, ela e Kyoya. Izune e seus compatriotas pagaram o preço pelo atentado contra a vida da companheira do impiedoso Guardião da Nuvem Vongola, e os pais de tal garota sucumbiram pela crueldade inimaginável da Serpente di Vongola, Hibari Mayumi.

Aconchegando-se sobre o leito a morena resolveu trancar aqueles pensamentos na parte mais profunda e tenebrosa de seu coração, seria melhor assim para si e para aquele que lhe eram importantes.

– Boa noite Kyoya. – sussurrara, recebendo um baixo ‘boa noite’ rosnado em retorno, o que lhe rendera um suave riso pela forma como ele demonstrava seu afeto como um animal incomodado. Mas ela sabia que aquela era a forma de ele ser gentil, a Hibari já havia acostumado-se com aquelas facetas do marido; por que mesmo quando ele se mostrava áspero e completamente rude, ele ainda sim a tocava com carinho demonstrando seus sentimentos com mínimas ações, como naquele momento em que, enquanto parecera irritado por ter tido o silencio interrompido, ele singelamente acariciava o ventre da mulher, mais especificadamente a cicatriz que ali ficara como uma má recordação de um erro de oito anos atrás. E a mulher sabia que o homem se culpava pelo que acontecera, noite após noite, em todos esses anos, ela sentia ele acariciar aquele ponto, como se fosse para lembrar a si mesmo de jamais deixar um erro tolo como aquele ocorrer novamente. – Eu amo você. – sussurrara por fim, fechando os olhos e esquecendo quaisquer pensamentos que tivera anteriormente. Ele não precisava retornar aquelas palavras, Adelheid sabia o que ele sentia, e era exatamente por isso que poucas foram às vezes em que o moreno pronunciara aquilo.

E pelo restante da madrugada o casal adormeceu junto à pequena filha que tinham. O passado, mesmo que conturbado, apenas os dava força para seguir mais e mais adiante, com o apoio dos amigos e, principalmente, das Famiglias as quais serviam fielmente. E mesmo que há tempos atrás, na primeira vez em que haviam se encontrado, houvessem se odiado tanto, eles ainda sim utilizaram-se de ações precipitadas e acabaram transformando esse ódio num singelo sentimento que os consumia cada vez mais, e tal sentimento imortalizava-se das mais diversas formas, pois ali, aquela historia, mesmo que desaparecesse nos braços do tempo, estaria para sempre marcada naquelas almas que tanto odiaram-se, envolveram, amaram-se; almas que provaram do sofrimento, da dor, da felicidade e do amor. Almas que cruzaram o inferno e perderam-se no paraíso, tudo para que pudessem ficar juntos para sempre, e talvez, por um tempo ainda maior.

Fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hunf, ainda irei aparecer por aqui... podem ter certeza g-g.
A e, quem aqui gostou dos pais do Kyoya? Estou pensando em fazer um filler sobre como eles se conheceram.... Claro que seria uma oneshot longa por que a historia dos Sr. e Srª. Hibari é bem... engraçada.
Bye bye.
Ps: a historia está obviamente concluida, mas eu so poderei marcar ela como tal após postar os fillers, por que se eu colocar como concluida agora não vai dar mais pra adicionar nada..... D;.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lost In Paradise" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.