Burnt Cake escrita por Rinnie


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiro yuri decente da vida, a sinopse foi a mais fail do universo. One-shot bobinha e bem curtinha.

Estreando nos originais, peguem leve comigo.

Sim, tem vírgulas demais, eu sei disso e é um defeito que eu tenho de colocar essas coisas demais em tudo. Não consigo me desfazer delas.

Boa leitura.



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Capítulo único

Raphaela acordara com uma leva enxaqueca por conta da noite anterior, resmungou e levantou-se um pouco da cama para olhar as horas no relógio que deixara sobre o criado mudo, quase uma da tarde. Soltou um suspiro baixo, virando para o lado na intenção de acordar a namorada que ainda deveria estar dormindo pesadamente sob a coberta, apenas com uma camiseta enorme e uma calcinha, pegos às cegas no meio da madrugada depois do sexo.

Porém ela não estava ali.

Engatinhou sobre a cama, indo até o outro lado e olhando para o chão, para certificar-se de que Annabeth não havia caído durante a noite.

Nada.

Pensou então que estivesse tomando banho, levantou-se meio relutante da cama indo até a porta do banheiro do quarto, encostando o ouvido na porta.

Nenhum som.

Estranhou o silêncio na casa, estava tudo quieto demais. Desencostou-se da porta e vasculhou o chão com os olhos, procurando por seu pijama jogado de qualquer jeito nele já que vestia apenas sua calcinha. Assustou-se ao ouvir algo cair no andar de baixo, provavelmente na cozinha pelo som alto parecer-se ao de um objeto metálico. Saiu do quarto tomando o máximo de cuidado, dirigindo-se até o outro andar e sentindo um cheiro engraçado enquanto descia as escadas.

Atravessou o hall tentando não fazer barulho, ouvindo um choro fraco ao aproximar-se da porta da cozinha e encontrando Annabeth sentada ao lado do fogão com a porta do forno aberta, abraçando a os próprios joelhos com o rosto escondido entre eles. A frente da garota, uma forma redonda com um bolo queimado dentro, de onde vinha o cheiro que sentira na escada.
— Amor, o que foi que houve? — abaixou-se a frente da morena, acariciando seus cabelos devagar.

— Eu queimei o seu bolo de aniversário. — ouviu um soluço abafado, logo a puxando com delicadeza para sentar-se em seu colo, fazendo carinho em suas costas.

— Não precisa chorar, a gente pode comprar um mais tarde.

— Mas eu queria fazer, era pra ser especial...

O choro da mais nova tornou-se mais audível, as lágrimas molhavam seus ombros desnudos, porém pouco se importava, apenas segurava aquela garotinha frágil mais perto de si num abraço apertado, beijando levemente seu pescoço. Deixou que chorasse o quanto queria, sussurrando alguns "vai ficar tudo bem" vez ou outra enquanto acariciava o cabelo alheio.

Assim que Annabeth pareceu acalmar-se, afastou-se um pouco para segurar seu rosto com ambas as mãos limpando as últimas lágrimas que caíam com os polegares.

— Não fique triste meu anjinho, que tal a gente fazer uma coisa mais especial?

— Mais especial? —Annabeth pareceu confusa, fazendo um biquinho inconsciente com os lábios imaginando o que poderia ser mais especial que seu bolo.

— Uhum... Por que não sobe pra tomar um banho? Eu arrumo a cozinha e depois a gente pode ir ao mercado fazer compras pra fazer outro bolo, comprar algumas porcarias e passar o resto do dia de amorzinho vendo filmes no sofá... O que acha princesa?

Viu a mais nova morder os lábios com as bochechas um pouco vermelhas e desviar o olhar para o chão, sabia que ela sempre se envergonhava ao ser chamada de princesa e adorava isso, achava fofo. Annabeth aos seus olhos ainda era uma criança, mesmo tendo seus 20 anos, ela sempre seria a criancinha tímida e envergonhada que conhecera quatro anos atrás, quando Raphaela havia recém completado seus 20 anos. Riu baixo, mordendo a bochecha da menor e dando-lhe um beijo estalo depois.

— Boba... — ouvi-a resmungar.

— Ande logo ou vou sem você.

A morena mostrou-lhe a língua infantilmente levantando de seu colo em seguida, correndo até a o andar de cima.

— Abusada.

Riu um pouco mais alto, recolhendo a assadeira do chão e fechando a porta do forno com o pé, levanto o objeto de alumínio até a pia. Sentiu dois bracinhos pequenos abraçarem sua cintura antes de conseguir chegar lá, sorrindo largamente.

— Feliz aniversário, amorzinho.

Recebeu um beijo nos ombros antes da mais nova sair correndo novamente até o quarto, não conseguia deixar de sorrir bobamente... Ah, como amava aquela criança mimada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada se você leu até o final, se quiser deixe um review dizendo se gostou ou não.

Até uma próxima. ♥