Jisbon - The Desert Rose escrita por Nath Nascimento


Capítulo 8
Capítulo 8




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As horas se passaram e o celular despertou assustando Lisbon que apalpou todo o móvel que tinha do lado da cama na busca pelo aparelho barulhento. Ela esfregou os olhos na tentativa inútil de despertar e se levantou. Jane por sua vez acordou bem como sempre, se vestiu e arrumou suas coisas para levá-las para o carro. Lisbon terminou de se ajeitar e desceu também, porém totalmente diferente do consultor que estava radiante.

– Bom dia Lisbon! – disse ele ao vê-la caminhando em direção ao carro.

– Ótimo dia! – ironizou ela.

– Xi... Logo de manhã. – resmungou ele.

– Alô Van Pelt?! – disse ela ignorando Jane – Um imbecil chamado Patrick Jane resolveu desacatar as ordens e dirigiu mais de seis horas seguida, agora estamos a mais ou menos uma hora de Mojave. – ela completou, olhando-o com raiva.

– Nossa! – espantou-se Grace do outro lado da linha – Rigsby deve chegar logo. Assim que ele chegar nós saímos. – informou a ruiva.

– Tudo bem, eu e o Jane vamos adiantando as coisas. Até mais tarde. – Lisbon finalizou a ligação e entrou no carro.

Ele fez uma careta engraçada antes de prosseguir para o carro. Sabia que ela tinha passado aquela noite acordada por ficar pensando no bendito beijo.

– Quer tirar um cochilo enquanto eu dirijo? Não vou ligar. – brincou ele com um enorme sorriso no rosto. Sorriso esse que se desfez em segundos quando ela lhe lançou um olhar matador – Tudo bem sem cochilos... – disse ele enquanto dava partida no carro.

– Por favor, Jane nada de gracinhas hoje porque eu estou com muita dor de cabeça. – ela pediu educadamente.

– Eu sei por que está assim... – insinuou ele – Também não dormi bem essa noite.

– Claro! Quem consegue num hotel como aquele. – reclamou ela.

– Oh claro... O hotel. – ele disfarçou achando melhor não tocar no assunto. Pelo menos não naquele dia tão importante.

– Alô xerife McAllister?! – disse ela ao telefone – É a agente Lisbon, estamos a caminho da cena do crime.

– Quanto tempo para chegar? – perguntou ele do outro lado da linha.

– Cerca de uma hora. – respondeu ela – Preciso que se certifique que nada foi mexido ou mudado além da retirada do corpo.

– Claro agente Lisbon, nada foi tocado. – respondeu seguro – Espero por vocês.

– Obrigada, até mais tarde. – disse ela desligando o telefone.

– Gostei de ver! Nem pareceu que suspeita dele. – elogiou Patrick.

– Obrigada. – agradeceu amargamente.

Depois das amargas respostas de Lisbon Jane preferiu não dizer mais nada. Passou uma hora dirigindo calado, assim como ela passou a viagem olhando para a janela sem dizer uma palavra se quer. Isso preocupou Jane que não estava acostumado com o silêncio de Lisbon.

– Chagamos. Vai avisar a Van Pelt? – perguntou Jane.

– Não. Vamos ver o que temos primeiro. – respondeu ela, descendo do carro.

Os dois caminharam até uma casa que parecia abandonada, assim como todas da região. Ela estava cercada por carros policiais e o xerife esperava na porta.

– Bom dia agentes... – iniciou ele.

– Agente! – corrigiu Jane – Eu sou consultor... – esclareceu.

– Oh... Claro. – concordou McAllister – Como eu ia dizendo... Está tudo como encontramos apenas o corpo foi retirado. – explicou ele enquanto entravam.

A casa era de madeira e vem antiga. Havia poucos móveis nos cômodos iniciais e estavam cobertos por lençóis brancos, apenas o quarto era completamente mobilhado e aparentemente frequentado. A cama ficava debaixo da janela e livros sobre cobras estavam na cômoda ao lado da cama e do outro lado podia-se ver o tradicional rosto sorridente do Red John. Jane entrou analisando tudo como sempre todo o ambiente.

– Então... – comentou Lisbon – O que pode dizer?

– Foi ele... – disse Jane, diferente do humor que estava de manhã, ele estava sério e concentrado – Quero saber sobre a garota. Ela não morava aqui estava apenas estudando cobras. Tem algum tipo de cobra especifico dessa região?

– Sim, o deserto tem esse nome por ter grande incidência de cobras conhecidas como Mojave. Elas são altamente venenosas, chama a atenção de estudantes. – respondeu o xerife.

– É provável que ela estivesse aqui por causa dessa cobra. – disse ele enquanto olhava outros detalhes – Ela era tímida, poucos amigos, afastada da família, talvez mantivesse contato com uma irmã ou prima, mas não com o resto da família. – comentou Jane – A Van Pelt já está com a ficha dela? – perguntou ele encarando a Lisbon.

– Ainda não, ela me disse que o sinal está ruim e está demorando em acessar os dados. – respondeu ela checando o celular.

– Que pena... Estou curioso para conversar com os conhecidos dela. – disse ele um pouco decepcionado – Alguém mexeu no telescópio? – perguntou ele apontando para o aparelho.

– Não. Por quê? – ficou curioso o xerife.

– Por nada. – respondeu ele abaixando-se para olha o que o telescópio mostrava.

Em seguida olhou para os papéis que estavam em cima da mesa e, sem que ninguém percebesse pegou um deles. Nele continham números que até ali não faziam sentido - Quem encontrou o corpo?

– O amigo Kevin Gavenly, mas ele está um pouco fragilizado com a situação. – respondeu McAllister – Ainda não falamos com ele, pois está hospitalizado.

– Vamos até lá? – perguntou um pouco empolgado.

– Podemos ir, mas não é garantido que vá falar com o garoto. – disse Lisbon – Xerife vocês já podem continuar os procedimentos. – ordenou ela saindo do quarto.


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Notas finais do capítulo

"Oh claro... O hotel." Sei... o hotel!
A única forma que eu achei pra colocar o xerife na história foi transferindo o infeliz pra Mojave.



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