– Diga para o Cho que ele precisa sorrir mais porque a vida vai além do trabalho. Diga ao Rigsby para ele cuidar bem da Van Pelt, pois ele não faz ideia do quanto ela o ama. E diga para a Van Pelt continuar do jeitinho que ela é. E você... Eu quero que você seja feliz, muito feliz com ou sem mim. Quero que receba tudo o que merece e é muita coisa. – pediu Jane, tristemente.

– Jane, você não precisa fazer isso. – pediu Lisbon, com os olhos cheios de lágrimas.

– Ele não irá. Eu farei. – intrometeu-se Brett.

– Eu te amo. – disse ele, antes de uma lágrima correr por suas bochechas.

O olhar de Lisbon implorava para que ele desistisse da ideia, mas no olhar dele se passava toda a sua luta para chegar até aquele momento. Jane havia perdido e ganhado muita coisa até ali e sua oportunidade esta em suas mãos.

Numa fração de segundos, Jane levou sua mão à arma de Brett, que estava encostada na lateral de sua cabeça, e puxou-a contra seu peito. No susto o reflexo de Partridge fez com que ele apertasse o gatilho e disparasse a arma. A bala atravessou o peito de Jane e, por ter sido a queima roupas, atingiu Brett também. Os dois caíram no chão como se a cena se passasse em câmera lenta, Lisbon correu em direção ao Jane, que estava desnorteado por ter sido atingido.

– Jane. Olhe para mim! – pediu ela, chorosa – Por favor, não me deixe.

– Conseguimos Lisbon... – sussurrou ele – Pegamos Red John. – concluiu sorrindo levemente.

– Fique acordado, por favor. – pediu ela, chorando.

Nessa mesma hora Cho, Van Pelt e outros policiais invadiram o quarto com suas armas apontadas na direção dos três. Ao vê-los, Cho guardou a arma e correu para ajudar enquanto Van Pelt ligava para o resgate. Outros policiais checaram Partridge, que não tinha mais batimentos cardíacos. Cho abaixou-se para checar se Jane estava bem e observou o ferimento. Ele deixou Lisbon se encarregar de Jane e voltou para o andar de baixo para comandar a equipe.

– O resgate já está a caminho! - alertou Van Pelt, mas Lisbon nem se quer ouviu, antes de ajudar os outros a revistar o resto da casa.

– Não chore. – pediu Jane, nos braços de Lisbon, segurando sua mão – Eu não gosto de te ver chorando.

– Aguente mais um pouco. – pediu ela, entre soluços.

– Estou livre Lisbon. – disse ele, com certa dificuldade – Eu sempre vou te amar.

– Não Jane! – pediu ela, enquanto a mão de Jane afrouxava aos poucos, perdendo a força.

Todos adentraram o quarto e assistiram a cena. Van Pelt engoliu a seco a cada lágrima derrubada pela chefe. A visão de Jane foi escurecendo aos poucos até chegar a uma tela preta onde seria o fim de sua longa caçada ao Red John. Tudo estaria acabado ali, com Red John morto seu objetivo tinha sido alcançado e esse seria o fim...