Todos foram fazer as tarefas estipuladas e tentar descartar o máximo de suspeitos possíveis. Rigsby foi o primeiro a chegar ao seu destino e lá confirmou o álibi de Smith, eliminando-o momentaneamente. Lisbon e Grace encontraram Ray minutos depois. Após algumas perguntas e respostas ele confessou não ter álibi, pois ficou em sua casa sozinho durante os dois assassinatos. O mais difícil de encontrar foi Stiles, que precisou de uma confusão causada por Jane para que Bret surgisse em meio aos fieis em sua igreja que estavam muito bravos com o consultor por ele ter interrompido o seminário e ofendido os participantes.

– Patrick Jane! – anunciou ao vê-lo – Não sabia que os policiais que minha secretária se referia eram da CBI.

– É claro que sabia. – respondeu Jane apertando sua mão – Sejamos honestos, você sabia que se tratava do CBI e eu sei que você gastou esse tempo criando um álibi, pois você não tem um real. – concluiu Jane, orgulhoso de si mesmo.

– Ora Patrick... Vamos deixar a formalidade de lado. Você sabe que eu não matei nenhuma das garotas. – comentou enquanto levava-os para uma sala particular.

– Onde estava quando os crimes ocorreram? – perguntou sério Cho ao se instalarem na sala.

– Estava na minha casa. Meus seguranças podem confirmar se você quiser. – respondeu Stiles, calmo como sempre.

– Claro que vão confirmar... Todos aqui confirmariam se fossem questionados. – comentou Jane, irônico.

– Sabe Patrick você devia parar de seguir Red John a cada passo que ele dá e começar a olhar mais de longe a trajetória dele. Talvez isso lhe ajude a chegar a um dos sete nomes. – sugeriu Stiles, fazendo Jane mudar para uma postura séria.

– Como sabe dos sete nomes? – questionou Jane.

– Eu sei de muitas coisas Patrick. Coisas que você adoraria saber, mas não tem a capacidade para descobrir, pois sua obsessão tapa seus olhos sem que você perceba. – respondeu ele, um tanto quanto sombrio.

– Você acha que é intocável Stiles, mas não é. Eu vou encontrar o que você esconde! – disse Jane levantando-se da mesa e saindo da sala.

– Mais alguma pergunta agente Cho? – perguntou ironicamente Bret.

– Não. Obrigado pelo seu tempo. – respondeu ele enquanto saia da sala.

Cho não encontrou Jane quando ao sair. Isso o preocupou, pois Jane estava alterado demais quando deixou a sala e poderia cometer alguma besteira ao tentar descobrir o que Stiles escondia. Ele andou por alguns auditórios para encontrar o consultor, mas nem sinal de Jane.

Enquanto isso Lisbon quebrava a cabeça tentando encontrar alguma informação útil para a investigação quando Van Pelt chegou com uma nova pesquisa.

– Chefe! Segundo dados do sistema da própria CBI, a conferência foi em Bakersfield, fica a menos de duas horas de avião de Mojave. – informou Grace.

– Sabe a que horas a conferência acabou? – perguntou Lisbon.

– Estava previsto para acabar as cinco da tarde, mas não tenho nada que confirme que acabou no horário. – explicou ela.

– Droga! Teremos que perguntar para Bertram de uma maneira que ele não perceba que estamos investigando ele. – pensou alto Lisbon.

– Talvez Jane consiga. – sugeriu Grace.

– Vou esperar por ele. Pode ir e me avise se encontrar mais alguma coisa. – ordenou ela.

Pouco depois de a agente deixar a sala o telefone de Lisbon tocou.

– Como assim ele sumiu?! – espantou-se Lisbon.

– Não encontro ele em lugar nenhum. – respondeu Cho do outro lado da linha.

– Tentou ligar pra ele? – perguntou ela.

– Ele não me atende. – respondeu Cho sem graça por perder Jane.

– Vou ligar pra ele, qualquer coisa eu te aviso. – disse antes de desligar o aparelho. Ela discou os números de Jane – Onde você está? – perguntou ela fingindo-se de calma.

– Não adianta ficar nervosa, eu estou investigando daquele meu jeito que não falha. – disse ele, fazendo-a levar a mão à testa, inconformada com sua desobediência – E não fique inconformada com minha desobediência, pois você vai ver que eu vou sair daqui com um documento que estamos querendo há muito tempo.

– Que documento? – perguntou assustada – Jane não roube nenhum papel ou vão nos processar, pelo amor de Deus!

– Não se preocupe Lisbon, já estou bem perto. Agora se me der licença porque eu preciso das duas mãos. – disse ele desligando o aparelho.

Lisbon depositou o telefone na mesa e pediu a Deus para que ele não fosse pego ou seria mais um problema para ela resolver.