Após a notícia bombástica e que ninguém sequer imaginava, quase a escola toda ovacionou a loira, que apenas sorriu levemente corada.

Carlinhos sorriu perante a vergonha da amiga, assim como Julia e Lily. Vadios, pensou a loira.

Victória sentiu um aperto em sua mão, que repousava em seu colo. O ruivo sorria para ela em sinal de coragem, incentivo. Ela sorriu de volta e se acalmou.

A troca de olhares e sorrisos entre os dois, não passou despercebido por ninguém.

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O quinto ano da Grifinória estava ansioso para a aula com a prof. Couto, mesmo que fosse em conjunto com a Sonserina.

A sala de DCAT mudava a cada ano e não poderia ser diferente agora. A área estava livre de cadeiras e mesas. Alguns bonecos estavam posicionados em uma das paredes, que foram totalmente recobertas por um material fofo, assim como o chão e teto. Almofadas estavam distribuídas por toda a sala.

– Bom dia classe. – disse Victória entrando na sala. – O primeiro que me chamar de Srta. Couto, Srta. Victória ou prof. Couto será estuporado, apenas Vic.

– Bom dia Vic. – alguns grifinórios soltaram risinhos com ela, principalmente o trio de ouro, Lily e Neville, sabiam como ela odiava se sentir velha.

– Pois bem, como tiveram teoria mais que o suficiente, mesmo de forma errada, vamos começar com a prática. Formem pares. - automaticamente foi feito o que ela pedira.

Victória emanava poder, que fazia as pessoas temerem-na e respeitá-la. Mas era divertida, às vezes, e gostava de descontrair o ambiente, sempre inovando seu jeito de ensinar.

A sala foi dividida em pares e eles reviram todos os feitiços de duelos aprendidos até o momento. E quando um sonserino foi reclamar por ter que usar o feitiço de desarmar, Vic usou o feitiço nele, que voou uns dez metros batendo na parede acolchoada.

Após isso, mas ninguém ousou contestá-la. A professora tinha razão ao revisar todos os feitiços. Várias pessoas empunhavam a varinha errada, falavam errado, miravam errado... Ela teve algum trabalho com essa turma.

Logo a aula dupla encerrou-se, todos apressaram em pegar suas bolsas e sair da sala levemente doloridos com os exercícios. A aula de Defesa era a última para o quinto ano, então seguiram todos para seus dormitórios e depois, para o Salão principal.

– Harry, pode ficar um pouco? – pediu Victória antes de ele sair. – Preciso falar com você.

O moreno assentiu e permaneceu em silêncio, até ambos estarem a sós. Com um estralar de dedos da loira, a sala foi lacrada, tanto para evitar ouvintes como visitas indesejadas. O ambiente de treino também sumiu, ficando apenas duas poltronas confortáveis e uma pequena mesa de centro com alguma comida e bebida.

– O que vou lhe falar Harry, é segredo absoluto. O que referir-se a você, se quiser, te aconselho a falar para Hermione, Ron e Gina, mas alguns segredos meus... Isso sim, deverá ficar entre nós apenas. – Victória disse sentando-se numa das poltronas. – Posso confiar em ti?

– Claro Vic. – Harry sentou-se na outra poltrona. – O que aconteceu?

– Bem Harry, tudo começa 17 anos atrás...

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– Isso tudo é verdade? – perguntou o moreno em choque.

– Infelizmente sim Harry. – a loira encarava seus pés, desanimada. – Endente o porquê disso tudo Harry?

– Agora sim Vic, obrigado. – o moreno deu um sorriso desanimado. – Mas não sei se consigo. E se ele realmente as fez...

– Eu vou achá-las Harry, sei como são e como destruí-las.

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Sirius Black estava entediado no Largo Grimmauld. Os membros da Ordem voltaram para suas casas, Remo tinha um “compromisso” e Ninfadora estava “ocupada”. Ele sabia bem o que ambos estavam fazendo.

O silêncio da sombria mansão foi quebrado com três leves batidas na porta.

Ninguém da Ordem batia antes de entrar.

O moreno empunhou sua varinha e avançou com cautela.

Ao abrir a porta, deparou-se com uma garota de pele alvíssima, cabelos pretos como a noite e olhos igualmente negros, mas com um resquício de verde esmeralda.

– Sirius Black? - perguntou uma voz levemente conhecida.

– Destiny? Destiny Black? - ele estava mais que surpreso.

– Quanto tempo não primo? Tem um tempinho pra mim? Preciso da sua ajuda.

– Claro, sente-se. - ele aguardou. - No que lhe poço ser útil Destiny?

– Pois bem Six, o que falarei aqui, bem... Ninguém sabe. - ela estava séria. - Por favor, peço sigilo.

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– Estou em choque. - ele realmente estava surpreso. – Isso é sério?

– Sim, infelizmente. - ela permanecia de cabeça baixa. - Me ajuda?

– Mas é claro! – ele a encarou sorrindo. - Somos família Destiny.

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Os dias se passaram sem mais nenhum problema. Calmos e tranquilos tanto quanto possível em Hogwarts.

Victória, aos poucos, foi pegando o jeito e suas aulas ficavam cada vez mais divertidas e instrutivas.

Harry ficou uns dias pensando no que fazer. Falar ou não falar com seus amigos?

Mas, antes de tudo, deveria ele falar com a ruiva?

O moreno estava na torre de astronomia naquela noite, observando as estrelas e pensando em tudo que a loira lhe falara. Estava tão absorto em pensamentos que nem reparou que a ruiva entrou na sala e sentou-se ao seu lado.

– Atrapalho? – perguntou Gina assustando o moreno.

– Ah, Gi... Não atrapalha não, só estou...

– Pensando. – ela concluiu com um sorriso. – Aqui é um bom lugar para isso.

– Não tinha vindo aqui antes, mas é realmente um bom lugar. – Harry encarava a beleza da ruiva.

– Tenho algo no meu rosto? - ela pergunta com uma risadinha e, estranhamente, aquela risada não deixava o moreno nervoso.

– Não... Nada... - ele volta a encarar o céu ao que a ruiva segura seu braço.

– O que? Está ficando frio... - ela fala ainda sorrindo.

O moreno, então, começa a relaxar. Ele não compreendia o que acontecia, o mundo estava um completo caos, mas estando ali com a ruiva, ele se sentia em completa paz.

– Eu gosto daqui... – ele fala suavemente, ao que ela apenas cabeceia. - Não apenas do lugar... - Gina se vira para o moreno, que tinha os olhos verdes brilhantes olhando apenas para ela. - A companhia também é agradável.

A ruiva cora e tenta fazer mais uma piada, ao que, suavemente, o moreno se aproxima e lhe beija.

Ela não sabia o que pensar, ela tinha sonhado com aquele momento durante anos, mas então, de repente, ela começou a corresponder ao beijo, nada mais importava para o casal, não importava o toque de recolher, os professores ou até mesmo a guerra do lado de fora. Tudo o que importava era o doce beijo que parecia explodir como fogos em seus corações.

Suavemente, ele quebra o beijo e encara os olhos cor de mel com suas verdes esmeraldas. Gina poderia ver o poder irradiando daqueles olhos e o moreno fala suavemente, ao que ela poderia sentir cada palavra no seu corpo.

–Eu te amo Gina Weasley. Eu não sei como tudo mudou, mas eu não posso mais tentar negar. Eu te amo por demais. - a ruiva podia sentir os olhos marejarem diante da declaração do moreno e tudo o que pode fazer foi beijá-lo novamente.

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Os dias que se seguiram, os alunos de Hogwarts se perguntavam como o novo casal surgiu. Mas o sorriso de Victória no café da manhã do dia seguinte ao encontro deles, explicava tudo.

Os dias foram passando e, agora, o novo casal alvo de Viic era os dois lerdinhos do colégio, Ron e Hermione.

E então, o dia finalmente esperado por muitos chegou. O dia de visitar Hogsmeade e, como combinado, iriam a casais. Harry e Gina, Julia e Joe, Lily e Lipe e, é claro, Ron e Hermione. Vic iria com Carlinhos, já que o ruivo apresentaria o vilarejo para ela.

O grande grupo se encontrava no Três Vassouras, um pouco de cerveja amanteigada no inicio da primavera. Eles conversavam sobre o casal de professores que eles encontraram na Zonko’s.

O outro casal estava em frente à Casa dos Gritos, lugar interessante e assustador para a maioria das pessoas, mas para Vic, era apenas uma casa abandonada.

Eles estavam ali, conversando, sem perceber sua proximidade quando...

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BUM

Um estrondo seguido de pessoas gritando e por uma grande gritaria.

Isso só significava uma coisa: Problemas, e dos grandes!