“- Olá Juan, me dê um bom motivo para não deixar Tânatos sem o líder dos seus ceifadores nesse instante. – Victória tinha os olhos meio negros agora, além de estar com uma adaga no lugar do coração do ceifador.”

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– Você não teria coragem. – disse Juan com um sorrisinho presunçoso no rosto. – Não com tanta platéia assim, afinal foi o que você me ensinou, não? Faça, mas discretamente e sem platéia.

– Deveria ter te ensinado a calar a boca também. – rosnou Victória com raiva. – Melhor falar logo, Juan, estou perdendo minha paciência.

– Tinha ordens do Mestre Tânatos para lhe encontrar e aguardar suas ordens. – o rapaz começou a falar quando sentiu a adaga da loira cortando, levemente, a sua pele.

– Minhas ordens? Sobre o quê?

– Lady Destiny lhe mandou isso. – o ceifador mostrou algo que parecia, à primeira vista, uma carta de baralho.

– Suma! – rugiu Victória. – Sei onde te encontrar quando eu souber do que se trata.

– Sim senhora! – o rapaz não esperou uma segunda ordem para se afastar da loira.

– E Juan, da próxima vez que te pegar perto, mesmo em pensamento, do Instituto... – ela encarou bem os olhos do ceifador. – Vai preferir ser pego por abuso de poder por seu querido Lorde Tânatos.

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– Por que Destiny lhe mandou uma carta de baralho? – perguntou Mione depois que a confusão foi desfeita.

– Porque não é uma carta de baralho, é uma invenção minha para que eu e Des pudéssemos ver a situação que a outra se encontra, em caso de perigo. – explicou Vic.

– E qual a situação dela? – perguntou Percy preocupado.

– É o que vou ver, agora. – disse Victória rasgando a carta em duas.

A carta explodiu em uma fumaça azulada, que sobrevoou os olhos da loira, fazendo-os tornarem-se opacos e sem vida, como se ela estivesse em transe. O efeito durou alguns segundos, apenas, segundos angustiantes.

– Inferno sangrento! – rosnou Victória após voltar ao normal.

A loira abriu a porta de seu quarto com uma força surreal para o tamanho dela e, com um chute, empurrou a estante de livros na parede oposta para o lado, mostrando um mapa mundial com mais detalhes e lugares que o conhecido mundialmente.

– Caçadoras de Ártemis, Juan Death, Feiticeiras de Circe... – a maga foi falando alguns nomes e grupos e pontos coloridos no mapa apareceram.

Quando Victória correra para seu quarto, os bruxos de Hogwarts e os semideuses a seguiram e ficaram mais que surpresos com o que viram. Além da estante lotada de livros em miniaturas (Hermione, Lily e Annabeth suspeitavam ter mais livros ali do que jamais viram em vida), havia uma bancada imensa, com mais alguns livros, em tamanho normal, abertos, papéis jogados e empilhados e alguns recortes diversos, também tinha, ainda, milhares de prateleiras com poções, objetos estranhos e desconhecidos e algumas armas.

– O que é isso? – perguntou Gui assustado.

– Um mapa localizador. – informou a loira sem nem virar e começou a jogar algumas coisas dentro de uma bolsa.

– Não, o que é isso tudo? – Annie estava abismada com o quarto.

– Meu... Hm... Laboratório pessoal, eu diria.

– O que aconteceu? – Remo questionou, a garota parecia um pouco... Transtornada.

– Érebo achou que poderia ser mais esperto que eu e Des, mas ele vai perceber que mexeu com a pessoa errada. – ela parou para encará-los. – O Submundo está em colapso, estou indo para lá ajudar Des a cuidar de tudo com as divindades do Hades.

– Vamos com você. – disseram os semideuses.

– Não, não vão. – ela passou a escrever alguns recados. – Ninguém entra ou sai do submundo vivo e, dessa vez, não tem como burlar isso.

– E como você vai, então? – perguntou Harry.

– Tenho meus meios.

– Se você tem meios para entrar lá, nos leve com você. - falou Percy sério.

– Sabe qual o meu jeito, Jackson? Eu vou liberar toda a minha magia e ela vai transformar meu corpo em pó, puramente pó e cinzas. Então minha alma e corpo irão para o lado mais profundo e obscuro do Tártaro, um lado que nem mesmo os deuses ousam chegar perto. E, então, quando tudo se resolver lá em baixo, eu serei expulsa do Submundo e voltarei à vida. - explicou a garota, fazendo todos arregalarem os olhos. - Então, a menos que você tenha como morrer e ressuscitar, eu irei sozinha.

– Você vai voltar mesmo, certo? - perguntou Lily apreensiva.

– Vou Lily, não se preocupe. - Vic sorrir para a semideusa.

– Mesmo? - questionou Julia.

– Mesmo.

Victória, então, pegou uma caixinha de madeira clara e um mapa com umas anotações atrás, entregando ambos para Harry.

– Aí está um mapa com informações sobre as horcruxes e os locais em que elas se encontram, esperava ir com você antes das férias acabarem, mas não vai dar. - disse Vic o encarando. - Mas não seja idiota de ir sozinho atrás delas, vá com Remo, Sirius, Gui ou Carlinhos. Anotei atrás alguns dos feitiços que ele provavelmente usou e coloque os objetos na caixa que eu cuido delas quando voltar.

– Certo, mas...

– Eu sei, eu vou me cuidar e voltarei inteira. - ela sorriu calmamente. - Ainda tenho algumas coisas para te contar a pedido de Lily e Tiago.

Victória, ainda, pegou um grande e grosso pote de vidro com uma substância prateada dentro, com um pergaminho enrolado na tampa e entregou para Lupin.

– Acho que você sabe o que é essa poção e o que tem que fazer, estou certa?

– Como sempre está. - concordou Remo com um aceno, ele curaria mais lobisomens.

Victória, então entregou algumas cartas para Angel entregar para certas pessoas, que logo sumiu num flash de luz e, então, se virou para eles todos, que a encaravam meio apreensivos. Ela fechou os olhos e terminou o que estava fazendo antes do ceifador interromper. Uma aura colorida a rodeou e, de suas costas, saíram seis raios de luz: o verde parou em Harry, depositando em seu ombro a fada da terra; o branco rodeou Lily, deixando a fada da luz em suas mãos; o raio negro foi para Julia, entregando Dark a ela; os raios vermelho, azul e amarelo voaram para longe, deixando Flamma, Glacis e Flyer com Allie, Dani e Laura, respectivamente.

Quando acabou o show de luzes, Angel voltou para o quarto e ficou no ombro de Carlinhos, na forma de uma pequena gatinha branca.

– As fadas e Angel ficaram com vocês para protegê-los e me avisar se tiverem problemas.

– Não é melhor elas irem com você?

– Aonde eu irei, Rony, elas não terão utilidade. - ela falou meio sombria.

Por fim, ela foi até Carlinhos e lhe selou, para logo em seguida sumiu num flash negro.