O Mistério da Deusa do Destino - Hiatus escrita por Vicky Black


Capítulo 20
Capítulo 20




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– Do que você está falando? – perguntou Harry.

– Sabe, quando eu nasci, Angel me ensinou o que eu era, me ensinou a sobreviver. – disse Vic caminhando pela propriedade. – Aprendi a caçar, cozinhar, construir abrigos e a matar. Porém, como semideusa, precisava de armas especificas para me proteger de monstros, e é ai que entra ele.

– Ele quem? – perguntou Percy.

– Tânatos, o deus da Morte. – ela disse com um sorriso calmo. – Tânatos me encontrou quando eu tinha um ano e poucos meses, tinha acabado de matar pela primeira vez, um semideus tentou me matar e eu me defendi. Tânatos apareceu para pegar a alma e me fez uma proposta.

– Você matou um semideus com um ano? – perguntou Annabeth impressionada e a loira só concordou.

– Tânatos tem seus ceifadores para coletar almas junto dele, a proposta que ele me fez era de ajudar os ceifadores, colher almas poderosas que tentavam enganar a morte, em troca eu ganhava armas e suprimentos de semideuses. – ela não encarava ninguém, apenas mexia os dedos nervosamente.

Agora algumas coisas ficaram claras para eles. Sempre se perguntaram como Victória conseguira suas armas, já que as possuía quando apareceu no acampamento. A história também explicava como ela conhecia o camp, o estilo de vida e de luta de semideuses e tudo mais.

– A primeira vez que precisei agir, eu tinha três anos. Eu não queria ir, era o dia que escolhi para ser meu aniversário e não gostava da ideia de entrar e matar a sangue frio. – ela se abraçou, não era uma noite que gostava de lembrar. – Mas Tânatos sabia o que falar para me convencer a agir.

– O que ele disse? – perguntou Molly olhando-a com preocupação.

– O nome dele era Tom Servolo Riddle, ou como o conhecem, Lord Voldemort. Tânatos falou que o alvo dele era um bebê. – explicou Vic e viu a surpresa no rosto de todos. – Então eu aceitei e fui para Godric’s Hallow naquela noite.

– Mas não chegou a tempo. – falou Tonks.

– Não nego que demorei a encontrar a casa e, depois, desfazer o Fielius. Aprender magia ainda não era meu maior objetivo aos três anos, mas quando eu entrei, Tiago acabara de morrer. – ela olhou para Harry, Sirius e Remo. – Mas Lilian estava viva, ainda.

– E o que aconteceu? – perguntou Sirius. – Se Lily estava viva quando chegou, porque não a salvou?

– Fiz o que me mandaram fazer, matei Tom antes dele fazer outra vítima, mas tinha um detalhe que ninguém sabia sobre Lily.

– Qual? – perguntou Hermione curiosa.

– Existem lendas e rituais que oferecem algo para Tânatos em troca de poupar uma vida. – disse Victória.

– Esta dizendo que uma bruxa fez um pacto com Tânatos? – perguntou Annabeth.

– Exatamente, quando Tom fosse atrás de Harry, pois Lily sabia que ele iria, a vida do bebê seria poupada de qualquer jeito. – informou Vic e, mediante a pergunta não dita, ela completou. – Tom não mataria Lilian, nunca. Era uma bruxa incrível, com habilidades inigualáveis. O ataque em si era para matar Harry e capturar Lily.

– Então quando Voldemort chegou minha mãe já estava predestinada a morrer?

– Sim. Eu matei Tom e sua mãe perguntou sobre Tiago, quando eu disse que ele morreu, ela não sabia bem o que fazer, você ficaria sozinho. – Vic ficou de costas para eles, aquela noite fora muito dolorosa para ela. – Demorou apenas quinze minutos para Tânatos vir cobrar o preço do acordo, mas foram os quinze minutos mais marcantes em minha vida.

“Minha mãe tentou me matar nos nove meses que me teve em seu ventre, além do tempo que me abandonou na floresta depois do meu parto, sem contar os anos depois. O mesmo para meu pai. E ali, na minha frente, naquele dia, eu vi duas pessoas perderem suas vidas apenas por amarem demais seu filho. Eu não sabia o que pensar.”.

– Victória... – sussurrou Molly já com lágrimas em seus olhos, a dor na voz da garota era palpável.

– Lily me perguntou o meu nome, o que eu fazia ali e antes que eu me desse conta, tinha lhe contado minha vida toda. – a garota estava olhando para as estrelas. – Lily sempre foi a única a me entender e me aceitar como sou. Ela me deu esses anéis naquela noite, antes de partir, para que eu sempre me lembre por quem, para quem e porque eu luto.

A loira andou até Harry e lhe entregou os três anéis na corrente com um sorriso triste. Era seu bem mais precioso, mas pertencia ao garoto. Ela sabia que chegara o momento de deixá-los com o verdadeiro dono.

– Se ela te deu isso, é para ficar com você. – disse Harry depois de ver os anéis, devolvendo-os para ela, que agradeceu com um manear de cabeça.

– Se Voldemort não matou Lilian e nem tentou matar Harry, por que a cicatriz, então? E os flashes verdes e gritos que ele vê/ouve perto de dementadores? – perguntou Lupin.

– Nossa mente registra informações o tempo todo, nem sempre percebemos ou lembramos, mas podemos acessá-las quando queremos com um pouco de esforço. – explicou Victória. – Harry me viu matar Tom, viu a mãe ser levada por Tânatos, viu o deus e, principalmente, sabia como eu era. Tânatos e, essencialmente, Lily pediram para que eu modificasse a memória de Harry, eu o fiz. Ninguém poderia saber que eu estive lá. E Harry ainda não podia saber sobre os deuses, então modifiquei a lembrança como Lily pediu. A cicatriz é a marca da troca de almas.

– Quando você salvou minha mãe, ela lhe disse do acordo?

– Não foi preciso, sei reconhecer quando alguém tem acordo com Tânatos.

– Porque você também tem um. – Nico não perguntou, afirmou.

Victória não falou mais nada, apenas colocou a corente com os anéis no pescoço de novo e ficou olhando o céu. Percy tomou coragem para fazer uma pergunta que há muito queria fazer.

– Como conheceu Destiny? E porque fala dela como se ela ainda estivesse viva?

– Porque ela ainda está viva. – disse Victória fazendo os dois filhos de Poseidon arregalarem os olhos com a notícia. – A história é longa e não vão gostar nada dela.

– Mas queremos saber mesmo assim. – disse Alicia, com concordância do irmão.

– Destiny e eu nos conhecemos por meio dos comensais, eles buscavam-na por ser filha de Bellatrix e Poseidon, uma semi deusa bruxa, algo poderoso demais. Mas enquanto procuravam ela, acharam-me no Brasil. Minha magia estava evoluindo rapidamente depois do encontro com Lily, magia tornara-se minha prioridade. – começou Vic se olhar para ninguém. – Chegaram a cada uma de nos ao mesmo tempo, eu diria, fomos jogadas na mesma cela e passamos seis meses tentando fugir e não cair nas trevas.

– E como saíram de lá? – perguntou Lily Jackson.

– Você ficaria surpresa com o que acontece com nossos poderes, meus e de Destiny, quando ameaçam alguém que amamos.

– E quem eles ameaçaram? – perguntou Julia.

– Você. – ela finalmente olhou para a filha de Apolo. – Buscando a filha de Poseidon, Bellatrix achou outro deus e para ter uma bruxa filha de um deus, engravidou de novo. Ao ver que não tinham resultados comigo e com Des, acharam que torturar um bebê na nossa frente far-nos-ia acertar seus termos.

– O bebê era eu? Eu sou filha de Bellatrix?

– Exatamente, Julia. – disse Vic encarando-a. – Por algum tempo, conseguimos usar nossos poderes para desviar as torturas que faziam em você para uma de nós, mas chegou um dia que não aguentávamos mais.

– E eles chegaram a nela. – disse Annabeth.

– Não, nos duas explodimos. – ela tinha um sorriso estranho no rosto. – Não foi uma cena legal. Teríamos matados todos se Angel não tivesse me achado e nos lembrado que tínhamos uma bebê assustada para cuidar.

– E o que aconteceu depois? - perguntou Joe, abraçando a namorada.

– Angel e eu levamos Destiny e Julia para perto do acampamento das Caçadoras, não sabia a localização do Acampamento Meio-Sangue ainda, então me despedi delas e voltei para minha casa. – terminou Vic. – Destiny me procurou uns dias depois e, desde então, trabalhamos juntas.

– O que ela queria com você? – perguntou Tonks.

– Tenho uma habilidade incrível, trabalhada há anos e cobiçada por muitos, posso criar qualquer tipo de feitiço, poção, ritual... O que quiserem em pouco tempo. – disse Vic e todos arregalaram os olhos. – Esse é o meu dom, por isso que os comensais me queriam. Destiny queria um feitiço de mim, queria ser apagada da mente de todos que a conheciam.

– Mas não nos esquecemos dela! – disse Percy um tanto alterado. – Achamos que estava morta!

– E ela seria morta se continuasse lá. – a loira estava calma. – Os deuses não a queriam viva de jeito nenhum. Nem eu e nem ela deveríamos viver.

– Por que não? – perguntou um dos gêmeos.

– Somos poderosas demais, somos uma ameaça para muitos. – explicou a garota. – Destiny ainda mais, por causa de seu poder.

– Que poder?

– Ela e tornará deusa em breve, será a deusa do Destino final.


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