Não me deixe ir. escrita por BiBiasoli


Capítulo 4
You here?


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEE!
Mil desculpas!Eu sei que eu demorei pra postar esse capítulo.É que eu tentei fazer com que ele ficasse maior do que os outros...E também,hoje de manhã,eu tentei postar,mas o site não carregava! =(
Poxa,os acessos estão aumentando mas vocês não comentam,recomendam ou curtam!Deixem seus comentários,dando opiniões!Eu iria adorar! =))
Espero que todos gostem!
Beijos,
Bi.



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Acordei um pouco mais tarde.Eram 10:00 horas em ponto.Desci as escadas e vi Manu,Bella e Fred brincando.

– Bom dia. – Eu disse.Os três pararam e olharam pra mim.Bella se levantou e veio até mim.

– Gi,desculpa. – Eu olhei pra ela sem entender. - Por termos feito aquelas brincadeiras com você.A gente não queria que você ficasse assim.

– Tá tudo bem,Bella.Fica tranquila.Eu não fiquei triste.Já estou indo ficar com vocês,deixa eu comer. – Ela deu um sorrisinho e saiu.Abri a geladeira e fiz um pão com ovo.Coloquei um pouco de suco e me sentei.Comi devagar e me sentei junto com eles.

– Oi.Desculpa por ontem. – Manu falou,brincando com Fred.

– Tudo bem.

Hoje Carrie chegou mais cedo e preparou o almoço pra gente.

Tomei um banho rápido e fui com as meninas trabalhar.Eu estava meio distraída hoje,mas nada que um bom café não possa resolver.

Eu estava no balcão,limpando as gotas de café que um homem acabara de derrubar,quando Manu me cutucou.

– Hm,Gi? – Eu me virei pra ela. – O próximo cliente é seu.

– Mas...

– É seu.

– Tudo bem. – Olhei para porta e quase desmaiei.Ele de novo?Ele sorria pra mim e sentou em uma mesa próxima ao balcão.Vi Manu dar uma risada e dizer baixo,querendo que só eu escutasse: “Eu também te amo.Aproveita” e deu uma piscada.Caminhei até ele sorrindo de lado. – Boa tarde.Vai querer alguma coisa?

– Um café,por favor. – Maldito sorriso.

– Já volto.

Fui até o balcão novamente e preparei o café.Nas poucas vezes em que olhei pra ele,vi que ele me encarava com um meio sorriso.

Levei o café até ele e...

Se você pensava que eu ia me portar direito,nada de errado iria acontecer,você está muito,MUITO,enganado(a).

É claro que quando eu fui levar o café pra ele,eu acabei derrubando nele.E estava quente.Pra caramba.

– AI! – Ele gritou.Só sei que eu comecei a falar vários palavrões em português.Minha vontade era do chorar.Eu não quero ser despedida do meu primeiro emprego!

– Fica quieto.E parado.Vêm comigo. – Puxei-o pela mão e ele obedeceu.Antes que ele reclamasse ou falasse qualquer coisa pro senhor Rubens,entrei com ele no banheiro masculino.Sentei na bancada da pia e peguei um papel molhado.Comecei a esfregar com força a camisa polo dele,mas só piorava. – Droga.É sério.Me desculpa. – Eu estava bem perto dele,dava para sentir a respiração dele.Meu coração estava acelerado.

Desci rapidamente da bancada quando ouvi passos.Fingi que estava limpando a bancada e Dylan entendeu,fingindo com que estivesse secando as mãos.

– O quê está acontecendo aqui? – Senhor Rubens apareceu,falando de forma calma.

– Esse cliente pediu para eu dar um jeito nessa bancada.Ele disse que estava imundo.Eu não achei o senhor ou qualquer outro funcionário,então vim sozinha.

– Não precisava.Obrigada,Giovanna.Você já pode voltar.Eu dou um jeito nisso. – Caminhei suspirando de alívio,quando senti alguém puxar meu braço.

– Primeiro dia? – Ele perguntou rindo.

– Segundo,na verdade.Algum problema?Sem ser sua camisa...Me desculpa,é sério.

– Eu te perdoo.

– Então trabalha aqui.

– Acho que já deu pra perceber isso. – Dei um sorriso.

– Trabalha até de noite?

– 18:00 horas,por que?

– Que tal sairmos mais tarde?

– Não vai dar.

– Por que?

– Porque eu já vou sair com minhas amigas.Chegou tarde. – Disse dando um sorriso.Não,eu não ia sair com as meninas.Só que eu só sei o nome dele.E se ele for um maluco?

– Me dá seu telefone e a gente marca.

– Não. – Eu estava rindo.

– Ah é? – Ele disse rindo também. – Seu sorriso é lindo.

– Eu não vou te dar meu telefone,agora vai que eu te sirvo outro café.

Ele riu e voltou até a mesa onde estava.Fui ao balcão e as meninas me olhavam e faziam cara de deboche.

– Idiotas. – Disse chegando perto delas e dando uns tapinhas.

– Ei!

– Conta T-U-D-O. – Bella falou.

– O quê? – Eu perguntei.

– Você e o Dylan.

– Ele me chamou pra sair.

– OI?E é claro minha amiga linda e inteligente aceitou...

– Eu disse que tinha outros planos.

– Que planos,Giovanna?Você vai. – Manu disse e foi até a mesa onde ele estava.Eu comecei a correr atrás dela,mas já era tarde demais. – Dylan?Oi,eu sou a Manu.A minha amiga,Giovanna,tem sérios problemas mentais.Ela vai sair com você hoje,sim.Giovanna inventou esse “compromisso” com a gente.Conhecendo ela,Giovanna tem medo de você ser um psicopata.

– Eu não sou um psicopata.E nem louco.Eu só gostei da sua amiga e queria conhecer ela.É pedir demais?

– Pra Giovanna,sim.Bom,eu te passo o celular dela quando a conta vier.Foi um prazer,tchau. – Manu sorriu pra mim e voltou para o balcão.

– Aqui está o café.

– É sério que você está com medo de sair comigo por que acha que eu sou um psicopata?Eu não sou. – Ele riu.

– Isso é o que a maioria dos psicopatas dizem.Mas tudo bem,eu saio com você.

– Obrigado pelo favor.

– De nada. – Peguei um guardanapo e escrevi meu número e meu nome. – Aqui está,psicopata.A gente se encontra aqui.

– Às 19:30?

– Ok.

– Até as 19:30.

Sai de perto dele e lancei um olhar raivoso pra Manuela.Depois de um tempo,Dylan foi embora e eu também,junto com as meninas.

– Ah,Gigi,não fica assim!Você queria sair com ele!

– Não,eu NÃO queria!

– Gi,a gente te conhece desde pequena...Nós sabemos quando você “paquera”um menino.E você gostou do Dylan. – Bella disse calmamente.

– Mas eu...

– Gi!Admite.

– Eu...

– GIOVANNA!

– Tá bom.Eu queria sair com aquele psicopata.

– AHÁ! Gi,o Dylan é lindo e simpático!Por que você não sairia com ele?

– Eu conheci ele há 2 dias! 2 DIAS!

– Não importa,ué.Sério,se você não queria sair com ele,me desculpa.

– Eu quero sair com ele.Mas eu estava com vergonha...

– Ok.Agora vai se arrumar,por favor.

Subi para o meu quarto e tomei um banho demorado.Ao sair,vi que tinham 2 chamadas perdidas de um número desconhecido.Nem me importei.

Encarei um pouco o guarda roupa até achar um vestido vermelho que ia até um pouco acima do joelho e tinha um zíper atrás.Peguei um sapato alto preto e me olhei no espelho.Estava bom.

Voltei ao banheiro e peguei minha bolsa com maquiagem.Passei pó,blush,batom vermelho,delineador e rímel.Deixei meu cabelo lisos e nas pontas um pouco enrolados.Dei uma olhada no espelho.19:10 horas.

Bati no quarto das meninas,que abriram a porta com um sorriso largo.

– É,tá na cara que você não queria sair com ele.

– Gostou? – Perguntei pras meninas.

– Tá linda.

– Linda.

– Obrigada.Eu vou indo,tudo bem?

– Sim,vamos ficar aqui forever alone.Não volte muito tarde,mocinha.

– Tudo bem.

– Diga à ele que quero você de volta à meia noite.

– Pode deixar.

Desci as escadas devagar,por que apesar de usar salto alto no Brasil,eu não tinha muita habilidade e tinha medo de cair.Ao ouvir o barulho dos sapatos,Carrie vira-se pra mim e dá um meio sorriso.

– Vai aonde,mocinha?

– Eu,eu...vou sair. – Disse,demorando pra responder.

– Hm...Dá pra ver que você se preocupou muito com o visual.

– É um amigo meu,Carrie.

– Ata...Me conta,vai!Como ele é? – Ela disse batendo palminhas.

– Cabelos marrons lisos,olhos verdes...

– Me conta mais.

– Carrie...Ele canta.

– Hmm!

– CARRIE!

– Aproveita.Quero você de volta à meia noite.

– Ok.Não precisa me esperar.

– As meninas vão te esperar.Juízo.

– Sempre.

Sai de casa e caminhei até o lugar marcado.Não estava tão quente como ontem,estava até agradável.

Chegando lá,vi Dylan parado em pé olhando a praça.Fui chegando perto dele,sem fazer com que ele percebesse que eu já tinha chegado.Parei do lado dele.

– Olhando a praça? – Ele tomou um susto e eu gargalhei.Ele me olhou de cima a baixo e sorriu. – Aonde vamos?

– Tá com fome?

– Sempre. – Ele riu e eu também.

– Vêm comigo.

– Pra onde?

– Você já vai ver. – Entramos em um Mini Cooper e Dyaln começou a dirigir.Ele me perguntou por quanto tempo eu ia ficar por aqui,sobre o Brasil,carnaval...Essas coisas que a maioria das pessoas perguntam.

Dylan era engraçado e me fazia rir na maioria das vezes.Ele me contou que morava com a mãe,já que seus pais são separados.A mãe vive aqui e o pai no Canadá.Ele disse que na maioria das vezes ele passa as férias com o pai.Dylan tem uma irmã de 20 anos.Ele disse que eles sempre se deram bem,apesar das brigas.

Eu fiquei feliz por ele estar se abrindo comigo.

– E você,brasileirinha?

– Eu?

– Sim.

– O quer saber?

– O que eu possa saber.Tudo,se for possível. – Ele disse sorrindo.

– Minha vida é sem graça,diferente da sua.

– Ah,qual é!

– Ok.Vamos ver...Filha única,moro com meus pais...

– Comida favorita?

– Hambúrguer. – Ele riu.

– Um lugar onde você iria?

– Londres.

– Cor favorita?

– Vermelha.

– Número favorito?

– Por quê? – Eu comecei a rir.

– Ah sei lá.

– 2.

– Por que?

– Não sei.

– O pior mico que você já pagou?

– Eu escorreguei na frente do menino que eu gostava... – Ele começou a rir. – Ei!Já tiveram muito piores...Teve uma vez que eu fui no banheiro em um show e o papel ficou grdado no meu jeans.Todo mundo ria de mim quando eu passava!Foi horrível! – Eu cobri meu rosto com as mãos.

– Fica tranquila.Eu também sou assim.

– Então me diz.Qual foi o pior mico que você já pagou?

– Eu toquei na frente da minha escola inteira e eu tropecei e cai de cara no chão.

– Ah meu Deus! – Eu gargalhei.

– Teve uma outra vez que eu tava em cima do carro da minha irmã,escutando uma música e cantando de um jeito estranho,quando meus amigos e a menina que eu já gostei tava com eles.Fui um dos piores.

– Eu acho que o do papel higiênico foi pior.

– Pronto,chegamos. – Ele desceu do carro e abriu a porta pra mim.Olhei pro restaurante,que parecia ser novo.Tinham várias pessoas dentro,bebendo e comendo.Era moderno,tinham luzes redondas penduradas no teto e mesas com poltronas pretas e mesas de madeira claras.Haviam copos de vidro e pratos em cima de todas as mesas.Tinha também um enorme bar,colorido e,apesar de não beber,amei a ideia.

– Vem. – Ele segurou a minha mão,fazendo com que meu corpo tremesse.

Ele me guiou até uma das mesinhas no centro e nos sentamos.

– Gostou?

– Aqui é lindo... – Um garçom veio até nós e nos entregou o cardápio. – Obrigada. – Sorri e ele fez o mesmo.

– Hm...Vou pedir um hambúrguer e você? – Ele sorriu.

– Também.

Fizemos o pedido e conversamos.Parecia que nos conhecíamos há anos...Dylan tinha gostos parecidos com os meus,fazendo com que a conversa fluísse naturalmente.

A comida chegou e comemos,rindo do passado e do futuro.Por um minuto,eu me senti bem ao lado dele.

Ficamos mais umas horas lá e saímos.

– E então,senhorita Giovanna?

– Senhor Dylan.

– Quero te mostrar uma coisa.

– O quê?

– Você já vai ver. – Ele deu a partida.

Olhei para a janela e passamos pela porta de um píer.Ele estacionou o carro ali perto e abriu a porta para eu sair.

– Píer? – Ele perguntou.

– Claro. – Já eram umas nove horas da noite e o píer fechava à uma hora da manhã.Entramos e pagamos o ingresso,que Dylan insistiu e não me deixou pagar nada. – Ah,Dylan,me deixa pagar o ingresso! – Gritei com ele.

– Não vai pagar nada,quietinha.

– Hmpf.

Quando começamos a caminhar em direção à montanha russa,vi Dylan me encarar e dizer um “Vem comigo...” baixinho.Ele segurou minha mão e senti meu corpo tremer ( segunda vez.)

Corremos até a fila da montanha russa,que ia se enchendo mais a cada momento.Éramos os décimos e o carrinho cabia oito pessoas.

– Bom...A gente vai na frente.

– Eu estou ferrada.

– É.

Nos sentamos na primeira fileira,já que não dava pra escolher o lugar.A montanha russa foi subindo e ao mesmo tempo meu estômago embrulhava.

– Tá tudo bem?Você está meio pálida...

– Tá,tudo bem.

– Vem cá. – Ele passou os braços envolta dos meus ombros,fazendo com que eu ficasse tranquila.

– Obrigada.

“Até que não foi tão ruim.” – pensei.O “passeio” foi divertido,já que a montanha russa não tinha muitas voltas e curvas.E também,Dylan estava do meu lado...

Fomos em todos os brinquedos,tiramos fotos,Dylan comprou um arco da Minnie pra mim e um do Mickey pra ele (não me perguntem o por quê dele ter feito isso,porque eu sinceramente não sei) e quando já eram quase onze,ele me puxou pra perto dele,fazendo com que meus braços ficassem em volta das costas dele.Sorri e ele também.

– E pra fechar com chave de ouro...

– Roda gigante?

– Claro!Nunca se vêm aqui sem ir na roda gigante!

– Tudo bem.Vamos?

– Sim!

Ficamos da mesma forma até entrarmos na cabine.

A medida que ia subindo,dava pra ver o parque diminuindo e aos poucos uma parte da cidade.O sorriso estampado na minha cara não sairia um bom tempo dali...Esse definitivamente foi o melhor encontro que eu já tive.

Ao chegarmos no topo,o olhar de Dylan cruzou com o meu,fazendo com que eu olhasse nos olhos verdes dele.

– Aqui é tão lindo...Obrigada por me trazer aqui.

– É,eu sei que eu sou demais.

– Lá vem...

Ele me olhava fixamente.Dylan se aproximava cada vez mais de mim,fazendo com que os nossos lábios ficassem bem próximos.Eu conseguia sentir a respiração ofegante dele junto à minha.

Eu enfraqueci no momento em que os lábios dele tocaram os meus.

Depois de uns segundos,nos afastamos.Ele sorriu pra mim e colocou os braços em volta da minha cintura.Meu coração batia à mil.

Permanecemos abraçados até o carro,onde me sentei e ele me levou pra casa.Conversamos mais um pouco,mas,na maioria do tempo o silêncio era maior.

Dylan fez a mesma coisa.Saiu do carro e abriu a porta pra mim.

– Obrigada. – Andamos até a porta branca e paramos.

– Te vejo amanhã,então.

– É.

– Foi muito legal ficar hoje com você.

– Eu também achei...Bom...Boa noite,Dylan.

– Boa noite... – Abri a porta de casa,mas Dylan acabou puxando meu braço e me abraçando. – Ei. – Ele segurou meu queixo e sorriu.Dei um beijo estalado na bochecha dele.

– É.Boa noite. – Eu disse.Abri a porta de casa e vi Manu e Bella deitadas,ou melhor,esparramadas no sofá.Elas nem perceberam que eu tinha chegado. – Nossa.Essa não é a nossa casa. – Elas tomaram um susto e Bella quase caiu tentando se levantar.Ela correu até mim.

– GI!!!!!ME CONTA T U D O !

– Boa noite.

– NUNCA.GIGIIII,VOLTA AQUIII! – Manu falou,manhosa.

– Falem.

– Não vai nos contar?

– Tudo bem. – Me sentei no sofá e as meninas me olhavam com os olhos arregalados.Contei detalhe por detalhe,sem esquecer de nada.Na parte da roda gigante,elas acabaram soltando um “AWN” alto.

Conversamos por mais algumas horas e depois,cai no sono.

O dia seria longo amanhã...


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