É o fim escrita por black


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

É minha segunda fanfic, mas isso não significa que ela está melhor que a primeira - a qual eu apaguei, já que era um caso perdido dsuihojf.



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Era 30 de outubro de 1981. Harry dormia tranquilamente em seu berço, alheio a todo e qualquer perigo que seu pai, James, pudesse estar exposto lá fora.

O relógio marcava vinte e três horas quando Lily Potter, logo após ter deixado o quarto de seu filho, escutou o ranger do portão de sua casa. Com o coração acelerado, sacou sua varinha e foi até a porta. Receosa, abriu-a. Deparou-se com a figura de James Potter, com o óculos quebrado e arfante.

“Quem é você?” perguntou a ruiva. Mesmo preocupada com o que pudesse ter acontecido a seu marido, sabia que não poderia baixar a guarda. Na noite anterior mesmo um comensal, sob efeito da poção polissuco e dizendo ser Marlene Mckinnon, havia tentado entrar em sua casa.

“Quer sair comigo, meu Lírio?” Lily respirou fundo, sabia que só James poderia fazer aquele tipo de pergunta em uma época tão obscura como aquela.

“É Evans, Potter” ela disse com um meio sorriso, puxando-o para dentro e prendendo-o em um abraço apertado, ambos esquecendo-se momentaneamente dos perigos que os assolavam.

Abraçados, permitiram-se lembrar dos tempos de escola, quando James, desde o sexto ano, não passou um dia sem chamar a ruiva para sair. Os convites, sempre negados, eram seguidos de gritos e tapas distribuídos pela ruiva que era extremamente temperamental – agora, sem saber como seria o dia de amanhã, Lily lamentava ter dito sim a James apenas no sétimo ano.

“O que aconteceu?” Lily perguntou, voltando a realidade.

“Eu estava no Beco Diagonal quando três comensais me atacaram. Se não fosse por Arthur Weasley, que estava por perto e acabou ouvindo nosso estardalhaço, eu não sei o que teria acontecido.”

“Oh, graças a Merlin, mas e você? Está bem?”

“Estou, estou sim. Só preciso de umas boas horas de sono. O pobre Arthur é que ficou pior, apesar de dizer que estava bem; deixei-o em casa. Molly, depois de se certificar de que ele ia sobreviver, me enxotou de lá e disse-me para vir logo para casa, te acalmar e descansar.”

Ambos deram uma risada nasalada. Não tiverem muito contato com o casal Weasley quando estudavam em Hogwarts, mas lembravam-se de vê-los sempre juntos, Arthur enfeitiçando objetos trouxas e Molly correndo destes.

Nostálgicos, o casal foi até o quarto de Harry, onde ambos deram um beijo de boa noite em seu filho. Dirigiram-se, por fim, ao quarto deles próprios. Era uma da manhã quando Lily pegou no sono – muito tempo depois de James ter tomado banho e caído em sono profundo.

Pouco após o nascer do sol, Lily e James acordaram com o choro de Harry. Enquanto o moreno preparava o café da manhã, a ruiva acalmava a criança que parecia extremamente assustada, como se pressentisse perigo. Quando o choro cessou, Lily trocou a fralda de Harry e vestiu-lhe um pijama limpo, já que sabia que o pequeno voltaria a dormir. Levou-o para seu quarto e o deixou em sua cama, brincando com um hipogrifo de pelúcia enquanto ela realizava sua higiene matinal. Logo que saiu do banheiro, o qual ficava junto ao quarto, Harry recomeçou a chorar, mas dessa vez ela soube o motivo: naquele mesmo instante, barulhos e explosões irromperam no andar inferior. Um arrepio perpassou sua espinha e ela pode ouvir a voz gélida do lorde das trevas dizer avada kedavra.

Lágrimas brotaram em seus olhos e, em um flash, ela viu cada momento que passou ao lado de James. Quando se conheceram, no vagão do trem que os levaria, pela primeira vez, para Hogwarts. As inúmeras vezes que ele a convidou para sair. O primeiro beijo do casal, após um jogo de quadribol contra a Sonserina. Quando ela conheceu seus sogros e, um mês depois, ele conheceu o Sr. e a Sra. Evans. O dia em que se casaram, em uma fazenda da família Potter. Quando ela contou que estava grávida. Ela se lembrava de cada sorriso e olhar, cada cantada e ideia maluca que o moreno tinha tido para tentar conquistá-la. Ela não teria mais isso, não precisava descer as escadas para saber que James estava morto. Nunca mais veria o brilho de seus olhos ou o sorriso maroto. Nunca mais sentiria seu toque ou as sensações que ele provocava nela.

Quando olhou para Harry, se deu conta que o bebê, de apenas um ano, não teria pai e, possivelmente, tampouco mãe ou irmãos. Isso, é claro, se ele sobrevivesse. Com esse pensamento, uma onda de pavor tomou conta da ruiva. Não deixaria isso acontecer, se recusava a aceitar que Harry poderia morrer, mesmo que James jazesse morto no primeiro andar e ela ao lado do berço, Voldemort não chegaria perto de Harry. Ao som do choro estridente de seu filho e com a varinha em punho, ela se preparou para o ataque.

Contudo, novas explosões tomaram conta da casa. Os aurores haviam chegado. No andar de baixo, Sirius Black duelava com Crabbe e Goyle quando uma maldição da morte atingiu uma loira de olhos verdes azulados. A última Meadowes. Logo em seguida, Euphemia e Fleamont Potter caíram mortos ao lado do filho.

O chão da mansão dos Potter estava banhado em sangue. Comensais mortos estavam por todo lado e, infelizmente, corpos de aurores também. Marlene Mckinnon, Alice e Frank Longbottom, Arthur Weasley e Remus Lupin faziam parte deste cenário. O único sobrevivente daquele andar era um maroto com cabelos na altura dos ombros. Sirius Black chorava como uma criança olhando para aqueles corpos, principalmente para um em especial. Ele nunca mais poderia dizer a ela que a amava. Marlene nunca saberia sobre seus sentimentos por ela e, tampouco, ele saberia dos sentimentos da garota.

Para Black, naquele momento, não importava que o grande lorde das trevas estivesse, finalmente, morto. O grande amor de sua vida estava morto; ele, Sirius Black, chorava compulsivamente por uma garota, aquela que finalmente havia arrebatado seu coração. E, não apenas ela, seus dois melhores amigos, aqueles que o acolherem quando foi expulso de casa, seus irmãos de alma, também haviam morrido. Era demais para ele.

Em meio a dor que sentia, ele não percebeu que uma comensal ainda estava viva e naquela casa. O menino Harry Potter parara de chorar, a mansão Potter estava em silêncio, mas isso não bastou para despertar Sirius Black de seu torpor, somente quando Lily Evans Potter gritou do segundo andar, foi que ele percebeu o erro que tinha cometido. Ele falhara. Com um conhecido CRAC, Bellatrix Lestrange desaparatara. Era o fim dos Potter.

Com um grito que foi ouvido por toda a aldeia de Godric’s Hollow, James Potter acordou sobressaltado. Lily Potter, após acordar gritando, estava chorando. O moreno, imaginando que a reação da ruiva se devesse a um pesadelo, abraçou-a, tentando reconfortá-la. Esta, então, agarrou-se a ele, tentando ter certeza de que tudo não passara de um sonho ruim. James sabia que não deveria perguntar o que de tão ruim havia atrapalhado o sono de sua esposa, pelo menos, não naquele momento. Então, quando o choro desta cessou, James foi ao quarto do pequeno Harry, que acabara sendo acordado pela mãe. Pegou-o no colo e começou a embalá-lo. Quando notou que a criança estava mais calma, levou-o até seu quarto e o deitou na cama, ao lado de Lily.

Ao deitar-se junto a ambos, percebeu novamente que estava completo, estava com sua família e amava-os mais que tudo. Prometeu a si mesmo que, independente de quantos lordes das trevas surgissem, nada de mal aconteceria a sua família, ele não permitiria.

Estaria sempre ali...

Para cuidá-los...

Protegê-los...

E amá-los...

O que nem um deles sabia era que, por um bom tempo, as noites em claro haviam acabado. Em uma aldeia próxima, Albus Dumbledore duelava e acabava com um dos mais poderosos bruxos que já se teve notícia. Tom Marvolo Riddle finalmente caía morto. Depois de tanto tempo vivendo em um mundo de trevas, bruxos e trouxas poderiam finalmente descansar e relaxar. E Lily e James Potter poderiam ver Sirius Black casar e Harry Potter crescer.

Tudo estava bem!


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Notas finais do capítulo

Bom, como eu já disse em reviews que respondi, gosto de receber críticas construtivas, então, se vocês virem algum erro de português ou de coerência mesmo, me falem. Eu não tenho o hábito de escrever fanfics, mas quero dar o meu melhor nas que escrever. Um obrigada a quem leu e, se acharem que eu mereço, comentem! (Espero que tenham gostado.)