Capítulo 5- Boate

–Oi Irene, que bom que você veio. -Ele fala com um sorriso no rosto- Nossa você está uma gata nesse vestido! -VOCÊ ESTÁ UMA GATA NESSE VESTIDO? QUEM ELE PENSA QUE É! EU SOU MUITO MAIS GATA QUE ESSA OTÁRIA! PORQUE ELE NÃO PARA DE OLHAR PARA ELA? GRRRR PIRANHA,PIRANHA,PIRANHA!-

–Eu sei que sou gata meu querido. -ela fala com um sorriso convencido- E... quem é essa?- Ela fala me olhando de relance-

–Ah, sim! -Ele se lembra de minha presença.- Essa é Mônica, uma colega minha.- COLEGA? AGORA EU FUI REBAIXADA PARA COLEGA?- Mônica essa é Irene, uma amiga minha.-

–Prazer em te conhecer- Fala ela com aquele sorriso falso, estendendo a mão para mim.-

–O prazer é todo meu- Eu digo apertando sua mão e mandando uma carranca logo em seguida-

(Ps: para quem não sabe, carranca é tipo quando se faz uma cara de cão chupando manga.)

–Bom gente, deixa de enrolação e BORA PARA A FESTA! -Grita Cebola aumentando os passos com animação e sendo seguido pela megera de cabelos loiros-

–Oi, eu me chamo Magali. -Fala uma garota que começa a andar do meu lado-

–Eu me chamo Mônica- Falo observando do canto do olho a garota de vestido amarelo ao meu lado.-

–Então... você é amiga do Cebola? -Ela pergunta com simpatia-

–Bem, eu era até ser rebaixada para "colega"- Digo fazendo aspas na palavra "colega"-

–Hahaha -Ela começa a rir simpaticamente- Não se preocupe com isso, o Cebola sempre rebaixa alguém a "colega"- Diz ela sorrindo-

–Hum... e quem é aquela? -Eu pergunto mesmo sabendo o nome da loira. eu quero saber mais!-

–A Irene? -Ela direciona o olhar para a loira- Bom... ela e o Cebola sempre foram bastante próximos, os dois se conheceram quando tinham 11 anos na quinta série. Desde então eles nunca mais se largaram. O Cebola parece gostar muito dela, mais eu não diria que ela é a garota certa para ele- Diz ela olhando para o chão-

– E porque não? -Pergunto curiosa-

Magali de repente ficou em silêncio não respondendo minha pergunta

–Tudo bem que não queira me contar- Digo um pouco sem graça- Você não pode confiar em uma estranha que acabou de conhecer- Digo olhando para os meus pés-

–Não é isso... -Ela fala com um sorriso meigo- É que... este assunto é muito sério, entende? -Ela diz e eu balanço a cabeça concordando- Eu não posso falar nada para você agora, mais... tenho certeza que vamos ser ótimas amigas. -Ela fala dando um pulinho- Algo me diz que eu posso confiar em você.- Ela fala sorrindo e eu retribuo-

–CHEGAMOS GALERAAAAAA! -Grita um garoto um pouco fedorento- O ÚLTIMO A ENTRAR É UM GAY SAPATÃO!- Ele fala correndo para entrada sendo seguido por outros garotos-

–Então... vamos? -Magali pergunta meigamente-

–Vamos!- Eu respondo-

Ao entrarmos na festa, a aparência que eu tive era de uma boate. Bebidas alcoólicas, jovens se agarrando um no outro, garotas dançando quase nuas, strip tease feito pelas garotas e garotos, músicas fortes e sensuais, cigarros... bom,tudo que se ver numa boate para jovens de 16 anos.

–NOSSA, VOCÊ GOSTA DE FREQUENTAR ESTES TIPOS DE LUGARES?- Pergunto gritando para Magali me ouvir devido a música alta-

–NÃO MUITO.-Ela grita- EU VEIO BASTANTE POR CAUSA DO CASCÃO, E... ATÉ QUE É UM POUCO DIVERTIDO- Ela diz me guiando para uma mesa de bar-

–ENTENDI... -Digo respondendo-

–Ufa,dar pra escutar bem melhor daqui- Ela fala aliviada-

–Com certeza- Eu falo também aliviada-

–Vocês vão querer alguma coisa? -Fala um homem de no mínimo 25 anos atrás da gente-

–Eu vou querer uma cerveja por favor. -Fala Magali tranquilamente-

–Magali, isso não tem álcool? -Falo a repreendendo-

–Relaxa Mônica, é só um pouco, não irei ficar bêbada- Fala ela recendo o copo de cerveja-

–Sendo assim, me traz uma também por favor . -Falo rendida-

–HAHAHAHAAHAHAH Não! mentira que ele fez isso! -Magali rir estericamente já bêbada-

–HAHAHAHAHAHAAH Eu juro para você! eu fiquei tipo, mano o que você fez? você ta sacando da parada? -Eu falo já bêbada também-

–HAHAHAAHAHAHAAHA QUE ILÁRIOOOOOOO- Grita Magali fora de si-

–HAAHAHAHAAHAHAA GENTEEEEEE OLHA AQUI MAIS UM STRIP TEASE PARA VOCÊS- Eu e Magali subimos em cima da mesa e começamos a dançar sensualmente-

–REBOLAAAAA GATAAAA

–QUE ISSO EMMMMMMM

–ASSIM VOCÊS ME MATAM

–GOSTOSASSSSS

Só ouvíamos gritos é claro dos homens,mais estávamos bêbadas demais para parar. Foi quando eu senti a mão de um homem sobre minha coxa esquerda e fiquei sem saber oque fazer. Fiquei completamente imóvel.

–TIRA SUAS MÃOS SUJAS DELA AGORA! -Eu só vi o Cebola transferindo fortes socos contra a cara daquele homem, que já começava a sangrar.

–Não! Cebola para! -Eu tentava o parar mais não conseguia, ele estava com muito ódio-

Por puro impulso empurrei minha mão contra o seu peito e o beijei. Minha língua pedia passagem para adentrar em sua boca e ele concedeu. Nosso beijo começou calmo e carinhoso. Mais logo se tornou quente e voraz, come se estivéssemos esperando por aquilo a muito tempo. Infelizmente o ar se fez necessário e nós nos separamos.

–Me promete que você nunca fará isso de novo. Você é minha entendeu? só minha. -Ele fala encostando sua testa sobre a minha e acariciando meu cabelo-

–Eu prometo... me desculpe. -Eu falo dando um selinho nele-

Logo depois desse barraco nós fomos embora da festa. Cebola insistiu para que ele me levasse até minha casa. Eu tive que assentir, era só mentir dizendo que a casa de minha vizinha era a minha.

–Nossa que casa enorme... -Ele comenta- Sabe quem mora aí?

–Não faço a mínima ideia- Sorrio amarelo- minha casa é essa do lado-

–Bem humilde... como a minha. -Ele sorri-

–pois é...obrigada por tudo. como posso te agradecer? -Pergunto sem intenção do mal gente.

Ele me agarra pela cintura e me tasca um beijo quente e carinhoso

–Já agradeceu- Ele sorri- Boa noite.- Ele se despede-

–boa noite. -Eu respondo-

Eu entro devagar sobre minha casa e... que sorte! Angélica está dormindo. Eu estava tão tão tão cansada que resolvi nem tomar banho. Apenas me atirei na minha cama sonhando com o beijo do meu príncipe encantado.