Prólogo

Mamãe insistira para que eu fosse até A Toca pedir à vovó que lhe fizesse um casaco, pois o que ela havia feito há alguns anos estava parecendo um trapo. Mas, é claro que ela não mandou Victorie, Victorie havia saído com Teddy. Aqueles dois eram um grude só, tanto que chegava a dar enjoo.

Então lá eu fui, rezando com todas as minhas forças para que tia Gina não tivesse resolvido fazer uma visita e ter trazido James, Alvo e Lily. Não que eu não gostasse do Alvo ou da Lily, eles eram um amor de pessoa, eu ficava era incomodada com o seu irmão que fazia de tudo para me importunar só porque eu havia desistido do Scorpius e Rose, sua ex-namorada o largara para ser feliz com o loiro.

Que culpa eu tenho se minha prima não gostava dele? Na verdade, quem era capaz de gostar de um brutamonte como ele? Exatamente, ninguém!

— Vovó! – anunciei-me entrando na cozinha.

— Dominique! – sorriu vindo abraçar-me – O que veio fazer aqui?

— Mamãe me pediu que viesse até aqui e implorar a senhora que lhe fizesse outro casaco para ela.

— O que houve com o outro? – questionou curiosa.

— Está um trapo só, ela vive usando ele. – dei de ombros, como se aquilo explicasse o fato do casaco estar cheio de buracos.

— Tudo bem, eu faço sim. – sorriu gentil – Por que não vai dar um “oi” para seus primos? Estão na sala. – disse empurrando-me para lá.

Que James não esteja! Que James não esteja! Que James não... Merda!

— Dominique! – ele foi o primeiro a me ver. – Que alegria vê-la novamente.

— Pena que não posso dizer o mesmo. – sorri irônica.

— Quanto amor! – Lily murmurou levantando-se do chão, onde estava, e vindo até mim para me abraçar – Olá prima.

— Olá Lily. – sorri para ela – Muito tempo que não a vejo, anda ocupada com o cabeça de cenoura do Hugo?

— Nem me fale nesse energúmeno. – bufou cruzando os braços.

— E eu? Não ganho um abraço? – Alvo perguntou fazendo biquinho.

— Claro que ganha Sev. – abracei-o e ele fez uma careta ao apelido.

Fomos lá para fora e resolvemos ficar conversando, jogando papo fora. Eu ignorava ao máximo o James, eu não estava a fim de me estressar, então fingia que nem sabia de sua existência. Alguns minutos depois a vovó apareceu com suco de abóbora para nós quatro.

— Aqui crianças, para vocês, um suco bem fresquinho. – disse ela equilibrando uma bandeja com quatro copos cheios de suco.

Levantamos para pegar o suco e ficamos tomando em pé mesmo. Mas, não foi uma boa ideia.

— Que vestido lindo! – Lily elogiou.

— Obrigada, veio de Paris. – disse olhando para meu lindo vestido azul bebê com uma fita branca de cetim na cintura que permitia marca-la de uma linda maneira.

— Lindo realmente.

— Sabia que pode ficar melhor? – James perguntou.

— Lógico que não. – Lily retrucou enquanto eu revirava os olhos.

— Então veja.

Ele então pegou o resto de seu suco e derrubou em meu vestido, de propósito.

— VOCÊ FICOU MALUCO? – gritei com raiva – COMO PODE FAZER ISSO? ESTRAGOU O MEU VESTIDO!

— Para mim está melhor do que antes. – deu de ombros.

— VOCÊ... SEU... – eu tentava encontrar as palavras, mas estava com tanto ódio que eu não conseguia pronunciar nada, a única coisa que saiu antes de sair pisando duro foi – EU TE ODEIO!