Depois de caminharem por um estreito caminho de pedra, os semideuses chegaram ao topo da montanha, uma enorme construção com pilares brancos. Quando entraram, se surpreenderam, 12 enormes pessoas caminhavam de um lado para o outro. Obviamente 7 semideuses com menos de 1,80 eram praticamente formigas para eles.

– Hera, você tem certeza? – disse um dos homens – Da última vez que você escolheu 7 de nossos filhos... 6 deles morreram. Não queremos perder mais filhos além dos que já nos foram levados nessa guerra.

– Eu sei. Mas esses semideuses tem potencial. Não vão falhar. – uma mulher respondeu.

– Não quero interromper, mas temos visita – disse um dos deuses.

Os olimpianos fizeram uma rápida apresentação e os semideuses também. Zeus parecia até feliz de ter seu filho fora de correntes e sem machucados, que o chamou para uma conversa a sós. Lucas e Gus conversavam com seu pai Apolo.

– Então... Você é nosso pai? – Gus parecia não acreditar no que o deus dizia – Você parece ter 22 anos, como pode ser nosso pai?

– Sim filhão, eu sou seu pai – Apolo sorriu, seu sorriso era tão branco que quase cegou os dois garotos - Os deuses podem ter a aparência que desejarem, por exemplo, sua tia Àrtemis, ela prefere se manter com uns 12 a 14 anos, já que a idade de suas caçadoras normalmente é essa.

Enquanto o deus do sol conversava com seus filhos, Afrodite parecia feliz por conversar com Feh, considerando que nos últimos 7 semideuses escolhidos por Hera ela perdeu uma filha para Gaia. Ares e Ramon conversavam sobre guerras, suas armas preferidas, entre outras coisas.

– Fernanda, eu sou a deusa do amor, e sua mãe. Sei muito bem o que se passa no seu coraçãozinho. – Afrodite sorriu para a filha, que já estava parecendo um pimentão de tão vermelha - Não precisa esconder nada de mim, eu vou saber do mesmo jeito. E a propósito... Ele é um gatinho.

– Mãe! Não fala alto! – Feh reclamou, mas sua mãe apenas riu.

– Então você admite que gosta dele? – Afrodite riu mais

Um pouco a frente, Thami e Bea estavam sozinhas, já que o pai de Bea, Hades, e a mãe de Thami, Belona, não estavam no Olimpo. Mas de repente Ares, o deus grego da guerra, se aproximou das duas. Ele não parecia muito afim de conversar com elas, já que tudo que disse foi :

– Thami, filha de Belona, certo ? Uma grande mulher a sua mãe, sempre está ao meu lado nas batalhas. Aqui ela é chamada de Ênio. Bom, não vou me prolongar, então, adeus.

Depois que os assuntos acabaram, os semideuses se reuniram e esperaram a palavra dos deuses.

– Bom, agradeço por vocês terem se arriscado para salvar meu filho – Zeus deu um tapinha no ombro de Jason.

– Quem mais se arriscou fui eu... Quase fui pisoteado, perfurado, decapitado umas 30 vezes – Gus disse.

– Amor, schiu! – Thami deu uma cotovelada no namorado

Apolo deu uma leve risada e piscou para os dois.

– Certo – Zeus olhou para os outros semideuses – Como Tânatos disse a vocês, se salvassem Jason, teriam nossa ajuda. Vocês salvaram ele, e sou muito grato a todos. Como prometido, vamos lhes ajudar.

– Vão é? – Gus olhou para Zeus – Porque não ajudaram enquanto a guerra ocorria? Porque diabos não ajudaram? Porque deixaram seus próprios filhos se matar? Porque não levantaram a bunda da porcaria dos seus tronos e lutaram?

– Porque não interferi? Você deve ser muito corajoso, ou realmente idiota em falar assim com um deus. – Zeus tentou se manter o mais calmo possível

– Já me disseram isso. Agora responda! – As mãos de Gus tremiam de ódio – Porque não ajudaram?

– Amor – Thami olhou para o namorado – Você já tem Tânatos como inimigos, não vai querer Zeus também.

– São as regras meu filho – Apolo disse – Nenhum deus pode interferir diretamente.

– Como puderam deixá-los morrer? – Gus aumentou o tom de voz – Seus próprios filhos!

– Gus... – Bea pôs a mão no ombro do amigo – Vamos lá pra fora, vamos deixar eles resolverem isso. Você precisa se acalmar. Senhor Zeus, com licença.

Depois de dizer isso, Bea levou Gus para fora do Olimpo, mas não sem antes ser fuzilada com os olhos por Thami.

– Vai filhão – Apolo disse sorrindo, mas seu sorriso se esvaiu após ver a cara de Thami – Ela sempre é assustadora assim?

– Mais ou menos – Lucas olhou para o pai - Principalmente quando tem alguma garota conversando com o namorado dela. E a Bea é uma garota, ou seja, namorada assassina psicótica em ação.

– Vamos continuar a conversa? – Thami queria mudar logo de assunto – Agora que o Gus saiu... A conversa vai ser mais civilizada, eu espero.

– Pois é – disse Ares – Garoto ousado, me lembrou Percy Jackson. Pena que Jackson está morto agora. Preciso de outra pessoa para esmagar.

– Certo Ares, todos já entendemos. Agora deixe-os falar – Comentou Atena, fazendo o deus da guerra se calar.

– Pois bem – Zeus parecia mais calmo – Nos convençam a ajudá-los.

Enquanto Thami, Lucas, Feh e Ramon conversavam com os deuses para tentar convencê-los a ajudar, Bea e Gus caminhavam pelo estreito caminho de pedras que vieram.

– Gus, porque você fez aquilo? – Bea disse com voz doce – Você não pode simplismente falar daquele jeito com Zeus sem ser incinerado, o que eu acho que ele estava prestes a fazer.

– Eu só não aguento ver tantos irmãos mortos... – Gus tinha um tom triste na voz – E eles não fizeram nada para salvá-los

– Você... Você está chorando?

– Eu... Não, não estou – Gus reprimiu uma lágrima – Porque eles não ajudaram? Tantos semideuses mortos, tantos filhos deles e eles nem ao menos enterram!

– Sabe quando as pessoas dizem “Sei como se sente” só porque não tem a mínima ideia de como ajudar as pessoas que gostam?

– Sim...

Bea abraçou Gus

– Eu sei como se sente