Acordei mais tarde hoje.

E logo sair de casa, fui a uma cafeteria e pedi um capuccino e comecei a ler uma revista.

– Prefiro com mais chocolate do que o normal... - falou uma voz familiar, arfei.

– Qual é o seu problema? - já falei irritada - Está me seguindo agora é?

– Nem de longe, é só coincidência. - respondeu levantando as mãos em sinal de rendição.

– Bom, se ele pudesse ele te seguiria, mas não pode. Está ocupado ensaiando! - falou o de óculos vermelho - Não deu tempo de nos apresentarmos, Sou o Piero Barone.

Forcei um sorriso.

– Eu sou Gianluca Ginoble... Ao seu dispor. - falou o outro moreno com cara de galã de novela das oito.

Acenei, o grandalhão na minha frente limpou a garganta fazendo palhaçada.

– Sou Ignazio Boschetto e a senhorita é? - disse.

– Uma garota que está afim de quebrar esta xícara na sua cabeça... - falei sorrindo - Ops, scusa, não é educado. Sou Maria Bergamotche.

Pisquei como uma boneca e levantei da mesa, mas antes virei para eles novamente.

– Não sejam mau educados, paguem a conta, por favor.

Que idiotas!

Quando estava quase atravessando a rua, alguém me puxa pelo braço. Cara, ele era um idiota, mas por que tão lindo?

Ele era muito alto, musculoso, cabelos castanho escuro com um corte muito louco, barba feita, e uns olhos cor de mel que enlouqueciam qualquer uma. Nem preciso dizer que ele se vestia super bem.

– Agora, eu te pergunto: qual o seu problema?

– Todos possíveis. - soltei meu braço e sorrir e atravessei a rua com ele me seguindo.

– Você nem me conhece direito e já tem raiva de mim. - insistiu.

– Mama mia, imagine se conhecesse. - gritei em resposta.

Ele novamente me segurou pelo braço fazendo-me olha-lo.

– Uma semana. - disse.

O olhei confusa.

– Me dê uma semana e depois pode me julgar como quiser, mas eu te peço só uma semana. - propôs.

– Não sei se em uma semana dá pra conhecer alguém... - contestei - Que tal um mês?

– Non farmi aspettare... ( Não me faça esperar) - ele pediu - sou extremamente ansioso é capaz de eu ter um enfarte durante esse um mês.

Eu sorri.

– Ok, uma semana e só. Depois, dependendo do que eu achei de você, você some da minha frente, da minha vida de tudo. - expliquei.

– Tutto. (Tudo.) - concordou.

Algo em meu subconsciente dizia que essa tinha sido a maior burrada que eu já fiz na vida, mas em outro lugar dizia que iria valer a pena... Será?