Sua cabeça latejava e suas mãos ainda tremiam.

Havia deitado nos braços da terra fria e das poças de chuva, mas acordará em uma cama quente e aquecida.

Seus olhos pesaram em abrir, negaram a si mesma tal proeza, por isso voltou a dormir, porém antes viu uma senhora de cabelos amarronzados ao seu lado. Não entendeu.

Devia reagir? A resposta não veio, pois já havia adormecido.

***

Finalmente seu corpo obedeceu seus comandos, acordou lentamente e ficou sentada examinando a pequena casa que se encontrava.

– Hi? - disse com a voz trêmula.

– Youkoso. - sorriu calmamente a senhora.

– Aonde estou? - perguntou assustada.

– Ame no Kuni. - sorriu novamente. - Amegakure, lhe encontrei jogada na entrada da vila. - explicou.

– Ah, sim. Arigatou, irei embora agora mesmo e... - parou a procura de sua mochila. - Posso lhe entregar parte do meu dinheiro como agradecimento.

– Hey. - chamou. - Gostaria que me pagasse, mas com a história de como veio parar aqui... És uma ninja da folha, correto? - indagou mostrando-a a bandana. Sakura devia ter se livrado aquilo, mas não foi capaz.

Acenou que sim.

– Quer ouvir minha história? - estava confusa.

– Exatamente.

Não viu problemas em contar aquilo para aquela senhora que parecia ser inofensiva, apenas lhe disse tudo, desde o começo... Precisa dividir aquilo com alguém... Sakura não a poupou do final da história, já temia o olhar de desprezo por ter causado a morte de sua mestra, sua líder.

– Interessante. - somente isso disso ao final de tudo. - Chamo-me Masumi, mas para você é Masumi-sama. - sua expressão doce agora era série e fria.

– Hã?

P.o.v Sakura

Deixei minha vila, deixe meus amigos, meu melhor amigo, minha antiga paixão - sim antiga-, meu passado, deixei a mim mesma.

Não sei o porquê, mas agora estou em Amegakure, não quis vim para cá, pouco que sei daqui envolve a origem do homem que destruiu minha antiga vila.

Agora estou numa pequena casa, olhando uma velha que me diz para chama-la de Masumi-sama.

– Quem é você? - finalmente perguntei.

– Sou apenas uma senhor que mora na calma Amagekure. - respondeu-me. Percebi que ela usava osculo escuros, impedindo-me de ver seus olhos.

– Então porque devo chama-la de "Masumi-sama"? - articulei aspas.

– Porque eu irei treina-la, iria ajuda-la.

– Eu não pedi sua ajuda, velha! -levantei-me irritada.

– Primeiro: Respeite se quiser ser respeitada. Você não é ninguém para ofender alguém, garota tola, és uma qualquer.

Suas palavras foram como adagas que entraram direto em meu ego e cavou um buraco para que as lembranças voltassem;

Não. Sou. Ninguém.

Minhas pernas fraquejaram e cai de joelhos já começando a chorar. Masumi-sama (irei mesmo chama-la assim?) me olhava de forma severa.

– Sabe porque admiro Kami-sama, Sakura? - perguntou ela calmamente.

Neguei com a cabeça.

– É que nunca soube que ele chorou. Chorar não demonstra fraqueza, demonstra que é humana. Nossa natureza nos faz errar. Então se quer se admirada como já me disse... Para de errar, pare de chorar. - sua voz era suave e suas palavras ecoavam em minha mente. - Te darei duas horas para comer, se limpar, vestir-se e me encontrar lá fora. Caso contrário pegue suas coisas e vá embora. - ao dizer isso, ela saiu.

***

Humanos choram. Humanos erram. Humanos estão sujeitos a agir pela emoção. Humanos são movidos a sentimentos, desde o bom ao ruim...

Não quero isso para mim.

Comi a primeira coisa que vi pela frente - É, não me lembro o quê.

Lavei-me e vestir as roupas limpas que estavam sobre a cama. Eram pretas, preferia as minhas antigas.

Preciso esquecer tudo.

Sai e encontrei Masumi-sama meditando.

Ela acenou para que me sentasse e assim fiz.

– Medite, Sakura. Não quero que canalize chakra ou qualquer coisa do gênero, apenas medite nos seu sonhos e desejos. Quando estiver pronta; chama-me e começaremos. - falou pacientemente.

Eu sei o que quero. Quero respeito. Quero admiração. Quero estar a altura deles. Quero ser digna de uma dia ter estado no time sete.

Abri meus olhos agora mais convicta do que nunca.

– Estou pronta.- falei.

– Fique de pé. - ordenou.

A obedeci. Masumi-sama me entregou uma espada.

Não entendi bem, nuca fui muito bem com espadas.

– Vamos. Ataque-me.

Assim fiz. Ela desviou.

– Ataque direito, Sakura! - reclamou. Fui novamente para ataca-la e ela desviou.

Masumi-sama vem para me atacar e não consigo desviar, sua espada faz um corte superficial em minha bochecha direita. Sei que ela quis fazer aquilo.

Levo minha mão ao novo ferimento e sinto o pouco sangue quente em contado com meu dedo.

– Quantas vezes você já se machucou, Sakura? Já se esqueceu da dor? Esse sangue vermelho que cai a lembra que esta viva! Então lute como se estivesse viva, ataque-me.

***

Masumi-sama pegou leve comigo, admito. Porém fez dois pequenos cortes em meu rosto.

Levei minha mão para poder curar-me.

Mas fui impedida. Masumi segurava minha mão.

– Você não vai fazer isso, deixou seu passado para trás, deixou suas técnicas para trás. Certo? - indagou-me.

– Hai.

***

Foi assim durante seis meses, Masumi-sama não me ensinou nada de novo, apenas corrigia minha postura, brigava com minha forma de agir e perguntava o que eu faria em certas situações.

Uma coisa que me incomoda é nunca ter visto seus olhos... Ela não é cega, pois seria absurdamente eficiente para uma cega.

Ela forte, admito, muito.

– Garota, hoje irei te ensinar duas técnicas, veremos se você tem aptidão para os elementos.

E assim foi três dias. Não consigo manipular o Katon e nem o Doton. Fogo e terra.

Porém tive uma estranha excelência no Futon, Suiton. Vento e água.

– Você está indo bem, então irei te ensinar algumas técnicas. Imite-me.

Masumi-sama começou a fazer os selos manuais: Dragão,Tigre, Lebre. A seguir ela posicionou o último selo em frente os lábios e soprou, imediatamente água saiu de sua boca. Da minha também. Não pude evitar de sorrir... Eu havia conseguido.

– Sem comemorações. - repreendeu.

Ficamos treinando Futon e Suiton durantes quatro meses.

Não posso deixar de me perturbar com a ideia que ninguém veio me procurar, já vai fazer um ano que sai de Konoha e não tenho tido noticias de lá.

– Hoje será você contra mim, Sakura. - anunciou. - Quando o sol se por me encontre no lago.

Acenei que sim. Nesse um ano aprendi a obedecer e não duvidar do que Masumi-sama de dissesse.

Eu sentia que estava ficando forte, mas não suficiente. Não prático mais ninjutsu médico e nem Taijutsu.

Sorri com a ideia que me veio a mente... "Naruto não precisaria mais temer a mim, pois minha força agora era de uma mera garota de dezoito anos."

***

Olhei-me no espelho... Meu cabelo havia crescido exageradamente. Meu rosto ganhado traço mais adultos.

Eu havia mudado como por fora, como por dentro. Não chorei mais desde aquele dia. Eu me assusto com o que Masumi-sama diz, ela nunca erra.

O sol havia se posto e eu estava no lago. Masumi também, acredito que ela queria me dar vantagem. Tudo é mais fácil para mim quando há água e o vento agora é intenso.

Estávamos sob a água e nos cumprimentamos educadamente. Curvei-me e ela também. Começamos.

Masumi-sama dominava todos os elementos.

– Gōkakyū no Jutsu - anunciou ela, após fazer os selos manuais.

Uma gigantesca bola de fogo veio em minha direção. Não tinha como escapar, tinha que contra atacar.

– Mizurappa! - ditei e começamos uma disputa de água e fogo.

Masumi-sama estava sendo bondosa. Ficamos em um empate.

– Yuso - fiz o selo pássaro e assim meu corpo poderia ser transportado para qualquer lugar no raio de vinte metros. Fui para trás de Masumi-sama.

– Excelente. - sorriu.

Sem comemorações.

– Itami no kaze! - imediatamente uma rajada de vento saiu por trás de mim e foi contra Masumi. Se atingir pode causar extrema dor e incapacitar a vítima.

– Suika no Jutsu. - prediz Masumi e seu corpo é liquidificado, se misturando com a água do lago.

Suas mãos surgi por baixo do meu corpo e segura meus pé. Ou melhor, do meu clone, que agora se desfez.

Masumi se materializa novamente.

– Admito que me pegou, Sakura, te subestimei. - Masumi-sama leva sua mão ao óculos e os tira.

Não é possível.

Ela... Ela... possui o rinnegan.

– Nunca falei meu sobrenome a você, Sakura. Chamo-me Ōtsutsuki Masumi. A descendente mais pura de Rikudõ Sennin.

– Kami.

– E hoje, minha querida. - Masumi-sama nunca me chamou de querida. - Quero que estes olhos sejam seus. Você os merecem.

Ela levou suas mãos aos seus olhos e tirou cada um. Sorria ao fazer isso.

– Não... - murmurei... Já sabia o que estava por vim.