Avatar: A Lenda de Zara - Livro 2: Terra escrita por Evangeline


Capítulo 16
Cap 15: Desafio de Terra




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Zara desviava dos ataques de todos eles com pequenas inclinações e alguns montes de terra que levantada em lugares estratégicos. Concentrava a maior parte de sua mente no Espadachim, não deixaria que ele se aproximasse e estava indo muito bem em tal missão.

Enquanto lutava com eles, não entendia como o Pé de Ferro conseguira ganhar do Espadachim. O Segundo era muito melhor em dobra e em agilidade, tudo o que o Pé de Ferro tinha era a força.

A menina divertia-se enquanto os homens pareciam “pegar leve” com a mesma. Eles jogavam simples rochas na menina, e ela defendia com outras simples rochas.

Chegou a um ponto onde o Espadachim estressou-se e correu na direção da menina, surpreendendo a todos. Ele veio da diagonal direita de Zara e puxou as suas espadas que estavam em suas costas, olhando-a com os olhos malignos. Mal o homem chegou a dois metros de Zara e a mesma levantou uma nuvem de poeira pela arena inteira. O grito irritado do espadachim pôde ser ouvido e quando Zara menos esperava, duas espadas cruzavam-se diante de seus olhos, vindas de um Espadachim escondido na poeira.

A menina es inclinou para trás para desviar do golpe, mas foi lento o suficiente para Zara ganhar um corte na boca, que atravessou os dois lábios.

Nunca pensou que se cortaria em uma luta de dobra de terra.

Zara caiu no chão ao se desiquilibrar, e antes que o Espadachim a atacasse novamente, a menina – com apenas um movimento – Abaixou toda a poeira e ergueu uma torre de terra em baixo do pé dianteiro do homem, lançando-o em torno de seis metros para trás.

Antes que os outros inimigos a atacassem por estar distraída, Zara ergueu mais doze torres altas perto das bordas da plataforma, assustando a todos com a dimensão de sua dobra. Com um salto seguido de um forte chute no chão, Zara derrubou a primeira torre, que caiu em direção a segunda e causou um efeito dominó, até todos estarem distraídos o suficiente com as grandes pilastras de terra caindo. Mas o campeão e o Espadachim sequer olharam para elas.

Pé de Ferro criou ondas de terra que se levantavam e corriam em direção a Zara, vindas de diversas direções, com socos no chão. A menina precisava apenas de alguns sutis movimentos com as mãos para desviar as ondas. O Homem já estava impaciente e em pouco tempo os quatro a encurralaram com enormes rochas pontudas apontadas para ela. Ela olhou para a plateia com um sorriso simpático e prendeu-se num casulo.

Sorriu e prendeu-se num casulo.

Entre o ato de sorrir e o de prender-se num casulo aconteceram diversas coisas. Primeiro, Zara olhou para Roen. Viu a expressão assustada e preocupada do rapaz. Depois, passou o olhar para a bancada do Apresentador, onde o mesmo estava semi levantado da cadeira e de olhos arregalados para a batalha.

Depois, olhou para o camarote onde estavam os tais homens sérios. Foi ao olhar para tal lugar que o coração de Zara acelerou e sua razão preferiu não acreditar em seus olhos.

Estava com a roupa do Reino da Terra, mas aqueles olhos amarelados eram típicos da Nação do fogo. Estava com o cabelo preso, mas o molde do seu rosto era inconfundível. O olhar frio com o qual assistia a luta era quase como um desinteresse no que acontecia.

Quando o casulo começou a se fechar, os dobradores oponentes fizeram o movimento que lançava as pedras pontudas para Zara. Quando a menina encontrou-se presa no casulo, arfou de olhos arregalados ouvindo as pedras baterem em sua proteção rígida. Decidiu mostrar-lhes com quem estava se metendo e abriu o casulo lançando um pedaço do mesmo na direção de cada um dos oponentes, e um último pedaço na direção do buraco no teto que iluminava o local, tapando-o.

Agora a única iluminação da Arena eram duas tochas que ficavam no camarote. Mas a plataforma estava escura como breu.

Os homens ficaram atordoados com a escuridão repentina, mas Zara sentia cada pequeno passo inseguro de cada um. Sorriu de canto, tentando esquecer a pessoa que vira no camarote.

Em silencio total, Zara começou a erguer a areia da plataforma num giro continuo e na altura dos joelhos. Logo os oponentes sentiram um pequeno vento ao seu redor. Quando menos esperavam, Zara solidificou totalmente e tal areia e prendeu os joelhos de todos eles.

O que a menina não esperava era que o “Furacão de Areia” não gostava nem um pouco do escuro, e não demorou para que ele tirasse o pedaço de terra que tapava a luz.

Zara sentiu seus olhos doerem quando a luz do dia invadiu a plataforma com violência.

– Pirralha! – Gritou o mesmo. – Acha que pode entrar aqui e nos humilhar?! – Gritou com raiva.

– Quem pensa que é?! – Completou o Pé de Ferro rindo-se ao chutar algumas rochas na direção da menina, que aturdida desviava-as com certa dificuldade. – Volta pro fosso de onde você saiu! – Gritou o homem arrancando risos dos companheiros.

Os homens começaram a se aproximar de Zara com olhares maldosos no rosto.

Mal a menina notara quando Roen chegou na plataforma e dobrou um Muro ao redor do corpo da menina.

– O irmãozinho veio ajudar. – Falou o Terremoto do Deserto olhando para Roen com cara de poucos amigos. O mesmo homem abaixou o muro com ferocidade. – Não se meta na vida da irmãzinha! – Gritou sarcasticamente.

Roen, frustrado, surpreendeu-se ainda mais quando o homem virou-se para ele.

– Eu não estou aqui para brigar. – Defendeu-se Roen levantando os braços. Não podia ser reconhecido, então abaixou a cabeça como pôde para que ninguém visse o seu rosto.

– Ah, que pena. – Falou Terremoto do Deserto ironicamente e levantando um grande pedaço de terra embaixo do Príncipe, jogando-o em direção ao camarote, mas ele quicou na parede e caiu no buraco dos perdedores.

– Não! – Gritou Zara com raiva olhando para Roen sendo jogado. – A luta é comigo, seus bastardos! – Gritou Zara furiosa.

– Então lute, pirralha! –Gritou o Pé de Ferro de volta.

Por algum tipo de extinto, algo dizia a Zara para não feri-los, e uma onda de arrependimento a invadiu. Deveria ter apenas assistido a luta. Ela olhou de relance para o camarote e viu novamente aquele rosto.

Ele olhava para ela de volta, com o cenho franzido. Era uma menina curiosamente familiar.

Pé de Ferro viu a troca de olhares e com um sorriso maldoso atacou o camarote para chamar a atenção de Zara.

– Seu retardado! – Gritou a menina lançando-se para a frente do camarote , de onde conseguiu segurar a rocha no ar a quebra-la em pedaços.

– Parem a luta. – Disse uma voz masculina e muito baixa atrás de Zara, no camarote.


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Notas finais do capítulo

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Evangeline diz: Mô, diz pra Ester que você é meu.
Airon diz: Eu não sou nem seu nem dela. Eu tenho treze anos, garota. Você tem dezesseis.
Evangeline: *depressão eterna*
—-

Nem o meu próprio personagem me quer. TT_TT *foi ali plantar cogumelos*