Aquela foi a pior coisa que poderia ter acontecido comigo até hoje nesse últimos tempos,mas não só nesses tempos,também na minha vida,nunca tive chance de conhecer eles direito,só me recordo de uma cena...

Eu tinha 10 anos,meus pais tinha acabado sua viagem,eles eram biólogos, e então meu pai me levou para conhecer a praia, eu nunca saia muito de casa, eu vi um sol tão quente e perguntei a ele: "Papa,por que essa luz não apaga que nem a de nossa casa?" ele riu e disse: "Essa luz que nunca se apaga".Minha mãe estava tomando sol e fazendo ligações,já meu pai me levou até a água, eu fiquei tão feliz e animada, então eu não sabia a diferença dessa água para a água normal e bebi dizendo:"Eca papa, colocaram sal nessa água" Ele riu e me explicou a diferença ele me colocou em suas costas e me carregou correndo, então minha mãe viu a cena e começou a correr com a gente e caímos na areia, e começamos a rir, foi o melhor dia de toda a minha vida.E foi meu primeiro e último momento divertido com eles.

Então percebo que estava sonhando e relembrando do momento, abro os olhos vejo o rosto de Castiel, ele estava acariciando meu cabelo.Ele estava sentado no sofá e eu deitada com a cabeça em sei colo.

—Sinto muito...—Diz ele.Eu me pergunto como deve ter sido a infância dele

—Castiel...Como eram seus pais? —Ele fica paralisado, olha pro teto e começa a falar

—Eu não cheguei a conhecer eles,só tenho um retrato que meus tios que me criaram me deram estava minha mãe com cabelos loiros e curtos e meu pai com cabelos vermelhos parecidos com os meus, antes eu tinha cabelos preto, eu tingi de vermelho em homenagem a ele —Me sinto péssima,pelo menos eu tive um momento junto aos meus pais,já ele, não pode aproveitar.

Eu me levanto e lembro que qualquer emergência minha avó iria me visitar,sem avisos e nada do tipo.A casa está uma bagunça !

—Castiel,minha avó vem me visitar e avaliar a organização da casa, se estiver algo fora de ordem eu terei que...VOLTAR PARA TÓQUIO! —Castiel olha para mim com seus olhos enormes.

—ENTÃO BORA ARRUMAR ESSE CHIQUEIRO QUE VOCÊ CHAMA DE LAR! — Diz ele e pega uma vassoura um pano de chão e me entrega

—EI ! Eu não vou arrumar sozinha

—Eu tenho cara de quem sabe arrumar casa?

—Sim —De repente imagino ele de avental e vassoura na mão (HAHAHAHAHA)

Eu limpo o local com a vassoura,Castiel empurra os móveis, afinal trabalho pesado "combina mais com ele".Depois planejamos uma nova posição para os móveis. A casa ficou bem mais agradável e está com um aroma de menta que eu comprei.Eu e ele ficamos suados e cansados.O pobrezinho estava cansado então sentou no sofá,porém, eu lembrei quanto demorou arrumar e comecei a gritar

—SAI DESSE SOFÁ VAI SUJAR—Ele dá um pulo e rapidamente sai do sofá

Eu faço um lanche(sem sujar a cozinha) e comemos,mas o clima volta a ficar tenso ao eu lembrar de meus pais.Então eu começo a chorar.Ele se levanta devagar e me abraça por trás

—NÃO CHORE! ESTOU AQUI ! JUNTO A VOCÊ E NÃO IREI TE SOLTAR ! NUNCA ! NEM QUE SEJA PRECISO ARRISCAR MINHA VIDA !

Ele diz isso com uma voz se superando, eu adoro quando ele dá uma de durão por que sei que ele faz isso para me proteger

—Castiel...Você me faz eu me sentir segura

Quando eu digo isso,ele me abraça mais forte.E ficamos lá abraçados por um bom tempo,eu tenho apenas uma coisa pra dizer..."Essa é a minha luz que nunca se apaga"