Não é o que parece... escrita por Alice Antivist
Notas iniciais do capítulo
Oi geeente! Aqui vai um novo capítulo feito com muito carinho *u*
Estou postando escondida porque não estou podendo usar internet pelos próximos 2 dias hu3hu3 mas amanhã vou pra casa dos meus avós e poderei escrever o capítulo 3.
Pra quem ainda não entendeu os títulos dos capítulos (até porque ainda nem dá para entender) eu vou explicar: é que nessa história todos os personagens tem vários problemas com que se preocupar, então eu resolvi colocar os títulos meio "foda-se", estou sendo normal por enquanto, mas daqui a pouco devo até colocar uns palavrões pra ficar mais parecido com eu-tenho-coisa-melhor-pra-fazer-que-escrever-o-título-do-capítulo.
Aproveitem o capítulo e a Hazel apaixonada x3
POV Hazel
"Bem"
Mentira.
Talvez seja exagero meu, mas foi exatamente o que aconteceu hoje. Minha pergunta foi simples:
"Como você está?"
A resposta dele foi mais ridícula ainda.
"Bem."
Corri para o meu quarto alegando que iria pegar o jogo, mas o que eu realmente queria fazer era ligar para Jason. Céus, aquele cara era a única pessoa que conseguia (pelo menos em parte) entender Nico.
Peguei meu celular e disquei o número dele o mais rápido que podia e logo depois encostei o aparelho na orelha.Chamando.
Atende. Atende. Atende.
"Alô?"
— Jason? É a Hazel.
"Ah, oi Hazel!" de repente, o tom de voz dele muda para algo como preocupação "O que foi que..."
— Nico estava se cortando. - interrompo-o.
"ELE ESTAVA O QUE?"
Jason grita essa frase tão alto que acabo sendo forçada a retirar o celular da orelha, e só recolocá-lo após o termino do berro.
— Ele se cortou, Jason. Está com um corte razoável na palma da mão. - inspiro profundamente e continuo - Você pode vir pra cá? Eu vou tentar distraí-lo, mas vai ser difícil sozinha.
"Já estou aí. Tchau, a gente se vê aí na sua casa."
— Tchau.
Demorou alguns segundos para que eu entendesse que desligou antes de ouvir minha despedida.
Peguei o baralho (no caso, de Uno) e corri para sala de jantar, onde eu e Nico iríamos jogar. Ninguém entende o porquê de eu me preocupar tanto com ele. Mas eu sempre respondo: "ele é meu irmão". Isso é parcialmente verdade, já que sou adotada pela família Di Angelo, o que faz com que Hades seja meu "pai", Maria minha "mãe" e Nico meu "irmão". Parcialmente verdade.
Parcialmente verdade porque estou completamente apaixonada por Nico di Angelo.
Ah, e as pessoas ainda perguntam porque eu mantenho o nome da minha família biológica (há muito tempo, esquecida) e não mudei-o para o da adotiva. Hazel Levesque. Para mim, está mais que perfeito; pelo menos não tenho o mesmo sobrenome que Nico.
Sempre me perguntei quando meu coração começou a acelerar por ele. Talvez sempre tenha sido assim, mas eu me camuflava no "amor de irmão", o que é ridículo. Não consigo me imaginar como a irmã mais nova que precisa ser protegida pelo mais velho. Argh.
Esses pensamentos estão começando a me irritar, por isso afasto-os ainda em tempo de ver Nico entrando na sala com a mão enfaixada. Caminho até ele e dou o meu melhor sorriso de "pode-falar-o-que-se-passa-na-sua-cabeça-para-mim-que-eu-te-ajudo".
— Aqui, peguei as cartas. - digo, erguendo a caixa de Uno - Vamos jogar?
— Vamos.
Então Nico sorri. Ok, respira Hazel. É só um sorriso.
Puxo-o pelo braço até a mesa de jantar e coloco o bolo de cartas empilhado no centro. Nico pega-o e começa a embaralhar. Sinto como se o tempo estivesse passando devagar, arrastando pesadas correntes. Talvez seja eu que esteja devagar hoje. Talvez as correntes sejam minhas.
Ele distribui sete cartas e coloca o restante entre nós dois. Eu ganho todas as partidas que jogamos e Nico sorri constantemente. Acho que ele está de propósito deixando-me vencer... Um misto de alegria e tristeza tomam conta de mim. Carinho de irmão. Argh, já mencionei que odeio essa expressão?
Estou tomando coragem de tentar arrancar dele alguma informação sobre o "incidente de um tempo atrás", quando a campainha toca. Nico ergue os olhos, fixando-os nos meus.
— Chamou alguém, Hazel?
Faço um esforço gigantesco para não contar a verdade. Já faço um esforço enorme para conversar normalmente com ele me encarando assim, imagina para mentir.
— Não.
Levanto-me e caminho em direção a porta, sentido os olhos dele ainda presos em mim. Respiro o mais tranquilamente que consigo. Depois do que deveriam ser apenas 10 passos, mas que para mim foi uma viagem, finalmente abro a porta, deparo-me com meu convidado loiro.
— Oi, Jason. - digo sorrindo.
O garoto é consideravelmente mais alto que eu, de forma que tenho que erguer o rosto para encará-lo. Fico na ponta dos pés e abraço-o, sussurrando:
— Nico não sabe que te chamei. Disfarça.
Ele assente de um modo quase imperceptível e nos separamos.
— Oi, Hazel. Como você 'tá?
— Ótima. O que te traz aqui?
Jason sorri.
— Só vim dar uma passadinha por aqui, sabe? Estava passando por perto.
Antes que eu consiga perceber sua aproximação, Nico já está do meu lado.
— E ai, Jason? - diz sorrindo brincalhão - Entra, cara. Parece até que nunca veio aqui em casa.
O loiro sorriu e entrou, correndo para se esparramar no sofá. Eu não faria isso, mas ele e Nico são melhores amigos. Se meu irmão atura minhas amigas falam idiotices e agindo como se a casa fosse delas, eu tenho que aturar Jason. Só não achei que seria tão difícil.
Nico foi na cozinha buscar uma garrafa de refrigerante para dividirmos, e Jason se endireitou no sofá, passando a fixar seu olhar em mim. Não sei que expressão eu estava fazendo naquele momento, mas obvio que contribui com a pergunta que ele fez:
— Você tem certeza que está bem? Mesmo com esse negócio com e Nico, coisa e tal?
Engulo em seco.
— Sim. - minto.
— Sério? Você é a primeira garota que eu conheço que fica tranquila depois de terminar com o namorado covarde.
Então escuto Nico engasgando com a bebida e tento de todas as formas não voltar a chorar.
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Creio que dessa vez tenha ficado maior hehe
Bem pessoas, eu já comecei a escrever o 3º, mas não vou postá-lo sem um número considerável de comentários. Então COMENTEM