But if you close your eyes

Does it almost feel like

Nothing changed at all?

And if you close your eyes

Does it almost feel like

You've been here before?

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A próxima aula seria de latim, era uma matéria separada para alunos com TDAH, um jeito de reunir os semideuses.

– Silêncio! Hoje vamos tentar ser civilizados, tudo bem? - A professora dessa matéria é uma semideusa, assim como grande parte dos professores do colégio, e faz com que a turma sente-se apenas com um olhar. É o tipo de pessoa que você obedece não por medo, mas por respeito. Aquele raro professor que você faz o que pede apenas para não chateá-lo. Ela é incrível. - Se apresentando, nome e parente olimpiano. - Olhou de relance para Glossy, com um sorriso triste, como se dividisse um segredo. Todos, um por um, se apresentaram. Katie notou que não sabia que Glossy era filha de Afrodite até aquele momento, apesar de suspeitar. Ela também conseguiu ver do outro lado da sala os dois rapazes que os guiaram quando chegaram ao internato, mesmo não lembrando seus nomes.

– Bernard e... Não faço a mínima ideia do que quer dizer com parente olimpiano. - Um rapaz disse, era de estatura mediana, comum, se não fosse pelo seu cabelo raspado nas laterais, mas isso não o deixava feio.

– Ora querido, eu digo seus pais, você é semideus, certo? - O menino fitava a professora mais confuso a cada minuto.

– Do que estão falando? É alguma brincadeira de veteranos? Eu sou calouro! - Ele estava completamente perdido naquela conversa.

– Sabe, deuses gregos que têm filhos... - Começou Julie, colega de quarto de Fran.

– Julie, acho que... - Fran tentou pará-la, notando o que estava acontecendo.

– Ai nós somos semideuses e essa aula serve para socializarmos... - O menino olhava assustado para todas as direções.

– Ele não... - Maggie viu a cara de espanto do rapaz e foi se aproximando.

– Você é indeterminado? Porque se for, a Boarding House pode te ajudar a saber de quem é filho... - O menino suava frio.

– Cale a boca! - Tentou falar Annabeth.

– Se bem que agora que Jack foi embora e Jimmy foi banido, não acho que vão te ajudar por lá... - A professora arregalou os olhos para a menina, que em momento algum calava a boca.

– Vocês são...? - Bernard finalmente encontrou sua voz.

– Meio-sangues. - Concluiu Julie, fazendo o garoto desmaiar. - Ih, o que eu fiz? - Questionou olhando confusa para todos.

– Oh, deuses, alguém pode levá-lo à enfermaria? Devon, sim? - Um dos rapazes que ajudou-os quando chegaram levantou-se e passou o braço dele sobre se ombro, arrastando-o para fora. - Alguém se dispõe a tentar convencê-lo de que foi uma brincadeira? Você, mocinha! - Maggie se levanta com um suspiro indo atrás dos dois.

– Você devia ter calado a boca! - Disse Francesca para a colega.

– Como eu ia saber que ele não era meio-sangue? Ele estava aqui! Deveria ser! - Julie tentou se defender, mas todos a ignoraram voltando às apresentações.

–--x---

Devon colocou o garoto numa maca e sentou numa cadeira ao lado, respirando forte pelo esforço. A garota foi ate um bebedouro ao lado e encheu um copo de água para ele.

– Obrigado. - Agradeceu.

– Disponha. - Respondeu automaticamente, sentando-se na beirada na maca e ajeitando o mortal para que ficasse numa posição que não doesse quando acordasse.

– Ele é mortal mesmo, então? - Tentou puxar assunto o rapaz, tomava a água para preencher o silêncio, mas queria mesmo era pedir o telefone da filha de Athena ao seu lado.

– Nada de ambrosia para esse daqui. - Brincou a menina. - Vou pegar uma aspirina, sabe onde ficam? - O garoto indicou um armário e ela foi até lá lendo as embalagens, por fim escolhendo uma que dizia "para dores em geral", provavelmente ele teria dor de cabeça. Seria aquele mesmo. Leu a bula e calculou aproximadamente o peso do menino desmaiado, preparando o remédio. Pegou um pouco de álcool líquido e molhou uma gase, pondo sob o nariz do mortal que despertou com o cheiro forte.

– Deuses! - Gritou assustando Devon que derramou água na sua blusa.

– Droga, vou... - Apontou para a blusa e para a porta, jogando o copinho fora. Nem a pau daria em cima de Maggie com um mortal histérico do lado e a camiseta encharcada.

– Eu me viro daqui. - Esticou o remédio para o garoto na maca, que passou as mãos pelos cabelos castanhos antes de beber o remédio. - É pra dor de cabeça. - Explicou e o outro assentiu. - Qual seu nome mesmo?

– Bernard. - Respondeu ele, confuso se havia sonhado com tudo.

– Oi, Bernard, sou Maggie. - Sorriu simpática. Era uma campista nova no acampamento, não dominava a névoa como os mais velhos, mas achava que poderia tranquilizá-lo. - Você foi vítima de uma pegadinha. - Riu um pouco. - Sabe, todo aquele negócio de deuses e meio-sangues...

– Não tente me enganar, eu só não queria acreditar, mas sempre soube que tinha algo estranho com essa escola. - Bufou olhando para o outro lado. - Vão me matar? Me expulsar? - Maggie engoliu em seco, ele parecia arrependido de saber tudo que sabia.

– Não! Digo, acho que vou chamar alguém mais experiente para falar com você... - Começou saindo da enfermaria pronta para chamar Annabeth e deixar que ela manipulasse a névoa.

– Não! - Bernard segurou seu pulso. - Não quero que apaguem minha memória, eu juro que vou ficar quieto! - Maggie encarou-o com a sobrancelha enrugada. - Eu juro. Pode confiar em mim. Mas não deixe mexerem na minha cabeça. - A garota assentiu, abaixando os olhos, ele parecia estar falando a verdade.

– Se alguém te perguntar, você caiu numa pegadinha de mal gosto. - Sussurrou e ele sorriu de volta.

– Obrigado, mesmo. - A filha de Atena assentiu. - E então, você tem superpoderes ou algo do tipo? - Seu tom mudou para o de uma criança animada.

– O quê? Não! Eu sou filha de Atena, não tenho nenhum poder especial. - Ele pareceu ficar chateado. - Digo, mas tem alguns dos meus amigos que conseguem fazer algumas coisas...

– Sério? Alguém solta fogo? - A voz empolgada voltou e ela riu, achando muito divertido saber mais que outra pessoa sobre o mundo semideus.

– Uhum, Leo e Nyssa está aprendendo. E Thalia e Jason controlam raios, Percy água... Oh, Nico e Bianca falam com os mortos! - Bernard praticamente saltitava na maca.

– Eu posso ver?

– Hum... Acho melhor não, sabe, você nem deveria saber essas coisas... - Olhou o relógio e puxou-o pelo pulso. - Vem, demoramos demais! - E arrastou-o em direção à sala de aula.

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How am I gonna be an optimist about this?

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