Me escrita por estherly


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456924/chapter/2

Verão - Agosto de 1991

– Não sabia se você ia vir... – comentou Draco se aproximando da menina que se virou mostrando um sorriso.

– Eu combinei com você. – disse ela dando ombros e vendo ele se sentar do lado dela. – O que trouxe aí? – perguntou ela vendo ele tirar algo do bolso da camisa. Rapidamente viu a coruja na mão dele. – Saiph. Como ela tá? – perguntou Hermione abrindo a mão e segurando Saiph quando Draco a entregou. – Oi amiguinha, como você tá?

– Acredita que ela ficou com saudades sua? – perguntou Draco vendo a coruja esconder a cabeça no abdômen da menina.

– Você fala com as corujas? – perguntou Hermione assustada. Draco riu e negou com a cabeça.

– Trouxa... – murmurou ele respirando fundo e recuperando o fôlego. – Claro que não falo com as corujas! Na verdade... Eu falo com ela e ela me responde com pios e mexendo a cabeça, mas... Não fala nem nada. – disse ele olhando para ela que tinha um olhar triste para cima de Saiph. – O que foi?

– Você... Me chamou de trouxa... – respondeu ela acariciando a cabeça de Saiph e evitando olhar para Draco que engoliu em seco.

– Eu... Eu vou te contar uma coisa, mas preciso que me prometa que não contará para ninguém. – pediu ele segurando os ombros dela. Hermione assentiu. – Lembra que eu falei que era segredo o motivo de eu ter uma coruja?

– Sim.

– Eu sou um bruxo. – disse ele rapidamente. Hermione piscou os olhos, fez uma cara pensativa e sorriu para ele.

– Eu sei. – disse ela animada.

– Como você sabia? – perguntou ele confuso e assustado. Hermione riu baixinho e olhou para os lados, como se verificasse se tinha alguém ouvindo-os.

Eu consigo ver o futuro. – confessou ela no ouvido dele que arregalou os olhos e abriu a boca.

– Você é uma bruxa? – perguntou ele afastando o rosto dela.

– Não recebi minha carta aos onze. – disse ela olhando para baixo. – Nem fiz nada com magia... Mas eu consigo ver o futuro. Eu vi você me contando isso.

– Como sabe da carta e das demonstrações de magia? – perguntou Draco desconfiado.

– Eu te disse que tenho amigos estranhos... – disse ela acariciando Saiph.

– Eles também são bruxos? – perguntou Draco inclinando a cabeça curioso.

– Só um... Meu único amigo... – disse ela olhando para o parque.

– Como é o nome dele? – perguntou Draco.

– Harry Potter. – respondeu ela olhando para ele, vendo ele fazer uma careta. Hermione abriu os olhos surpresa por ver Draco fazer uma careta... Era por causa do nome do Harry ou por causa de quem ele era? – Você conhece o Harry?

– Papai me fala muito dele. – disse Draco jogando o corpo contra grama, observando as nuvens.

– Não deve falar muito bem. – murmurou Hermione deitando na grama, com Saiph no seu colo.

– Ele diz que o Potter é um garoto malvado... – contou Draco. Hermione abriu os olhos surpresa, por que será que o pai de Draco dizia aquilo? Abriu a boca para retrucar, mas achou melhor esperar Draco continuar. – Que... Nós temos que servir um homem... Que esse homem vai matar o Potter e trazer coisa boa para nós.

– Como pode dizer isso, se nem conhece ele? – perguntou Hermione docemente. Draco olhou para Hermione e pela primeira vez, questionou aquela pergunta e seus atos.

– Papai diz isso. – disse ele indiferente.

– Você vai ir para lá, não vai? – perguntou Hermione cabisbaixa.

– Eu preciso. Recebi a carta e já comprei o material e meu uniforme. – disse ele triste. Hermione ficou olhando para Saiph pensativa.

– Então a gente não vai mais se ver. – murmurou ela. Draco suspirou e riu dela.

– Saiph irá te trazer cartas. – avisou Draco. Hermione sorriu e assentiu.

– Draco. – murmurou Hermione. Draco ficou olhando-a, esperando que ela dissesse algo. – Você virou meu amigo. – disse ela vermelha brincando com os cabelos indomáveis.

– Você também Hermione. – disse ele.

– Você não vai se esquecer de mim né? – perguntou ela. Ele negou com uma careta que significa “óbvio que não”. – Eu preciso ir. – disse ela se erguendo com Saiph nas suas mãos. – Mamãe não sabe que estou aqui. – disse ela nervosa.

– Um dia vou conhecer seus pais? – perguntou ele vermelho e inocente. – Assim você poderá brincar mais comigo. – disse ele. Hermione avermelhou e assentiu animada.

– Eu prometo. Tchau Draco. – se despediu ela dando um beijo na bochecha dele. – Tchau Saiph. – se despediu Hermione dando um beijo no topo da cabeça da coruja e entregando-a para Draco.

Tchau... – murmurou Draco vendo Hermione correr para longe.

Hermione olhou em volta. Sua pequena mala já estava arrumada. Não tinha esquecido de nada. Daqui a alguns dias ela iria para a escola dela. Um internato. Ela suspirou e olhou em volta. Ela tinha apenas 11 anos, mas era inteligente o suficiente para conseguir uma bolsa nas melhores escolas do país. Aquilo exercia uma pressão descomunal sobre ela. Aquilo era levemente desconfortável. Ela se sentou na sua cadeira que fazia par com sua penteadeira.

Um barulho pequeno na janela fez com que a menina pulasse e se virasse, vendo Saiph com um papel na boca. Rapidamente ela abriu a janela e viu a coruja soltar a carta na sua cama e pousar na borda do criado-mudo ao lado da sua cama.

Oi. Espero não estar atrapalhando. O que faz? –Draco

Hermione sorriu. Será que ele não conhecia algo chamado celular?

“Não está atrapalhando. Estou verificando minha mala. E você? Nunca ouviu falar em celular?”

Ela dobrou o papel e entregou para Saiph que logo voou para longe. Hermione suspirou, abriu sua janela vendo as estrelas piscarem para ela. Suspirou. Como poderia gostar tanto dele se o conhecia há pouquíssimos dias? Hermione respirou fundo e apertou os dedos contra seus olhos. Aquelas visões eram cansativas.

Mala? Irá viajar? E não, não conheço essa geringonça trouxa. Para que isso também?”

Hermione riu. Muito típico de qualquer bruxo falar aquelas coisas sobre trouxas. Se ele soubesse o quão importante é um celular... Rapidamente rabiscou, enquanto via Saiph limpar suas penas.

“Celular é uma geringonça muito importante aqui. Invés de conversamos por corujas conversamos por celulares. Saiph não se cansará de ir de um lado para o outro?”

Rapidamente ela entregou para Saiph que piou, abrindo suas asas e sumindo na escuridão. Hermione sentia o coração descontrolado. Sentou-se na sua cama e viu sua mãe abrir a porta.

– Oi querida. – murmurou Jane.

– Oi mãe. – respondeu Hermione desviando o olhar para a janela, vendo um ponto branco, diferente de Saiph se aproximar deles. Algo atiçou seu coraçãozinho. Poderia ser uma carta de Hogwarts?

– Está tudo bem? – perguntou Jane vendo que Hermione abaixara o olhar ao ver a coruja branca largar uma carta no colo dela. – É do Harry?

– Sim. – murmurou Hermione.

– Está desapontada? – perguntou Jane tentando arrancar informações, talvez, cruciais para melhorar seu relacionamento com a filha única.

– Talvez... – murmurou Hermione tirando a carta de Edwiges.

Oi Mione. Você vai mesmo se despedir de mim amanhã?

Hermione sorriu de lado e logo respondeu um “mas é claro”, entregando para a coruja branca que voara para longe dali.

– E aquela coruja? – perguntou Jane apontando para Saiph que estava no parapeito da janelinha. – É de quem?

– É do Draco. – respondeu ela animada vendo que em cima da carta havia um embrulho pequeno. – Eh... Mãe...? – perguntou Hermione indicando a porta com o olhar.

– Claro, claro. – disse Jane sacudindo a cabeça. – Não demore. O jantar está quase pronto. – avisou ela. Hermione assentiu enquanto via a mãe fechar a porta do quarto.

A curiosidade foi maior e logo ela abriu o embrulho, antes mesmo da carta. Analisou aquele artefato com curiosidade e receio. Aos olhos comuns era apenas um espelho. Mas não para ela. Ela podia não ler nada sobre os bruxos, lendas urbanas são inválidas, mas ela viu algumas noites passadas qual a razão daquele presente, juntamente com seu modo de funcionamento. Rapidamente abriu a carta.

“Achei melhor dar esse presente para você. Desculpa por qualquer coisa. Isso é o mesmo, e bem melhor, do que um celular... E não, Saiph não cansará, até por que temos o espelho.”

– Oi Draco. – disse Hermione para o espelho. A visão ficou turva e esbranquiçada, mas logo apareceu Draco nítido ali.

Oi. – respondeu Draco sorrindo. Hermione corou e viu que Saiph limpava suas penas.

– Você quer que eu mande Saiph de volta? – perguntou Hermione vendo a coruja piar.

É só dar uma comida que ela logo volta. – respondeu Draco cuidadoso. Hermione engoliu em seco, será que ele sabia que ela nunca havia cuidado de uma coruja antes?

– Am... Eu nunca cuidei de uma coruja. – disse Hermione vermelha. Draco ergueu a sobrancelha para logo suspirar.

Pode abrir a janela que ela vem de volta. – disse ele.

Hermione assentiu e logo viu que a sua janela já estava aberta. Olhou para Saiph e apontou para a janela. A coruja piou e abriu suas asas, erguendo voo dentro do quarto. Mas em milésimos de segundos, a asa branca com pintas brancas havia se enrolado no fio do abajur. O barulho foi estrondoso.

O que foi isso?! – perguntou Draco nervoso tentando ver no espelho.

– Espere. – pediu Hermione correndo para ajudar Saiph que andava de um lado para o outro com a asa enrolada no fio do abajur.

– Hermione! – exclamou Jane abrindo a porta de supetão. – O que houve?

– Não foi nada! – exclamou Hermione vermelha, querendo que sua mãe saísse dali.

– Mas filha... – começou ela.

– Pode sair! – pediu Hermione. Jane engoliu em seco e assentiu, fechando a porta. – Consegui. – disse Hermione carregando Saiph para a cama e mostrando-a para Draco. – Ela consegue voar, mas precisa descansar. – disse Hermione analisando Saiph erguida na altura do seu rosto. Quando a menina abaixou o olhar para o espelho, engoliu em seco ao ver que Draco a olhava extasiado. – O que foi?

Nada não. – disse Draco negando com a cabeça.– Bom, quando Saiph ficar melhor ela volta pra cá. – disse ele.

– Na verdade... – começou Hermione nervosa, acariciando a cabeça de Saiph. Draco ergueu a sobrancelha – Eu vou amanhã na estação.

Por que você vai amanhã na estação? – perguntou Draco nervoso e vermelho.

– Eu combinei que iria dar tchau pro Harry. – disse Herminoe nervosa. – E eu tenho que pegar o trem para ir para a escola.

Então... A gente não vai mais se ver? – perguntou Draco cabisbaixo.

– Prometi que seria sua amiga. – resmungou Hermione. Draco sorriu e assentiu.

Eu tenho que ir. Mamãe está me chamando para o jantar. – disse Draco. Hermione assentiu. – Tchau Hermione. – se despediu Draco.

– Tchau Draco.

Cuide bem da minha filha. – brincou ele. Hermione riu e assentiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ei fantasminhas... Eu não mordo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.