Zodíaco escrita por Markievicz


Capítulo 17
0.17 Bônus — Versos escritos na parede


Notas iniciais do capítulo

HELLOO, moças.
Esse cap. vai para Ana Oliveira (irei responder seu review, tá? *-*), Lêeh (SUA SUMIDA!) e Kalyn (my amore).
CADE A MERDA DOS LEITORES FANTASMAS?
BATE AI, SEUS VIRGENS O/
Esse cap. ficou uma bosta, mas o doninha gostou
E NÃO, EU NÃO ME IMPORTO COM A OPINIAOZINHAFRANGUINHA DELE runn'
ADIOS



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"Por mais que o tempo passe, nada se torna esquecido, mas apenas adormecido, esperando quem sabe, apenas um toque para que tudo possa despertar.”

— Delírio Insignificante, Pauline Morris.

Portal Zodíaco

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*

Ele não tinha sido morto, não ainda.

Estava sentado desleixadamente com olhar fixo em Bezzus Swans, pensando como a garota poderia ter tanta disposição para escrever nas paredes como se fosse uma lunática – algo que Charlie não falaria em voz alta.

— O que você está escrevendo? — finalmente perguntou.

Ele não recebeu uma resposta.

Tinham sidos presos num quarto estranho em um lugar desconhecido, mas não era isso que o chocava, era simplesmente ser preso por uma garota – fantasma, ele não conseguia esquecer deste detalhe – e um farmacêutico louco. Poderia entender o lado dela, claro, porém, Charlie também estava ali; sujo, raivoso e sem esperança.

— Selene está no outro quarto, eu sei. — a garota sussurrou baixo, mesmo assim, o guarda pode ouvi-la.

Ele levantou do chão, indo na direção de Bezzus com um olhar confuso. Ajoelhou-se perto dela e colocou uma de suas mãos em seu ombro, preocupado – já que não conseguia ver seu rosto.

— Está ficando maluca, Swans.

Os dois jogaram suas costas na parede fria, ainda sem se olharem, o silêncio constrangedor se acabou após a dominadora decidir falar algo.

— Eu conheci Selene, antes dos TJE e essas... coisas. — suspirou, porém continuou: — Fui sua companheira no campo de concentração de Prypat.

Engolindo em seco, o Steven fitou – calado – a mesma abraçar fortemente – como se dependesse de sua vida – os joelhos que pressionaram seu peito.

— Eu não era daquela cidade, daquele país. — riu sem humor. — Meus pais me mandaram pra lá após eu ter meio que “vandalizado” o muro da Colônia, em Chernobyl. Uma amiga minha, Scarlet, foi mandada junto comigo, mas depois da primeira noite no campo, ela simplesmente sumiu. Misteriosamente e subitamente.

— Eu já... já fui ao um campo de concentração. — ele fitou o vazio á sua frente. — Como um guarda.

Com o canto dos olhos, viu o sorriso sarcástico da loira nascer naquela face de porcelana.

— E o filhinho do papai não para de surpreender e decepcionar. — resmungou.

— Fui mandado pra lá após a morte da minha irmã. Na cabeça do meu pai, eu nunca seria o “homem da casa”, não após escolher o esconderijo mais fúnebre da casa para me esconder com ela, quando os rebeldes apareceram. — ele não choraria, Bezzus sabia, era orgulhoso de mais para chorar, não na frente dela. — Sabia que os rebeldes preferem matar mulheres em vez de homens? — riu sem humor. — Ela era uma não-dominadora, a única pura da família.

Viu o olhar descrente e surpreso da garota, e sorriu em falso.

— E você? Ainda não me contou o motivo de preferir seguir um bando de adolescentes problemáticos do que virar uma Stobyl famosa. — Bezzus inquietou. — Não venha com essa. Sei que não foi apenas o sumiço de “uma amiga” que te deixou você assim.

Será que deveria contar a ele? Confiar em pessoas estranhas não era um bom fato para a Swans se abrir. Mas ele se abriu com você, uma voz irritante atingiu sua mente, isso já não basta?

— Selene e eu explodimos os muros do campo. — sorriu orgulhosamente ao ver o olhar assustado do guarda. — Mas fogo chama fogo. — mostrou seu braço direito, balançando-o normalmente – mesmo sabendo que toda a extensão de trás estava cicatrizada, ainda era avermelhada e doía algumas vezes. — Fiquei desesperada quando vi o fogo corrompeu o meu braço que... acabei fazendo dominações enquanto ela estava perto. Ainda não acredito que ela ainda não se lembrou de mim.

— Você a queimou. — afirmou Charlie, com um sussurro vazio. — E ela não se lembra. Hãn... Como assim ela não se lembra?

— Fomos para St. Stephen, em Siterwood. — Bezzus o ignorou. — Fiquei apenas alguns dias, mas ela... semanas. Eu tinha que ir embora, bem, e fui. Não imagino como aconteceu, mas ela não se lembra, e eu sou grata por isso.

— Quando vai contar a ela? Ah, espera, você não vai poder mais, já que está presa aqui, comigo, escrevendo versos na parede e confessando de como machucou a única pessoa que confiou em você. — murmurou o guarda, ainda sem olha-la. — E a garotinha malvada ainda não parou de machucar e se arrepender.

Para sua surpresa, a Swans não tinha ainda esmurrado sua cara, e sim, encolheu-se cada vez mais naquela parede imunda. Por um momento, Charlie sentiu seu coração falhar, como se pudesse ver os olhos inocentes da irmã mais nova em Bezzus – aquela garota que ficou perto dele, e chorou.

Ele não viu como a loira tinha conseguido se virar para parede e começar a escrever tão rapidamente. Olhou pelos ombros da garota, as frases garranchosas.

A noite é uma coisa artificialmente construída./Pois nega até o seu lastro,/e mente,/sobretudo quando se cerca de vestimentas longas – frágeis. — sussurrou no ouvido dela. — Desculpa.

Porém – de opacidade./ Eles são nós,/ todos os dias sós,/ na expectativa de ver voltar seu largo oposto,/ e então ceder ás horas não usadas. — soltou um riso fraco, passando as mãos sujas na parede com o mesmo estado. — Isso é estranho.

Para aguardar retorno./ A noite escura é falsa./ Mente,/ omite-se do que vem a ser de verdade./ A real noite. — sussurrou Charlie, agora, roco. — Dois dominadores falando mal de Ártemis, isso que é estranho... e desonroso.

(Ao menos a que penso ser real)/ é essa noite branca sobre a qual vou me redesenhando sempre em sonho. — Bezzus se virou para o guarda, recitando o final que tinha guardado em mente: — Irei deitar,/ com os braços dele em volta de meu corpo,/ esperando as luas opostas se afastarem,/ e o sol brilhar novamente em cima de nossas cabeças.

O moreno tirou uma mecha dourada da frente dos olhos violetas da Swans, e colocou-a atrás de sua orelha.

— Eu prefiro o sol.

— E eu prefiro acabar com essa coisa de pederastas pra cima de mim. — riu, pela primeira vez naquele dia, verdadeiramente, enquanto sentiu a mão pequenina da garota bater em seu braço com pouca força. — Charlie?

Ele se virou para olha-la, distraído.

— Hm?

— Você é um dominador, certo? — ele assentiu. — Então, qual é a sua...?

— Terra. — viu a cara surpresa de Bezzus. — Okay, eu não tenho cara de quem domina esse tipo de elemento, mas não precisa me ofender com esse tipo de expressão.

— Que tipo de expressão? — viu as sobrancelhas do mesmo se levantarem, cobertas com desdém. — Pensei que fosse franguinho demais para colocar as mãos na terra.

— Primeiramente; não acredito que achei uma pessoa em pleno século XXI que diga franguinho, você é estranha. — declarou normalmente. — E segundo; eu não “coloco” as mãos na terra, eu a domino.

— Tanto faz. — a loira revirou os olhos, mas logo nasceu um sorriso desafiador em seu rosto. — Quer saber algo interessante? Bem, eu sei que sim. — ouviu um resmungo, porém continuou: — As paredes de todos os quartos são feitos de terra, cimento e ferro.

O sorriso dela era tão esperançoso, que Charlie não acreditava que a minutos atrás, a mesma estava tão indefesa ao ponto de escrever versos românticos – isso não era nada normal naquela Swans, ele sabia.

A amizade deles era estranha, mas eles também eram estranhos. E o Steven tinha certeza; os dois eram e são estranhos juntos. Aquilo parecia tão perfeitamente bem pensado que deixou esse assunto maluco pra depois.

— Você está querendo dizer que... — talvez o sorriso dele seja muito maior do que o dela, mas estava pouco ligando pra isso.

Ela o puxou para frente, e logo depois, os dois estavam olhando maléficos para a porta de ferro. Era tão fácil domina-la. Aquilo era ferro, uma coisa bonita e mais forte do que a terra – mesmo sendo que as duas são exatamente domináveis para um dominador.

Bezzus olhou para o mesmo, com um sorriso que se Charlie não soubesse que não era pra ele, até o mesmo ficaria com medo.

— Você é um dominador. Domine.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu não sou boas com versos, poemas e blábláblá