O Sonho de Po escrita por Anyway


Capítulo 14
Dunas


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Tá ai mais um cap de KFP
AVISO - Aqueles que são sensíveis , NÃO RECOMENTO LER O FLASH-BACK
Não se preocupem, dá pra entender mesmo sem o flash-back.
Não digam que não avisei.
Boa leitura



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– Eu ...eu não acredito - Falava dolorosamente Po. Estava sentando junto com seus companheiros, embaixo de uma árvore, ou o que restou dela. todos mentalmente perturbados.

O silencio profundo trazia consigo uma dor e sentimento de imponência total.

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Flash-Back~

Entraram na vila e se depararam com algo ...no minimo perturbador. A cidade estava vazia, e destruída. Apenas algumas construções lutavam para se manter em pé, mas com várias rachaduras visíveis e suas paredes, junto com manchas avermelhadas.

Não era possível identificar a raça do povo da vila. Seus corpos estavam todos cobertos de sangue, os machos foram torturados e golpeados cruelmente até suas mortes. E as mulheres...a maioria dos corpos foram encontradas em uma grande casa...sem suas roupas. As mais jovens claramente violadas, as mais velhas tiveram o mesmo destino que os machos. Algumas panelas estavam atiradas nas ruas, mostrando que o povo tentou se defender, mas eram pacíficos, então não conseguiram.

A vila fora queimada, pelo menos metade dela, e estandes gigantes bandeiras estavam espalhados por lá. As bandeiras azuis, todas manchadas com sangue de inocentes, no centro estava desenhado um grande "H". Indicando quem fora o culpado deste massacre. Os guerreiros caminharam em shock pelas ruas, procurando algum sinal de vida, mas não acharam nada. Ninguém fora polpado.

– Aqui é a vila dos pandas? - macaco perguntou

– Não....Era a vila dos Coalas...Um povo pacífico que nos ajudava....- falou Yuhan encostando a mão em uma das casas, tentava se manter em pé. O massacre foi a alguns dias, e o cheiro da decomposição começava a ficar forte.

– Quem poderia ter feito isso? - LD perguntava. Víbora deixava lágrimas caírem silenciosamente, e Garça não tinha expressão alguma, por dentro estava acabado, tanto quanto Shifu. Po não sabia o que sentia, seu corpo pesava mais que nunca.

Tigresa andou por aí a procura de algo...algo que indicasse que tudo aquilo era mentira. Matar gente inocente? Quem seria capaz disso? Uma vila inteira? Abusar de jovens e torturar adultos? Isso era de mais para ela. Andando viu algo que cortou ainda mais seu coração. Uma pequena coala morta em um canto de uma casa, deu pra ver que ela estava assustada, sua roupa meio rasgada e um corte em seu pescoço.

Olhou para o lado, a cena era muito forte para seu estomago, e achou uma pequena boneca de pano...a dona provavelmente era a pequena garota. Devem ter tirado dela quando a...mataram. Pegou a boneca e seguiu até seus companheiros, os mostrou o que encontrou, eles fecharam os olhos e abaixaram a cabeça. Se sentiam horríveis .

– Não ah muito o que possamos fazer agora. Não mais...- falava dolorido Shifu - Mas podemos honra-los ou ao menos dar-lhes um bom descanso.

Todos assentiram. Acharam algumas ferramentas pela vila e se puseram a cavar, tudo isso durou 2 dias, somente cavando. Ninguém foi capaz de dizer muito nesse período. Seus corações e mentes já faziam muito por eles.

Quando todos os corpos foram devidamente sepultados, e fizerem uma pequena cerimonia em homenagem a essas pobres almas, decidiram que deveriam sair de lá e formar algum plano.

Flash-back off~

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– Como alguém consegue ser tão cruel? Como? Por que? - Perguntava Po segurando as lágrimas.

Todos olhavam para baixo, não sabiam o que responder. Não existia resposta para isso

– Eu não acredito...- Balbuciava enquanto passava as mãos pela cabeça

– Foi ela! Eu sei que foi! Ela irá pagar! - Falava Yuhan com raiva, enquanto socava a árvore.

– Sabemos...e concordamos ...mas agora devemos pensar no que faremos - comandava Garça. Tentando fazer seu lado racional falar mais alto

– O que faremos? Eu vou falar o que faremos!? Vamos acabar com ela! Já não basta massacrar nosso posso junto com aquele maldito pica-pau, agora tem que matar outros também?! - A raiva o estava cegando

– Yuhan, sabemos seu sentimento...mas não está na hora de perder a razão. Devemos pensar, por que ela está fazendo isso? - Shifu perguntou

– Devem estar procurando a caixa de pandora...- respondeu Garça

– É uma boa hipótese - confirmava Víbora

– Caixa de pandora? Numa vila de coalas? Vocês estão loucos? - perguntava incrédulo Yuhan - Faz sentido, ninguém suspeitaria, você tem que admitir Yuhan - falava Macaco

– Isso é um problema, mas sabemos que ela está buscando a caixa pelo menos ...

– Avá! Parabéns por perceber o obvio dragão guerreiro! Acho que enterrar corpos por 2 dias o deu alguma inteligencia! - respondia Exaltado

– Chega! Acabou. Yuhan , controle-se! O que aconteceu já passou, e infelizmente não podemos fazer mais nada do que já fizemos. Mas agora devemos decidir o que faremos. Sabemos que Hyorin está por ai, mas no momento acha-la e bater nela é improvável. Devemos achar o que ela procura antes que ela o encontre. E vamos torcer para que isso a impeça de fazer outros massacres iguais a esse. - Esclarecia Tigresa, que fez jus ao teu titulo de líder. - Vamos a vila dos pandas. Não podemos mais ficar aqui, caso ao contrário todos vamos enlouquecer.

Pegaram as mochilas e se dirigiam a saída da vila. Pegaram algumas provisões que encontraram, sentiram-se mal por isso, mas sabendo que as pessoas não irão poder usa-las...acharam que era melhor as levar consigo.

– Quanto tempo Yuhan? - perguntou Tigresa

– Mais uns dois dias de caminhada - Respondia ainda muito abalado

Tigresa mirou por ultima vez a vila. E se lembrou da garotinha que vira. Ela fez questão de cavar a cova da pequena e a enterra-la próxima a sua familia e sua pequena boneca de pano. " Vou te vingar pequena. Vou impedir que uma coisa dessas volte a acontecer, eu juro" prometia Ti para logo começar a andar com o grupo. Ela dormiu todas as noites que passou na vila ao lado de Po, o mesmo estava igual ou até pior que ela. Choravam baixinho a noite até dormir. E seus colegas, todos faziam o mesmo, compartilharam do mesmo sentimento de imponência.

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Dunas e mais dunas de areia. Ainda era só o que se via na região. Continuaram caminhando até entrarem completamente no piloto automático. Andavam até o anoitecer, descansavam e dormiam, acordavam e continuavam andando. Todos em um silêncio perturbador, mas que ninguém se atrevia a quebrar. Não passaram fome graças aos suprimentos recolhidos, mas a cada vez que tinham que usufruir deles para continuar, seus corações apertavam e lembravam nas cenas vistas, os estômagos embrulhavam e comiam muito pouco, de certo modo isso era bom, a comida durou toda a viagem.

– Chegamos - Anunciava Yuhan. Os guerreiros olharam ao redor e se surpreenderam, estavam frente a grande portão de entrada da vila. Ninguém percebeu antes que estavam próximos.Estavam perdidos de mais em seus pensamentos.

De cima dos muros, guerreiros musculosos e armados os observavam, Yuhan acenou com a cabeça, um dos soldados respondeu o ato com o mesmo sinal e de dentro pode se ouvir um "Abram!"

As grandes portas se abriram, os guerreiros se encolheram com medo do que viria a seguir, não aguentariam outra cena de destruição...Mas não foi o que aconteceu, as portas revelaram uma linda vila, bem feita , com paredes limpas e firmes, guerreiros protetores, crianças correndo, pessoas trabalhando e gente andando pra todo o lado. Uma mini metrópole. E o melhor de tudo = Todos eram pandas.

Dizer que existe uma vila cheia de pandas é uma coisa, vê-la e andar dela é outra. Seus olhos corriam para todos os lados, para todas as pessoas e coisas que tinha naquela vila, o povo daquela vila, de todos os tamanhos, mas com orelhas redondinhas, braços com pelagem negra mas na barriga e na "barba" branca.

Po estava extremamente feliz, era tão emocionante aquilo, via pessoas iguais a ele, era verdade! Não estava só. Também começou a prestar muita atenção as características de sua raça. Nunca tinha feito isso antes, por que essa diferença era a causadora de tanto diferencial inconvenientes antigamente. "Realmente sou tão gordinho assim?" Se perguntava fazendo uma careta, e rindo logo depois.

Yuhan desfilava de peito inflado, tinha orgulho de seu povo e de como se reergueram. Por onde passavam eram guiados por olhares curiosos, pequenos pandas miravam interessados para os guerreiros, nascidos na vila, nunca viram outra espécie. Os adultos por sua vez, muitos pais afastavam os filhotes, a ultima vez que viram espécies diferentes...foram lobos e um pavão, e alguns mais corajosos saudavam aos guerreiros sorridentes, ninguém acharia a vila sozinho, e se estavam sendo guiados por Yuhan, então eram seres queridos que deveriam ser tratados bem.

Um soldado apareceu perto de Yuhan e falou com ele. Yuhan concordou com a cabeça sobre algo e logo o panda saiu correndo. Yuhan respirou fundo e logo se virou sorridente

– Então, quem quer comer alguma coisa?

Sentados em uma mini-lojinha, todos degustavam saborosos bolinhos de chocolate feitas pela senhora dona do local. Macaco, LD Víbora, Garça e até Shifu conversavam animadamente, Po devorava os bolinhos e Tigresa tomava um chá enquanto mirava a vila. Olhos e orelhas alertas prestavam atenção em cada parte que podia se ver. Estavam em frente a uma pracinha, ou uma espécie de. Ainda via-se pessoas se aproximando deles silenciosamente, tentando ver mais de perto os seres "tão diferentes" que ali estavam. E Yuhan bebiricava um café, perdido em seus pensamentos. Olhando para os lados, acabou fintando um relógio, quase se engasgou com o café ao ver o horário. Deu um pulo assustado, ficando de pé e tendo vários olhares para ele.

– Hora de ir - Falou com pressa

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O barulho de gotas caindo podia ser ouvido.

Em algum lugar escuro, úmido e molhado seria o lugar perfeito para um vilão, mas neste caso não era bem assim. Em um lugar coberto de ouro, mármore e qualquer coisa que somente seres poderosos teriam, encontrava-se um animal sentado em uma poltrona gigante e muito confortável. Impaciente, seu rabo, comprido e peludo serpenteava pelo ar.

Passos atrapalhados surgiram em um ritmo frenético e pararam assim que o soldado apressado chegou em frente de seu superior, se agachando, se pôs a informar para seu superior já farto de esperar.

– Líder, suas ordens como sempre foram cumpridas o mais rápido possível. Mas não encontramos a caixa, não estava naquela vila que fomos ordenados a procurar. - O líder deu um soco no braço da poltrona, enraivecido. O soldado gelou, com medo de seu superior o matar...nunca lidou bem com más notícias.

– N-ossos homens já voltaram e estão prontos para outras buscas. Quando desejar - O chefe grunhiu - E nós também já chamamos o encanador...

– Finalmente! Já não suportava mais esse barulho infernal de goteira..- se pronunciou finalmente o líder e se levantou andando pela enorme sala - O que me diz? - Perguntou para um canto escuro da sala. Dois olhos amarelos brilharam no meio da escuridão e em um movimento rápido se limitou a concordar, para logo o brilho desaparecer novamente.

– Concordo - Disse de pé a importante figura e se virou ao soldado - Continue a busca. Por onde imaginar ou não que pode achar a caixa. Não é atoa que o seu time é de elite. Faça o merecer o título dado! Falta tão pouco...- pronunciava tão sonhador o líder

– Como desejar Hyorin ... - Falava o soltado, para logo fazer reverencia e se retirar, deixando Hyorin sorrindo macabramente, aparentemente sozinha

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Notas finais do capítulo

Não me matem.
Juro que vai ficar legal - eu acho-
Aguardo Comentários de vcs ,povo linju
Até a próxima. O/



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