Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI! Ainda tem alguém aqui? Eu não ia voltar, vou ser sincera, mas acho que preciso ao menos acaba essa fic, vocês estão acompanhando ela já faz tanto tempo e eu me sinto meio mal em abandoná-la, por isso voltei. Tudo está bem corrido para mim, essa fic está chegando ao fim, gostaria de avisar :(

Obrigada a todos os comentários, creio que ainda não respondi, mas realmente as coisas estão apertadas. Espero que gostem.



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Nos filmes, dormir com a namorada é aquela coisa bonitinha, fofinha, que todos querem imitar, pois é, mas essa não é a minha realidade no momento. Há exatos cinco segundos e meio eu levei uma cotovelada na barriga, e agora...Ai...uma joelhada.

Violetta é aquela pessoa que não dorme e fica parada, ela simplesmente rola por todos os lados da cama, e se eu estou no meio do caminho, ela passa por cima de mim. E o pior, é que ela não acorda de jeito nenhum.

Após sairmos do restaurante, decidimos ficar juntos na pousadinha aonde Fran e Marco estavam. “Vamos passar a noite juntos, depois você me leva para a Universidade de manhã” ela disse, “Vai ser legal” ela disse, eu só não pretendia acordar todo quebrado.

–5h00 da manhã, Vargas! 5h00 da manhã! Qual é a necessidade? –Ela resmungou assim que o despertador tocou.

–A necessidade é: Temos que pegar estrada, o caminho é longo, e não podemos nos atrasar.

–Você sempre quer faltar às aulas, e hoje que eu estou dando preferência em ficar na cama, você decide que não podemos nos atrasar. –Resmungou novamente.

Abri as cortinas, permitindo que a claridade entrasse no quarto, acho que ela deve ter me xingado de várias maneiras diferentes.

–Acho que finalmente você colocou responsabilidade na minha cabeça. –Comentei, dando risada da criatura que tentava fugir da claridade se enfiando nos lençois.

–Duvido muito.

–Eu tenho treino hoje, sabe, temos aquele jogo importante. –Comentei, não queria lembrá-la sobre a noite anterior, aonde o Clement me ofereceu dinheiro para desistir.

–Se é por isso eu levanto, quero ver você arrasar no jogo.

–Eu sempre arraso, amor. –Talvez minha fala não tenha sido máscula. Ela não falou mais nada, levantou da cama e se trancou no banheiro, até sair toda arrumada de lá, e isso demorou uns trinta minutos mais ou menos. Eu fiquei a encarando, gostava de fazer isso sem que ela percebesse, ela conseuia me transmitir tudo, simplesmente tudo, eu a olhava, via como ela era forte, e só conseguia sorrir bobamente com isso.

–Vamos? –Perguntou, agora sem vestígio nenhum de sono, eu apenas assenti.

[...]

Calor, muito calor. O dia extremamente quente não estava ajudando na hora do treino pesado. As aulas haviam sido tranquilas, não houve muita matéria, o que foi bom, pois eu não tinha dormido quase nada por motivos que vocês já tem conhecimento.

–Trotando! Trotando! Vargas, está com a cabeça aonde? Francamente preciso da sua concentração! -O treinador gritou.

–Desculpe, senhor. –Então trotei. Havíamos feito quase uma hora de treino físico, para um dia quente como aquele era tortura. Depois seguimos para a parte tática, eu como capitão, o que me encheu de orgulho. Treinamos algumas jogadas e o treino se encerrou, com quase todos mortos no meio do campo.

–Vargas! –Esse cara tem a voz mais pontentes do mundo, não é possível que ele abra a boa e derepente saia um grito. –Precisamos conversar, garoto.

–Sim senhor.

–O jogo de sexta. –Coçou o queixo como se estivesse tenso. –Preciso que você arrebente.

–Prometo tentar, senhor.

–Não, não, não prometa. Faça! Eu não deveria lhe contar, mas terão pessoas observando os jogadores. Preciso que destaque, quero você liderando esse time para a vitória e quem sabe depois você consiga um contrato.

–Olheiros? –Indaguei e ele assentiu. Então de fato eram olheiros, Vilu estava certa. Minha dúvida ficava no motivo deles quererem que eu entregasse o jogo. –Senhor, preciso perguntar uma coisa.

–À vontade.

–Foi oferecido a mim, uma certa porcentagem de dinheiro...

–Para desistir? –Assenti envergonhado. –Você aceitou? –Neguei. –Então sei que é diferente dos outros. Vargas, sabe quantos jogadores, quantas finas eu já perdi por jogadores que desistiram? Fora o número de jogadores que perderam a chance de impressionarem um olheiro por cinco mil dólares.

–Trinco e cinco mil. – Falei e ele quase engasgou.

–Tri..trint...trinta e cin..

–Cinco mil dólares. –Completei achando graça.

–Se você não fosse uma jóia bruta do futebol eu te chamaria de louco. –Ri. –Mostre a eles, rapaz, mostre que você vale mais do que isso. Use isso! - Apontou para o meu coração. –Que é o que você tem de mais forte.

[...]

Eu estava aonde não deveria estar. Era errado, mas eu não faria nada demais, apenas não deveria estar ali, me meter com aquelas pessoas, bando manipuladores. Aproximei-me de um grupo de pessoas que estavam na porta do local, tive que pigarrear para perceberem minha presença.

–O Clement está?

–Vargas? O queridinho Vargas. – Riu da minha cara, me controlei para não socar a cara do garoto que debochava de mim. –Estávamos a sua espera. Entre...

[...]

Pov’s Violetta

–Já ligou para ele? –Marco me perguntou.

–Não, Marco, eu estou igual a uma louca atrás do meu namorado, mas não liguei para ele. –Despejei com raiva e o mesmo se calou. Leon havia sumido, simplesmente isso. Tínhamos combinado de nos encontrar em frente a um imóvel antigo, com Fran e Marco, ele me mandou uma mensagem logo cedo, para que eu fosse na frente e ele se encontraria comigo lá, mas ele estava uma hora atrasado.

–Talvez seu stress seja desnecessário, Vilu. –Fran tentou me acalmar.

–Fran, ele está a mais de oito horas sem me dar notícias, e se aconteceu alguma coisa na estrada quando ele vinha para cá?

–Fica tranquila. –Mas ela não parecia ter certeza que realmente tudo estava bem.

–O que acha de entrarmos? Leon e eu queríamos mostrar juntos, mas ao que parece ele não vai aparecer tão cedo. –Marco disse e nós assentimos, apesar do dia ter sido quente, a temperatura estava começando a cair por ali.

Marco sacou as chaves e abriu a portinha do estabelecimento. O lugar tinha um cheiro esquisito, diferente, não sei, ele tateou as paredes do lugar até achar o interruptor.

–Eu nunca o acho. –Resmungou e as luzes se acenderam. –Surpresa! –Sorriu orgulhoso e Lodo foi abraçá-lo, praticamente pulou no garoto. Era um Studio de gravação, não muito grande, mas bonitinho, ótimo para quem quer começar. Havia uns puffs coloridos no chão, sobre um tapete preto de veludo que combinavam com uns quadros dos tempos da brilhantina na parede. Eu tinha adorado, era bom ver que as coisas estavam dando certo para os dois.

–Amor, é maravilhoso. –Lodo o abraçava, eu sorri com a cena, tudo estava se encaixando.- Não é, Vilu? –Eu assenti animada, examinando o local com cuidado, seria ótimo se ele conseguisse umas bandas locais e depois fosse expandindo o negócio.

–Vem, vou te mostrar lá dentro. –Marco a arrastou para dentro de onde as bandas ficariam na hora de gravar, não me recordava o nome, mas era como um aquário.

–Parece que cheguei bem a tempo. –Dei um pulo. Leon estava com um sorriso amarelo no rosto e se aproximava com cautela. Eu o examinei por inteiro com o olhar, ele parecia bem, então nada de acidentes. –Amor, me desculpe por hoje...

–O que aconteceu? –Quis saber.

–Não foi nada demais.

–Então me conte. –Aproximei-me. –Eu gostaria muito de saber o motivo do seu sumiço e do seu atraso. Sabe, Leon, eu não costumo de mandar mensagem 24 horas por dia, querendo saber aonde você está em todos momentos, mas hoje fiquei preocupada, e você simplesmente sumiu.

–Mas não foi nada...

Não foi nada demais. -O imitei. –Sempre que você está me escondendo algo é assim. –Ele soltou um riso.

–Confia em mim? –Soltei um suspiro, então ele iria usar o truque do “confia em mim”, assim eu me sentiria culpada, mas as coisas não eram assim.

–Confio, e se você também confia em mim deveria contar. –Ele riu novamente.

–Você é muito difícil de lidar, pequena. –Abraçou-me, apoiei minha cabeça em seu peito, e ele passou a afagar meu cabelo, esse jeito dele acabava comigo. –Eu estarei aqui na próxima vez.

–Só na próxima? –Ele gargalhou e me abraçou mais ainda.

–Para sempre.


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