Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Como estão? Demorei bastante, mas ainda continuo sem tempo, por ser feriado eu consegui postar, vou tentar postar outro esse domingo :D Sei que recebi poucos reviews, mas tenho demorado muito, e peço desculpas se os caps não tem ficado maravilhosos, juro que estou tentando.

Eu espero de verdade que gostem desse capítulo :D



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Acordar, levantar, aturar a colega de quarto insuportável, estudar e estudar.

Acordar, levantar, aturar a colega de quarto insuportável, estudar e estudar.

Acordar, levantar, aturar a colega de quarto insuportável, estudar e estudar.

Violetta já se preparava mentalmente para voltar à rotina de estudante. Estava na Universidade há algumas horas e já queria voltar correndo para Buenos Aires. As férias haviam sido estressantes, e o tempo de paz não durou muito.

–Duas aulas de biologia...-Vilu resmungou, olhando o novo horário de aulas.

Leon por outro lado, muito mais prático, já havia arrumado todo o material e checado o novo horário, não havia muitas mudanças, exceto que por enquanto estava sozinho no quarto, Peter havia desistido da universidade e foi trabalhar com o pai em uma confeitaria.

Aguardava um novo companheiro, mas rezava para que não viesse ninguém, e assim ele teria o quarto só para ele.

Concentrava-se no jogo entre as fraternidades rivais do campus, seria ao anoitecer, todos estariam lá, seria um jogo para marcar o começo do semestre, e não seria um jogo amigável.

Violetta tentava resolver todas as coisas o mais rápido que podia, havia prometido comparecer ao jogo e torcer por Leon. E bom, seria muito mais fácil resolver tudo antes que a insuportável colega de quarto aparecesse.

–Esse guarda roupa parece que encolheu. –Vilu reclamava enquanto tentava enfiar as roupas no mesmo. –Não cabe mais nada, que droga.

Enquanto lutava contra as próprias roupas ouviu a porta do quarto bater e o barulho de saltos invadiu seus ouvidos.

–Castillo, que saudades. –Anne falou e jogou a bolsa na cama dela. –Onde está o mexicano dos olhos verdes, fiquem com saudades daquele pedaço de mau caminho que você chama de namorado.

–Oi Anne. –Vilu cumprimentou com o resto de educação que lhe restava.

–Fiquei sabendo que tem um jogo em Stanford hoje, o mexicano vai jogar? –Anne demonstrou interesse. A verdade era que Vilu tinha esperança que nas férias Anny arrumasse outro cara para dar em cima e deixasse Leon em paz, o que não aconteceu.

–Sim, ele vai, e eu vou vê-lo. –Violetta respondeu, fechando o guarda roupa, finalmente havia conseguido enfiar tudo lá dentro.

–Interessante, uma pena, não poderei ir, tenho uma festa de boas vindas aos calouros.

–Realmente, uma pena. –Vilu disse irônica e Anne sorriu ao perceber o quando conseguia afetar Violetta com poucas palavras.

–De qualquer forma, diz que eu mandei um beijo. –Anne falou e desta vez Vilu ignorou. Estava cansada de Anne, tinha tantos outros caras ali, por que tinha que ser Leon? Tudo bem que Leon Vargas era Leon Vargas, era muito mais do que um rostinho bonito, mas Anne não parecia enxergar nada além da beleza exterior.

Quando Anne aparentemente decidiu cuidar de suas coisas, Vilu se tranquilizou. Ela deitou na cama, na esperança de tirar um cochilo antes o jogo de Leon, estava exausta devido a viagem, apesar de ter dormindo o voo todo, a poltrona de avião não era tão confortável.

–Estão rolando alguns boatos por aí. –Anne falou assim que viu que Vilu estava quase pegando no sono.

–Não estou interessada, Anne. Mas tenho certeza que aqueles fofoqueiras que você anda adorariam saber o tal boato. –Vilu murmurou, e enfiou a cara no travesseiro.

–Estão dizendo por aí que suas férias e as do Leon foram bem agitadas. –Anne disse com um sorriso maldoso nos lábios. –Sequestro, ameaças, assassinato, processo, tribunal...A lista é bem grande.

–Cala a droga dessa boca. –Violetta murmurou, furiosa com Anne, e furiosa pelas pessoas estarem comentando. –O que aconteceu nas férias não é da sua conta, mas saiba que não tivemos culpa de nada! –Violetta gritou, estava cansada desse assunto, todos estavam. Anne ria, adorava ver Violetta estressada.

–Acalme-se. –Pediu Anne dando risada.

–Pedi para você calar a boca. Agora você vai me ouvir, Anne. Estou cansada de você, cansada das suas provocações, você não pode me ver bem que quer acabar com isso, eu tenho muita pena de você.

–Não preciso da sua pena, Castillo, preciso do seu namorado. –Anne disse, parecia que nada conseguia abalá-la, e isso estressava Violetta. Saber que Anne a tirava do sério com tanta facilidade, mas quando era o contrário as palavras de Violetta não pareciam afetar Anne.

–Eu não quero saber sobre seus sonhos de ter o meu namorado, confio nele e sei o tipo de pessoa que ele é. Pode continuar me provocando se quiser, mas deixa-o em paz, porque Leon não é obrigado a te aturar...Ah e me faz um pequeno favor, se é que isso é possível, não toque nesse assunto de sequestro e tudo mais na frente dele.

–Parece que você finalmente decidiu abrir a boca, não é? Eu gostei, é mais legal discutir com alguém que demonstra alguma reação. –Anne falou, sem mais nada a dizer ela saiu do quarto, levando o barulho de saltos estalando contra o chão.

Não demorou muito depois disso para Violetta ir se arrumar para o jogo. Pegou um táxi e rumou a Stanford, era só uma meia hora de viagem.

A 30 quilômetros da Universidade Berkeley de onde Vilu acabara de sair, Leon, em Stanford, estava em seu quarto arrumando algumas coisas para a partida mais esperada da noite. Sentia a pulsação acelerada, a ansiedade e adrenalina tomavam conta de todo seu corpo.

–Aí Vargas. –Era Derek, um colega de time. –Vai rolar uma festa de boas vindas aos calouros hoje, e se ganharmos o jogo, poderemos até comemorar, vai ir?

–Não sei não, Derek. –Leon riu da cara que o amigo fez ao receber o “Não sei” como resposta. –Vou ver com a Violetta.

–Não me conformo pelo fato de você namorar. –Derek falou. –Estamos na universidade, irmão. Aonde tudo pode acontecer, podemos ficar com quem quisermos...

–Mas eu não quero essa vida de “pegar e largar” para mim, amo namorar e amo mais ainda o fato da Violetta ser a minha namorada. –Leon disse, o que fez Derek ficar com cara de tacho.

–Tá tá tá, pelo menos sua namorada é legal e gost...bonita, muito bonita. –Derek se corrigiu, Leon já não estava com uma expressão muito feliz no rosto. –Acho que tem alguém me chamando, tchau...

E Derek saiu correndo do quarto como se estivesse sendo perseguido. Derek era um cara legal, mas não quando se tratava de garotas, e Leon odiava quando ele falava de Violetta.

Derek era mulherengo, era da esquipe de futebol e usava e abusava desse poder para conquistar uma garota. Diferente de Leon, que tinha uma certa popularidade e todos os olhares voltados para si, mas só tinha olhos para baixinha argentina.

–Vamos Vargas, o treinador está chamando. –Leon ouviu gritarem do corredor, seguido por pancadas na porta de seu quarto. Pegou suas coisas, que não eram muitas, e partiu rumo ao vestiário masculino, aonde estava acontecendo a concentração dos jogadores.

–Vargas. –Foi a primeira coisa que Leon ouviu assim que colocou os pés no vestiário, era a voz rude e arrogante do treinador.

–Treinador. –Leon se aproximou.

–Seja bem vindo, garoto. Espero que esteja bem, e saiba que eu não iria te tirar do time, você é bom demais para eu fazer uma burrice dessas. –O treinador disse, mas Leon não acreditou muito na parte do “eu não iria te tirar do time”, ele sabia como o treinador era em relação a disciplina, e se Leon tivesse tido sérios problemas com a policia em Buenos Aires, certamente estaria expulso do time.

–Obrigado, treinador. –Agradeceu de qualquer modo, o importante era que ele estava ali e iria jogar. Vargas sentiu o celular vibrar no bolso, sorriu ao ver quem era e tentou atender disfarçadamente.

–Meu amor. –Atendeu Leon.

Leon, já cheguei, está por aqui? –A voz doce de Vilu falou do outro lado.

Sim, estou aqui na concentração.

Oh tudo bem, achei que iria conseguir te dar um abraço de “boa sorte e por favor não volte quebrado do jogo”, mas então vou ter que apenas desejar um boa sorte pelo celular. –Leon sorriu, sabia que Violetta ficava completamente perdida durante os jogos de futebol americano, mas sempre que podia comparecia para vê-lo.

Obrigado, meu amor. –Leon sussurrou, ele estava feliz, adorava quando ela ia aos jogos, era importante para ele vê-la na arquibancada.

Lembrou-se de um ano atrás, quando segurou o rosto angustiado Violetta entre as mãos e sussurrou: Você é a única pessoa que me traz sorte durante o jogo, toda vez que eu estiver no campo, e ver você na arquibancada, será como ter você ao meu lado, será outra prova do seu amor por mim, irá ser como se existisse somente você ali, torcendo por mim.

–Está falando com o seu amor, Leon? –Ouviu os jogadores do time provocarem. –Como é romântico esse menino. –Violetta riu do outro lado da linha.

Estou atrapalhando alguma coisa? –Ela perguntou.

Não, só tem uns idiotas aqui me enchendo o saco. –Leon falou, mas também dava risada.

Huum, amor? Vou procurar um lugar para eu me sentar, isso aqui está lotado.

Tudo bem, compre algo, uma pipoca, um refrigerante ou suco...suco é bom, não é? Ou umas batatinhas, tem pipoca doce também, cachorro quente...

Leon?

Sim.

Respira. –Violetta pediu rindo, todo jogo ele ficava daquele jeito. –Sei que está ansioso, deixa que eu me viro por aqui, não se preocupe comigo.

Desculpe, é que é um jogo importante...

Eu sei, e também sei que você irá arrebentar nesse jogo.

Espero. –Leon murmurou, ele já estava com um sorriso enorme. –É melhor você arrumar algum lugar para assistir ao jogo.

Tem razão. –Houve silêncio do outro lado da linha por um tempinho. -Hum, Leon?

Ainda estou aqui, Vilu. –Ele disse dando risada e ela suspirou.

Eu amo você, é meu quarterback favorito.

E você tem quantos quarterbacks nessa lista de favoritos?

Muitos. –Ela disse dando rindo. –Você é o único nessa lista, Leon.

Bom mesmo. –Ele falou acompanhando as risadas. –Também amo você, baixinha.

–Ó “Também amo você, baixinha”, quero um namorado como o Leon. –Os jogadores gritavam ao fundo, eles até que eram caras legais.

Tchau, amor, boa sorte no jogo–Vilu falou e encerrou a ligação.

–Vargas, larga esse celular. –O treinador gritou.

–Já larguei, já larguei. –Se explicou meio assustado. Enquanto andava pelos vestiários, seus amigos, os jogadores, faziam sinais de coração e mandava beijinhos para Leon, o mesmo tentava ignorar, mas era impossível não rir.

Então a seriedade tomou conta do lugar assim que o treinador começou a explicar as táticas do jogo, todos focados em um único objetivo: vencer. Entraram no campo, ouvindo a torcida gritar, uma torcida vermelha de Stanford, porém cada um ali torcia para um dos times.

–Vargas. –Leon se virou, era Alex, o quarterback do outro time. –Boa sorte no jogo, tomara que quebre a perna. –“Quebre a perna” em alguns ambientes pode até significar “Boa sorte”, mas o de Alex era um quebra a perna literalmente.

–Boa sorte também, Alex. –Leon disse irônico. Todos em suas posições iniciais, gritos ensurdecedores da torcida, raiva e ansiedade pulsando no jogo dos jogadores...

Que o jogo comece!


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Notas finais do capítulo

Que os jogos comecem....e que a sorte esteja sempre ao seu favor hehe tá parei. Entonces, mereço reviews? Gostaram do capítulo? Até logo e um grande beijo :D



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