Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Hey! Não me matem! Por favor. Sei que demorei, mas tá tudo muito corrido, tive campeonato e provas durante essa semana, para escrever preciso estar bem tranquila, por isso demorei, me desculpem de verdade :D

Após o meu momento "Foi mal aí pessoal" eu queria agradecer aos comentários, e por favor continuem comentando. Eu espero que gostem do capítulo.



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“A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero.” - Victor Hugo.

Pov’s Violetta

–Leon. –O chamei e não obtive resposta, dei risada com a situação. Estávamos voltando para casa após o desastroso encontro de casais entre mim e ele e o Marco e a Fran.

Havíamos ido patinar no gelo, e Leon ficou meio revoltado, pois eu sabia que ele não era bom com isso, mas pensei que ao menos ele gostava. Além disso Marco e Fran tiveram uma mini discussão por algum motivo que eu não entendi.

–Leon. –O chamei novamente, ele pressionou os dedos no volante do carro e lentamente se virou para mim. –Não seja infantil.

–Não estou sendo. –Ele disse e eu o encarei séria. –É só que..que você sabe que eu tenho problemas com patinação, eu pedi para não ir e você insistiu.

–Sabe quando viajamos ano passado, e fomos patinar, você não era muito bom...

–Continuo não sendo bom.

–Pelo menos você não piorou. –Eu disse dando um sorriso forçado e ele não esboçou nenhuma reação. –Ah vamos, para de ser chato.

Ele ficou quieto, meio desconfortável e eu parei de falar também. Ele não queria falar? Pois bem, eu também ficaria quieta. Não havia motivos para tanto estresse...pensando bem, tinha motivo sim.

Ele estava muito pressionado, eu sei disso, e bom, creio que não é nada fácil se distrair quando se tem tanta coisa na cabeça. Ele não está feliz, tem seus momentos alegres, mas desde o sequestro é difícil vê-lo com um sorriso no rosto.

–Me desculpe. – o ouvi sussurrar assim que estacionou o carro em frente a minha casa. Fui um pouco para o lado, tentando me aproximar do banco do motorista aonde o Leon se encontrava.

–Não faz mal. – Sussurrei bem próxima de seu rosto.

–Faz sim, de verdade me desculpe, eu...

–Você está confuso, está estressado, triste. –Eu disse o interrompendo. –Não foi nada, tudo bem.

Ele ficou calado novamente, fez e menção de abrir a boca, mas não disse nada. Leon encostou a cabeça no vidro gelado e molhado pelo sereno, cerrou os olhos e aproveitou a caricia que eu começara a fazer em seu cabelo.

Sem muita dificuldade, por conta do meu tamanho, me levantei e sentei sobre o colo dele, esticando as pernas sobre o banco do passageiro. Leon deu um sorriso fraco.

Ele me fitava com carinho, e a confusão em seus olhos verdes era tão evidente que eu que já estava me sentindo mal por ele, fiquei pior. Leon tratou de fechar os olhos para tentar conter uma lágrima, mas isso não foi o suficiente, e a tímida lágrima escorreu pela face dele.

Segurei o rosto de Leon entre minhas mãos, e passei os polegares por sua face. Era uma tentativa de desespero para vê-lo bem, e parecia que nada do que eu fazia dava certo.

–Não sei mais o que fazer. –Ele desabafou pela primeira vez. –Tenho pesadelos todas as noites, me sinto culpado pela morte dele, sinto que a qualquer momento posso ser preso, sinto...Sinto que tudo está dando errado, e que as coisas irão piorar.

–Não vão piorar, meu amor. –Disse ainda com o rosto dele entre minhas mãos. –Passamos por tanta coisa, e agora somente falta uma: Vencer ou vencer naquele tribunal.

–Você não entende. –Ele se agitou. –Nunca me livro, quero dizer, nunca fico tranquilo, parece que tem sempre algo...sempre te algo.

–Porque nada é fácil, mas se lembra? No ano passado, tivemos momentos de paz...

–Quero aqueles momentos de paz, por favor. –Ele disse e eu soltei risinho. –É sério, quando teremos paz novamente?

–Logo.

–Assim espero. –Leon disse me abraçando enquanto eu permanecia em seu colo. Ele apoiou a cabeça no meu peito, como se aninhasse. Triste, confuso e com medo, o estresse já havia passado.

A cabeça dele deveria estar um tremendo nó, é visível até para quem não o conhece que há algo de errado com esse mexicano, e eu? Bom eu só queria vê-lo bem

–Olha a safadeza aí no carro! –Ouvi o grito de Fede. Após procurar vi que ele estava chegando em casa, mas a pé. Visto que ele nos olhava de fora, e eu estava no colo do Leon...Bom...qualquer um pensaria besteira.

–Por que não cala a boca? –Gritei fazendo um barulho ensurdecedor no carro em vão no carro, pois estávamos de vidro fechado e Fede mal ouviu o que eu disse.

Vi Leon sorrir um pouco com o momento fraternal entre irmãos que se amam, mas vivem em pé de guerra. Ele coçou a nuca, continuou me envolvendo com um dos braços, meio risonho pela cena, mas nada havia mudado em seu olhar.

–Eu amo você. –Sussurrei próxima aos seus lábios e ali depositei um curto beijo, mas continuei bem próxima. Ele foi quem tomou a iniciativa e me beijou calmamente, sem agitação, apenas um momento amoroso que compartilhávamos para relaxar e descontrair.

Quando o ar faltou eu enterrei minha cabeça no pescoço dele, e pude observar o mesmo se arrepiar e ficar menos tenso com a minha respiração ofegante que batia naquela região do corpo dele.

–Eu também amo você. –Ele disse após um tempinho. “Ata, pelo menos o serzinho respondeu, ficar sem resposta do Eu amo você é constrangedor” – Pensei.

–Eu sei. –Respondi descontraidamente e ele riu. –O que acha de entrarmos?

–Vou para casa, minha mãe deve estar sentindo a minha falta.

–Não vai não. –Eu disse autoritária querendo segurar o riso, Leon apenas arqueou a sobrancelha. –Deixa a sua mãe ficar sozinha com o seu ex-treinador, deixa os dois namorarem.

–Nem me lembre disso. –Leon resmungou, ele era muito ciumento com a mãe dele, pobre Sra.Vargas.

–Sua mãe vai continuar com o sobrenome “Vargas”? - Perguntei e Leon deu de ombros. –Tá tá, vamos subir, sem enrolação Vargas, você vai dormir comigo hoje.

–Sim senhora! –Ele disse irônico. Meio a contragosto saí do colo dele, Leon estacionou em minha garagem cuidando para deixar o carro dele a uns 3 metros do carro do meu pai.

[...]

–Pai? Mãe? Chegamos. –Eu disse alto e em bom som, mas não obtive resposta.

–Eles saíram. –Fede disse saindo da cozinha. –Fala sério, Violetta. Foi você que colocou sushi no pote do sorvete?

–Mas o carro do papai está na garagem.

–Foram de táxi, sei lá. Mas responde a minha pergunta! Porque eu fui lá todo animado pegar sorvete, e quanto eu abri era sushi, isso é decepcionante.

–Sim fui eu. –Eu disse e Fede fez uma careta. –Vamos, meu amor. –Eu disse pegando no braço do Leon e o arrastando.

–Espera, espera! –Ele parou e eu achei que fosse alguma coisa séria. –Ainda tem sushi?

–Não Vargas! Você não vai comer o meu sushi. –Eu disse e o arrastei para cima.

Estávamos passando pelo quarto do Federico, cuja a porta estava escrito um grande “Não entre sem ser anunciado” e “Perigo”, mas todo mundo sabe que ele não aterroriza ninguém.

A porta marrom se abriu, revelando a loira com uma camiseta do meu irmão que ia um pouco acima das coxas. Ludmila nos olhou, assustada. Pude ver um pequeno sorriso tímido da parte dela para o Leon, sem pensar duas vezes eu arrastei, novamente, o mexicano para o meu quarto.

Primeiramente: Desde quando ela estava lá? Fede havia chegado fazia pouco tempo. Segundo: Ela dorme com o meu irmão e tem sentimentos por ele, mas demonstra atração pelo Leon, isso é bem claro para todo mundo.

–Vilu?

Pisquei algumas vezes tentando voltar a realidade, encontrei o par de olhos verdes me fitando com preocupação e uma certa curiosidade.

–Oi?

–Nada, você ficou meio distante.

–Não é nada. –Eu disse dando um sorriso forçado, ficou bem claro que Leon não acreditou, mas ele deixou quieto.

Fomos tomar banho. Após Leon ficar uns 20 minutos insistindo para que eu fosse com ele eu acabei cedendo, e vamos combinar que não se recusa uma proposta dessas.

–Gostei do pijama. –Eu disse dando risada do short azul com desenho que ele usava.

–Ainda lembro-me do seu pijama de Monstros S.A, você não pode me zoar. –Ele disse e eu fechei a cara, o que fez com que ele desse risada.

Leon segurou em minha cintura e me arrastou para cama junto com ele, foi ali que eu fiquei e foi ali que eu me agarrei.

–Obrigado. –O ouvi sussurrar, me virei para ele, ficando cara a cara. –Por tudo.

–Não fiz nada demais.

–Você que pensa. –Ele disse abrindo um sorriso. –Ás vezes eu...-O som do toque do celular do Leon nos interrompeu, um toque bem irritante se querem saber.

–Alô?...-Ah, oi Derek... -O treinador?...-Ele disse o que?! ...Está brincando com a minha cara?... Ele não pode fazer isso! É injusto...Ele tem que me deixar explicar! ...Duas semanas? ....Tá tá tá .....Obrigado Derek. Tchau até mais brother.

Brother? O Leon fala “Brother”? Enfim assim que ele desligou o celular soltou um suspiro pesado e alto, jogou o celular meio longe e por sorte não fez nada. Achei melhor esperar ele se acalmar para perguntar o que havia acontecido, porque coisa boa não era.

–O que houve?

–O que houve? O Derek (Um amigo da Universidade) estava conversando com o treinador, e parece que ele já sabe de tudo que está rolando por aqui...Ele falou que se eu não resolver as coisas...eu...eu serei expulso do time.

–Olha, tudo bem, iremos vencer no tribunal, aí você se livra.

–Não é tão simples assim, o treinador não quer alguém que tenha tantos problemas com a polícia no time.

–Mas não é culpa sua.

–Diz isso para ele. –Leon falou e afundou o rosto no travesseiro. –E você realmente achou que as coisas fossem melhorar...

–Leon. –Eu disse dura.

–Boa noite, meu amor. –Ele falou ignorando que eu o chamei.

–Leon. –O chamei novamente, não estava brava, e sim preocupada.

Leon estava perdendo a esperança, ele estava começando a acreditar que tudo daria errado para o resto da vida, e bom, eu não o culpo. Como namorada, companheira e amiga eu tinha que ajuda-lo.

Tinha que acender uma chama de esperança no lado mais obscuro do coração dele, o lado obscuro aonde se encontrava o medo, e o desespero...


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Notas finais do capítulo

Entonces? O que acharam? Mereço reviews? Bom, vou tentar voltar logo, um grande beijo e até mais :D