Portas para o Futuro escrita por Lice Lutz


Capítulo 1
Capitulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Esta one-shot, foi feita exclusivamente para a participação de um concurso. Mas eu precisava de algumas opinões. Entã, por favor comentem.



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Quanto tempo significa eternidade para você? Para a belissima e atraente vampira Mary Alice Brandon Cullen, tempo demais. O suficiente para levar a uma monotomia tão profunda, que a unica coisa que se anseia é a morte. Do que adianta se ter toda a eternidade pela frente, se você não tem pelo que continuar?

Alice havia perdido tudo. Tudo. Todas as pessoas que amara em sua vida. Todas as coisas materiais que possuira. Todas as suas lembranças, perdidas no exato momento em que se tornara uma imortal. Quando ela havia finalmente pensado que existira uma luz no fim do tunel, a luz, da mesma maneira repentina e proibida que surgira, se apagara.

A luz, se denominava Jacob Black, um lobo - transformo. Os dois encontraram-se por acaso na pequena e pacata cidade de Forks, Washington. No primeiro olhar, o coração de ambos fora preenchido por uma paixão avassaladora. Tão intensa, que ao trocarem apenas um sorriso, souberam que seriam capazes de lutar contra tudo e todos para viverem o seu amor.

Alice sempre soubera que encontraria alguém com quem pudesse passar o restante da eternidade. Embora nunca tivesse o visto em suas visões. E, ao conhecer a verdadeira natureza de Jacob, percebera o porque: em suas visões, ela não podia enxergar o futuro de lobisomens, por isso ela ainda não tinha visto em seu futuro, Jacob. O que fora uma pena.

Aquela promessa silenciosa que Alice e Jacob haviam feito, quando sorriram um para o outro fora verdadeira. A reação de suas familias inimigas naturalmente, foram devastadoras.

 

A situção piorara ainda mais, com a gravidez - antes considerada impossivel - de Alice. Sim, ela gerara um filho de um lobisomem. Quando ambas as familias ficaram sabendo do ser hibrido, ficaram preocupados com o que seria essa criatura. Calisle, - mesmo louco para estudar o caso - Edward, Emmett, Sam e todo o bando, - exceto Jacob e Seth - queriam tira-lo do ventre de Alice. Esme e Rosalie, protegeram a criança. Depois de inumeras discussões, conflitos e ataques fisicos, ficou-se decidido que Alice teria a criança.

Entretanto, nem todos ficaram satisfeitos com a decisão. Temendo o que aquele monstro seria num futuro não muito distante, Edward fora até os Volturi para contar-lhes sobre a criatura. Alice não pode ver o que Edward faria - por conta da gravidez - só fora descobrir o que o irmão fizera, quando vira os Volturi bater na porta de sua casa.

O conflito fora inevitavel. Em menos de dez minutos, tanto o bando Quileute, quanto os Cullen, foram dizimados. Alice vira, todas as pessoas que amara, serem mortas na sua frente. Ela não pôde fazer nada - quatro guardas dos Volturi a imobilizaram. Nada. Rosalie, fora a ultima de sua familia a ser aniquilada. Rosalie, apoiava a irmã incondicionalmente, afinal Alice carregava seu grande sonho no ventre.

Demetri, o matador mais cruel dos Volturi, vira Rosalie tentando se aproximar de Alice. De uma forma repugnante, dissera para sua irmã:

- "Como a célula cerebral da loira morre? De solidão!"

Rosalie só teve tempo para olhar uma ultima vez para o ventre de Alice.

- Cuide dele. - pediu, num sussuro.

 

- Rosalie! Não! - Alice gritava, desesperada, debatendo-se contra os guardas.

Demetri dera uma risada rouca, digna de causar arrepios. Em seguida, preparou-se para decaptar sua vitima. Rosalie apenas fechou os olhos, esperando pela morte.

Após o combate inescrepuloso, de uma violencia desumana, os Volturi alinharam-se numa posição perfeita, para declamar a sentença de Alice, que permanecia em estado de choque. Aro tomou a palavra:

- "Minhas escolhas são limitadas. Estou trabalhando com as opções que tenho. Confie em mim, não estou gostando disso mais que você." - disse, numa tranquilidade anormal.

Assim como Calisle, Aro afoitava-se em curiosidade para saber no que daria aquela criatura hibrida. Mas seu principio de proteger o segredo vampirico dos humanos falara mais alto. Decidira-se então, por matar a criatura. Aro apenas olhou para seus servos, ordenando que a proxima sessão de tortura começasse. Eles irião arrancar o filho de Alice. Pouco importava para eles se ela sobreviveria ou não. Alice gritava alto, era agonizante escultar sua dor. Jane fizera questão de usar seus poderes nela, fazendo com que Alice sentisse os piores tipos de dor imaginaveis. A dor fisica, por ter seu corpo rasgado para a retirada da criança. A dor imaginaria, fruto da ilusão de Jane. A dor por ver sua familia morrer. A dor por perder o amor de sua vida. A dor por uma morte em vida. Não se pode ter ideia de quanto tempo aquele proceso demorou. Podem ter sido dias, horas, minutos, ou apenas o mais curto dos segundos. O fato é que, aquela noite fria de novembro, trouxera danos irreparaveis a vida de Alice. E como se não bastasse tudo que fizera, Aro ainda deixara Alice viva. Num corpo frio. Sem alma. Sem sentimentos.

Agora, Alice vagava pelas ruas desertas de Londres. O vento soprava forte. Mas ela não sentia frio. Ou melhor, ela não sentia nada, há séculos. Apenas alimentava-se de sangue animal, por seus instintos serem mais fortes do que sua ânsia pela morte.

Mas ao contrario de todos os outros ventos que sopraram em sua direção ao longo dos séculos, este trouxera consigo algo a mais. O mais maravilhoso cheiro que já sentira. Era uma mistura de flores - rosas brancas, mais especificamente - com o verde do arco iris, num equilibrio perfeito do doce da primavera. Alice respirara fundo, na ânsia de absorver aquele cheiro maravilhoso para si. Andava destraidamente pela calçada, quando derrepente, chocara-se com um corpo macio, quente e irrevogavelmente frágil. Era um humano. Mas não apenas um humano qualquer. E sim, o dono daquele cheiro inebriante. Alice tivera medo de que o monstro sanguinário tomasse conta de si. Mas ao abrir os olhos, deparara-se com outros olhos que a fitavam intensamente, maravilhados com a beleza da vampira. Os dois se olhavam profundamente, como se estivessem vasculhando a alma um do outro. Alice pudera sentir todas as suas cicatrizes se fechando completamente. Todas as suas perdas sendo superadas. Todo o vazio da solidão, sendo preenchido, por uma vontade imensa de viver. Aqueles olhos, eram as portas para o futuro. Como era possivel, que um humano fosse capaz de a fazer sentir-se tão bem? Um humano atraente por sinal. Estatura alta, olhos de um verde penetrante, profundos; cabelos dourados que se desmanchavam em cachos. Uns 20 anos, no maximo.

- Qual é o seu nome? - o humano perguntara.

- Alice. E o seu? - respondera amavel, abrindo um sorriso sincero, não visto há decadas.

- Jasper. Ao seu dispor - sorrira também. - Me desculpe, mas o que você é?

Alice encarara perplexa o rosto de Jasper. Ele realmente perguntara o que ela era? Pudera ver, atraves de suas visões qual seria a reação do homem. Sorriu, ao constatar, como seria se ela lhe falasse a verdade. E assim o fez: disse-lhe o que era.

- Uma vampira. - disse, sua garganta queimava.

- "Ooooooo... Assustador!" - comentara, zombador.

Alice não pôde deixar de acompanha-lo, gargalhando também. Era incrivel, como estava se sentindo bem na compania de Jasper.

- O que acha de me trazer para o seu mundo? - Jasper perguntara, repentinamente sério.

Alice arregalara os olhos. Aquele homem estava mesmo falando serio? Ele relmente tinha se dado conta do que era ser um monstro, com toda a eternidade pela frente? Ele não poderia querer uma vida como aquela para si. Era doloroso demais, chegando aos extremos do insuportavel. De repente, pegara-se pensando, que não valeria a pena despediçar a alma daquele humano. Que ele teria tanto pela frente, uma vida inteira de felicidade. Afinal, eternidade, é muito tempo. Olhou novamente para o rosto de Jasper. Ele estava com uma expressão séria, mas esperançosa ao mesmo tempo. Sentira, então, como se seu coração quisesse voltar a bater. Pudera senti-lo pulsar novamente. Só se sentira assim, uma vez em toda a sua existência. Por Jacob. E, ao reconhecer aquele sentimento, percebera que queria Jasper ao seu lado, para sempre. Ela o amava, com todas as suas forças. Um amor tão forte, que fora capaz de reconstrui-la por inteiro, coisa que ela julgava impossivel. Seria ela digna de ter dois amores verdadeiros em apenas uma existência?

Deixando de lado qualquer pensamento, qualquer pergunta, sorrira para Jasper.

- Tem certeza que é isso o que você quer?

- Tenho. - sorriu, confiante. - Quero passar toda a minha eternidade com você.

Alice sorriu.

- Eternidade é muito tempo.

- Não ao seu lado. - Jasper sorriu, aproximando-se de Alice.

Alice recuara dois passos.

- O que? Você não me quer? - Alice nada dissera - "Fui ofendido. Você não está realmente se preocupando com isso, está?"

- É claro que não. - maneara a cabeça. - Jamais repita que eu não te quero.

- Então diga que me ama. - Jasper aproximara-se novamente, pousando sua mão sobre a face gélida de Alice.

- Eu te amo. - Alice dissera, com os olhos fechados, desfrutando da suavidade em que as palavras fluiram de sua boca.

Jasper aproximara-se lentamente, olhando nos olhos de Alice como se encontrasse a metade perdida da sua alma. Alice podia sentir a pulsação de Jasper cada vez mais perto, mas aquilo pouco importava. Sua sede, não se comparava com a vontade que tinha de beija-lo. Roçaram seus narizes carinhosamente, selando seus lábios em seguida, num beijo que, mesmo sem nunca terem se conhecido antes, era repleto de saudade.

Alice encontrara em Jasper, o antidoto perfeito para as doenças de sua alma. Tivera a certeza, de que encontrara a razão de sua existência. Um motivo válido por ter passado tantos seculos sozinha. E que todos os obstaculos que passara, valeram a pena - tudo estava curado.

A eternidade agora, passara a ter um brilho magico, que não se apagaria nunca. Dessa vez, não existiriam impecilhos para a felicidade de ambos. Separaram- se vagarosamente do beijo, seus olhos, fixos uns nos do outro.

- Para sempre. - Jasper dissera, num murnurio rouco, repleto de paixão.

Alice, sem parar de olhar nos olhos do amado, aproximara, lentamente, sua boca em direção ao pescoço de Jasper. Ela o trasformaria. Viveriam juntos para sempre, ela não tinha duvidas daquilo.

- Para sempre, amor. - Alice sussurara.

Alice beijou o pescoço de Jasper. Segurou seu corpo fragil. E deu-lhe a mordida que lhe abriria as portas para a eternidade. Um grito agonizante, cortou o silêncio da madrugada. Aquela seria, a ultima madrugada silênciosa para Alice. A ultima madrugada, em que teria apenas a companhia da solidão. A eternidade ganhara um novo sentido, um novo significado.

A eternidade, denominava-se, agora, Jasper.


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Notas finais do capítulo

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Alice e Jacob? Um filho? Jasper humano? Cullens e Quileutes mortos?
Sim, eu viajo :X
E entenderei se resolverem me internar HAUSHAUSHAUSH

Por favor, amores, comentem. Digam o que vcs realmente acharam. Me faça feliz *--*

Obrigada. Beijedwards :*



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