Mags – The Third Quarter Quell escrita por Sra Odair


Capítulo 10
A noz


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, dedico esse capítulo à memória do grande Philip Seymour Hoffman, o ator que deu vida ao personagem do Plutarch, que morreu no últimos domingo. Descanse em paz, Philip _|||_ . Gente, mil desculpas por não ter atualizado! Minhas aulas começaram e estou sem tempo pra nada! Mas eu vou finalizar essa fic! Enfim, vou viajar e posso ficar sem atualizar por mais um tempinho : . O capítulo ficou curto, mas não queria deixar vocês sem mais atualizações por todos esses dias. Boa leitura!



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– Peeta! Peeta! – Katniss grita, sacudindo-o com força. Mas ele continua sem reagir.

Finnick me encosta em uma árvore e resolve interferir:

– Deixe-me tentar. – ele toca o pescoço de Peeta, seus ossos das costas e em seguida fecha suas narinas.

– Não! – diz Katniss, se jogando em cima de Finnick. Mas ele a empurra com tanta força que ela sai voando, e para em frente ao tronco de uma árvore próxima a mim.

Ele fecha novamente as narinas de Peeta, e Katniss posiciona o arco, provavelmente achando que Finnick iria matar seu companheiro. Naquele momento, percebi que Katniss se importava muito com o Peeta, e seria capaz de matar quem quer que fosse para mantê-lo vivo. Ela abaixa o arco, ao observar Finnick colando seus lábios em Peeta e soprando ar em seus pulmões. Pela sua expressão, ela achou aquilo bizarro. Não consigo conter a risada.

Finnick e Annie poderiam estar na mesma situação dos dois, se não fosse por mim. Ir para os Jogos Vorazes com a pessoa que você ama deve ser agoniante. Os amantes desafortunados do Distrito 12, jogados novamente numa arena mortífera, graças à crueldade do presidente Snow. Sem Plutarch, não sei o que seria de nós.

Daqui da árvore, posso ver o peito de Peeta subindo e descendo, enquanto Finnick faz de tudo para salvá-lo. Ao lado deles, está uma Katniss agoniada.

Longos minutos se passam, até que Peeta tosse ligeiramente e Finnick senta no chão, parecendo exausto.

– Peeta? – diz Katniss, aliviada.

– Cuidado. Tem um campo de força lá na frente. – ele diz, com uma voz fraca.

Katniss ri, mas há lágrimas de pura alegria em seu rosto ao vê-lo vivo.

– Deve ser bem mais forte do que aquele do terraço do Centro de Treinamento. Mas estou bem. Só um pouco abalado. – diz ele.

– Você estava morto! Seu coração parou! – parece que essas palavras pularam da boca de Katniss. Ela começa a soluçar.

– Bom, parece que agora está tudo bem. – diz Peeta, a tranquilizando. – Está tudo bem, Katniss. Katniss?

Agora é Peeta que está preocupado com ela, pois seus soluços ainda não cessaram.

– Está tudo bem, são só os hormônios dela. Por causa do bebê. – diz Finnick.

– Não. É que... – ela não consegue falar, então apenas confirma que está assim por causa do bebê.

– Como é que você está? Você acha que consegue seguir caminho? – Finnick pergunta à Peeta.

– Não, ele precisa descansar. – Katniss diz, com o nariz escorrendo.

Arranco um pouco de musgo de uma árvore próxima a mim, e dou à ela. Tudo bem, aquilo não é um lenço de papel, mas vai ajudar. Ela aceita, assoa o nariz fazendo barulho e enxuga as lágrimas.

– Esse é o seu símbolo? – Katniss pergunta à Peeta, que agora percebo que está usando uma corrente com o tordo gravado em seu pingente.

– É sim. Você se importa de eu usar o seu tordo? Queria que a gente combinasse. – ele diz. Pela primeira vez desde que entramos na arena, vejo um sorriso se formar nos lábios de Katniss:

– É claro que não me importo.

– Quer dizer então que você quer montar acampamento aqui? – pergunta Finnick.

– Não acho que isso seja uma opção. Ficar aqui. Sem água. Sem proteção. Estou me sentindo bem, juro. Se a gente puder ir um pouquinho mais devagar, acho que não haveria problema. – responde Peeta.

– Mais devagar é melhor do que parado. – diz Finnick, enquanto ajuda Peeta a se levantar. Ele tem razão, afinal, aqui é os Jogos Vorazes. E se você permanecer muito tempo em um mesmo lugar, as chances de algum Carreirista te encontrar são muito grandes.

– Vou na frente. – anuncia Katniss.

Peeta parece não concordar de início, mas Finnick o corta rapidamente.

– Não, deixe-a ir. – Finnick franze a testa para Katniss. – Você sabia que aquele campo de força estava lá, não sabia? Bem no último segundo você percebeu, não foi? Você começou a dar o alarme. – ela concorda. – Como é que você sabia?

– Não sei. É como se eu tivesse ouvido a coisa. Escutem. – todos ficamos imóveis, mas não escuto nenhum som, além de insetos, pássaros e as folhas das árvores se mexendo com o vento.

– Não estou escutando nada. – diz Peeta.

– Mas tem um som sim. – ela insiste. – É parecido com o som da cerca no Distrito 12 quando a eletricidade está acionada, só que bem menos intenso.

Escutamos com mais intensidade, mas não há nenhum som.

– Agora! – ela grita. – Vocês não conseguem ouvir? Vem do local à direita de onde Peeta recebeu o choque.

– Também não estou ouvindo nada. Mas se você está, por favor, vá na frente. – diz Finnick.

– Que estranho. Só consigo escutar pelo meu ouvido esquerdo. – diz Katniss.

– O que foi reconstruído pelos médicos? – pergunta Peeta, interessado.

– Isso. Talvez eles tenham feito um trabalho melhor do que haviam imaginado. Vocês sabem como são essas coisas, às vezes escuto coisas engraçadas naquele lado. Coisas que vocês normalmente não achariam que possuem um som. Tipo asas de inseto. Ou neve batendo no chão. – ela diz, deixando Finnick e Peeta intrigados.

Fico meio desconfiada daquela história, mas se ela sabe identificar um campo de força da forma que seja, acho melhor que vá na frente mesmo.

– Você. – digo com muita dificuldade, e a cutuco para começar a andar. Finnick rapidamente transformou um galho em bengala para mim, e outro em um cajado para Peeta, para conseguirmos nos locomover.

Começamos a andar. Finnick segue atrás de mim, em alerta, com seu tridente em mãos. Katniss corta um galho de nozes e joga à frente. Como estou com muita fome, pego uma das nozes, a descasco e coloco em minha boca.

Katniss vira para trás e percebe o que estou fazendo:

– Mags! Cospe isso. Ela pode estar envenenada.

Resmungo, e a ignoro. A noz está muito boa que até lambo os beiços. Katniss está preocupada, mas Finnick está apenas rindo. Ele, com certeza, percebeu que sei o que estou fazendo.

– Acho que vamos descobrir. – diz ele.

Quando ela percebeu que nada iria acontecer comigo, continuamos a andar. A sede já está começando a tomar conta de nossos corpos cansados. Depois de uma hora, começo a mancar, já andando com muita dificuldade.

Ao perceber o meu estado e o de Peeta, Katniss sugere que devemos dar uma parada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por estarem acompanhando até aqui! Deixem reviews para eu saber como vocês estão reagindo à história. Me sigam no twitter @Sra0dair, para mais informações. O que vocês acham de eu escrever uma fanfic pós Mockingjay sobre o Finnick e a Annie após finalizar essa? Um grande beijo, queridos leitores!



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